Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 59
Manchete Insignificante




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Todos estavam sobre as vassouras, os uniformes perfeitamente alinhados. Madame Hooch apitava para os jogadores pousarem e seguirem para os vestiários. Era um treino apenas da Sonserina. A professora estava observando os treinos depois que um Sonserino empurrou uma Corvina de cima da vassoura propositalmente. Rose estava na arquibancada, observando o namorado. O relacionamento estava maravilhoso. Era tudo novo e perfeito. Sem brigas no decorrer dos dias.

Scorpius voou rapidamente para onde Rose estava apoiada.

—Daqui quinze minutos, me encontrei na saída do vestiário! —A ruiva assentiu e sentou-se novamente. Esperou, arfou com o vento ainda gélido que batia em seu rosto a cada segundo, estava congelando. Viu do alto da arquibancada quando o time começou a sair gradativamente. Desceu eufórica e parou ao lado da porta. Luke saiu.

—Pode entrar, Scorpius ainda está se vestindo. —Sorriu e abraçou a vassoura. —Juízo.

Rose corou e esperou até que o amigo estivesse à alguns passos de distância, então entrou no vestiário. Seu rosto corou ao encontrar o uniforme do namorado no chão, a calça e camisa e a capa. Olhou mais para cima, encontrando o rosto surpreso de Scorpius que, aparentemente colocava as meias.

—Oi. —Rose sorriu encolhendo-se ao ouvir o som da porta batendo.

—Hey. —Saldou com um movimento. —Você está com frio?

Rose assentiu, mas disse que não tinha problema. O rapaz, atencioso, levantou-se e entregou sua capa de Quadribol para Rose. A ruiva o vestiu, a capa verde com o sobrenome Malfoy escrito nas costas, destacava a pele e o cabelo da garota.

—Você deveria usar mais as minhas roupas! —Falou admirando a Grifina.

—Esqueceu que já estou com praticamente todo o seu guarda roupa comigo? —Riu baixinho aproximando-se do loiro sentado em um banco. Scorpius envolveu a cintura da ruiva com seus braços e puxou-a para um beijo apaixonado. Rose segurava o rosto do namorado com carinho.

—Vamos, precisamos jantar e depois dormir, amanhã tem passeio à Hogsmeade. —Pegou a mão da ruiva e arrastou-a.

Rose tentou ignorar os olhares que recebia por conta do uniforme do garoto. Scorpius apertou-a contra seu corpo para reconforta-la.

O dia seguinte amanheceu com um sol resplandecente, forte e vivido. Rose já estava vestida no andar de baixo quando Scorpius desceu. Tomaram seus cafés da manhã e seguiram pela estrada até o povoado próximo.

Primeira parada foi no três vassouras que se tornara o lugar preferido do casal, onde Scorpius sempre insistia para Rose tomar cerveja amanteigada e deixar o chocolate quente de lado. Acabavam sempre dividindo as bebidas. Passaram em diversos lugares, encheram diversas sacolas de papel com doces variados na Dedos de Mel. Scorpius arrastou Rose para a Zonko’s, dizendo-lhe que seria boa se a ruiva risse um pouco mais. Rose, esquivou-se da loja, puxando Scorpius assim que o garoto pagou pelos objetos adquiridos. Uma pequena multidão de alunos cercava um lugar onde pôster e anúncios eram colados. Rose se esgueirou entre todos os estudantes para ler.

“Procurado comensal, atende por Encapuzado. Visto atualmente nas redondezas de Hogsmeade”.

Rose leu alto e um frio passou pelo seu corpo, do mesmo modo que Scorpius logo segurou seus ombros, dando-lhe apoio.

Os alunos começaram a voltar, justamente por medo do tal encapuzado que havia voltado. Rose viu ao longe uma movimentação, reconheceu imediatamente. Olhou-se na janela de um estabelecimento, procurando algum sinal de roupa do namorado.

—Malfoy, me dê cinco minutos! —Pediu andando em direção aos primos e consequentemente ao seu tio Harry e ao seu pai.

—Rose querida! —Rony abraçou a filha. —Fico feliz em vê-la. Como está?

—Bem. Tio Harry. —Murmurou e assentiu para o tio como um cumprimento. —Você está aqui por causa do comensal, não é?

Rony olhou para Harry e relutante assentiu.

—Estou. Mas não se preocupe, iremos pegá-lo antes que consiga falar Azkaban! —Abraçou a filha. —Agora volte para o castelo, sei que gostaria de aproveitar o passeio, mas volte. Lhe mandarei informações assim que puder.

—Tudo bem, mande um abraço para a mamãe. —Sorriu e olhou para o tio. —E para a tia Gina.

Harry assentiu, beijando a bochecha de Lily e bagunçando os cabelos dos filhos mais velhos. Rose pegou Tiago pela mão e não pode deixar de corar com o pigarreio alto de Harry e Rony.

—Algum problema? —Tiago colocou a mão em volta dos ombros da prima e perguntou aos adultos que desfarçaram assoviando com sorrisos nos rostos. Tiago se afastou e suspirou. —Espero que nossos pais reajam assim quando souberem que estamos namorando Sonserinos.

—Sonserinos Tiago? —Rose o olhou sugestivamente.

—Certo, é a garota do ano passado. Feliz? —Parou perto de Scorpius.

—Muito. —Rose jogou os braços nos ombros dos dois garotos e seguiu caminho até Hogwarts. Após o jantar todos voltaram para seus salões comunais, Rose, antes de Scorpius.

O garoto adentrou o salão, limpando a boca com as costas da mão. A namorada lia o Profeta Diário atentamente.

—O que esta lendo? —Perguntou jogando-se ao lado da ruiva.

—O recente ataque desse comensal. —Resmungou. O Sonserino sabia que, no fundo, Rose estava se martirizando com a volta do encapuzado.

—Rose, você não pode fazer nada! Os aurores já estão trabalhando. Seu pai, lembra? —Pegou o jornal e lançou-o longe. —Apenas relaxe!

O rapaz cruzou os braços atrás da cabeça.

—Eu estava lendo! —Bradou evidentemente irritada. —E não Malfoy, eu não vou relaxar, porque tem um comensal da morte solto perto de Hogwarts, que pode entrar pela floresta proibida. E se não se lembra, ele atacou meu pai, atacou você e quase me matou há alguns meses atrás. Se isso não é motivo suficiente para você, sinto muito, mas não vou simplesmente relaxar.

Subiu as escadas batendo os pés.

—Sinto muito se não gosto da ideia de você deixando de jantar direito para ficar lendo a mesma noticia insignificante no momento. —Gritou e só ouviu um guinchado.

Nenhum deixou o orgulho de lado, ambos estavam corretos — sem seus pontos de vista — e não se desculpariam por tal. E daquela maneira, sem mal se falar, passou-se uma longa semana. Tanto Scorpius como Rose, não envolviam os amigos em suas discussões que eram restritas ao seu salão comunal trancado. Já não elevavam tanto as vozes, apenas argumentavam coisas repetidas e desejavam um ao outro boa noite, batendo as portas dos quartos logo em seguida.


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Notas finais do capítulo

Uma briguinha para vocês, até



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