Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 77
Coragem




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Rose iniciara a poção sozinha, os rapazes apenas lhe entregavam os ingredientes, e lhe levavam comida caso faltasse ao jantar para preparar a poção. E novamente estava lá, verificando a consistência do liquido no caldeirão de estanho. Enquanto os rapazes, jogados no sofá e na poltrona jogavam alguma coisa. Luke bocejava desanimado, enquanto Scorpius e Tiago se distraiam com um jogo de xadrez bruxo.

—Finalmente! —Rose levantou os braços para cima e jogou a cabeça para trás em comemoração.

Os garotos a olharam curiosos.

—O que foi? —Luke perguntou sonolento.

—Terminamos! —Falou, derramando o liquido incolor em um frasco.

—E agora? —Tiago se aproximou da prima com os outros dois garotos no seu encalço.

—Um de nós testa! —Falou sorridente.

—Até mais. —Tiago e Hugo saíram às pressas do Salão.

Scorpius olhou para Rose que sorriu.

—Não adianta, não vou beber isso aí. —Falou jogando-se na poltrona novamente.

—A qual é Malfoy, é para o trabalho! —Rose pediu, já com o copo de suco de abóbora onde colocara as três gotas da poção.

—Não! Beba você. —Falou cruzando os braços e fazendo bico.

—Seu covarde! —E antes que Scorpius pudesse responder, Rose já havia ingerido todo o liquido.

A ruiva sentou-se na poltrona, ao lado do rapaz.

—E agora? —Perguntou.

—Agora estou sobre o efeito da poção! —Respondeu dando de ombros.

—Vou testar, responda com sinceridade. —Pediu.

Rose revirou os olhos. —Nem se eu quisesse não poderia mentir.

Scorpius sorriu maliciosamente e colocou o dedo no queixo, pensando nas perguntas que faria.

—Você é uma sabe tudo teimosa? —Perguntou com um sorriso maroto no rosto.

Rose torceu os lábios.

—Sim, Malfoy. —Respondeu abraçando uma almofada.

—Interessante você se achar teimosa. —Riu baixinho.

Rose bufou irritada.

—Certo, não quero que fique brava comigo, mas me responda. —Falou e Rose assentiu. —Naquele dia que deu um tapa, um belo tapa a propósito na Scoults. Você disse que queria me beijar!

Rose arregalou os olhos.

—Você quer me beijar agora? —Aproximou-se sedutoramente de Rose. —Quer?

Rose balbuciou algo, abaixando o olhar.

—Rose. —Scorpius levantou seu queixo com os dedos. A ruiva afundada na poltrona corou. —Responde, por favor!

—Sim. —Falou baixo.

Um sorriso largo se abriu no rosto do loiro. Empinou o nariz, até tocar o de Rose.

—Eu também! —E com um movimento impulsivo selou seus lábios aos de Rose.

O contato foi cheio de saudade, e diferente do beijo que dera em Scoults, esse foi com sinceridade e paixão. Mas quando pediu permissão para travar a batalha entre suas línguas que tanto ansiava, Rose tocou em seu peito. Scorpius entendeu e recuou.

—Quer fazer mais alguma pergunta? —Perguntou olhando para baixo, respirando ofegante pelo nervosismo.

—Por que... —Scorpius parou e se afastou, sentando novamente no sofá. —Sei que está funcionando!

—Boa noite. —Rose falou e subiu correndo, até seu quarto. Agradecendo mentalmente por Scorpius não perguntar o motivo da quebra do contato.

Rose saiu do quarto novamente, e Scorpius mais que prontamente olhou para a ruiva, curioso com sua movimentação.

—O que foi? —Perguntou levantando-se e olhando para a garota, com a mão na testa, aparentemente nervosa.

—Eu traí o Lorcan! —Falou inexpressiva, igualmente à Scorpius que não acreditava no que a ruiva estava dizendo.

—Vocês estão namorando? —Perguntou quase cuspindo as palavras. Seu nervosismo era tão evidente quanto o de Rose, e sabia mais do que ninguém o quanto se esforçava para não sair e tomar satisfação com o Corvino.

Rose o encarou um tanto receosa.

—Sim, quero dizer, eu não sei! —Dizia já descendo as escadas, aproximando-se do loiro.

—Desculpe, mas, não entendi! —Falou cruzando os braços e levantando a sobrancelha.

—Eu não sei. Okay? —Colocou a mão sobre a testa. —Nós nos beijamos e concordamos que não significava nada, e...

—E que a resposta é clara. —Scorpius se meteu. —Você não o traiu, entendeu?

Rose assentiu.

Antes que ambos pudessem subir, um dos quadros pendurados se chacoalhou, lhes chamando atenção.

—O que foi? —Rose perguntou à moça do retrato.

—A diretora pediu para que vós fizésseis a ronda hoje à noite. —A garota da pintura com traços Medievais sorriu para Rose e Scorpius.

—Claro. —Rose falou baixo e virou-se. —Vamos?

O loiro assentiu paciente e seguiu a ruiva para fora do salão. Durante todo o percurso caminharam ombro à ombro em completo silencio. Porém, era um silencio ensurdecedor, ambos com a vontade e falar algo, ouvir a voz do companheiro. Enquanto voltavam para o Salão, encontraram com dois estudantes, beijavam-se perto de uma estátua velha.

Scorpius pigarreou alto o suficiente para separa-los e tornar suas bochechas claras em um vermelho que o cabelo de Rose invejaria.

Rose apontou a varinha iluminada para os adolescentes, vendo o símbolo em suas vestes que indicava a casa Corvinal.

—O que estão fazendo aqui? —Perguntou com a voz dura e firme.

—Nós, er... —A garota iniciou a resposta, mas Scorpius a interrompeu.

—Achei que fosse óbvio o que estavam fazendo, ruiva! —Falou com ironia para Rose. —Menos cinquenta pontos para a casa.

—Cinquenta? —Rose e os dois jovens falaram exasperados.

Scorpius olhou firme para a ruiva. Rose ignorou-o e olhou para os estudantes.

—Menos dez pontos. —Falou e ambos assentiram. —Direto para o dormitório!

A garota assentiu quase como um agradecimento e logo saíram correndo pelos corredores.

Scorpius a encarava com raiva.

—Você tirou toda a minha autoridade! —Falou para Rose.

A ruiva cruzou os braços diante do peito.

—Tirei e não me arrependo! —Colocou a mão sobre os lábios. —Maldita poção.

Rose saiu praguejando, batendo pés enquanto Scorpius a seguia. Estavam ao lado do quadro de Dragão quando Rose virou-se bruscamente, com a testa franzida.

—Você só fez aquilo, porque está com raiva do Lorcan, por ele ter me beijado. —Falou apontando o dedo para Scorpius.

—Está louca garota, aqueles dois mereciam. —Falou.

—Não e você sabe disso. Não culpe os outros por algo que não teve a coragem de fazer. —Gritou.

O que pareciam não perceber, era que a cada palavra dita, aproximavam-se mais. E no final da frase, Rose já tinha as costas coladas na parede e Scorpius muito próximo de seu corpo. O rapaz sorriu e aproximou-se ainda mais, colando seus lábios a orelha de Rose.

—Tem certeza que não tenho coragem? —Rose estremeceu o que lhe fez sorrir. Rapidamente selou seus lábios aos de Rose, sem pressa, apenas sendo criativo com os movimentos. Após recuar contra a própria vontade, lançou seu sorriso mais cafajeste e entrou no salão comunal, como se nada tivesse acontecido.


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Notas finais do capítulo

Hey, comentem e recomendem! ;)