The Cursed Girl escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 19
Ela a chorar?


Notas iniciais do capítulo

Ola ola!!
Estou triste! Quase ninguém comenta a minha fic! Será que esta assim tão má? Sem comentários eu perco o interesse em escrever :(
Bom, espero que gostem... e espero que comentem!



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POV JAMES

A carta nas minhas mãos pesava chumbo. Odiava quando recebia destas cartas, o que ultimamente era todas as semanas. Como é que os meus pais esperavam que eu escolhe-se o meu futuro aos 17 anos? Era impossível!

Andava pelos corredores de Hogwarts sem realmente ver para onde ia. Todos os corredores eram iguais e, senão fosse a capa da invisibilidade, já teria sido apanhado fora da cama pela diretora e por Ted.

Sério, o que é que eles andavam a fazer pelos corredores a esta hora? Ah, pois, andavam atrás de alunos fora da cama, como eu.

O corredor era escuro e, se não fosse o soluço que ouvi, teria passado por ela sem a ver.

Ela estava sentada no chão, as mãos rodeavam as pernas e a cabeça estava baixa. Devido á falta de luz eu não a reconhecia. Sabia apenas que era rapariga e que estava a chorar, e algo me dizia que ela não queria ser incomodada.

Encolhi os ombros e continuei a andar, em silêncio como se não estivesse ali.

Teria continuado o meu caminho, se ela não tivesse levantado a cabeça, encostando-a á parede. A luz do luar que entrava pelas janelas era suficiente para eu ver quem ela era.

Lágrimas desciam pela sua cara, em silêncio.

Sem acreditar no que via, retirei a capa.

– Andrea? – Sussurrei chocado.

Ela olhou na minha direção e, rapidamente, levantou-se e limpou a cara.

– Estás a chorar? – Que pergunta estupida, James.

– O quê? Não sejas parvo, Potter – negou ela, com a voz embaraçada.

Revirei os olhos.

– O que se passa? – Ignorei a sua resposta.

– Potter… - começou ela, mas o som de passos a aproximarem-se calou-a.

Via-a arregalar os olhos com medo de ser apanhada fora da cama.

De novo, revirei os olhos. Aproximei-me dela e passei a capo por cima de nós dois, exatamente no momento em que Minerva fazia a curva do corredor.

Ficamos em silêncio até que a diretora saiu do nosso campo de visão. Quando o fez, Andrea afastou-se de mim.

– Já me podes deixar em paz – afirmou saindo debaixo da capa. Começou a andar para longe de mim.

Pela terceira vez, revirei os olhos.

– Nem penses que te deixo assim tão facilmente – disse agarrando-lhe o pulso. – Tu vais me dizer exatamente o que te fez chorar.

Sem a deixar responder, puxei-a até o corredor do sétimo andar. Depois de passar três vezes, á frente da parede, uma porta apareceu.

Ainda a protestar, puxei Andrea para dentro e fechei a porta.

– Agora – comecei, - porque estavas a chorar?

Andrea olhou á volta da sala que se tinha transformado no meu quarto em casa, e depois para mim. Assim que os seus olhos verdes encontraram os meus, ela começou a chorar de novo.

Não aguentei vê-la assim tão indefesa e, sem pensar, abracei-a. Quando me comecei a arrepender disso, senti Andrea abraçar-me de volta.

– Eu não posso, Potter – disse ela, deixando-me confuso.

– Não podes o quê? Contar-me?

– Fazê-lo – disse, deixando-me mais confuso ainda. – Eu não quero fazê-lo! – Deu enfase ao “quero”.

– Fazer o quê? – Afastei-a um pouco de mim, apenas o suficiente para a olhar na cara. – Fala comigo – pedi. – O que é que tu não queres fazer?

Andrea levantou a cabeça e olhou-me com lágrimas nos olhos. Analisei-a. Mesmo com a cara vermelha e os olhos verdes brilhantes, eu conseguia ver as olheiras que ela tinha.

– Quando foi a ultima vez que dormiste? – Perguntei preocupado.

Eu vi o dilema dela de me contar ou mentir. Olhando-a nos olhos percebi quando a decisão foi tomada.

Ela suspirou.

– No natal – admitiu. – Quando adormeci na tua cama.

Arregalei os olhos.

Isso tinha acontecido á 2 meses.

Abri a boca quando percebi.

Eu sabia que ela tinha pesadelos. Eu ouvi-a á noite a gritar no dormitório, mas nunca pensei que ela não dormisse por isso.

Olhei para a sala. O meu quarto.

Suspirei e peguei-lhe a mão.

– Vamos – disse. – Vamos dormir – encaminhei-nos para a cama, e vi-a arregalar os olhos. – Calma, só vamos dormir. – Disse sério, mas por dentro apetecia-me rir.

Ela assentiu e descalçou-se. Imitei-a. Deitei-me e Andrea fez o mesmo, mais longe de mim que a cama permitia.

Sorri e puxei-a contra o meu corpo. Senti-a rir-se e depois deitar a cabeça no meu ombro. As luzes apagaram-se assim que pensei nisso.

O cheiro a limão, vindo dos seus cabelos, atingiu-me e mais uma vez sorri.

– James? – Chamou ela, e eu fiquei espantado pelo uso do meu primeiro nome.

– Sim? – Respondi, receoso.

– Isto não muda nada – afirmou ela. – Amanha, vou continuar a odiar-te!

Tive de me rir.

– Não esperava outra coisa, Andie – admiti

Aos poucos, senti Andrea relaxar e adormecer nos meus braços. A sua respiração acalmou com um suspiro.

Olhei para ela.

Sorri, ela era linda adormecida, quando não estava a gritar comigo.

Quem eu queria enganar? Ela era linda sempre, principalmente quando gritava comigo. Eu adorava irritá-la e ver o seu cabelo mudar de cor. Ah, como eu adorava chamá-la de “ruivinha” só para que ela ficasse ainda mais chateada.

Apertei-a mais nos meus braços. Eu estava preocupado com ela. Ela não dormia e, se eu analisa-se os dias anteriores podia ver que ela também não comia quase nada.

– Eu preciso da tua ajuda para te ajudar, Andrea – sussurrei para o ar. – E podes apostar,q eu eu vou ajudar-te, ruivinha.

Bocejei e tentei adormecer.

POV ANDREA

A luz incomodou-me… espera! Luz?! Desde quando eu dormia até haver luz? Normalmente, eu acordava a meio da noite com pesadelos. Mas hoje, nem isso eu tinha tido. Sem pesadelos?

Respirei fundo e senti um cheiro amadeirado, doce.

Só havia uma pessoa com este cheiro. Imagens da noite passada atravessaram-me o pensamento.

Abri os olhos.

James dormia com os braços á minha volta e o peito contra as minhas costas. Sorri.

Ele tinha sido super querido comigo, ontem á noite.

Se ele soubesse que eu tinha de matá-lo, ou pelo menos era isso que esperavam de mim, aposto que não me trataria da mesma maneira. E eu? Eu tinha sido tão estupida ao deixar-me ficar com ele. Ao deixar-me ser confortada com ele quando a voz na minha cabeça repetia as mesmas palavras. “Mata-o!”

Suspirei. Levantei-me sem o acordar e calcei-me.

Peguei num pedaço de pergaminho que estava em cima da mesa e escrevi um bilhete para James.

“Potter, como disse nada mudou.

Obrigada por ficares comigo ontem á noite.

Andrea Jones”

Deixei o bilhete perto da almofada, ajeitei o meu cabelo e sai da sala.

Dirigi-me ao dormitório de Gryffindor, rezando para que ninguém tivesse acordado e dado pela minha falta.


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Notas finais do capítulo

E então? será que vou ter comentários?



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