Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 28
Não gosto de Sonserinos


Notas iniciais do capítulo

Olá, espero que gostem!



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Rose estava parada na frente do quadro de Dragão, esperava Luke chegar com o loiro, os braços cruzados na frente do peito mostravam-se presentes em situações como aquela, o peso pendia na perna esquerda, enquanto o pé direito batia ritmicamente no chão. Quando os rapazes viraram o corredor Luke travou.

—Acho que você está bem encrencado! —Disse voltando a andar em passos lentos e curtos.

—Pode ter certeza que sim!

—Ela parece o dragão do quadro. —Scorpius reprimiu uma risada. —O cabelo ruivo bagunçado e o rosto vermelho estão me dando medo cara. Ficaria chateado se eu te largasse aqui e saísse correndo?

—Apenas me deixe dentro do Salão, ela não conseguiria me carregar. —O loiro disse fazendo um sinal para que Luke prosseguisse.

Ao chegarem perto da garota perceberam que o rosto tomara sua cor normal, apenas o braços cruzados davam indícios de que não estava tudo bem.

—Luke, hã, coloca ele no sofá? —Proferiu a senha, o garoto assentiu em resposta e entrou com o amigo nos ombros. Rose entrou logo atrás, colocando a varinha do garoto sobre a mesa de reuniões e escorando-se na mesma.

—Pronto Rose, quer que eu fique? —O garoto se aproximou da ruiva cabisbaixa e levantou seu rosto com o dedo indicador.

—Não Luke, eu assumo daqui. —Por cima do ombro do garoto olhou feio para o loiro que tinha uma bela carranca estampada no rosto.

—Que história é essa de “quer que eu fique”? —Imitou a voz do amigo. —Pode ir, daqui eu me viro Zabini!

—Certo velho amigo, até o jantar... —Atravessou o quadro. —... Se conseguir caminhar sozinho.

—Sujeitinho impertinente! —Resmungou ajeitando-se com dificuldade.

—Hey, pode me explicar agora por que estava brigando com aquele garoto? —Rose continuava escorada na mesa, o que fez Scorpius virar-se com dificuldade.

—Ele falou que tentaria levantar a sua saia novamente. —Respondeu rapidamente.

—Isso não é motivo!

—Na verdade ruiva, não vi motivo melhor. —Sorriu, mas levou a mão aos lábios, movimento curioso para a garota. —Queria que eu deixasse que aquele brutamontes chegar perto de você de novo? E pior, abusar da sua saia?

Rose escondeu o sorriso que brotou em seu rosto.

—Achei que não conhecia palavras como: brutamontes. —Levantou a sobrancelha de forma questionadora.

—Meu vocabulário é bem amplo, apenas ignoro as palavras que pessoas não usariam em uma conversa casual. —Sorriu de lado.

—Estou impressionada! —Revirou os olhos. —Mas não pense que isso elimina a nossa conversa, não deveria ter atacado o Corvino.

—Você não deu chance, saiu estuporando todo mundo! —Reclamou segurando as costelas.

—Deveria me agradecer, peguei leve com você! —Aproximou-se do garoto.

—Eu senti mais dor depois de você aparecer do que antes. —Reclamou levantando-se com dificuldade para ficar cara a cara com Rose.

—Sente-se. —Rose empurrou os ombros do garoto de volta para o sofá. Passou a mão pelo sangue seco acumulado no canto dos lábios finos do rapaz. —Seu rosto está intacto, mas machucou a costela.

O Sonserino apenas observava com tranquilidade as observações feitas pela ruiva. De repente percebeu um rubor tomar conta do rosto da mesma, a ruiva parecia estar em uma guerra interior.

—Tire a camisa! —Falou rapidamente, sem delongas para não prolongar a frase. Scorpius pensou eu aproveitar a situação e fingir que não havia entendido, mas seria estuporado novamente.

A capa preta agora jazia no chão, juntamente com o pulôver cinza, a gravata verde e prata foi tirada e jogada sobre o sofá marrom. Scorpius desabotoou a camisa lentamente, tentando atingir de alguma forma a ruiva, mesmo parecendo inabalável. Chegara no ultimo botão e finalmente Rose, que durante todo o momento permaneceu imóvel, se movimentou. A leoa, ainda que timidamente, percorreu com os dedos finos, o tecido branco e o empurrou para trás, deixando a mostra o lado esquerdo do peitoral de Scorpius. Passou os dedos pelo arranhão avermelhado perto das costelas e sentiu o rapaz se contrair ao seu toque. Recuou e olhou nos olhos cinza, que mudaram para um tom mais claro repentinamente.

—Eu acho que exagerei um pouco, me desculpa, eu só... —Suspirou profundamente e balançou a cabeça. —Vá tomar um banho e depois eu faço um curativo, não sei feitiço para esse tipo de corte e se te levar na Ala Hospitalar teremos que explicar, e eu não quero pegar detenção.

—Certo. —Scorpius se levantou e caminhou até o banheiro, trancando a porta.

Rose jogou-se no sofá e suspirou de forma aliviada. Lembrou-se da discussão com Tiago e determinada se levantou e saiu, o jantar já havia começado e Tiago saia do salão acompanhado de Hugo com alguns bolinhos entre as mãos.

—Tiago Sirius Potter! —Rose falou alto e rapidamente os garotos pararam para encara-la. —Por que discutiu daquela forma com o Luke?

Hugo olhou para o primo que assentiu, e continuou seu caminho até o Salão, deixando Rose e Tiago a sós.

—Não goste dele e do Malfoy, acho que estão fazendo mal para a sua sanidade. —Respondeu de forma fria.

—Eles são meus amigos, acostume-se com isso. —Os braços cruzados de Rose apertavam cada vez mais seu corpo.

—Não espere que eu me torne amigo daquelas serpentes, você não era assim Rose. Costumava odiar aquele garoto, e agora além de morar com ele, está trocando seus verdadeiros amigos. —Continuou a discussão. —Não me importo que faça amizades, mas precisavam ser da Sonserina? Não pode confiar neles, em qualquer momento, você vai ser deixada de lado, depois não diga que eu não avisei.

E dessa forma saiu andando em passos pesados, deixando uma Rose perplexa parada no corredor.

A ruiva voltou para o Salão no sexto andar e encontrou Scorpius de pijama, uma calça de moletom cinza e uma camiseta preta marcando os braços fortes.

—Já jantou? —Perguntou jogado no sofá. Rose subiu as escadas e depois de alguns minutos desceu.

—Não. —Respondeu e se trancou no banheiro. Após alguns minutos escutando o som da água, Scorpius pode ver Rose saindo do banheiro, o pijama era parecido com o dele, uma calça de moletom cinza, e uma regata branca.

—O que aconteceu? —Perguntou enquanto a garota jogava-se na poltrona.

—O idiota do meu primo. —Resmungou e o silêncio tomou conta do Salão.


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