The Cursed Girl escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 12
Eu preciso daquele livro!


Notas iniciais do capítulo

Ola ola!
Desculpem a demora, espero que gostem do capitulo e que comentem
beijos



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“27 De Dezembro de 1996”

Andrea,

Hoje fazes 17 anos, és finalmente adulta!

Escrevi esta carta no dia em que nasceste e pedi para que ta entregassem neste dia. Se a estás a ler agora é porque ainda não nos conhecemos.

Está a nevar lá fora, clima típico de Londres, e eu estou sentada na mesa do meu quarto de hospital a escrever esta carta que talvez nunca te chegue às mãos. Mas que mais posso eu fazer?

Está será, provavelmente, a ultima vez que te vejo, a ultima vez que te tenho nos meus braços.

Como é que uma mãe se separa o seu maior tesouro?

És tão pequena. Com os teus poucos cabelos pretos e os teus enormes olhos cinzentos, és a coisa mais linda que eu já vi!

O teu pai esteve comigo quando nasceste, acho que nunca o tinha visto tão feliz. No entanto, estamos preocupados com o teu futuro.

Sei que me deves odiar neste momento, mas espero que saibas que é tudo para o teu bem. Eu e o teu pai amamos-te mas cometemos o erro de te ter e agora temos de nos despedir para a tua segurança.

Deixamos-te á porta de uma família muggle. Eu estudei-os toda a minha gravidez e sei que eles serão uma ótima família. Família que nunca irias ter comigo!

Com 17 anos já deves ter entendido que não és como as outras raparigas, e espero que isso não seja uma desilusão para ti. Com o teu pai e eu bruxos, como é que tu poderias não o ser?

Aos 11 anos, deves ter recebido a carta de Hogwarts. Eu e o teu pai estudamos no castelo, e é por isso que tu não te deves aproximar dele.

Foi em Hogwarts que acabou, é em Hogwarts que vai começar!

Afasta-te do castelo!

Espero que entendas que o que eu estou a fazer é para o teu próprio bem. Não quero que te magoes. 17 Anos é muito tempo para a minha primeira carta, mas é uma boa data para começares a compreender o que se passa á tua volta!

Com amor,

A tua mãe.”

Poisei a carta na colcha.

Não a tinha aberto durante dois dias, e agora sabia porquê. Algo me dizia que não queria saber o que estava escrito naquele pedaço de papel, e tinha razão.

O que era aquilo?

Uma brincadeira? A verdade?

Se fosse verdade, isso significava que eu era adotada. Mas quem eram os meus pais verdadeiros? A carta dizia que eram bruxos. Mas quem?

Quem foram os bruxos capazes de abandonar a própria filha?!

Para minha segurança? Porquê? Eles eram perigosos?

Olhei para a minha mão, onde o anel azul repousava. Agora compreendia a carta que vinha junto com ele.

“Andrea.

Eu dei este anel á tua mãe quando começamos a namorar. Achamos melhor dar-to para que estejas sempre connosco onde quer que fores. Espero ver os teus olhos desta cor muitas vezes.

Com amor”

Agora percebia porque não estava assinado. Não tinha sido uma prenda dos meus pais, mas sim dos dois bruxos que me abandonaram.

Tantas perguntas se passavam pela minha cabeça.

Quem eram eles? Porque é que os meus pais nunca me contaram? O que iria acontecer no meu futuro? Para minha própria segurança? Que mal havia com Hogwarts?

Quem era eu?

O som da porta abrir-se troce-me de volta ao dormitório. Lisa e as amigas entraram a rir-se, mas assim que me viram sentada na cama calaram-se.

– Ora, ora, se não é a nossa amiga colorida – disse Lisa, as outras riram-se. A sério, qual é a piada?

– Ora, ora, se não é a minha amiga de plástico e os seus clones – respondi.

Antes que elas pudessem responder, levantei-me e sai do dormitório.

Eu precisava de pensar.

Passei pelo Salão Comum de Gryffindor e vi Roxy, Fred e o Potter sentados nos sofás a rirem-se.

– Hey, Andie – chamou-me Roxy. – Senta-te connosco!

Parei de andar. Olhei para eles e depois para a porta, a tentar decidir o que fazer.

– Anda lá, eu prometo que me comporto – disse o Potter.

Suspirei e sentei-me ao lado de Fred.

– Então o que estão a fazer? – Perguntei, tentando parecer interessada. Acho que não enganei ninguém, mas nenhum disse nada.

– Estamos a preparar a nossa próxima partida – informou Roxy.

– Vamos arrebentar uma bola de bosta no corredor do quarto andar – explicou Fred.

Arregalei a sobrancelha.

– Sabes que nós adoramos meter-nos com o Fitch – disse o Potter.

Assenti e deixei-os continuar o plano.

Mantive os olhos na lareira, mas sentia uns olhos castanhos esverdeados em mim. Desta vez, não me importava, tinha muitas coisas na minha cabeça.

Eu precisava saber de quem eu era. E só havia uma pessoa em Hogwarts que me poderia ajudar.

– Vocês sabem onde está a Rose? – Perguntei de repente. Vi James ficar confuso.

– Biblioteca, – responderam Roxy e Fred, ao mesmo tempo, sem desviar os olhos do pergaminho á sua frente.

– Bem, então obrigada – agradeci. – Eu vou ter com ela!

Sai em direção á biblioteca, sentindo os olhos de James nas minhas costas.

Tal como previsto, Rose encontrava-se sentada numa das mesas com um livro enorme nas mãos. Aproximei-me dela.

– Olá, Rose.

Ela olhou para cima.

– Oh, olá Andie – respondeu. – Posso ajudar-te nalguma coisa?

Sorri e sentei-me á sua frente.

– Na realidade, podes – disse. Ela olhou-me á espera. – Há alguma maneira de saber a linhagem de uma família?

Rose pareceu curiosa.

– A linhagem? – Procurou confirmar. Acenei. – Bem, algumas famílias mais antigas têm um livro com a linhagem completa. Mas porque queres saber?

E agora? Como iria sair desta?

– Ah… eu… eu fiquei curiosa sobre os metamorfose e gostaria de saber se existem mais que eu possa conhecer – menti.

Rose pareceu desconfiada, mas não disse nada sobre isso.

– Que família em particular? – Perguntou.

Que família, Andrea? Podias pertencer a qualquer uma, qual delas irias escolher para começar? Depois recordei-me de algo que James disse sobre mim e Sirius.

“Serio, ruiva, se tu não fosses nascida muggle, eu diria que eras da família do Black”

Familia Black?

– Que tal a família Black? – Propôs a Rose.

Ela sorriu.

– Boa escolha – elogiou. – A família Black é uma das mais antigas e tem todo o tipo de documentação, além disso tem historial de metamorfose – afirmou. – O Ted, por exemplo.

– O Ted é um Black?

Rose riu-se baixinho.

– Sim, a avó dele é Andromeda Black – explicou a ruiva. – Mas, infelizmente para ti, a família Black era uma grande apoiante de Voldemort, pelo que os seus registos estão na Área Reservada. Não os podes ler sem a autorização de algum professor.

Desanimei um pouco. Eu precisava daquele livro. Eu precisava ler aquele livro.

– Hum… talvez Ted me ajude – afirmei. Rose sorriu e acenou. – Bem, obrigada Rosie. Vou deixar-te continuar a ler.

– Foi um prazer ajudar, Andie – depois voltou a sua atenção para o livro.


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Notas finais do capítulo

comentem por favor :3



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