Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 29
Dragão ruivo


Notas iniciais do capítulo

Olá, estou muito feliz com os comentários. Boa Leitura.



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O silêncio ainda predominava no Salão, Scorpius estava jogado no sofá, e lançava olhares para a ruiva que lia distraidamente.

A leoa observava de soslaio o garoto se remexer desconfortavelmente no sofá pequeno. Levantou-se e pegou em seu quarto, um vidro com uma espécie de pomada, branca e oleosa, juntamente com algumas gazes e esparadrapos.

Aproximou-se do loiro que a olhava com curiosidade.

—Pode, por favor, tirar a camisa e não deixar a situação mais constrangedora do que já é? —O rapaz sorriu de lado e tirou a camisa por completo, deixando a mostra seu peito e costas definidas. Rose ruborizou, mas abaixou-se, ficando ajoelhada no tapete felpudo. A ruiva molhou os dedos na pasta branca e passou pelo ferimento do garoto, cobrindo toda a extensão do corte. Scorpius a olhava fixamente, como se aproveitasse cada segundo, cada toque recebido. A garota cobriu os ferimentos com os esparadrapos e se levantou. —Está pronto, agora posso dormir mais tranquila, sabendo que pelo o menos que o meu ataque não foi tão sério.

Scorpius puxou a mão da ruiva, que chocou-se contra o seu peito, segurou-lhe a cintura com força.

—Malfoy, por favor, já conversamos sobre você fazer isso. —A voz de Rose estava tremula o bastante para expressar o nervosismo.

—É tão difícil me chamar pelo primeiro nome? —Perguntou afastando uma mecha do rosto de Rose. Separou seus corpos, mas deixando-os próximos de alguma forma. —Por favor, Rose, quero tentar uma coisa.

—O q-que? —Perguntou com a voz cada vez mais falha pela proximidade. O halito mentolado batia em seu rosto, deixando seus braços arrepiados.

—Feche os olhos. —A voz suave do Sonserino, lhe deixara tranquila e confiante. E depois de alguns segundos tudo o que via era a escuridão.

Sentiu a mão de Scorpius tocar sua mão, seus dedos, passar pelos seus braços e lentamente, de forma torturante, subir até a sua nuca, e segurar seu rosto entre as mãos frias. Seus narizes se encostavam delicadamente, e apenas quando seus lábios roçaram um no outro, em um súbito movimento de desejo, uniram-se. E como em uma dança ritmada, movimentavam os lábios com precisão, sem pressa, apenas desfrutando das sensações provocadas. O choque que recebia ao passar a mão pela fina e acentuada cintura da ruiva, que mesmo depois de tentar desvencilhar-se, brincava com os revoltos fios loiros.

O ar fez-se necessário, e apenas pela necessidade, separaram seus rostos. Scorpius ao perceber a vermelhidão das bochechas da ruiva, abraçou-a e beijou o topo de sua cabeça, em um gesto de carinho.

—E-Eu, hã, preciso... Dormir. —Rose falou ainda contra o peito nu do rapaz, e dessa forma sua voz saiu abafada.

—Tudo bem Rose. —Puxou-a para um beijo rápido, mas conseguiu apenas encontrar o canto de seus lábios.

Não pode deixar de rir com a velocidade em que a ruiva entrou em seu quarto e bateu a porta, mas pouco lhe importava, havia conseguido beijar Rose, e dessa vez, o beijo fora correspondido. Mesmo que a ruiva tenha saído correndo.

xxx

Na manhã seguinte Scorpius levantou-se com um grande sorriso bobo nos lábios, havia começado o dia maravilhosamente bem, com a lembrança da noite anterior. Do beijo trocado e do rosto corado da garota. Após tomar seu banho desceu para o café da manhã.

—Que cara é essa? —Luke com olheiras arroxeadas e profundas perguntou enquanto remexia seu mingau. —O dragão ruivo não te bateu?

—Não! —Pegou uma torrada e deslizou a faca lambuzada de geleia pelo pão.

Luke deixou cair a colher na mesa, o que provocou um som um tanto alto, com direito a respingo do mingau quente.

—Como assim ela não te bateu? —Scorpius deu de ombros. —Ela te torturou e apagou a sua memória?

—Deixa de ser ridículo Luke. —O loiro deu um tapa na mão do amigo que verificava a sua testa. —Ele fez um curativo em mim, e nós nos beijamos.

O garoto que respirava tranquilamente pareceu perder o ar, e começou a rir descontroladamente depois.

—Sério? Ela beija bem, cara? —Recuou ao ver o olhar nada amigável do loiro. —Certo, desculpe, mas vocês estão namorando ou algo assim?

—Não estamos namorando, ontem eu a beijei e ela aceitou, não me deu um tapa ou um soco. —Sorriu ao relembrar-se. —Não sei o que fazer agora.

Colocou a mão no rosto pálido.

—Bem, eu acho que o dragão ruivo também não. —Luke apontou para a mesa da Grifinória, onde Rose sentara ao lado da prima, e com o rosto um pouco amassado, com aparência cansada, tentava esboçar um sorriso. —Ela não parece tão feliz como você meu amigo.

—Vou conversar com ela! —Em um ato impulsivo levantou-se, mas Luke puxou-o rapidamente, sentando-o.

—Está louco? —Sussurrou, mas parecia querer gritar com o garoto. —O primo dela te mataria se soubesse que desvirtuou a ruivinha dele. Ontem quando fui chama-la para apartar a sua briga ele já quase me azarou. Ela me defendeu, e pelo que soube, eles brigaram ontem no jantar.

—Ela não deixaria que ele me atacasse, e olha, eu preciso falar com ela! —Tentou levantar novamente, mas como antes, foi puxado.

—Se ele suspeitar que você beijou ela, você estará perdido meu caro amigo. —O moreno deu leves tapinhas nas costas do garoto. —Converse a sós, quando estiverem sozinhos de novo. E acredite, ela não parece muito feliz agora.

—Que droga! —Bateu com o punho fechado na mesa de madeira.

—Espere, pense bem, amanhã todos do quinto ano estão liberados nas duas ultimas aulas, não? —Scorpius assentiu sem entender. —Podemos convidar alguns alunos para jogarem, misturamos os times e você, sei lá, aproveita e conversa um pouco mais.

—Ótima ideia Zabini. —Sorriu escutando o sinal soar. —Depois vou convida-la, arranje alguns também.

—Pode deixar, agora vamos, transfiguração nos espera. —Pegaram suas mochilas e saíram. Durante a tarde, não esbarraram em nenhum Grifinório, já que todas as suas aulas seriam com a Lufa-Lufa ou Corvinal, que para o azar de Scorpius, precisaria olhar para o “brutamontes” a todo o momento. Luke o segurou algumas vezes no percurso de uma aula para a outra, mas nada que fosse difícil de controlar.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo ;)