Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 18
Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me pela demora, mas aí está o próximo! Ah, temos capa nova!!



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Após saborearem seus deliciosos jantares em silêncio, as luzes se apagaram por completo automaticamente. Rose sacudiu a varinha sussurrando um Lumus, e assim a pequena camada de luz permitiu uma visualização um pouco mais clara da sala.

—Por um momento eu achei que ficaria embaixo daqueles troncos para sempre! —Scorpius disse com tristeza na voz, fazendo Rose — que afofava o travesseiro— parar e encara-lo.

—Achou mesmo que eu te deixaria? —Rose parecia decepcionada com a sua imagem para com o Sonserino.

—Achei! —Percebeu a leve irritação da ruiva. —Sinto muito, mas não nos falávamos fazia dias! E você demorou em para encontrar! —Deitou a cabeça no travesseiro de penas brancas.

—Eu caí e bati a cabeça, desmaiei com a pancada. —Riu sozinha de sua estupidez e jeito desengonçado. —Assim que eu acordei, corri, estava com medo de não te achar! —Agradeceu a pouca luminosidade que encobria seu rosto corado.

Scorpius colocou as mãos atrás da cabeça e olhou para o concreto que sustentava os outros andares.

—Hey baixinha... —Sorriu maroto enquanto deixava a frase sumir pelos seus finos lábios levemente rosados.

—Não ouvia isso desde o terceiro ano! —A Grifinória ajeitou-se para olhar o loiro. —Você me chateou com esse apelido ridículo por dois anos inteiros. —Fez-se de braba.

—Infelizmente precisei trocar o apelido, já que a senhoita cabeça de fósforo, cresceu durante o verão! —Usou sua voz falsa para frustração.

—Não esqueça que fiquei quase da sua altura! —Completou Rose, que tinha um sorriso igualmente parecido ao de Fred II quando aprontava alguma coisa. Aproveitando a situação para zoar com o garoto.

—Tecnicamente ainda posso te chamar de baixinha, já que ainda sou mais alto que você!

Rose fez um sinal obsceno para Scorpius que riu ainda mais alto.

—Sabe ruiva, acho que sonhei com você me chamando pelo nome! —Voltou a deitar-se de lado, para observar melhor a garota. —Você bem que poderia aderir à ideia, sabe, me chamando pelo o primeiro nome.

—Continue sonhando. —A Grifinória fechara os olhos, soltando um longo bocejo.

—Boa noite minha ruiva! —Não esperava uma resposta educada da garota, normalmente o “minha ruiva” era motivo para alguma azaração.

—Boa noite, Malfoy! —O garoto sorriu, havia a provocado e pela primeira vez não fora xingado ou estuporado como no quarto ano. Ali, ao lado da ruiva, sentia-se diferente. E era algo que nunca sentira por qualquer outra garota que não fosse a ruiva, mas jamais admitiria aquilo para alguém.

Rose corria velozmente enquanto lágrimas grossas escorriam pelo seu rosto, sujo e manchado, com a varinha sempre apontada para suas costas e feitiços proferidos rapidamente, sem hesitação. A mesma figura encapuzada que os atacara brutalmente na floresta, agora seguia a ruiva — escabelada— pela mesma. Mas dessa vez, era tudo muito diferente, Scorpius não estava ao seu lado, nem corria tentando se aproximar, havia desaparecido e não a protegeria. De repente tudo pareceu se desmanchar, como se um balde de tinta escorresse por uma parede lisa. Um galho que brotara de forma inapropriada prendeu o pé da garota, derrubando-a contra o chão de terra dura e folhas apodrecidas.

—Mas que droga! —Xingou, sentando-se bruscamente, passando a mão no rosto suavemente molhado pelo suor salgado.

—Rose? Tudo bem? —Scorpius perguntou calmamente, usando a sua voz mais suave, foi nesse momento que Rose percebeu que o rapaz estava sentado na poltrona ao seu lado. Surpreende-se também, pelo fato de como parecia fácil para o Sonserino, chama-la pelo nome.

Apenas assentiu em resposta.

—Por que está aí? Não deveria estar dormindo? —Ainda segurando as têmporas virou o rosto curioso para o loiro com expressão vazia.

—Pesadelo! —Respondeu segurando e balançando as mãos de forma nervosa.

—Eu também! —Rose sentia-se frustrada com o pesadelo classificado como estúpido em sua mente. —Aquele homem encapuzado me seguia, e eu não conseguia acertar ele.

—E onde eu estava? —Perguntou curioso arrancando um sorrisinho tímido da ruiva. —Eu deveria estar lá para te proteger, somos uma equipe! —Deu um soco de leve no ombro de Rose, que riu, já que aquele era um típico hábito trouxa e americano.

—Eu não sei! —Abaixou a cabeça. —É muito estranho contar isso para você!

—Por quê? —Riu também. —Teremos que ficar juntos até o final do ano, sem contar as rondas, acho que poderia tentar confiar um pouco mais em mim!

—Com toda aquela história de que não se deve confiar em Sonserinos? —Scorpius bufou. —Posso tentar!

—Eu não sou tão ruim assim! —Scorpius apontou para seu corpo.

—Na verdade é sim, você é metido e arrogante! —Rose ajeitou-se na cama novamente. Scorpius riu.

—Posso até ser tudo isso, mas você não conseguiu ficar longe de mim lá na floresta! — Aproximou-se sedutoramente como sempre fazia quando queria irrita-la.

—Aquilo foi diferente! —Empurrou-o para longe. —Estávamos com frio, e se me lembro bem, foi você quem me puxou para deitar!

—Ah claro. —Revirou os olhos acinzentados. —Eu estava sendo gentil Weasley. Como eu disse, não sou tão ruim assim!

Rose estava prestes a responder, mas uma voz diferente e trêmula lhes tirou da longa discussão que estava por vir.

—Vocês poderiam calar a boca? —Havia uma garota deitada em um leito de frente ao de Rose, mas bastante afastado, próximo à entrada.

—Desculpa! —Rose falou e fez um sinal para que Scorpius voltasse a dormir.

xxx

Madame Pomfrey mexia em Rose que estava sob o olhar curioso de Scorpius divertindo-se com a cena.

—Srta. Weasley preciso trocar suas bandagens para que possa ir! —Dizia a senhorinha que sacudia gentilmente o braço da ruiva.

—Ah pai, eu não estou namorando ninguém e ganhei a taça de Quadribol! —Rose pronunciou virando-se de lado, deixando a medi-bruxa perplexa.

—Que deselegante, tem o sono pesado do pai! —Madame Pomfrey deu às costas para a ruiva e saiu rebolando enquanto lançava alguns xingamentos para o ar.

Scorpius levantou-se tomando cuidado para não forçar o braço preso à tipoia e se aproximou de Rose, colocando uma mecha fina do cabelo ruivo para trás de sua orelha e acariciou a extensão pálida que era o rosto da ruiva. Aproximou os lábios da bochecha rosada de Rose e beijou-a ternamente. A Grifinória remexeu-se e com uma velocidade quase sobrenatural, Scorpius se afastou alguns centímetros, observou então a delicadeza e suavidade com que a garota abria os olhos e sentava-se.

—Bom dia minha ruiva! —Abriu seu habitual sorriso de canto. Rose olhou-o e assentiu. —Você quase foi azarada pela Madame Pomfrey!

—Por quê? —Sentou-se bruscamente, quase como se alguém dissesse que haveria liquidação de livros na Floreios e Borrões.

—Calma apressadinha! —Empurrou Rose pelo ombro de volta para a cama. —Ela tentou te acordar e você meio que a chamou de pai...

—Eu o quê? —Sua voz era de incredulidade mistura com uma pontada de humor.

—Você disse: Ah pai, eu não estou namorando ninguém e ganhei a taça das casas! —Scorpius repetiu a frase de Rose, numa tentativa falha de imitar a sua voz, o que é claro arrancou uma gargalhada da ruiva.


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Notas finais do capítulo

Comentem, recomendem e aquela coisarada toda!



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