Bloody Lessons - Interativa escrita por Queeny


Capítulo 31
Lesson 28 - Fight... Or die.


Notas iniciais do capítulo

Opa, turu bom?
Dois anos. Isso ai. Dois anos até que em um dia de simples inspiração... Essa história me voltasse na cabeça com força total.
Não sei que alguém ainda veria essa notificação, se alguém de dois anos atrás ainda permanece aqui.
Essa autora deixou vocês na mão e a culpa é total e completa minha, mas quero compensar vocês. E assim... Quem sabe não finalizar essa história finalmente? De coração, entregar a continuação e o final que vocês merecem. Sem mais delongas:
Aqui vai o começo do fim:



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— Voce parece maior. — Sebastian comentou encarando o amigo. 

Ethan não havia somente crescido em tamanho. Ele havia amadurecido completamente durante o ano passado na mansão, o garotinho que havia ali chego agora se tornava um homem, e já era palpável sua mudança. 

— É porque eu estou. - O peso subia e descia com o movimento de seu braço. Sentado naquele banquinho, no meio do quarto de Ethan, Sebastian somente estreitava os olhos percebendo o quanto aquilo parecia… Diferente. 

Os três não se conheciam a muito tempo, na realidade, eram completos estranhos até terem aberto os olhos naquela floresta naquela noite fria de julho, mas em pouco tempo eles já se sentiam irmãos. Fosse a conexão instantânea de alma ou forçada pela auto defesa da própria mente assustada, refugiando-se do novo com o já conhecido, eles se sentiam unidos, se sentiam iguais. Mas a mansão parecia estar começando a realmente muda-los. Pouco a pouco, as coisas que antes eram tão comuns e características começavam a se perder. 

Ethan, o garoto assustado que chorava nos cantos quando ninguém olhava, agora poderia acabar com alguém com um único soco. E essa não era sua única mudança. 

— Desde quando decidiu… Começar isso ai? - O loiro jogou seu corpo pra trás, encostando as costas na parede escura do quarto. A cabeça encostada, pendida enquanto seus olhos saiam de Ethan e recaiam ao teto. 

— Desde que percebi que eu preciso saber me defender. Desde que eu vi que qualquer coisa aqui pode tentar me matar em três segundos e que eu nem ao menos sobreviveria ao primeiro. - Sua voz soava firme, forte. Era quase cômico. De um extremo ele havia chego ao outro. 

As sobrancelhas de Sebastian se estreitaram com o pensamento, quase juntando-se no meio da testa enquanto ele refletia sobre aquilo. 

— E acha que agora sobreviveria? - a pergunta ecoou pelo quarto. Não um julgamento, não um desafio. Era uma dúvida sincera.

Ethan parou de mover o braço, inspirando enquanto encarava o loiro da cama. Se levantou em seguida, levando o peso a seu lugar de repouso, encaixando-o onde marcava o lugar certo e bateu uma mão contra a outra enquanto lentamente, negava com a cabeça. 

—  Agora eu sobrevivo pelo menos até o três. - respondeu o moreno, dando um sorriso suave ao amigo ali. 

Algo que havia ficado claro durante o tempo deles ali, era que lutar não valeria de nada. Contra aquelas garotas, ou alguma daquelas criaturas, se não obedecessem o destino era obvio. 

Sebastian abriu a boca, Taylor a porta. 

— Me atrasei. 

Foi a única coisa que anunciou ao entrar no quarto grande, jogando a bolsa atrás de suas costas quando percebeu o olhar de ambos os outros meninos nele. 

—  Que foi? Viram um fantasma? - Ergueu uma sobrancelha, jogando a bolsa com a comida da noite na cama, sentando-se ali também logo em seguida. 

—  Vimos que a Santanna brincou de jogo de pontinhos no seu pescoço. - Ethan estalou as costas, começando a enrolar as faixas brancas em volta das mãos já calejadas. 

— Talvez de inclusive pra formar o nome dela se a gente ligar cada um. - Sebastian provocou também, observando o moreno mais com uma expressão divertida no rosto. 

Taylor rolou os olhos, sem se preocupar em retrucar. Não era como se fosse sua intenção cruzar com Santanna em meio a seu caminho pra cozinha, mas não podia fazer nada se ela atravessou o dele. 

— O que está fazendo?  - a voz da loira ecoou pelo cômodo de mármore, rouca, convidativa como… Sempre. Principalmente a Taylor. 

O moreno somente pegou a lata de sopa, virando o rosto suavemente para olhar por trás de seu ombro, e lá estava ela, parada na porta da cozinha. Seu corpo encostado na borda, os braços cruzados sob os seios cheios, seus cabelos caindo escorridos até quase a altura de seu quadril. Ela usava nada mais que um shorts preto e uma camiseta larga. “Take me to hell.” 

A inscrição na camiseta fez Taylor soltar uma risada baixa, negando com a cabeça enquanto voltava a separar a comida que levaria ao andar de cima. 

— Separando o jantar. - explicou enquanto pegava outra lata, esticando pra cima e balançando suavemente como se a mostrasse o objeto, comprovando o que dizia. Em seguida, colocou a mesma dentro da bolsa, enfiando-a no fundo e fechando o armário, indo ao outro logo ao lado. 

A loira somente permaneceu a observa-lo, sem dizer mais nada em resposta. Seus olhos azuis desceram pelas costas largas do garoto, analisando cuidadosamente cada mínimo centímetro que poderia se mostrar a ela mesmo que por baixo da blusa preta que teimava em cobrir sua pele pálida. Ela adorava senti-lo. Seus toques, seus beijos… Seu sangue. Taylor era de longe seu favorito dentre os garotos, e não fazia questão de esconder essa curiosidade sobre si. Assim como ele também não ligava de deixar claro de que ela também era sua favorita. 

Seu braço ergueu-se pegando os pães, enfiando três na mochila. Seus músculos não eram tão grandes assim. Na verdade Taylor tinha um corpo esguio, as tatuagens tornando-o mais atraente. Para Santanna, era bom justamente assim. 

A garota que antes só observava na porta do cómodo, logo se juntou a Taylor, guiando seus dedos pela pele desenhada dos braços do moreno, que parou na mesma hora o que fazia para sentir o “carinho”. 

Quando suas unhas se enfiaram em sua carne, ele soube que “carinhoso” aquilo não tinha nada. 

— E o meu jantar? - perguntou baixo, sua voz próxima de seu ouvido.

E Taylor se arrepiou. O que antes a ele era quase uma ameaça, agora era já um chamado para diversão. 

— Está com fome? - retrucou, baixando seu braço enquanto virou o rosto sem pressa, aproximando-o do de Santanna. A loira deixou que um sorriso tomasse conta de seus lábios ao ouvir a resposta do rapaz. Suas unhas subiram de seu braço a seu rosto, girando-o para que ficasse de frente para si. As mãos firmes de Taylor seguraram na cintura fina da loira, mantendo-a pressionada a si então. Um olhar, um roçar pequeno de lábios, e olhos vermelhos tomaram forma, a cor viva preenchendo o azul anterior. 

— Morrendo. - e sorriu. Um sorriso malicioso e cheio de intenções, intenções essas que Taylor conhecia muito bem, e agora, simpatizava com todas. 

— Sirva-se então. 

 

— Ela tava com fome. - resumiu com simplicidade, dando de ombros em seguida como se não fosse nada demais. Como se não tivesse adorado cada segundo daquilo, e tivesse tanta fome de Santanna, quando ela dele. 

— É, e eu também. - Ethan se aproximou da mochila depositada na cama, abrindo-a rápido e puxando um dos pães pra fora. Mordeu-o em seguida, mantendo-o na boca enquanto caçava sua lata de sopa no fundo da bolsa. 

Taylor enfiou a mão ali também logo em seguida, puxando uma garrafa de agua e abrindo a tampa, levando a boca sem pressa. 

— Se você beber a agua, ela vai vazar pelo seu pescoço? - Sebastian provocou, arrancando um resmungo do moreno, e uma risada alta do mais novo. 

— Da próxima vez você já pede pra ela te transformar numa peneira. - Sua boca estava cheia de pão, mas isso não o impediu de falar, dando um sorriso em seguida ao moreno, antes de receber um travesseiro em cheio no rosto. 

— Como se vocês não fizessem o mesmo. Cuzões. - Taylor abriu a sopa que segurava, colocando a colher ali e tirando uma boa quantidade da mesma, enfiando-a na boca. 

A comida enlatada já não parecia mais tão ruim a eles quanto era no começo. O gosto já se ajustava a seus paladares, como tudo ali naquele lugar. 

Ethan agarrou a almofada e jogou de volta em Taylor, passando a mão no cabelo preto o colocando um pouco pra trás enquanto ainda ria. 

— Não desse jeito, cara. Já viu o estado do seu pescoço? - Se ajeitou melhor no banco, suas pernas abertas sustentavam seus cotovelos apoiados nos joelhos. Sua mão ainda segurava o pão que comia, e que logo deixou de existir. 

Taylor somente negou com a cabeça. Ele não precisava ver, ele sabia. Sabia porque havia sentido cada uma das diversas mordidas que Santanna havia lhe presenteado. E havia gostado de cada uma delas. 

Não é como se a gente tivesse muita escolha em quantas vezes elas vão querer comer ou não. - outra colherada da sopa, e ele balançou a cabeça suavemente. - E falando nisso, elas não pediram nada vocês hoje ainda? 

Sebastian negou com a cabeça, se esticando também para pegar sua refeição. — Não. Não ainda. 

Foi ai que Ethan realmente percebeu aquilo, não tinha visto as garotas até então, nenhuma delas. Só soube de Santanna por causa de Taylor, mas além dela… Nada. Uma casa povoada por garotas era algo difícil de ser silencioso, fossem elas humanas ou não. 

— Onde elas estão? - perguntou então, colocando suas próprias reflexões pra em voz alta. 

Sebastian parou de abrir sua lata, estreitando os olhos e observou ambos, como se sua ficha caísse também. — Tem razão.. Eu não vi nenhuma hoje. 

— Caçando? - Taylor sugeriu, finalizando sua sopa, deixando a mesma de lado enquanto limpou a boca com as costas de sua mão. 

O loiro negou com a cabeça suavemente. - Não um dia inteiro. Vem. - ele se levantou da cama, deixando a comida ali enquanto caminhava até a porta. 

— Vamos aonde? - o moreno mais velho estreitou os olhos, ainda sentado. Ethan se levantou também, pondo ambas as mãos nos bolsos da calça jeans. Sebastian abriu a boca pra responder, mas foi o mais novo que se proclamou:

Descobrir o que tá acontecendo. 

 


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