The Cursed Girl escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 2
Á primeira vista!


Notas iniciais do capítulo

Ola de novo!
boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/448152/chapter/2

18 anos atrás

A morena andava de um lado para o outro. Sinal de nervosismo!

– Hey – ele chamou a sua atenção. Ela olhou para ele de imediato. – O que querias falar comigo?

Ela suspirou.

– Senta-te – pediu apontando para uma das cadeiras da sala. – Eu…eu..

– Tu? Diz logo – pediu ele.

– Eu estou grávida – afirmou a morena.

– Grávida? – Ele levantou-se sobressaltado. – Como assim?

– Como assim? Queres que eu te explique? – Perguntou ela irónica.

– Não! Eu sei como se fica grávida, mas essa criança não pode nascer – disse ele.

– O que queres dizer? – Ela não podia acreditar no que tinha ouvido.

– Tu sabes da maldição – começou ele.

– A maldição só se cumpre se ela for criada no mundo mágico – argumentou. – Eu não vou matar a minha filha.

– Filha? – Perguntou ele. – Já sabes isso?

– Sim, sei – afirmou a morena. – Eu não vou matar a minha filha!

– Então que vais fazer? – Perguntou ele preocupado.

– Eu vou viajar durante um tempo, apenas o suficiente para que ela nasça.

– E depois?

A morena suspirou.

– Depois vou deixa-la a uma família Muggle – conclui.

Na atualidade

– ANDREA JONES SE EU TIVER QUE TE CHAMAR MAIS ALGUMA VEZ, TU VAIS FICAR DE CASTIGO! – Ouvi o grito vindo do andar de baixo. A minha querida mãe é um espetáculo a acordar pessoas.

– JÁ VOU – respondi, e virei-me para o outro lado da cama.

– AGORA – gritou ela, de novo. – JÁ ESTAMOS ATRASADOS!

Levantei a cabeça e olhei para o relógio que tinha na cabeceira. Eram dez e meia. Oh meu merlin! ERAM DEZ E MEIA!

Levantei-me num salto e corri para a casa de banho. Tomei o banho mais rápido do ano e vesti a primeira roupa que encontrei. Penteei o meu longo cabelo preto, deixando-o solto e ondulado. Desci para tomar o pequeno-almoço.

– Bom dia mãe – dei um beijo a mulher morena que se encontrava sentada na mesa. – Bom dia pai – repeti o processo com o homem que lia o jornal.

– Bom dia querida – respondeu-me o meu pai, sem retirar os olhos do jornal.

– Finalmente, Andrea – repreendeu a minha mãe. – Estava a ver que nunca mais descias! És sempre a mesma coisa!

– Jane, deixa a tua filha em paz – falou o meu pai.

– Sim, Jane, deixa a tua filha em paz – brinquei. Recebi um olhar mortal, mas não foi o suficiente para retirar o sorriso brincalhão da minha cara.

– Come e deixa-te de brincadeiras. – Afirmou ela. – Já são quase 11 horas. O comboio de Hogwarts sai as 11:15h.

Sorri ainda mais.

– Como será que é Hogwarts? – Perguntei entusiasmada.

O meu pai baixou o jornal.

– Quando eu lá andei era bastante impressionante – disse.

– Pai, tu nunca lá andaste!

– Não? – Fingiu-se confuso. – Oh, pois tens razão. A única bruxinha na família és tu, já me tinha esquecido.

Ri-me.

A minha mãe revirou os olhos.

– Como é que eu quero que ela se comporte se o próprio pai ainda é pior? – Perguntou para si mesma.

Depois de comer, lavei os dentes e, os três, partimos para a Estação de comboios.

Este ano eu iria para Hogwarts! Depois de estudar seis anos em Beauxbatons, a escola de feitiçaria de França, eu finalmente tinha convencido os meus pais a deixarem-me ir para Hogwarts. Eu sabia tudo sobre aquela escola! Sempre fora o meu sonho estudar la. Quer dizer, desde que eu soube que era bruxa.

A primeira vez que fiz magia foi aos 8 anos, escusado será dizer que os meus pais entraram em choque. Devo ter ido a mais de 5 médicos pois a minha mãe não se cansava de dizer que eu tinha algum problema. Mais tarde, acabaram por aceitar que eu conseguia fazer magia.

Tudo isso foi confirmado quando aos 11 anos, recebi a carta de Hogwarts a dizer que eu tinha um lugar na escola. Por algum motivo, os meus pais proibiram-me de ir estudar lá, até hoje ainda não sei a razão.

A mãe e o pai mandaram uma carta para a diretora da escola e pediram transferência para outra. Acreditem quando digo que ver a minha mãe descobrir como se comunicava no mundo dos bruxos, foi uma das coisas mais engraçadas da minha vida. Primeiro, procuraram um número de telefone na carta. Depois, tentaram na lista telefónica. Só muito mais tarde é que pensaram em escrever uma carta.

Por isso, desde o meu primeiro ano até ao sexto, eu estudei em Beauxbatons. Como estava prestes a fazer 17 anos, o que equivale á idade adulta para os bruxos, os meus pais permitiram a minha entrada para Hogwarts. Então, aqui vou eu!

– Estação nove e três quartos? – Perguntou a minha mãe confusa. – Onde é que isso fica?

Olhei para as estações. Nove. E mais á frente, Dez! Não havia “9 e ¾”.

Suspirei. Não era desta que eu iria para Hogwarts.

– James Sirius Potter, se voltas a fazer magia eu deserdo-te – ouvi uma mulher dizer atrás de mim. – Algum muggle pode te ver!

Espera! Magia? Muggle?

Olhei para trás e vi uma família. A mulher era ruiva. O homem tinha óculos e era moreno. A menina, julgo ser a mais nova, era ruiva como a mãe. E depois haviam dois rapazes. Um era a copia do pai, o outro era moreno com os cabelos despenteados. E tinha uma varinha na mão.

Eles eram bruxos! De certeza que sabiam como entrar. Olhei para os meus pais, que ainda estavam confusos a olhar para o bilhete.

Suspirei e encaminhei-me para a família.

– Ah, desculpem – disse chamando a atenção sobre mim. Todos se viraram na minha direção. – A senhora disse magia?

Vi todos arregalarem os olhos.

– Olha o que fizeste James – repreendeu a mulher. – Harry, querido, apaga a memoria a miúda, por favor.

Vi o homem retirar a varinha do casaco e aponta-la na minha direção.

– Espere, não me apague a memória – pedi. – As minhas notas já não são grande coisa, então sem memórias é que eu não passo a Transfiguração de todo.

– Transfiguração? – Perguntou um dos filhos. James, eu acho. – Tu és bruxa?

– Desde a última vez que verifiquei, sim – respondi um pouco irónica.

O homem suspirou e baixou a varinha.

– Em que te podemos ajudar querida? – Perguntou a mulher.

– Plataforma 9 e ¾?

– Oh, é a primeira vez? – Perguntou o homem. – Vem nós ajudamos-te. Já agora, o meu nome é Harry Potter.

– Harry Potter? – Procurei confirmar. Ele acenou constrangido. – Bem, é um prazer conhecê-lo. O meu nome é Andrea Jones.

– Igualmente – disse ele. – Esta é Ginny, a minha mulher – apontou para a ruiva. – E estes são os meus filhos. James, Albus e Lily – apontou para cada um deles.

Harry explicou-me que tinha de ir contra a parede para passar para a estação do comboio de Hogwarts. Isso mesmo ir contra a parede. Despedi-me dos meus pais, jurando que ia escrever todas as semanas a contar as novidades.

Suspirei e corri contra a parede.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E entao?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Cursed Girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.