Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 34
Seu primeiro beijo?


Notas iniciais do capítulo

Queria dedicar o capítulo para a Livreca, pela maravilhosa recomendação!



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Caminhavam lado a lado, sorriam, conversavam sobre coisas banais, despreocupados riam dos micos que já haviam passado.

—Certo, está me dizendo que o seu primeiro beijo foi uma cabeçada? —Rose não podia deixar de rir, e mal sabia que aquela risada era contagiante para o loiro.

Scorpius com as mãos afundadas nos bolsos olhou rapidamente para o chão e com um sorriso tímido voltou a levantar a cabeça.

—É, eu estava atrasado para uma aula e quando fui virar o corredor esbarrei em uma garota. Esse foi meu primeiro beijo. —Riu. —E por incrível que pareça, foi estranho e meio nojento.

Rose cobria os lábios para não demonstrar o quão se divertia com aquela história.

—Mas e o seu primeiro beijo? —Rose estaqueou no lugar e Scorpius a encarou confuso. —Qual é Rô, não pode ter sido pior que o meu!

A ruiva balançava a cabeça e tateava o bolso da capa, imediatamente entendendo e virando-se, já empunhando a varinha de mogno preto.

—Fique atrás de mim Rose. —Sua voz soou alta, estavam cercados, e a ruiva se punha firme ao seu lado. —Eu falei para ficar atrás.

—Não vou deixar que faça tudo sozinho.

—Você fez da primeira vez! —Retrucou com a voz ainda mais alta, mas dessa vez, com uma pontada de preocupação.

—O casalsinho vai ficar brigando ou o quê? —A bruxa que os cercava perguntou com desdém, demonstrando o tédio enquanto observava as unhas coloridas.

Estupefaça. —A garota distraída foi atingida, empurrada contra uma rocha e logo o mesmo feitiço voou contra a Grifinória.

Protego! —Scorpius velozmente se pôs em frente a garota e a protegeu de ser estuporada.

Bombarda!

O chão explodiu em pedaços, lançando terra, folhas, galhos e pedras pelos ares.

—Vamos Rose. —Scorpius tentava encontrar a mão da garota para tira-la do meio daquilo tudo. Não a encontrou. —Rose!

Assim que a poeira baixou, viu-se sozinho e na sua frente, encarando-o friamente, um dos garotos que lhe atacara, segurava a ruiva, apontando a varinha contra o pescoço da mesma. Sei queixo caiu e veemente encarou a garota, seu rosto estava suado e a manga de sua camisa estava rasgado, igualmente como a pele de seu braço. Não percebeu o tempo que ficou encarando o corte, mas parou assim que a ruiva segurou o ferimento.

—Jogue a varinha para cá, garoto. —A voz grossa se tornou assustadora para a ruiva já trêmula e com o coração disparado como nunca. —Ou ela se machuca.

Scorpius ainda não havia entendido, o porquê de toda a apreensão no olhar da ruiva.

—Espere, você não vai realmente machuca-la, não é?

—Por que pensa isso? —O homem perguntou apertando a varinha ainda mais contra a pele alva e agora suja de Rose, uma pouco mais de força e a perfuraria.

—Você foi mandado pelo curso de Aurores, não? Assim como os outros, é apenas um treinamento. —Explicou com dúvida na voz.

—Outros? —A risada alta e “maligna” fez alguns pássaros voarem para longe. Movimentou a cabeça para baixo sendo acompanhado pelo olhar de Scorpius. —Esses?

Os garotos do curso estavam jogados no chão, todos foram estuporados.

—C-Como? —Gaguejou ao encarar Rose apavorada.

—Não sou quem você pensa garoto. —Seu olhar era semelhante ao de um psicopata.

E foi então que a ficha caiu.

—Você é o encapuzado da primeira tarefa, é o Comensal. —Botou as mãos entre os fios loiros, despenteados.

—Pois é, tive a infelicidade de trombar com os dois novamente! —Bocejou com exaustão. —Pelo que vejo a ruivinha andou pesquisando. —Sorriu maliciosamente. —Igual à mãe, e não poderia deixar de ter os cabelos vermelhos como os do pai. Tão tola. —Cheirou as madeixas arruivadas.

—Não toque nela! —Gritou ferozmente, como se fosse ataca-lo.

—Já mandei abaixar a varinha garoto! —Repetiu sacudindo Rose em sinal de ameaça. —Posso machuca-la, ou melhor, vou leva-la comigo, e vamos nos divertir muito queridinha!

Scorpius movimentou-se, inutilmente, o Comensal encapuzado puxou Rose contra seu corpo novamente.

—Ele está blefando! —E pela primeira vez depois de longos e incontáveis minutos, Rose pronunciou.

—Eu não blefo queridinha. —Riu novamente. —Tente algo rapaz, e veja a sua querida namoradinha desaparecer comigo.

Impedimenta. —Com a intensidade do feitiço, o comensal jogou Rose para um lado, e igualmente foi lançado para o oposto.

Scorpius imediatamente correu para segurar a ruiva, não a deixando cair, e mais que rapidamente puxou-a para fora do campo. Infelizmente, não foi rápido o suficiente, o Comensal atingiu Rose com um feitiço estuporante, o que a fez trompar para frente, caindo inconsciente.

Conjunctivitus. —O Comensal enxergava tão pouco quanto uma coruja velha e doente. Scorpius voltou-se até a garota e pegou-a no colo, correndo pela floresta até sair nos pátios do castelo.

Tiago que conversava com Hugo mais adiante viu a movimentação toda e correu até onde vários alunos comentavam a cena.

—O que aconteceu? —Perguntou à Lorcan meio desconcertado.

—É a Rose. —Exclamou e só viu o vulto que antes era Tiago, apressado para seguir até a Ala Hospitalar.

Entrou com Hugo na sala longa e levemente perfumada, mesmo com o cheiro embriagante de poções e medicamentos, ignorou o aroma enjoado e seguiu até onde Scorpius cercado de Madame Pomfrey estava.

—O que aconteceu? —Empurrou loiro, mas foi segurado por Hugo.

—Não quero brigas aqui dentro, se não vou ter que pedir que se retire senhor Potter! —A senhorinha falou enquanto mexia no corpo pálido de Rose ainda inconsciente.

Scorpius ignorou os garotos e seguiu para o lado da ruiva, ignorou quaisquer comentários e segurou sua mão delicadamente.

—Malfoy, o que pensa que... —Antes que Tiago pudesse terminar a senhorinha olhou-o feio.

—Senhor Weasley, poderia levar o Sr. Potter para fora, voltem no horário de visitas! —Hugo desculpou-se e assentiu, carregando o primo para fora do recinto.

—Pelas Barbas de Mérlin, vou pedir imediatamente para que essas tarefas sejam canceladas. —Resmungou enquanto examinava o rosto da leoa. —Ora, colocar alunos do quinto ano dentro da floresta proibida, que ideia sem cabimento.

Assim que a medi bruxa terminou os curativos e feitiços, alguns professores entraram.

—Temos que avisar os pais da garota. —Minerva disse complacente.

—Creio que teremos que cancelar essa tarefa professor, olhe o estado dessa garota, chegou muito machucada. —Madame Pomfrey proferiu com indiferença.

—Imediatamente, vou avisar os alunos e ver o que faço com os que não completaram a segunda prova. —Minerva e Madame Pomfrey assentiram com imediato.

—E você Sr. Malfoy, muito corajoso em salvar a Srta. —Minerva transferia o olhar do rosto de Scorpius para suas mãos unidas com a da ruiva. —Cuide dela sim.

Scorpius assentiu e ficou observando os professores saírem, trancando as portas pesadas.


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Notas finais do capítulo

Adoro escrever os duelos, então, espero que gostem!