Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 87
Epílogo




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Após a grandiosa formatura, os meses se passaram rapidamente. E com esse passar do tempo, o inverno chegou, rigoroso e impetuoso. A neve cobria Hogsmeade, deixando o interior dos lugares, quentes e aconchegantes. O ano letivo, já havia começado novamente. O natal se aproximava, e junto com ele, as reuniões em família. Rose, depois de algum tempo, encontrou-se com Scorpius, onde tudo talvez tenha começado. E após aquele encontro atrapalhado — onde a ruiva saiu com os cabelos molhados e o loiro com a camisa suja de lama. Acertaram-se de tal forma, que não se desgrudavam mais. Encontravam-se todos os dias, no fim da tarde. Após o expediente dela em uma livraria, ou após os treinos de Quadribol da mesma. Scorpius ainda estava em testes na Academia de Aurores, e por isso, tinha a maioria das tardes livres.

Rose naquela tarde estava organizando uma pilha de livros novos, o cachecol cobria até metade de seu queixo, deixando-a bastante aquecida. Ajeitava as etiquetas no interior das capas, quando o sino da porta soou pelo lugar. Levantou o olhar, observando o suposto cliente por cima dos exemplares.

—Bom dia ruiva! —Scorpius abriu um largo sorriso.

—Boa tarde! —Corrigiu-o.

O loiro sorriu.

—Vamos? —Perguntou escorando-se no balcão.

A ruiva sacudiu a varinha, fazendo com que a pilha de grossos e pesados exemplares de cores escuras e mórbidas, seguissem-na até as prateleiras empoeiradas.

—Meu expediente ainda não terminou! —Falou baixo, enquanto organizava os livros.

—Dou um jeito nisso rapidinho! —O loiro se esgueirou por entre as prateleiras e parou em frente à dona da livraria. —Está belíssima hoje Meg!

Sorriu de forma charmosa.

—Ora, não preciso de galanteios Sr. Malfoy. —A senhorinha de idade sorriu e olhou-o. —Seja direto!

Rose se aproximou sorrindo.

—É que eu queria roubar a sua assistente um pouco mais cedo hoje, se a senhora é claro, permitir! —Sorriu novamente.

—Mas é claro meu jovem. —A idosa lhe beliscou a bochecha. —Aproveitem!

Rose se meteu entre os dois.

—Tem certeza de que não quer que eu fique? —Perguntou preocupada.

Meg estalou os lábios.

—Vá logo antes que eu tenha que pegar a minha varinha! —Riu.

Rose sorriu-lhe simpática enquanto tirava o avental.

—Prometo que amanhã bem cedo estarei aqui! —Falou jogando o pesado casaco nos ombros.

—Não ouse aparecer antes das dez! —Meg gritou uma última vez, antes de a sineta tocar e o vento frio entrar pela porta.

O casal de braços unidos, aparatou um pouco depois da livraria.

Em Hogsmeade, não demoraram a entrar no Três Vassouras. Sentaram-se em uma mesinha no fundo, ambos pediram chocolate quente e uma caneca e cerveja amanteigada, a qual dividiriam.

Estavam sentados lado a lado, Rose, por debaixo da mesa, esticara as pernas por cimas das do rapaz, sentando, parcialmente em seu colo. As mãos unidas demonstravam todo o carinho que tinham um pelo o outro.

—Tem certeza? —Scorpius perguntara pelo décima vez naquela tarde.

—Absoluta. —Rose o beijou rapidamente. —Estaremos juntos, nada vai dar errado!

— Para você é fácil falar, é Rose Weasley!

A ruiva gargalhou, levando a cabeça para trás, enquanto exibia os dentes brancos.

—Não sei do que está rindo. —Deu de ombros. —Você prendeu um comensal da morte no nosso quinto ou sexto ano, não importa! Estuporou seu próprio primo, quase quebrou o meu nariz e deixou a marca da sua mão na bochecha daquela.

—Não se esqueça que me atirei da vassoura em movimento em um teste de confiança! —Sorriu como se fosse algo normal.

—Eu juro que nessas horas entendo porque você foi para a Grifinória e não para a Corvinal! —Roubou-lhe um beijo.

—Ousadia? —Perguntou entre os lábios do rapaz.

—Coragem! —Afirmou. —Eu nunca que me lançaria de cima da minha vassoura, na hipótese de conseguir cair sentado em cima do meu primo.

Rose sorriu.

—Mas acho bom o senhor criar coragem, pois está na hora de irmos! —A ruiva levantou-se, ajeitando o casaco e a boina.

—Tem certeza de que não vou morrer? —Perguntou uma última vez, abrindo cordialmente a porta para a ruiva passar. Sem antes lançar um olhar para Lorcan, sentado em uma mesa com uma belíssima morena de olhos escuros, a qual reconheceu sendo uma Lufana. Sorriu voltando a atenção para a ruiva.

—Claro que sim. Nunca vou te abandonar!

—Nunca! —O loiro repetiu, antes de aparatar.

A casa era simples, mas muito bela, nada grandioso ou exagerado como a Mansão onde seu pai viveu. Scorpius gostou, parecia extremamente aconchegante. Rose abriu a porta e entrou, puxando-o pela mão.

—Mãe, pai? Cheguei! —Gritou, enquanto deixava a boina e o casaco no cabideiro de madeira ao lado da porta.

—Estamos na sala querida! —Scorpius reconheceu a voz angelical sendo a de Hermione.

Scorpius apertou a mão da ruiva que o guiou pelo corredor até a sala.

—Mãe e pai. —Chamou-os. —Esse é Scorpius Malfoy, o meu namorado!

Hermione graciosamente andou até o rapaz, abraçando-o gentilmente.

—Seja bem vindo a família. —O loiro ruborizou com o comentário.

—Obrigada senhora Weasley!

Ronald pareceu analisá-lo por um minuto. Mas logo, tirou a carranca do semblante e esticou a mão, apertando firme a do rapaz.

—Soube que é muito bom em Xadrez Bruxo, que tal uma partida? —Sorriu para o rapaz ainda tímido.

—Claro senhor, adoraria! —Olhou para Rose.

Hermione os interrompeu.

—Deixo vocês jogarem, depois do jantar! —Esticou a mão mostrando o caminho aos rapazes.

O jantar foi mais tranquilo do que a ruiva esperava. Seu pai contou para Scorpius cada detalhe de quando fez o curso para aurores, explicou-lhe alguns feitiços que seriam perfeitos para passar nos testes e que logo conseguiria uma vaga entre os aurores.

Após a sobremesa, Hermione sentou-se com a filha na sala, ambas a conversar. Enquanto mais ao lado, Rony e Scorpius iniciavam uma partida de Xadrez.

Rose encolhida na poltrona, com um livro no colo observava o pai e o namorado, juntos, em uma excitante partida de xadrez bruxo, jogo qual, nunca se interessara por completo. Achava-o, assim como sua mãe, uma diversão para bárbaros, mas aprendera a apreciar. Lembrou-se de tudo que vivera até ali, das incansáveis brigas com o loiro, e até mesmo o soco que lhe dera. Olhou para a sua mãe que sorria encantada com o garoto e o marido.

A ruiva olhou para o loiro e ambos trocaram um sorriso.

E daquele momento em diante Rose soube, que tudo se acertaria. E quando aquilo terminaria? Se dependesse dela...

Nunca!


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Notas finais do capítulo

Chegamos ao inevitável final. Isso é tão triste, achei que nunca fosse terminar, mas... Acabou!
Agradeço a cada um de vocês, leitores. Pela dedicação e carinho. Apoio e incentivo! Principalmente no incentivo, nas recomendações, cada comentário ou azaração lançada!
Amei interagir com cada um de vocês. Sentirei saudades.
Até