Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 62
Floresta Probida


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer as fofas que recomendaram a fanfic, Mirele Viviane e Brunapmo!



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No mesmo dia, Luke quase quebrou Rose ao meio quando a abraçou. Com seu jeito de irmão mais velho, verificou o rosto, braços e pescoço de Rose, procurando por algum ferimento. E depois de escutar atentamente a explicação da garota. Suspirou mais aliviado.

A partir daquele sábado, as semanas começaram a passar com mais velocidade, e o final do ano se aproximava cada vez mais. Era o fim de uma tarde de quinta-feira, o tempo estava nublado, quando Lorcan chegou com um exemplar do Profeta Diário em mãos, entregando para Rose.

Todos olharam para a ruiva.

—O que é? —Tiago perguntou. Rose tomou o jornal em mãos e leu em voz alta.

Comensal da Morte, pode estar escondido nas redondezas de Hogsmeade. “Há possibilidade de estar escondido na Floresta Proibida, diz Auror.”

Scorpius tirou o jornal das mãos da ruiva jogando-o longe. E virando Rose pelos ombros, para que o olhasse.

—Escute aqui, prometa que não vai entrar na floresta para procurar esse cara! —Rose desviou o olhar para os primos e para o jornal. —Prometa!

Rose assentiu.

—Eu prometo. —Falou baixo, tentando convencer-se de que não faria nada precipitado.

Todos na mesa olhavam para o casal. Scorpius sentia-se mais seguro. Rose era responsável, não mentiria com aquela intensidade.

O restante do dia passou, Scorpius e Rose passaram a noite jogados no sofá, com os dedos entrelaçados.

—Hey, eu estive pensando. —Scorpius falou baixo, na esperança de que Rose não o tivesse escutado.

—Pensando? —Incentivou.

—É, sabe? Se eu estiver indo rápido de mais, me avise. —Rose sentou-se, para olhar melhor para o namorado. —Eu gostei de dormir com você, e acho que podemos repetir. Mas claro, se não quiser, eu entendo.

Rose riu e sentou-se no colo do loiro.

—Não tenho objeção alguma. —Beijou-o ternamente.

Naquela e na noite seguinte, aderiram a ideia de dormirem juntos, abraçados e seguros, um nos braços do outro.

Sábado novamente, ficaram até mais tarde na cama. O dia estava propenso a descanso e cobertas durante a tarde. As nuvens estavam carregas, em um tom escuro entre o cinza e o branco, o sol estava encoberto pelas grossas camadas.

Depois de Rose quase o jogar para fora da cama, Scorpius levantou-se, para trocar de roupa e descer para o café da manhã. Após a refeição, passaram a manhã em baixo da árvore à beira do Lago Negro. Ambos lendo.

—Você ouviu isso? —Rose tinha o olhar voltado para um arbusto ao longe.

—Deve ser algum animal, vamos almoçar. —Scorpius puxou a ruiva para o castelo.

Já se tornara rotina para o loiro, sentar-se com os Grifinórios, assim como Luke e Alvo. Conversavam alegremente, riam das piadas e atuações de Tiago. Alvo se debulhava em risos e lágrimas.

—Hey, Rô, você tem alguma noticia? —Hugo perguntou entre as conversas.

—Ah, claro. Mamãe enviou uma carta, vou lá buscar. —Levantou-se, mas Scorpius segurou seu pulso.

—Quer que eu vá com você? —Perguntou com um sorriso bobo nos lábios.

—Não precisa, é rapidinho. — Beijou o rapaz e seguiu para o salão comunal.

Rose havia se esquecido de entregar a carta para Hugo. E durante o caminho, foi passando as palavras em sua mente:

“Queridos Rose e Hugo,

Como prometido, darei noticias. Seu pai está bem, mandou lembranças à vocês. Ele está melhorando, já acordou e sente-se bem... Pelo o menos é o que ele diz. Logo sairá daqui, prometeu que assistirá o ultimo jogo da temporada, com a esperança de que vocês vençam da Sonserina. Ainda me pergunto quando essa maldita rivalidade vai terminar!

Estou ansiosa pelo jogo, e para ver vocês. Prometo que dessa vez, não há compromisso que nos faça desmarcar. Espero que estejam bem, sinto saudades.

Hermione W.”

Procurou o envelope pela escrivaninha bagunçada, remexeu nas gavetas até encontrar a carta. Rapidamente, desviou seu olhar para janela, porém, não voltou a olhar para a mesa. Ao longe, na orla da floresta uma figura negra. O encapuzado. A figura sombria entrou na floresta, como um aviso.

Sem pestanejar, soltou a carta sobre a cama. A varinha foi parar no bolso de trás de sua calça, o cabelo solto, preso em um rabo de cavalo. Saiu às pressas do quarto, sem se importar com nada. Desceu apressadamente pelas escadas, esbarrando em alguns alunos, apenas murmurando desculpas enquanto corria para fora. A grama estava escorregadia, pelo sereno da manhã. O céu estremeceu com o som de um trovão.

—Vamos lá Rose, coragem. —Disse para si, segundos antes de entrar em passos curtos na Floresta Proibida. Mesmo naquele horário, a Floresta era escura, e a pouca luminosidade era retida pelas nuvens nubladas.

Enquanto Rose continuava adentrando cada vez mais o lugar. Scorpius procurava-a pela escola.

—Achou? —Tiago perguntou passando pelo loiro.

—Nenhum sinal dela no Salão Comunal, encontrei a carta que ela falou. —Entregou o papel para o garoto.

—Também não está na biblioteca....

—Nem na Ala Hospitalar. —Completou Alvo juntando-se aos garotos.

—Campo de Quadribol? —Scorpius perguntou.

—Nada. —Luke e Hugo falaram juntos. —E agora?

—Minerva também não a viu! —Lily vinha correndo, parando ao lado de Luke, lançando-lhe um olhar preocupado. —Onde ela pode estar?

—Eu não sei. —Scorpius sentia-se derrotado.

—Com licença, desculpa pela intromissão, mas não pude deixar de ouvir. —Lorcan aproximou-se do grupo. —Vocês estão procurando por Rose, certo?

Alvo assentiu.

—Ela esbarrou em mim, parecia apressada. Foi em direção aos jardins. —Falou e Scorpius respirou, negando com a cabeça. —Espero ter ajudado.

Lorcan saiu do meio do grupo, indo ao encontro do irmão afastado.

—Algo em mente Malfoy? —Tiago perguntou com indiferença.

—Infelizmente. —Falou. —Rose está na floresta.

Pareceu ignorar o espanto dos amigos e levantou o rosto.

—Luke, Hugo e Lily, tentem avisar os aurores que estão em Hogsmeade. —O trio assentiu e saiu correndo, com sorte chegariam ao povoado em menos de dez minutos. Mais sorte ainda foi que o passeio ao lugar estava liberado durante os finais de semana. —Potter’s, avisem a diretora.

—E você? —Tiago perguntou antes que o loiro partisse.

—Vou atrás dela. —Ignorou os gritos de ambos os garotos morenos, e saiu correndo até a floresta. Ignorando o que representava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, pessoas. Até logo