Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 11
Investidas


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, espero que gostem.



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Rose estava no Salão Comunal, esperava por Tiago, queria se desculpar, mas aparentemente o rapaz já havia descido. Correu então para o Salão Principal, aonde da grande porta enxergou o primo sentado ao lado de Hugo que apontou para a porta.

Tiago olhou assustado para Rose que se aproximava, levantou-se e olhou apreensivo para Lily que gargalhava. Outros alunos já olhavam para a situação constrangedora e ligeiramente engraçada. Rose estava perto do primo e um silêncio sepulcral se instalou entre ambos.

—Como está? —Perguntou brincando com as mãos nervosas.

—Melhorando. —Respondeu seco, com uma das mão dentro das vestes negras, segurando sua varinha.

Rose suspirou.

—Não precisa segurar a varinha como se eu fosse te atacar agora! —Disse corada. Tiago relaxou. —Desculpe, eu acho que me deixei tomar pela raiva!

—Tudo bem. —Se aproximou um pouco. —Eu fui um idiota!

A ruiva abraçou o primo e levantou um “Ooh” de algumas garotas. Finalmente estava resolvida, sabia que Hermione receberia alguma carta, mas depois explicaria para a mãe.

Rose abraçada em seus livros caminhava para a biblioteca, onde deixou os exemplares perfeitamente organizados nas respectivas prateleiras. Faltava apenas um, andou até a prateleira no fundo da biblioteca, foi empurrada contra a parede.

—Mérlin, que susto! —Ralhou com Scorpius que ria. —O que quer Malfoy?

—Continuar o que aquela garota atrapalhou. —Seu braço estava escorado na parede, deixando Rose perfeitamente na sua frente. A ruiva, porém, sorriu ironicamente.

—Pode deixar! —O loiro fechou os olhos e se aproximou, foi quando Rose passou por de baixo do braço do garoto, que ficou surpreso ao não encontrar os lábios.

—Hey. —Reclamou ao perceber Rose um pouco afastada que ri.

—Até mais. —A ruiva saiu andando pomposamente, deixando Scorpius com um sorriso bobo no rosto. Ela estava entrando no jogo, não percebia, mas estava, e aquilo deixava Scorpius cada vez mais animado.

E durante alguns dias escapou das investidas do Sonserino de formas inusitadas e diferentes. Em uma manhã Rose teria duas aulas vagas, sentou-se em baixo de uma árvore e ficou observando o lago negro.

—Finalmente te encontrei minha ruiva! —Rose revirou os olhos e Scorpius sentou-se ao seu lado.

—O que quer? —Perguntou e levantou o livro, tentando evitar uma conversa muito longa.

—Você sabe! —Disse baixinho deitando-se.

Rose fechou o livro com força.

—Por que quer tanto? Não entendo o motivo dessa cisma comigo! —Dizia revoltada encarando o rapaz.

Scorpius olhou-a e se apoiou nos cotovelos.

—Pense assim, uma pessoa pela qual você não tem conexão alguma resolve te defender durante uma aula, quase mata o próprio primo e depois vem dizer que não entende! —Sorriu satisfeito por ter percebido que Rose analisava toda a situação. —Para mim só tem uma resposta clara!

—E qual seria essa resposta?

—Ora, a Weasley não sabe? Achei que fosse a garota mais inteligente de Hogwarts! —Falou com humor. — Não percebe?

Rose sacudiu a cabeça em negação.

—Rose, será que não percebe? —Scorpius levantou-se atordoado.

—Desculpa se a minha cabeça não pensa como a sua! —Rose falou pondo-se de pé. —Tente explicar!

Scorpius olhou de um lado para o outro, passou seu olhos pela ruiva e parou em seus lábios rosados. Em questão de poucos segundos deu um passo à frente e beijou Rose, que por sua vez socou o peito do rapaz, várias e várias vezes até que o mesmo a soltasse. Mas não antes é claro de ceder ao rapaz por uma fração de segundos. O garoto era pouco mais forte que Rose, graças ao Quadribol conseguiu segurá-la por algum tempo.

—Por que fez isso filhote de doninha? —Gritou enfurecida e seu cabelo estava bagunçado.

—Eu precisava descobrir... —Sua voz falhou.

—Descobrir o que? —Rose estava irritada, seu rosto completamente vermelho.

—O que eu sinto por você! —Respondeu seriamente. —E talvez ajudasse você a descobrir também!

—Espere! —Rose parou a aproximação de Scorpius com a mão em seu peito. —Você acha que eu te defendi porque gosto de você?

—Era a minha única hipótese! —Respondeu firme, segurou a mão de Rose e pousou sobre seu coração. —Vê? Isso não é normal!

—Sinto muito Scorpius, mas agora você só conseguiu me deixar mais confusa do que já estava! —Rose colocou a mochila no ombro e voltou para Hogwarts sob o olhar de Scorpius.

Ignorou tudo, participou ativamente das aulas e se enfiou na biblioteca novamente, a leitura distrai-la-ia e mandaria o pensamento nomeado “Malfoy” para longe, por enquanto.

—Querida? —Madame Pince, com uma imensa pilha de livros que flutuava a suas costas tirou a ruiva de seus devaneios.

—Ah sim, desculpe-me! —Rose levantou-se aflita, provavelmente perderia o final do jantar. —Perdi o horário.

—Pela segunda vez na semana! —Retrucou a senhora que jogava os livros nas estantes laterais.

Ignorou o comentário desnecessário da bibliotecária e seguiu seu caminho até o Salão.

Rose foi com certeza, a ultima aluna a entrar no Salão Principal, sob o olhar de alguns curiosos que se juntavam a alguns dos professores. Sentou-se apressada junto dos leões, ao lado da delicada Lily que ajeitava o jantar, separando os alimentos — de acordo com a cor—, em seu prato.

—O que eu perdi? —Perguntara enquanto servia seu prato com uma pequena porção de comida.

—Minerva falou que o professor do Clube de Duelos dará algumas informações valiosas durante a próxima aula e que alunos, cujo desrespeitarem as regras de relacionamento da escola serão devidamente punidos!

—Regras de relacionamento? —Sempre que Rose levantava uma das sobrancelhas era porque estava com dúvida, e aquele era um momento de dúvida.

—Agarramento pelos cantos! —Proferiu Tiago risonho. —Comportamento indecente para com a nossa escola, que sempre foi muito respeitada!

Hugo cutucou Rose com o cotovelo.

—Palavras da nossa diretora! —Houve alguma risadinha entre os mesmos, pela bela e, quase, perfeita imitação de Tiago.

Na manhã seguinte Rose jogou seu corpo para fora da cama, vestiu-se como sempre e seguiu para a sala de Estudo dos Trouxas, não sentia vontade alguma de tomar café. A sala, obviamente estava vazia, sentou-se no fundo e ali ficou lendo um livro qualquer até o inicio da aula.


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Notas finais do capítulo

Leitores fantasmas apareçam!! Comentem o que estão achando, ou deem sinal de vida! ;)