The Cursed Girl escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 17
Outra carta?


Notas iniciais do capítulo

E mais um capitulo :3
Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/448152/chapter/17

POV AUTORA

Ele andava de um lado para o outro na sala. O facto de mexer constantemente nos cabelos e estalar os dedos indicava que estava nervoso.

O som de saltos foi ouvido e ele parou de andar para encarar a porta. Quando ela entrou, ele suspirou de alívio. Sinceramente, ele não achava que ela viria.

– Olá – cumprimentou ela, mantendo uma certa distância.

– Vieste – disse ele sem se conter.

A morena arqueou uma das sobrancelhas perfeitamente depiladas.

– Não era para vir? – Perguntou um tanto irónica. – Quer dizer, quando alguém manda uma carta a dizer para nos encontrarmos, normalmente eles querem dizer mesmo isso. Que é suposto nos encontrarmos.

Ele sorriu. Ela seria sempre a mesma.

– Deixa-te disso – pediu. – Temos um problema.

Ela sentou-se calmamente num dos sofás da sala e suspirou antes de olhar para ela. Ela sabia sobre o que seria esse problema. Só havia uma coisa que os fazia estar juntos na mesma sala. Sozinhos.

– O que foi que aconteceu com a Andrea? – Perguntou ela diretamente.

– Eu descobriu que é adotada e que faz parte da família Black – informou ele.

Ela suspirou de novo.

– Então está na hora de lhe mandar outra das cartas que guardamos, não achas?

POV ROSE

Para com isso Scorp – pedi. – Estou a tentar estudar!

– Mas oh ruivinha tu estás sempre a estudar – disse ele fazendo beicinho. Bolas, isto era jogo baixo. Ele sabia que eu não conseguia resistir.

– Não! – Tentei manter-me forte. – Eu tenho de ter boas notas, ou a minha mãe mata-me!

O loiro riu-se.

– A Hermione nunca te iria matar pelas notas – afirmou ele. – Oh, va lá Rose. Deixa os estudos e fala comigo.

Bufei e olhei para o meu namorado.

Credo, como era estranho chamá-lo assim depois de tudo. Scorpius e eu eramos o típico casal que encaixava um no outro mas que aparentemente todos queriam ver separados. Tanto o meu pai como o dele, foram contra o nosso namoro. E a minha mãe também ficou um pouco com o pé atrás em aceitar. Mas atualmente, Os Malfoy’s e os Weasley’s dão se bem.

– Tudo bem – concordei. – Sobre o que queres falar?

O meu loiro sorriu.

– Queria saber o que tu achas que se passa com a Andrea – informou ele. – Ela anda em baixo ultimamente e não fala com ninguém.

– Eu também já tinha reparado – confirmei. – Quer dizer, nem discutir com o James a alegra.

Scorpius levantou uma sobrancelha.

– Discutir com o James é suposto alegrá-la? – Perguntou ele confuso.

Ri-me.

– Vais dizer-me que não achas que aquilo é amor? – Questionei a rir.

– Talvez – concordou ele. – Mas sendo assim, ela devia andar por ai a saltar de alegria, porque eles discutem todos os dias sempre que se vêm – disse ele. Depois suspirou. – Estou preocupado com ela. Parece parvo porque eu conheço-a á pouco tempo, mas eu realmente gosto muito dela. É quase como se ela fosse a irmã que eu nunca tive, percebes?

– É muito fácil gostar dela – concordei. – Ela faz aquele ar de forte, mas no fundo é simplesmente adorável. Eu sei o que queres dizer Scorp, eu também gosto muito dela. – Suspirei. – Eu posso tentar falar com ela, mas duvido que ela me conte o que se passa naquela cabeça.

POV ANDREA

Hora de almoço. O meu inferno pessoal!

Quer dizer, durante as aulas eu posso fingir que está tudo bem e que apenas estou concentrada na matéria. Mas aqui sentada no meio de todos os alunos, não há maneira de fingir.

Todos os meus amigos já aperceberam que algo se passa, no entanto, graças a Merlin, nenhum deles me perguntou algo.

– O que achas Andrea? – Fred perguntou, chamando a minha atenção.

– Ah? O quê? – Todos os meus amigos olhavam para mim com pena. – Desculpa, estava distraída!

Porque raio eles olhavam com pena? Eles nem sabiam o que se passava!

Comecei a sentir raiva de novo. Ultimamente era sempre assim, para onde quer que fosse algo me irritava profundamente.

Acho que o meu humor instável se devia á falta de horas de sono. Cada vez tinha mais pesadelos e isso não facilitava a tarefa de me manter acordada durante o dia para tentar perceber quem eu era na realidade.

– Estava a perguntar se não achas que a aula de Transfiguração foi demais – explicou Freddie.

– Oh – eu realmente não tinha prestado atenção á aula de todo – sim, acho que foi interessante – menti.

– A sério? – Perguntou James. – E sobre o que foi a aula exatamente?

Olhei para ele e senti a raiva acumular-se. Se os meus amigos não comentavam nada, o Potter aproveitava todas as oportunidades para me provocar.

Abri a boca para responder e começar mais uma das nossas discussões, quando alguém pigarreou atrás de mim.

Virei-me.

Lisa estava parada, em pé, com um sorriso nos lábios. Não podia significar boa coisa.

– Sim? – Perguntei neutra.

– Chegou esta carta para ti – informou e entregou-me uma carta. – A coruja pareceu-me um pouco confusa e eu resolvi ajudá-la trazendo-te a carta. – Sorriu sinicamente. O que andava ela a tramar. – Bem, de nada, JONES – despediu-se, dando enfase ao meu nome.

Então era isso? Ela achava que me conseguia intimidar por saber o meu segredo?

– Obrigada Finnigan – disse ironicamente. E virei-me de novo para a frente.

James tinha a sobrancelha arqueada.

– O que foi? – Perguntei.

– Gostei de como ela te chamou – informou ele.

– É o meu nome, não é? – Perguntei.

Ele encolheu os ombros e voltou a comer.

Olhei para a carta. Havia algo nela que me fazia ter receio de a abrir.

– Não vais abrir Andie? – Perguntou Fred.

Olhei para eles e vi que todos me olhavam curiosos.

Pois, eu não iria abrir ali com eles.

– Sim, vou – levantei-me. – Eu… vejo-vos depois. – E sai do Salão.

Os corredores estavam vazios, pelo que cheguei depressa á torre de Astrologia. Sentei-me num dos bancos e suspirei.

Abri a carta e li.

Andrea,

Hoje fazes 1 ano. Acreditas que já se passou um ano desde que te foste? Um ano desde que saíste dos meus braços.

Tudo mudou por aqui. Para começar, eu e o teu pai já não estamos juntos. Ambos seguimos diferentes caminhos, mas por algum motivo encontramo-nos hoje e fomos ver-te. Não foi algo combinado, simplesmente aconteceu. Num momento eu estou atrás de uma árvore escondida a olhar para ti, no outro ele está ao meu lado com um sorriso nos lábios. Acho que tivemos a mesma ideia.

Tu és tão perfeita. Tão pequenina. Continuas com os mesmos olhos cinzentos enormes, e o cabelinho preto. És tão linda que foi quase impossível vir-me embora sem te abraçar.

Mas eu não posso fazer isso. Porque é melhor tu estares longe de mim!

Se estás a ler isto é porque já descobriste algumas coisas sobre a tua vida. Sim, minha querida, tu és adotada. Os teus pais são bruxos!

Digamos que nós somos de lados diferentes da história, mas uma coisa temos em comum. Ambos te amamos muito!

Na última carta que recebeste, eu disse-te para te manteres afastada de Hogwarts. Espero sinceramente que o tenhas feito, mas caso estejas no castelo, só me resta explicar-te algumas coisas.

Para começar, eu e o teu pai estudamos no castelo ao mesmo tempo. Eramos de casas rivais. Gryffindor e Slytherin. Escusado será dizer que o nosso namoro não era bem visto, então mantivemo-lo em segredo, por isso pouca gente sabe sobre ti.

Quando descobri que estava grávida e soube da maldição, eu tive de avisar Dumbledore. O meu amor por ti, e pela tua segurança, era maior do que qualquer risco. Por isso, ele sabe sobre ti.

Mesmo morto, ele garantiu-me que te iria ajudar quando eu não pudesse. Talvez seja estranho eu confiar a tua vida a um fantasma, mas Dumbledore será sempre o bruxo mais inteligente que existiu. E até eu consigo ver isso!

Outra coisa de que te quero falar é a tua capacidade de te mudares. Sim, querida, tu fizeste isso quando nasceste. Mudaste os teus olhos de cor, e eu acredito que sejas algum tipo de Metamorfa. Quando te vi hoje, não presentaste qualquer indícios disso, mas talvez seja algo que virá com o tempo.

Se fores, eu acredito que terá vindo da tua herança Black. Afinal Tonks também era.

Isso mesmo, minha querida, tu tens sangue Black nas tuas veias.

Com todo o amor e carinho,

A tua mãe.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

comentarios?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Cursed Girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.