Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 22
Bisbilhotando


Notas iniciais do capítulo

Olá, bem vindas leitoras nova e espero que realmente continuem acompanhando!



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Hermione e Ronald esperavam os filhos — ansiosamente— na plataforma, como Gina e Harry. Assim que o trem parou, os alunos começaram a descer, corriam para seus parentes e abraçavam seus pais, matando a saudade.

—Rose! —Ronald gritou para a filha que saia do vagão. A ruiva mais que imediatamente correu até os pais e os abraçou.

—Senti tanta a falta de vocês! —Apertou os pais.

—Hey, minha vez! —Reclamou Hugo que logo foi abraçado pelos mesmos, já com sua bagagem já em mãos.

—Vou buscar o meu malão, já volto! —Hermione assentiu enquanto ajeitava os cabelos bagunçados do filho mais novo.

Rose andava tranquilamente até o compartimento de bagagens.

—Hey Rose, até logo! —Tiago sorriu e Rose acenou. Procurava seu malão e sua coruja no meio de outros milhares. Não encontrava suas inicias de jeito nenhum, até esbarrar em S.M.

—Não achou seu malão ainda? —Perguntou rindo e Rose assentiu. —Está ali!

Apontou para o local onde uma grande gaiola repousava.

—Obrigada! —Rose caminhou até seu carrinho já posicionado estrategicamente.

—Hey Rose, posso te escrever? —Perguntou um tanto envergonhado, mas sem demonstrar sinal algum.

A Grifinória ficou escarlate, assim como seu cachecol.

—Claro! —Sorriu gentilmente.

—Então, até mais. —Aproximou-se do rosto da ruiva e beijou sua bochecha, em seguida entrou em meio aos outros alunos, com um belo sorriso irônico no rosto.

—Rose! —A ruiva saiu de seus devaneios e caminhou até seu pai que a esperava.

No carro — dirigido com muita dificuldade por Rony — Rose e Hugo contaram as novidades, e as coisas que aconteceram antes e depois de embarcarem. Ronald riu quando o filho contou sobre a discussão de Rose com a Sonserina, mesmo Hermione não aprovando aquele tipo de atitude.

—Só tome cuidado querida, nem todos os Sonserinos são bons! —Hermione disse em seu tom mais casual e preocupado.

—Sonserinos? Bons? —Ronald riu com escárnio. —Tem certeza de que está bem querida?

—Ora Ronald, acha que não existem Sonserinos educados? —Rose estava ficando apreensiva com o rumo que a conversa tomava. —Não se esqueça de que foi um Sonserino que ajudou a sua filha a sair da Floresta Proibida, e uma Sonserina que ajudou Harry também na Floresta!

—Espere como é? —Rose respirou.

—Sua filha faz dupla com o filho do Malfoy no clube de duelos! —Hermione falou calmamente. —E ele é um Sonserino!

—Só não se esqueça de que também foi um Sonserino que me colocou no St. Mungus por quase três semanas! —E essa foi a brecha perfeita para Rose mudar de assunto.

—Ah, pai, como está se sentindo?

—Muito melhor querida. Preparados para o Natal? —Falava e assim deixava a garota ainda mais aliviada. —Sua avó está muito animada, morre de saudades de vocês.

—Adoro o jantar que a vovó prepara no Natal, aqueles bolinhos são maravilhosos! —Hugo se meteu em meio à conversa.

O dia que antecedeu o Natal foi categoricamente chato e desanimado, Rose trancada em seu quarto, com a cabeça para fora do colchão, fones de ouvido no máximo e um livro trouxa na mão.

—Seu sangue vai descer e sua cabeça vai explodir! —Escorado na porta Ronald sorria.

—Pai! —A ruiva ajeitou-se na cama. —Achei que trabalharia hoje!

—Estou indo agora, queria saber se quer alguma coisa de Hogsmeade?

—Vai trabalhar lá? —Seu pai assentiu. —Se conseguir passar na Dedos de Mel, me traga uma caixa de Feijõezinhos de todos os Sabores.

—Okay! —Rony beijou a testa da filha e saiu, deixando-a com seu livro novamente.

Virara a ultima página do livro quando ouviu sua mãe gritar:

—Jantar em 10min!

Terminou de ler e guardou o livro em uma das prateleiras de seu quarto, ligou o rádio um pouco mais alto e enquanto trocava de roupa cantava com As Esquisitonas, dançando descontroladamente.

—Eu devia gravar isto! —Hugo estava escorado na porta, na mesma posição de seu pai minutos atrás.

—E eu mostro para todos aquela sua foto com a saia da mamãe! —Defendeu-se.

—Você não teria coragem! —Percebendo o olhar mortal da irmã levantou as mãos em defesa. —Okay, você teria. Mas esqueça disso e desça o jantar já está pronto.

A ruiva pulou nas costas do irmão risonho.

—Vocês ainda vão se machucar! —Hermione ria do esforço que Hugo fazia para carregar a irmã por mais alguns poucos metros.

Sentaram-se então e começaram a servir os pratos.

—Não sabia que o papai trabalhava à noite! —Indagou curiosa.

—Na verdade ele só está indo verificar a área, é algo rápido. —Hermione deu de ombros, não queria preocupar a filha.

Após o jantar e a limpeza da cozinha todos subiram, exceto Ronald que não havia voltado ainda, mas mandou um patrono avisando que se atrasaria e queria todos na cama quando chegasse.

—Certo, durma porque amanhã o dia será longo. Vamos para a sua avó antes do almoço ajuda-la com os preparativos! —Hermione sempre carinhosa, beijou a testa da filha e saiu — fechando a porta — em direção ao quarto de Hugo.

Rose rolou de um lado para o outro na cama, ajeitou a colcha azul marinho algumas vezes, virou de lado, de barriga para baixo, com o rosto contra o travesseiro, mas de forma alguma conseguia dormir. De repente o som de passos na escada e em seguida da porta da frente se abrindo a fez sentar-se na cama. Vestiu sua pantufa e um roupão, abriu a porta e a luz do andar de baixo adentrou seu quarto. Ouviu as vozes de Ronald e Hermione, seu pai parecia um pouco nervoso e sua mãe tentava o acalmar. Passo por passo saiu de seu quarto e desceu as escadas lentamente, não queria ser ouvida, as vozes estavam abafadas, provavelmente haviam ido para o escritório/biblioteca, o mesmo em que Rose passava as noites de insônia.

Ajoelhou-se atrás de uma poltrona perto da porta do escritório e ali ficou ouvindo a conversa.

—O que você descobriu? —A voz de Hermione era um tanto trêmula, porém firme.

—Ele esteve em Hogsmeade há um mês mais ou menos, depois desapareceu!

—Tem possibilidades de ele ter ido para Hogwarts? —A resposta não veio. —Tem Ronald?

—Hogwarts? Nem pensar, com professores experientes é quase impossível! —O suspiro de Hermione foi alto o suficiente para se ouvir detrás da porta. —Porém...

—Porém o que? —Hermione estava exasperada.

—A Floresta Proibida seria um bom refúgio, quem entraria lá?

Hermione murmurou algo que nem mesmo Ronald ouviu, exclamando um belo “o que?”.

Um barulho na escada fez com que Rose desse um pulo, Hugo estava na ponta da escada, ainda sonolento. A ruiva se apertou contra as costas da poltrona e viu os pés de Hermione caminharem para fora da sala.

—Hugo! —Suspirou aliviada. —Volte para cama, sim querido!

O garoto assentiu e voltou, assim como Hermione que se trancou novamente na saleta, dando a chance perfeita para que Rose voltasse para seu quarto sem ser pega bisbilhotando. Frustrada por não ter conseguido ouvir o restante da conversa, deitou-se e enfim adormeceu.


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