Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 32
Inicio da segunda tarefa


Notas iniciais do capítulo

Olá, espero que gostem.



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Rose com a testa levemente molhada pelo suor, continuava a intercalar os movimentos entre socos e chutes, enquanto o garoto segurava o travesseiro flutuante.

—O que aquela garota te falou? —Perguntou apertando o tecido, com menos força.

—Nada de mais, apenas que eu deveria para de jogar! —Falou estridentes.

—Não ligue, ela saiu do time da Sonserina e te culpa por isso. —Deu de ombros, já que não era um assunto realmente importante naquele momento.

—Tecnicamente a culpa foi minha, mas quem se importa? —Continuou a sequencia de chutes e socos cada vez mais fortes.

—Você se importa! —E aquelas três palavras fizeram a ruiva simplesmente parar por um momento e se afastar lentamente, escorando-se ao lado da janela entreaberta.

—Okay, eu a provoquei, não se lembra? Me sinto mal pelo que a fiz passar, e com certeza se tivesse algo que eu pudesse fazer, já teria ao menos tentado. —E em um ato súbito, caminhou ferozmente até a almofada e socou-a com tanta força, que Scorpius podia jurar que a ruiva via-se ali. E por algum tempo continuou, até que o loiro se posicionou atrás de seu corpo e segurou suas mãos, virando-a para ele.

—Não foi sua culpa, ela quase te estuporou em cima de uma vassoura. —Ajeitou alguns fios rebeldes que caiam na testa molhada da garota. —Você sabe o que poderia ter acontecido? Pare de se culpar Rose, por favor.

—Tudo bem! —Sorriu fraco e sentiu seu corpo estremecer. —Eu vou tomar um banho, já perdemos o jantar mesmo.

—Claro. —Scorpius bagunçou os próprios cabelos e saiu em disparada para seu quarto.

A noite caiu, e a manhã voltou com um maravilhoso sol, mesmo com uma brisa gélida no ar. Rose jogou seu corpo para fora da cama, tomou um banho e quando saia do Salão Comunal esbarrou no loiro ainda sonolento e quase dormindo em pé.

As aulas daquela tarde seriam cansativas e longas, até mesmo para a ruiva que sempre acordava animada. A verdade era que todo o quinto ano estava nervoso, boatos que a segunda tarefa ocorreria ainda naquela semana começou a assustar e deixar alguns alunos desesperados. A tarde passou com velocidade, e durante algumas das aulas, alguns alunos não apareciam, Tiago no único segundo que pode ver Rose assentiu e entrou na aula.

E de duas coisas a ruiva teve certeza, a segunda prova começaria e ela precisava de coragem para proteger a si e ao Sonserino. E como imaginou milhares de vezes na sua cabeça, correu, sabia o que queria e percorreu os olhos até encontra-lo conversando com uma garota da Lufa-Lufa.

—Malfoy! —Gritou de longe, fazendo a garota morena dar um pulo e colocar a mão no peito. —Desculpe. —A garota assentiu e despediu-se do garoto.

—Ciúmes minha cara ruiva? —Sorriu galanteador e pode jurar que por um momento Rose estremeceu.

—Na verdade não, preciso conversar com você! —Puxou-o pela manga da capa, tocando seu pulso com um dos dedos diversas vezes. Empurrou-o para trás de uma estátua e suspirou verificando-se de que não tinha ninguém ali.

—Tentando algo ruiva? Sempre disse que escondidinho era melhor. —Conseguiu ver a mesma revirar os olhos e empurra-lo contra a parede.

—O segundo desafio será hoje, só queria avisar, mas ninguém podia saber. —Falou o mais rápido que pode. —Fique atento, qualquer coisa tente me avisar, por favor, não quero passar pelo que aconteceu na primeira prova.

Scorpius assentiu. E rapidamente, puxou Rose pelo o braço e prensou-a contra a parede, produzindo um estalo quando o corpo delicado tocou a parede.

—Poderíamos aproveitar um pouquinho agora. —Desceu os lábios para o pescoço da ruiva, empurrando o cachecol com a mão enquanto segurava os ombros da mesma para que não fugisse. Sentiu a pele pálida da garota estremecer, seus pelo se arrepiarem e percebeu que havia fechado os olhos. —O que acha da ideia minha ruiva?

Mas as mãos de Rose rapidamente pararam em seu peito, como se em uma falha tentativa, tentasse empurra-lo.

—Não podemos. —Falou ainda de olhos fechados, com a voz trêmula e respiração falha.

Scorpius sorriu de lado e escorou a mão de um lado do rosto da garota.

—Eu sei, ainda não é o momento. —Acariciou seu rosto e se despediu com um beijo da bochecha.

Duas horas mais tarde, Rose foi convocada pelo professor até a sala do clube de duelos, ao entrar percebeu que Scorpius já a esperava com o rosto quase sem expressão nenhuma.

—Sente-se. —O professor apontou para a cadeira ao lado do garoto, e enquanto virou-se para uma prateleira, Scorpius sussurrou para a ruiva:

—Você estava certa! —Disse o mais baixo que pode, olhando fixamente para o professor.

—Eu sempre estou. —Sussurrou baixo olhando para o loiro, deixou a mão cair e percebeu que tocou com a fria mão do garoto. Scorpius percebendo o toque trêmulo da garota segurou sua pequena mão e apertou-a.

—Vai ficar tudo bem. —Disse e Rose assentiu.

O professor se virou e soltou um belíssimo sorriso, como se aquilo realmente fosse algo para sorrir.

—Acredito que já saibam o motivo pelo qual os chamei aqui, não é? —Ambos assentiram nervosos. —Então, vou lhes explicar como acontecerá.

Rose sentiu Scorpius apertar sua mão.

—Estão vendo essa bandeirinha em cima da mesa? —Ambos olharam para o tecido branco com as bordas douradas, com o símbolo de Hogwarts estampado no centro. —Ela está escondida no meio da floresta, terão que pegá-la e me trazer, precisarão proteger a si. Espero que o Sr. Malfoy traga a Srta. Weasley inteira, assim como a mesma fez na primeira tarefa.

—Com certeza. —Olhou para a ruiva com certo carinho e estufou o peito.

—Então, podem ir. —O professor fez um sinal com as mãos e então saíram ainda com as mãos unidas. Rose estremecia ainda.

—Você não pode estar tão nervosa assim! —Deduziu o rapaz olhando-a enquanto pararam em um dos corredores. A ruiva cabisbaixa deu de ombros e continuou a andar, mas os dedos entrelaçados a impediram de prosseguir. —O que está acontecendo?

—Tente lidar com o fato de que vai ter que entrar novamente na floresta proibida, quase no por do sol e nem sequer saber por onde começar, tendo que ficar atenta a cada movimento, pois podem te estuporar e ainda assim, tente proteger outra pessoa. —Falou rapidamente e sem pausas.

—Hey, calma. —Abraçou-a. —Não conhecia esse seu lado frágil.

Rose o empurrou.

—Eu não sou frágil e não preciso de proteção. —Separou suas mãos. —Agora vamos, preciso terminar o dever de Runas.

E daquela forma saiu marchando firme para longe do loiro atônito. Não queria tê-la chamado de fraca, mas com certeza foi o que a ruiva entendera.


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