The Cursed Girl escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 18
Eu não iria conseguir!


Notas iniciais do capítulo

Outro cap aqui!
Este capitulo nao acrescenta nada á historia, mas é preciso para que ela continue. Muito confuso? Espero que não
Divirtam-se



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POV ANDREA

O corredor estava vazio. Era quase assustador a esta hora da noite. No entanto para mim, um corredor frio e escuro era muito menos assustador do que a ideia de dormir e sonhar com aquela mulher.

Bellatrix Lestrange, como recentemente soube que se chamava.

Não podia ser… algo estava errado! Eu não podia ser aparentada com aquela, nem sei que nome lhe chamar. Eu simplesmente não queria ter nada a ver com ela!

Odiava a ideia de ela ser a minha mãe, mas tudo encaixava. Ela serviu Voldemort, e, acima de tudo, acreditava que os puro-sangue eram os únicos que deviam usar magia. Ela também iria se querer vingar dos que destruíram o seu precioso Lord.

Potter’s e Weasley’s! Acabar com eles era a minha missão. Era isso que era esperado de mim!

Sentei-me no chão frio, encostada á parede. Encostei a cabeça e fechei os olhos.

Flashback On

Eles eram bruxos! De certeza que sabiam como entrar. Olhei para os meus pais, que ainda estavam confusos a olhar para o bilhete.

Suspirei e encaminhei-me para a família.

– Ah, desculpem – disse chamando a atenção sobre mim. Todos se viraram na minha direção. – A senhora disse magia?

Vi todos arregalarem os olhos.

– Olha o que fizeste James – repreendeu a mulher. – Harry, querido, apaga a memoria a miúda, por favor.

Vi o homem retirar a varinha do casaco e aponta-la na minha direção.

– Espere, não me apague a memória – pedi. – As minhas notas já não são grande coisa, então sem memórias é que eu não passo a Transfiguração de todo.

– Transfiguração? – Perguntou um dos filhos. James, eu acho. – Tu és bruxa?

– Desde a última vez que verifiquei, sim – respondi um pouco irónica.

O homem suspirou e baixou a varinha.

– Em que te podemos ajudar querida? – Perguntou a mulher.

– Plataforma 9 e ¾?

– Oh, é a primeira vez? – Perguntou o homem. – Vem nós ajudamos-te. Já agora, o meu nome é Harry Potter.

– Harry Potter? – Procurei confirmar. Ele acenou constrangido. – Bem, é um prazer conhecê-lo. O meu nome é Andrea Jones.

– Igualmente – disse ele. – Esta é Ginny, a minha mulher – apontou para a ruiva. – E estes são os meus filhos. James, Albus e Lily – apontou para cada um deles.

Flashback Off

A família Potter tinha-me ajudado embora não me conhece-se.

Flashback On

Fui puxada a reboque por Scorpius, que me levou até á cabine mais barulhenta do comboio. Ele abriu a porta e eu pude ver os seus ocupantes. Para além dos três Potter’s vi também uma rapariga e dois rapaz ruivos, e outra miúda morena.

– Oi pessoal, esta é a Andrea – apresentou-me. – Andie, estes são o Fred e a Roxanne – apontou para o ruivo mais velho e a morena. Espera! Andie? – E estes são o Hugo e a Rose – apontou para os outros dois ruivos. – E é claro os Potter…

(…)

A porta foi aberta e vi os pés de alguém á minha frente, no entanto não levantei a cabeça.

– Andie – a voz de Roxy chamou-me. – Olha para mim.

Suspirei e obedeci.

Ela sorriu quando o fiz.

– Isso é super assustador – disse a brincar. – Mas é engraçado!

– Engraçado? – Perguntei. – Os meus olhos estão vermelhos!

– E? Já viste o cabelo da Rose e do Fred? – Brincou. – Também é vermelho!

– Estás a brincar comigo?

– Oh va lá, mais uma ruiva no grupo não tem problema – sorriu.

E foi impossível não rir com o comentário. Senti de novo a ardência, e sabia que o azul acinzentado tinha voltado aos meus olhos.

– Anda lá, ruivinha – Roxy pegou-me na mão e levou-me até a cabine onde estavam os seus primos.

Quando lá chegamos todos olharam para mim.

– Eu peço desculpa pelo susto que vos causei – disse. – E pela forma como reagi.

Ninguém falou durante alguns segundos, até que Rose saltou do banco.

– Deixa lá isso, nós já somos todos estranhos mesmo, mais uma não faz mal – sorriu-me e eu sentei-me a seu lado.

Flashback Off

Eles tinham-me aceite como eu sou, mesmo não me conhecendo.

FlashBack On

Então ali estava eu, a ir para passar o natal na casa dos Potter, junto com a família Weasley e Malfoy.

Suspirei e toquei á campainha.

Passados uns minutos, uma mulher ruiva abriu-me a porta. Reconheci-a do primeiro dia de escola. Ginny Potter.

– Oh, tu és a Andrea, certo? – Perguntou e eu acenti. – Entra. Bem-vinda. Os outros estão na sala, eu já lá vou ter querida.

Ginny indicou-me onde ficava a sala e deixou-me sozinha na entrada. E agora?!

Só me restava entrar e procurar pelos outros.

Não difícil de chegar. Tendo os Potter e os Weasley juntos, a sala não estava propriamente em silêncio. Entrei e todos me cumprimentaram.

(…)

O numero de adultos na casa tinha aumentado. Eu vi o pai de Scorpius junto com uma mulher morena, calculei ser a mãe, e vi mais um casal na sala.

Ele era ruivo e ela morena. Ambos falavam com Harry.

– Ron e Hermione Weasley – disse uma voz masculina atrás de mim.

Virei-me e vi Potter sorrir-me.

– Qual é o teu problema com nomes das pessoas? – Perguntei levantando uma sobrancelha. Serio, o rapaz estava sempre a dizer-me como se chamavam as pessoas que eu desconhecia. – Mas obrigada pela informação.

James ficou surpreso com o meu agradecimento, mas não disse nada.

– Sr. Malfoy, é um prazer voltar a vê-lo – cumprimentei o pai de Scorp.

– Oh, Andrea, podes-me chamar de Draco – afirmou. - Esta é a minha mulher, Astónia.

– Prazer, querida – disse a senhora.

– Igualmente – respondi.

Depois foi a vez do casal ruivo-morena.

– O meu nome é Ronald Weasley e esta é Hermione Weasley – apresentou-se ele.

– Andrea Jones, é um prazer – apertei a mão a cada um. No momento em que apertei a mão á mulher eu senti um arrepio.

FlashBack Off

Sim, eu tinha a certeza de que nunca iria conseguir os magoar! Eles tinham sido tão simpáticos comigo.

Como é que eu ira magoar os Potter, quando me lembrava do sorriso de Ginny ou do olhar brincalhão de Harry? Para não falar nos filhos que eram meus amigos, incluindo o James.

E os Weasley! Como iria magoar alguém que já tinha sofrido tanto como Hermione, ou alguém que simplesmente transmitia amor como Ronald? E Rose? Aquela pequena sabe-tudo que me ajudou tanto mesmo sem saber a verdade? Ou Hugo que me fazia rir por ser tão lerdo e não ver que Lily era apaixonado por ele?

Eu não os queria magoar, mas algo dentro de mim dizia que eu não tinha escolha. E esse algo colocou lágrimas nos meus olhos.

– Andrea? – Assustei-me quando a voz quebrou o silêncio do corredor.


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Notas finais do capítulo

E entao? O que acham da Andrea? Acham que ela será capaz de magoar algum dos seus amigos? E quem será a voz misteriosa?



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