The Cursed Girl escrita por Raquel Ferreira
Notas iniciais do capítulo
Ola ola!!
Estou triste! Quase ninguém comenta a minha fic! Será que esta assim tão má? Sem comentários eu perco o interesse em escrever :(
Bom, espero que gostem... e espero que comentem!
POV JAMES
A carta nas minhas mãos pesava chumbo. Odiava quando recebia destas cartas, o que ultimamente era todas as semanas. Como é que os meus pais esperavam que eu escolhe-se o meu futuro aos 17 anos? Era impossível!
Andava pelos corredores de Hogwarts sem realmente ver para onde ia. Todos os corredores eram iguais e, senão fosse a capa da invisibilidade, já teria sido apanhado fora da cama pela diretora e por Ted.
Sério, o que é que eles andavam a fazer pelos corredores a esta hora? Ah, pois, andavam atrás de alunos fora da cama, como eu.
O corredor era escuro e, se não fosse o soluço que ouvi, teria passado por ela sem a ver.
Ela estava sentada no chão, as mãos rodeavam as pernas e a cabeça estava baixa. Devido á falta de luz eu não a reconhecia. Sabia apenas que era rapariga e que estava a chorar, e algo me dizia que ela não queria ser incomodada.
Encolhi os ombros e continuei a andar, em silêncio como se não estivesse ali.
Teria continuado o meu caminho, se ela não tivesse levantado a cabeça, encostando-a á parede. A luz do luar que entrava pelas janelas era suficiente para eu ver quem ela era.
Lágrimas desciam pela sua cara, em silêncio.
Sem acreditar no que via, retirei a capa.
– Andrea? – Sussurrei chocado.
Ela olhou na minha direção e, rapidamente, levantou-se e limpou a cara.
– Estás a chorar? – Que pergunta estupida, James.
– O quê? Não sejas parvo, Potter – negou ela, com a voz embaraçada.
Revirei os olhos.
– O que se passa? – Ignorei a sua resposta.
– Potter… - começou ela, mas o som de passos a aproximarem-se calou-a.
Via-a arregalar os olhos com medo de ser apanhada fora da cama.
De novo, revirei os olhos. Aproximei-me dela e passei a capo por cima de nós dois, exatamente no momento em que Minerva fazia a curva do corredor.
Ficamos em silêncio até que a diretora saiu do nosso campo de visão. Quando o fez, Andrea afastou-se de mim.
– Já me podes deixar em paz – afirmou saindo debaixo da capa. Começou a andar para longe de mim.
Pela terceira vez, revirei os olhos.
– Nem penses que te deixo assim tão facilmente – disse agarrando-lhe o pulso. – Tu vais me dizer exatamente o que te fez chorar.
Sem a deixar responder, puxei-a até o corredor do sétimo andar. Depois de passar três vezes, á frente da parede, uma porta apareceu.
Ainda a protestar, puxei Andrea para dentro e fechei a porta.
– Agora – comecei, - porque estavas a chorar?
Andrea olhou á volta da sala que se tinha transformado no meu quarto em casa, e depois para mim. Assim que os seus olhos verdes encontraram os meus, ela começou a chorar de novo.
Não aguentei vê-la assim tão indefesa e, sem pensar, abracei-a. Quando me comecei a arrepender disso, senti Andrea abraçar-me de volta.
– Eu não posso, Potter – disse ela, deixando-me confuso.
– Não podes o quê? Contar-me?
– Fazê-lo – disse, deixando-me mais confuso ainda. – Eu não quero fazê-lo! – Deu enfase ao “quero”.
– Fazer o quê? – Afastei-a um pouco de mim, apenas o suficiente para a olhar na cara. – Fala comigo – pedi. – O que é que tu não queres fazer?
Andrea levantou a cabeça e olhou-me com lágrimas nos olhos. Analisei-a. Mesmo com a cara vermelha e os olhos verdes brilhantes, eu conseguia ver as olheiras que ela tinha.
– Quando foi a ultima vez que dormiste? – Perguntei preocupado.
Eu vi o dilema dela de me contar ou mentir. Olhando-a nos olhos percebi quando a decisão foi tomada.
Ela suspirou.
– No natal – admitiu. – Quando adormeci na tua cama.
Arregalei os olhos.
Isso tinha acontecido á 2 meses.
Abri a boca quando percebi.
Eu sabia que ela tinha pesadelos. Eu ouvi-a á noite a gritar no dormitório, mas nunca pensei que ela não dormisse por isso.
Olhei para a sala. O meu quarto.
Suspirei e peguei-lhe a mão.
– Vamos – disse. – Vamos dormir – encaminhei-nos para a cama, e vi-a arregalar os olhos. – Calma, só vamos dormir. – Disse sério, mas por dentro apetecia-me rir.
Ela assentiu e descalçou-se. Imitei-a. Deitei-me e Andrea fez o mesmo, mais longe de mim que a cama permitia.
Sorri e puxei-a contra o meu corpo. Senti-a rir-se e depois deitar a cabeça no meu ombro. As luzes apagaram-se assim que pensei nisso.
O cheiro a limão, vindo dos seus cabelos, atingiu-me e mais uma vez sorri.
– James? – Chamou ela, e eu fiquei espantado pelo uso do meu primeiro nome.
– Sim? – Respondi, receoso.
– Isto não muda nada – afirmou ela. – Amanha, vou continuar a odiar-te!
Tive de me rir.
– Não esperava outra coisa, Andie – admiti
Aos poucos, senti Andrea relaxar e adormecer nos meus braços. A sua respiração acalmou com um suspiro.
Olhei para ela.
Sorri, ela era linda adormecida, quando não estava a gritar comigo.
Quem eu queria enganar? Ela era linda sempre, principalmente quando gritava comigo. Eu adorava irritá-la e ver o seu cabelo mudar de cor. Ah, como eu adorava chamá-la de “ruivinha” só para que ela ficasse ainda mais chateada.
Apertei-a mais nos meus braços. Eu estava preocupado com ela. Ela não dormia e, se eu analisa-se os dias anteriores podia ver que ela também não comia quase nada.
– Eu preciso da tua ajuda para te ajudar, Andrea – sussurrei para o ar. – E podes apostar,q eu eu vou ajudar-te, ruivinha.
Bocejei e tentei adormecer.
POV ANDREA
A luz incomodou-me… espera! Luz?! Desde quando eu dormia até haver luz? Normalmente, eu acordava a meio da noite com pesadelos. Mas hoje, nem isso eu tinha tido. Sem pesadelos?
Respirei fundo e senti um cheiro amadeirado, doce.
Só havia uma pessoa com este cheiro. Imagens da noite passada atravessaram-me o pensamento.
Abri os olhos.
James dormia com os braços á minha volta e o peito contra as minhas costas. Sorri.
Ele tinha sido super querido comigo, ontem á noite.
Se ele soubesse que eu tinha de matá-lo, ou pelo menos era isso que esperavam de mim, aposto que não me trataria da mesma maneira. E eu? Eu tinha sido tão estupida ao deixar-me ficar com ele. Ao deixar-me ser confortada com ele quando a voz na minha cabeça repetia as mesmas palavras. “Mata-o!”
Suspirei. Levantei-me sem o acordar e calcei-me.
Peguei num pedaço de pergaminho que estava em cima da mesa e escrevi um bilhete para James.
“Potter, como disse nada mudou.
Obrigada por ficares comigo ontem á noite.
Andrea Jones”
Deixei o bilhete perto da almofada, ajeitei o meu cabelo e sai da sala.
Dirigi-me ao dormitório de Gryffindor, rezando para que ninguém tivesse acordado e dado pela minha falta.
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E então? será que vou ter comentários?