Bloody Lessons - Interativa escrita por Queeny


Capítulo 24
Lesson 22 - Vampires don't cry


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, aqui mais um cap pra vocês
tenho que fizer que nesses próximos caps vão ser realmente bem tristes, eu já escrevi esse chorando então, os próximos não vão ser melhores haha
Espero realmente que gostem!



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– Sebastian? SEBASTIAN?

O desespero de Alex era quase absurdo, irreconhecível, o que tornada toda a situação bem pior. A garota nula, quase sem emoções, chamando o garoto num desespero imenso, era algo que só se veria numa situação intensa, numa situação de perigo, como era aquela.

– Alex – Cassie chamou, a garota a mirou, de longe, enquanto a mesma se aproximava com Hayley a seu alcance. A morena mais velha levou as mãos a boca, suprimindo um grito de espanto e tristeza, enquanto encarava a cena a frente.

A cabine da roda-gigante aberta, Alex dentro dela, o rosto vermelho, como se estivesse prestes a chorar, se ao menos pudesse faze-lo, e logo em frente a garota estava o corpo sem consciência de Bash. Ele estava pálido, pálido demais, sua boca quase completamente arroxeada e rachada, seus olhos fechados, seu corpo parecendo mais fraco e fino do que sempre, o cabeço suado e emaranhado na testa.

– O que aconteceu com ele Dona? – Hayley perguntou se aproximando da cabine, junto de Alex, tentando tocar o rosto do loiro, quando finalmente conseguiu, paralisou. Ele estava gelado, gelado demais, gelado como as garotas da mansão, esse pensamento a fez se encolher. – Ele está gelado... – ela recolheu a mão no mesmo instante, tentando arrancar aquilo de sua cabeça. – Ele está gelado como se estivesse...

– Morto – Cassie completou, podia sentir seu queixo tremendo, suas mãos fechadas em punhos. – Gelado como se estivesse morto.

– Cassie... – Alex chamou novamente, apontando para trás.

– Hey – Beau chamou, trazendo consigo todos os outros presentes no quarto, e Ethan em seu colo, também desacordado.

– O que houve com Ethan? – Hayley perguntou, pegando o garoto.

– Só está desacordado, nada demais, ei, garoto – o homem deu um tapa fraco nas costas do moreno, que não demorou para abrir os olhos.

– O que? Aonde eu to? – ele perguntava se mantando em pé.

– Ethan, sem tempo pra perguntas, tem algo muito serio acontecendo aqui – Cassandra disse batendo o pé impaciente, chamando Beau para perto. O mais velho foi até ela junto de Thomas, ambos estraram na cabine, enquanto Alex saia dali.

– O que aconteceu? – ele perguntou tentando enxergar.

Foi quando a visão de Sebastian completamente murcho e pálido, sem consciência sendo carregado por Beau tomou seus olhos, os olhos castanhos do garoto então se arregalaram e ele prendeu a respiração com força.

– BASH? BASH? O QUE ACONTECEU COM ELE? O QUE ACONTECEU COM O SEBASTIAN? – Taylor gritou ao fundo, correndo para frente, na direção do loiro.

– Não sabemos – Mery respondeu, num canto, encarando a situação um tanto quanto paralisada.

– NÃO SABEM? ELE ESTÁ DESSE JEITO E VOCÊS NEM AO MENOS SABEM POR QUE? – o moreno perguntava irritado e com uma tristeza aparente, seus olhos vermelhos e marejados.

– Não, não sabemos Taylor, cale a sua boca e pare de se meter, você não estava aqui até agora pra dar palpite, uma única vez na sua vida, para de ser arrogante e cale a porra da sua boca! – ela gritou, realmente nervosa e irritada, o garoto engoliu a seco, sentindo o quanto ela estava afetada pela situação, possivelmente tanto quanto ele.

– Taylor – Ethan chamou, fazendo o mais velho o encarar – Para. – ele pediu. Taylor então pode perceber os cantos da boca de Ethan tremendo, como se ele estivesse se segurando para não chorar. A preocupação do garoto era gigante. Eles eram sua única família. Ethan, Taylor e Sebastian. Eram os três desde o começo, juntos, unidos, amigos, seus melhores amigos. Ele perderia Bash? Ele iria perder um irmão?

– Calma, Ethan – Taylor disse, tentando acalma-lo, mesmo que ele mesmo não conseguisse faze-lo.

✥ ✥ ✥

– Ele vai ficar assim por quanto tempo? – Taylor perguntou com os braços cruzados, encostado na porta, encarando o amigo deitado na cama, a expressão ao invés de serena, era de dor, como se mesmo dormindo, ainda estivesse sentindo a pior das dores possíveis.

Taylor sentia tudo ficar menor, a sensação de dor dominando todo seu corpo. Queria Sebastian acordado, queria Sebastian ali, sorrindo, brincando com ele.

Ethan estava sentando no canto do quarto, o rosto escondido entre as mãos, não falara uma única palavra desde que falará com Taylor no parque. Seu medo de perder o loiro era inevitável, era grande demais.

– Não sei, não a nada que possa dizer quando ele vai acordar – Mery comentou, sentada ao lado do loiro, passando uma toalha de água sobre sua testa.

– Se ele acordar – a voz de Ethan pode ser ouvida. Taylor o encarou assustado com a afirmação.

– Ethan... – ele brigou, se desencostando da porta, vendo o mais novo se levantar, encarando-o com trilhas longas de lágrimas escorrendo pelo rosto, o moreno somente o olhou, deixando o quarto logo em seguida, em direção ao seu próprio.

– Sabe o que é o pior, Taylor? – a voz de Mery pode ser ouvida, ele então a encarou. A morena mexia nos cabelos bagunçados de Bash com delicadeza, seu rosto mostrava seu sofrimento. – É pensar como as coisas acontecem sem que a gente perceba, isso poderia ter sido evitado, eu poderia ter evitado isso, se eu tivesse percebido o que poderia acontecer, como era um risco.

– Do que você está falando, Meredith? – ele perguntou frio, levantando uma sobrancelha, encarando-a confuso.

– Que doí Taylor, doí vê-lo assim, vocês podem achar que nós não temos sentimentos, mas nós temos, estamos mortas mas ainda sentimos, não deveria ser assim mas é! E sabe o que é o pior Taylor? O pior é ouvir o que Ethan acabou de dizer, “Se, ele acordar” – ela parou um pouco, respirando fundo, prosseguiu – e saber que é a mais pura verdade.

✥ ✥ ✥

– Dona, você sabe o que aconteceu com Bash? – Santanna perguntava, sua voz baixa, os braços apertando a si mesma, numa tentativa de se sentir melhor do que estava.

– Sim – ela confirmou, acenando com a cabeça em seguida, sentada atrás de sua mesa de madeira, sentada de modo ereto, a cabeça apoiada nas mãos. Seu olhar perdido pela sala, sua expressão paralisada.

– O que houve com ele? O que aconteceu com nosso Bash? – Hayley perguntou, de pé num canto da sala, andava incansavelmente.

– Não posso dizer – Cassandra disse, ainda sem mudar nada em sua expressão.

– Por que não Dona? – Krist perguntou, a tristeza dominando sua expressão, ela balançava para frente e para trás, inquieta.

– Porque não, Krist – a loira insistiu, vendo a menina se irritar.

– Eu quero saber! Quero ajudar, quero que ele acorde! – ela gritava.

– Todas queremos Krist! – Santanna disse, nervosa, se levantando, e encarando a morena.- Acha que queremos ver ele morto, é isso?

A morena se encolheu, triste novamente.

– Com licença – a voz de Ivy saiu pela porta do escritório de Cassie, que fez um sinal para que as garotas entrasse. – Desculpe entrar assim sem permissão na mansão, mas não deixamos de nos preocupar com o estado de Sebastian, como ele está?

Arabella, Ivy, Electra, Tessália, Katherine, Nicole e Irina se encontravam ali, uma bem perto da outra.

– Mal – Alex respondeu.

– Muito mal – Santanna concordou, procurando Tessália com os olhos, pela primeira vez, procurando conforto, e ele enfim veio. A morena a observava tentando passar sua força a irmã.

– Sentimos muito – Irina disse, fazendo uma leve reverencia.

– Se houve algo que possamos fazer pra ajudar, é sério. – Nyx ofereceu, sinceramente.

– Obrigada pela preocupação, mas vamos deixa-los descansando por enquanto. Já cuidei de algumas precauções para Bash. – Cassie respondeu. Vendo Nyx afirmar com a cabeça.

– É algo muito serio? – Katherine se permitiu perguntar, encarnando as garotas ao redor.

– Não é da nossa conta – Electra a reprovou, puxando-a pelo braço.

– É melhor irmos, não somos muito bem-vindas aqui – Tessália comentou, chamando as garotas para a porta.

– Com tudo isso acontecendo, vocês são meu último problema e preocupação, façam o que quiserem – Cassie comentou.

– Não vamos fazer nada – Irina disse.

– É serio, qualquer coisa, podem falar, não vamos atrapalhar , queremos mesmo ajudar! – Arabella disse, recebendo um olhar acusador de Hayley.

– E por que isso? Por que querem nos ajudar assim de repente? Vieram aqui observa-los, dispostas a mata-los e então agora querem ajudar! Por que?

– Nos sabemos como doí perder alguém. – Ivy respondeu, simplesmente.

– Sabemos como é estar pra perder alguém querido, como é ruim passar por isso e simplesmente nesse momento não é justo colocarmos mais um problema desnecessário nas costas de vocês. – Tessália disse.

– Além de que, não somos tão más assim – Electra falou, cruzando os braços.

– Hilly e Holly – Arabella começou – Elas sabem e nos pediram para pararmos, ficarmos quietas por algum tempo.

– E olha que elas não costumam ser boas – Nyx concordou.

– Eu sei – Cassie disse, se levantando de sua cadeira e caminhando até uma das janelas do cômodo, uma na qual a visão era direta para a janela do quarto de Bash. – E é exatamente isso que me preocupa, elas não mandariam que vocês parassem seus trabalhos se a situação de Bash fosse leviana.

– Dona? O que quer dizer com isso? – Hayley perguntou, dando um passo para frente, apertando a própria roupa, assim como todas as garotas da mansão presentes na sala.

– Quero dizer que, se tudo fosse ficar bem, Hilly e Holly não se preocupariam em mandar recado, em pedir trégua. Se tudo fosse ficar bem, elas não teriam oferecido ajuda. Quer dizer que a situação está pior do que eu imaginava, pior do que eu queria que fosse. – Cassie explicou, tocando a janela fria.

A visão a sua frente era dolorosa. Na cama, Mery acariciava o cabelo de Bash, num sofrimento aparente, sua boca se movia dizendo coisas que faziam Cassie sorrir, lembrando de momentos passados, memórias preciosas, permitiu seu sorriso se entortar numa expressão seria, enquanto observava o rosto pálido de Bash, sem consciência, quase sem vida, sem forças, como ela jamais tinha visto.

Uma tristeza forte lhe dominou, a loira fechou os olhos com força, e quando os abriu novamente, uma pequena e solitária lágrima rolou por sua bochecha.

– O que? – Alex encarou a mulher surpresa.

– Eu pensava que vampiros não podiam chorar – Nyx, a mais nova dali comentou, ainda perplexa com aquela pequena lágrima pendendo na bochecha na loira.

Cassie então limpou a mesma, observando-a escorrer por seu dedo, caindo ao chão num baque baixo quase imperceptível, logo antes de concordar.

Eu também.


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