Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 20
Cartas


Notas iniciais do capítulo

Olá, sejam bem vindos leitores novos, e boa leitura! ;)



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“Olá mãe e pai,

Como estão as coisas em casa? Sinto muita falta de vocês e dos cafés da manhã, das repentinas discussões sempre vencidas pela mamãe.

Por aqui começa e nevar, sinto que o inverno será rigoroso este ano, mas as lareiras do salão comunal nos aquecerão. As minhas notas estão ótimas, estou ajudando Hugo em algumas disciplinas, contando o fato de que eu praticamente faço seus deveres. Tiago e eu treinamos quase toda a tarde, acho que ganharemos a taça de Quadribol.

As tarefas do Clube de Duelos são complicadas, a primeira quase arrancou a minha cabeça fora, mas eu juro, está tudo bem comigo, apenas um arranhão na testa. Estou fazendo dupla com o Malfoy, ele não é tão ruim quando parecia, mas é claro que eu o ignoro ao máximo. Na terceira tarefa eu vou duelar com ele, torçam para que eu vença.

O natal se aproxima e eu estou ansiosa para revê-los. Até logo.

Rose Weasley.”

Assim que assinou, guardou o pergaminho no envelope e com lacrou-o, andando até o Corujal com sua calma rotineira. Assobiou uma pequena canção e sua ave pousou na mureta.

—Como vai Hades? —Acariciou as penas da ave cinza chumbo. Entregou o envelope no bico alaranjado da ave e colocou-a em seu braço. Andou com a coruja até as escadas que levavam à Torre do relógio e lá olhou para o céu nublado. —Entregue para Hermione ou para Ronald Weasley!

E com um movimento de impulso, a coruja abriu as longas asas e majestosamente desapareceu em um voo.

xxx

Rose caminhava para sua próxima aula sem entusiasmo algum, segurava o livro, seu sempre companheiro. Sentou-se no fundo e abaixou a cabeça, escorando-a em seus braços cruzados. Não percebeu a figura loira que sentara lentamente ao seu lado.

—Rose? Você está bem? —Perguntou quebrando o silêncio, e assustando a Grifinória que produziu um movimento brusco na cadeira. —Desculpe!

Rose assentiu e voltou à posição que estava antes do susto, seu olhar não expressavam emoção alguma, apenas aquele vazio que assustaria qualquer um.

Scorpius olhou para os lados e andou até o professor, cochichou algo e voltou até Rose.

—Vem! —Scorpius esticou sua mão. A ruiva sem pestanejar segurou a mão fria do Sonserino e saiu da sala ao seu lado.

Quando já estavam bem afastados, Rose sentou-se na escada de pedra que levava à cabana de Hagrid. O Sonserino sentou-se ao seu lado.

—O que aconteceu? —Perguntou preocupado.

Rose remexeu nos bolsos da capa, e entregou um envelope para o loiro.

Querida Rose,

As coisas por aqui estão normais, você sabe, trabalho e sem vocês tudo fica mais calmo. Aqui é claro, já começou a nevar, mas não o bastante para montar um boneco de neve.

Fico extremamente feliz que esteja ajudando seu irmão, não que ele precise, pois é um garoto inteligente, mas muito preguiçoso. Diga que mandei um abraço. Quanto ao Quadribol, tentarei convencer Minerva que nos deixe assistir ao ultimo jogo da temporada, sei que ela deixará.

Tome cuidado nas próximas tarefas, e não perca a cabeça. Mas creio que Scorpius a protegerá, os Malfoy, apesar da fama são ótimos cavalheiros. Não deixe que se pai leia esta carta, nunca!

Rose meu amor, não quero que se preocupe e prometa-me que continuara com a sua rotina. Minerva já informou aos professores, mas quis eu mesma avisar-lhe. Seu pai está no St. Mungus, ele foi azarado, mas está melhorando, assim que ele acordar eu promete que lhe envio uma carta ou meu patrono. Peço que também tome cuidado, a figura encapuzada que atacou seu pai aparatou em Hogsmeade, não ande pela Floresta, ou pela própria Vila sozinha.

Com amor, Hermione Weasley.”

Scorpius dobrou a carta novamente e brincou com o pergaminho em seus dedos longos e pálidos.

—Sinto muito pelo seu pai. —Falou baixinho e percebeu que Rose limpava uma lágrima solitária. —Hey, ele vai ficar bem!

Abraçou-a de lado, puxando a ruiva para mais perto.

—Se te consola... A sua mãe estava certa, na carta. —Rose o olhou sem entender. —Eu nunca vou deixar que nada te aconteça!

—Nunca? —Repetiu tentando se convencer de que poderia ao menos confiar nele.

—Nunca!

A ruiva sorriu e abraçou o Sonserino com força, derrubando-o na grama molhada pelos poucos flocos de neve que já apareciam.

—Desculpa! —Sentou-se e sorriu fraco. Scorpius colocou uma mexa do cabelo ruivo atrás da orelha de Rose que corou de forma moderada.

—Está melhor? —Perguntou preocupado.

—Sim e obrigada por me tirar daquela aula. —Sentou-se na escada de concreto novamente.

—Sempre que precisar minha ruiva. —O sorriso no rosto de Scorpius era como se tivesse vencido o campeonato de Quadribol.

—Você acha que o encapuzado da floresta possa ser o mesmo que azarou meu pai? O foragido? —Olhou apreensiva para o loiro. —Conversei com outros alunos e todos me disseram que foram atacados por membros do Ministério, nenhum usava capa preta e capuz!

—Talvez, nenhum dos que conversei foi atacado com feitiços que pudessem realmente ferir! —Passou a mão no local onde antes estava o corte, agora já quase encoberto pela nova camada de pele. —Você poderia ter morrido garota, sabe como me deixou preocupado? —Usou sua voz fraternal, imitando o modo que sua mãe agia quando caia da vassoura ou tentava alguma poção explosiva.

A Grifinória riu.

—Você me preocupou, seu braço... —Rose então pegou o braço do garoto, desabotoou e manga da camisa e empurrou para cima, deixando a mostra a pele pálida, e assim percebeu que não havia ficado marcas. O vento passou pelos dois e o braço do loiro arrepiou-se. Imediatamente a ruiva puxou a camisa para baixo e fechou-a timidamente.

—Eu estou bem ruiva! —Estampou seu melhor sorriso irônico ao levantar o queixo de Rose com uma das mãos. —Adoro quando você fica corada.

E naquela frase, Rose corou ainda mais, fazendo Scorpius soltar uma gargalhada.

—Pare com isso! —Cobriu suas bochechas com as luvas pretas. Scorpius riu.

—Agora me lembrei, você disse que ganharia o Campeonato de Quadribol? —Levantara as sobrancelhas loiras.

—Talvez eu tenha escrito isso, não estou me vangloriando, mas temos treinado bastante e acho que podemos vencer sim! —Sorriu vitoriosa. —Por que a curiosidade?

—Eu disse o mesmo para o meu pai, creio que ele virá ver o filho dele vencer da Grifinória! —Colocou as mãos atrás da cabeça.

—Veremos!

Scorpius olhou-a contra a pouca luz que o sol fraco proporcionava, o tom ruivo de seu cabelo era acentuado, deixando-a como uma imagem angelical.

—Rose? —Era Hugo quem lhe chamava na porta que dava para a Torre do Relógio.

—Preciso ir, até logo! —Beijou a bochecha do loiro sem reação e correu até o irmão que lhe foi dando bronca até sumirem pelo corredor longo.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, pessoas !!



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