Bloody Lessons - Interativa escrita por Queeny


Capítulo 22
Lesson 20 - Halwer or Hell?


Notas iniciais do capítulo

HEY GENTE
cara quanto tempo, meu deus hem?
BOM, BLOODY VOLTOU, e no aguardo pra vocês, vai chegar um SUPER UTRAL BLASTER MEGA CAP, que vai vir logo i promise, com boas surpresas ahsahsha
BOM GENTE, eu fiz um grupinho no face, pra quem quiser participar, e lá a gente pode conversar, e tudo mais, alem de ser um meio deu comunicar se for haver atraso ou algum problema, e também, quem sabe dar alguns spoilers? heheuh
Bom, o grupo é esse, é só pedir que eu aceito ok? >> https://www.facebook.com/groups/391183201023786/?fref=ts



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/447281/chapter/22

– Eu acho que não ouvi direito, eu... Qual seu nome?

Taylor mantinha as mãos nos cabelos, sem saber o que fazer ou o que dizer. Sua respiração estava descompassada, seu peito descia e subia conforme seus olhos procuravam algum conforto.

– Ivy Pucket – confessou com mais força que da última vez, de modo mais decidido.

– Não pode ser... – sua mente borbulhava em lembranças, memorias embaçadas e rostos apagados. Somente um rosto lhe era claro. O dela.

– Taylor, por favor, eu...

– Não, eu não quero ouvir! Eu... Isso não é possível – ele falava rápido, passando as mãos pelo cabelo, atordoado. Sua cabeça girava a mil, e as lembranças explodiam em sua mente.

De repente, um forte baque lhe atingiu a cabeça, que latejou no mesmo instante de modo quase cruel, fazendo Taylor soltar um grito alto e longo, enquanto seu corpo caía no chão e seus olhos se fechavam.

Era uma tarde fria de setembro. Taylor em seus plenos 15 anos de idade treinava para mais um campeonato que seria realizado em sua escola. Eles tinham que ganhar.

Em meio a uma cesta e outra, um homem alto e parcialmente forte se esgueirou na janela, gritando o nome do garoto, fazendo-o deixar a bola de lado e caminhar até lá.

– Taylor, precisamos conversar garoto – a voz do homem se fez ouvir, grossa e forte, marcante e um tanto assustadora para quem não o conhecesse, e soubesse que aquele era seu jeito rotineiro de ser.

– Tudo bem – o garoto concordou, entrando na casa, caminhando até o homem e sentando-se num sofá, logo de frente para a cadeira na qual o outro se acomodava.

Suas roupas eram pretas e formais, suas mãos eram grandes e finas.

– O que houve? – perguntou observando a tensão que se estalava no, mas velho.

– Não tenho boas noticias Taylor. E preciso que seja forte. – ele disse direto, fazendo o moreno se arrumar na cadeira, inquieto.

O que está acontecendo? Pensava consigo mesmo, querendo encontrar logo uma resposta.

– Porque eu teria que ser forte? O que aconteceu? – ele insistiu em perguntar, enquanto o homem bufava, entrelaçando as próprias mãos, sem saber como contar, ou como dar a notícia inevitável.

– Taylor, Ivy, ela... – começou, parando no meio, deixando a frase no ar.

O moreno encarou o mais velho sem entender, buscando uma continuação, uma fala, uma palavra que fosse. Estava desesperado.

– O que houve com Ivy? – perguntou, inclinando o corpo para frente, atento a cada movimento do outro.

– Ela... – iniciou novamente, passando a mão no rosto, como se estivesse claramente nervoso com a situação, e como num sopro de coragem, finalmente, permitiu que a verdade fosse enfim, dita. – Ela está morta, Taylor.

E então, foi como se um furação de emoções se passassem nos olhos do moreno, surpresa, ódio, e indignação, seus olhos eram confusos e seu coração batia de um modo quase extravagante demais.

– O que disse? – ele repetiu, cobrindo a boca com as mãos logo em seguida.

– Ivy morreu Taylor.

– Não. – respondeu firme, encarando o outro com fúria – Ela está viva, eu a vi hoje de manha, ela está viva! – insistia, sem querer acreditar em outras possibilidades, sem sequer cogitar que o que o homem dizia era a pura e única verdade...

Ou talvez não quisesse acreditar.

– Ela foi assaltada na rua Taylor. O ladrão tentou rouba-la, ela não tinha dinheiro, ele atirou nela. – contou rapidamente, como se aquilo o afetasse e machucasse tanto quando machucava ao mais novo. – Eles levaram nossa Ivy antes da hora... – murmurou mais para si mesmo, travando a mandíbula em raiva.

– O que? O QUE? – ele permitiu que sua voz saísse alta, antes de finalmente raciocinar.

As lagrimas caiam sem permissão por seu rosto, seu coração se partia em diversos pedaços, enquanto sua mente vagava em memorias do passado, sorrisos, brigas, brincadeiras, e no sorriso e no olhar tão parecidos com os dele.

Ele queria tanto vê-los novamente.

Mas não poderia, nunca mais poderia. Ela estava morta.

Sua irmã estava morta.

– Taylor, você prometeu que ficaria forte. – o mais velho se aproximou, tocando o ombro do garoto, que chorava, sentindo as forças de corpo se tornarem praticamente nulas.

– Como posso ser forte depois disso? Como? – ele perguntava em meio ao desespero, a dor de perder sua melhor amiga, conselheira e irmã lhe ardia até o último pedaço do corpo.

– Você tem que ser, Taylor, tem que ser forte. Jamais se esqueça disso, você me prometeu que seria forte, e você deve ser, não só nesse caso, mas como para o futuro. – ele dizia enquanto tocava os ombros do garoto, suas mãos frias na pele quente do moreno que tentava se acalmar, ainda com a imensa dor no peito.

Ele levantou seus olhos, encarando o rosto do homem, com uma última lágrima rolando de seus olhos, ele respirou fundo, concordando.

– Eu vou tentar.

– Prometa Taylor, faça isso por Ivy, faça isso por nós. Seja forte, seja forte Taylor! – ele insistia numa expressão quase desesperada. O garoto o encarou confuso, logo antes de levar as mãos ao rosto, limpando-o, e encarando o mais velho novamente.

– Eu prometo – disse firme, respirando fundo. – Prometo ser forte, tanto por você quanto por Ivy, eu prometo. – dizia como se tentasse convencer a si mesmo igualmente. – Eu serei forte, eu prometo que serei forte Pai.

A lembrança era vivida, porem a visão era turva e alguns pontos, como o rosto do homem, eram completamente embaçadas. Aquilo o frustrava imensamente. Ele abriu os olhos, encarando sua frente, vendo os cabelos castanhos de Ivy logo a sua frente. Ele pulou, se afastando.

– O que houve? O que aconteceu? Taylor tudo bem? – ela perguntava preocupada.

– Não poderia estar melhor. – reclamou irônico, se levantando. – Como você... Como, como você está aqui? Como está viva?

– Taylor, eu não estou viva.

– Claro que está, está aqui Ivy. Na minha frente, andando, falando, está aqui! – ele praticamente gritava, enquanto a menina parecia procurar as palavras certas.

– Só porque ela está aqui não significa que ela está viva, queridinho – a voz de Electra se fez ouvir, vinda direto de trás de uma as arvores, se mantinha encostada, observando.

– Electra, por favor. – Ivy pediu educadamente, tentando deixar a loira fora do assunto.

– Fala pra ele Ivy, conta logo de uma vez – ela insistia, fazendo Taylor a encarar confuso.

– Será que da pra me explicar porque você mentiu? - ele perguntou quase num murmúrio, encarando-a.

– Foi para o seu bem Taylor, entenda!

– Não tem como entender! Você mentiu esse tempo todo, disseram que estava morta, que havia sido assassinada!

– Foi necessário! – ela gritou em resposta.

– Abandonar a família? Deixa-los sofrendo por uma perda que realmente não aconteceu? – ele insultava nervoso. –EU TE ENTERREI IVY! NÃO FOI NADA LEGAL, EU VI SEU CAIXÃO DESCENDO PRA DENTRO DA TERRA!

– Não era eu, o caixão estava fechado Tay, eu não estava ali, era outro corpo – ela explicou com simplicidade, fazendo o moreno revirar os olhos.

– Ótimo, então seu enterro também foi uma mentira, quantas mentiras mais eu vou ouvir Ivy? Quantas? – ele perguntava nervoso.

– Taylor, eu não podia continuar, entenda isso! Não dava! – ela exclamava quase irritada, queria que ele a entendesse, queria tanto isso...

– Não dava? Porque não, Ivy? – ele perguntava insistente.

– Você cresceria – uma voz apareceu, Irina, debruçada numa árvore explicada com calma. – Ela não. Você envelheceria ela não, as pessoas achariam estranho.

– Ela não podia ter me abandonado – repetiu, com desdém.

– Ela seria morta se continuasse com vocês, principalmente se descobrissem o que ela é! – Kath disse, sentada no chão, ao lado de Nicole.

– Você não gostaria de ver sua irmã sendo julgada como demônio e morrendo, gostaria? – Nikki comentou, arqueando uma das sobrancelhas.

– Ela morreu de qualquer maneira não morreu? – ele disse num tom frio, fazendo Ivy sentir que poderia perder o chão a qual quer segundo. – E então que continue assim, já que foi isso que você escolheu – e assim, ele se retirou, deixando para trás, uma parte de seu passado que mal sabia ele, ainda o assombraria.

✥ ✥ ✥

– O que nos vamos fazer? – Yomi perguntava enquanto se sentava de qualquer maneira no sofá da sala, logo ao lado de Santanna.

– Mata-los não seria uma boa opção? – Krist comentou, com um sorriso no rosto.

– Mata-los? Não, o governo não gostaria nada. – Santanna recusou, com um sinal de não.

– Quem deu essa ideia? Mas que absurdo, claro que não, realmente. – Krist mudou completamente, fazendo Ethan revirar os olhos e Sebastian rir.

– Vamos deixa-las lá... – Alex comentou baixo, logo atrás do sofá, encostada. – Se não brincarmos com elas, elas não brincarão conosco, simples assim.

– Concordo com a Alex, ok? – Hayley se pronunciou – Acho realmente que se ignorarmos elas, tudo poderá ficar bom.

– Fingir que elas não existem não será problema nenhum, aprovado! – Bree comentou levantando o dedão num positivo.

– Ok, tudo bem, ignoramos então. – Yomi concordou, sorrindo de lado.

– Eu não entendo, eu pensei que se o governo soubesse que haviam humanos por aqui, nos matariam na hora –Ethan comentou, confuso.

– Não se você estiver sob os cuidados de outros vampiros. Humanos são permitidos desde que leias e submissos. O contrato que Cassie fez com vocês os impedem de mata-los, mas ainda sim, podem vigia-los para saber se não contaram mesmo a ninguém – Hayley explicou, clara e velozmente, fazendo Ethan abrir a boca num sonoro “ah”.

– Entendi... Então mandaram elas pra cá? - o moreno perguntou novamente, vendo a porta se abrir e um Taylor assustado caminhando pra dentro da mesma. O mais velho apenas encarou as pessoas, antes de subir escadas à cima com uma pressa assustadora.

– Sim... – Santanna respondeu, ainda mantendo o olhar fixo na escadaria. – Pra que vocês não nos causassem problema, sabe como é...

– Problemas? – Sebastian se permitiu perguntar, recebendo um olhar significativo de Alex.

– Problemas, qualquer tipo. Acredite. – ela comentou, parecendo achar graça daquilo tudo.

– Mas nós não fizemos nada – Ethan se defendeu.

– Ainda não, Ethan, mas podem fazer – Yomi completou nervosa.

– Qualquer deslize, qualquer errinho, é pra isso que elas estão aqui, pra observar vocês – Bree explicava enquanto se balançava para os lados sentada em cima da cadeira.

– E quando vocês cometerem o tão esperado erro dai sim, elas vão poder agir. – Krist finalizou, engolindo a seco, e logo dando e ombros.

– Quando você diz elas vão poder agir, o que você quer realmente dizer? – Ethan perguntou assustado, recebendo um longo olhar de cada uma das meninas.

– Queremos dizer pra tomarem cuidado... – Hayley começou, encarando-os preocupada.

– Qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, será motivo pra que elas possam leva-los ao governo, e nós não queremos isso. – Santanna comentou manhosa, temendo a separação, temendo o perigo à frente.

– Vocês tem medo de sermos levados ao governo, a esse lugar, o que tem lá? O que vai acontecer conosco lá, se algum dia formos pegos? – Ethan retomou a pergunta, encarando o loiro ao seu lado que observava as garotas com a sobrancelha erguida, como se esperasse a resposta.

– Se eu fosse vocês não pensaria nisso - Bree repreendeu – Alias, manteria isso bem longe da minha cabeça. Pensar da azar, e pensar muito faz acontecer. – sussurrou, mas ainda sim pode ser ouvida por todos.

– Muitos contam histórias, mas a verdade é que eu nunca fui pra lá, nenhuma de nós foi... – Hayley comentou, se aquietando logo em seguida.

– E qual a história? – Sebastian se pronunciou, encarando-as em expectativa.

Elas se observaram, como se procurassem alguém para conta-los a verdade, até que finalmente, Santanna soltou um longo suspiro, antes de deixar que sua boca se abrisse.

– Eles dizem que... – começou, tomando coragem, e logo continuando – Dizem que é o lugar onde a crueldade e a escuridão são vizinhas, onde a misericórdia não existe e onde desobedecer regras custa o preço mais alto que se pode valer. – continuo, encarando ambos os garotos, e deixando um sorriso perverso tomar conta de seu rosto fino. – Se há uma escolha, qualquer escolha entre a mansão Halwer e o inferno... Escolha o inferno.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!