Bloody Lessons - Interativa escrita por Queeny
Notas iniciais do capítulo
Hey pessoinhas, tudo bem? *u*
Vamos lá a mais um especial, JULIANAAAA
e vamos a primeira morte da fic.... uhhhh
– Podem se servir – Cassie disse, vendo as vampiras atacarem o jantar.
Eram plenas seis e vinte da manha, as garotas haviam acabado de voltar da escola, famintas. Os garotos também estavam, mas a fome deles era diferente da delas, isso com certeza.
Enquanto os três pegavam carne, espaguete, e tudo mais que havia na mesa posta praticamente somente para eles, as outras simplesmente enchiam seus copos com o conteúdo vermelho até que o mesmo quase caísse para fora da taça.
Elas bebiam com vontade e de uma vez só, todo o conteúdo. Eram lhes dispostos um saco de sangue no almoço e um na janta. Aqueles sacos podiam fornecer até três taças cheias, o que as satisfariam por algum tempo.
– Quer a bem passada ou a mal passada? – Ethan perguntou enquanto encarava Sebastian.
– Mal passada – pediu, estendendo o prato ao amigo, que colocou a carne em cima do mesmo, recebendo um aceno do loiro em agradecimento.
– E você, Tay? – perguntou novamente agora para o moreno.
– Bem passada – pediu, sendo logo servido pelo mais novo.
– Eu vou querer bem passada também – pegou para si mesmo, assim se sentando e enfim começando a devorar a carne.
– Fico me perguntando porque essa mesa gigante só pra nós, não somos tão importantes assim somos? – perguntou Taylor, e uma risada alta de Cassie pode ser ouvida.
– Queridinhos, acham mesmo que colocaríamos uma mesa assim só porque você são importantes? – ela comentou ainda rindo, então com um guardanapo limpando a boca que continha algumas gotas de sangue. – Minhas garotas precisam de sangue, sangue bom, da melhor qualidade possível, pra um sangue bom, é preciso um corpo saudável, e um alimentação boa, por isso, comam bastante e sejam bons alimentos pras minhas meninas, sim? – ela explicou com o maior sorriso que alguém poderia dar, como se aquela fosse a noticia mais comum de todas.
– Obrigado por todo o carinho – Taylor agradeceu irônico, recebendo uma cotovelada de Bash. –Ai
– Não reclama – pediu o loiro, seriamente, enquanto parava de comer para rapidamente pegar algo no bolso e despejar pela comida, algo liquido e incolor.
– Que isso? – perguntou Ethan, de modo curioso, se colocando praticamente em cima de Bash, que guardava novamente o frasco no bolso.
– Ah, isso... – pareceu pensar por alguns instantes, seriamente, até finalmente encarar o menor – É um-
– SOCORRO – um grito se fez ouvir sendo seguido de um estrondo vindo do hall de entrada. Cassie foi a primeira a se levantar e como num sopro deixar a sala, logo foi seguida das outras meninas, os três então correram no mesmo instante, exaltados pelo grito que se fez ouvir segundos antes, ao que chegaram à sala, uma Juliana com uma expressão opaca e desnorteada se fazia presente.
– Jully, o que houve? – Cassandra perguntou, mantendo distancia da garota, que tinha as mãos sujas de sangue.
A loira tentava falar mais as palavras não saiam de sua boca.
– Vamos Jully, diga alguma coisa – a mais velha insistia, o desespero estava presente em todas.
– Governo – sibilou, fazendo Cassie titubear – Eu e Lyanna fomos buscar sangue no hospital, era nossa vez – explicava pausadamente. – No caminho de volta, um dos vampiros do governo nos encurralou, começou a fazer perguntas, sobre- parou momentaneamente, assim encarando os três meninos ao fundo – Sobre os humanos que supostamente sabiam de nós – Taylor prendeu a respiração instantaneamente, assim como Ethan. – Nós desconversamos, fizemos tudo pra que ele fosse embora, mas ele não foi ele... Ele tirou uma faca de prata do moletom que usava, foi tão rápido e ele- parou novamente, fechando os olhos com força – Ele teve de ir embora, alguns guardas da patrulha da manha na floresta estavam passando por ali, ele fugiu.
– Jully, onde está Lyanna? – Cassie perguntou mais apreensiva ainda.
– Ele disse antes de ir embora que esse seria só o primeiro aviso – murmurou, abrindo o olhos com suavidade.
– O que seria o primeiro aviso? – Hayley se manifestou, engolindo a seco.
– Isso – sussurrou assim pegando a mochila de carregava nas costas, mochila da qual deveria estar cheia de sacos de sangue, mas não dessa vez, não eram eles que preenchiam a bolsa, colocando hesitante a mão dentro do objeto, Juliana retirou com cuidado do que estava guardado ali, e no instante seguinte, todas as vampiras dali sentiram o peso em seus ombros ser quase insuportável, enquanto podiam ver nada mais, nada menos, que cabeça ne Lyanna. Sem corpo, só a cabeça. O pescoço com o sangue quase seco, os olhos azuis sem vida, os cabelos que antes eram longos foram cortados juntamente com o movimento que a arrancou a vida eterna.
✥ ✥ ✥
Com a mente completamente ocupada pela dor, Ethan vagava pela floresta sozinho, procurando algum consolo, algo que o fizesse esquecer do que virá mais cedo.
Morte. A palavra piscava em sua cabeça.
– Ethan? – uma voz soou perto dali. O garoto então se virou, encontrando Jully o encarando apreensiva.
– Oi – respondeu simplesmente dando a loira um leve sorriso.
A garota então se aproximou, se colocando logo ao lado do moreno, que encarava silencioso seus próprios pés.
– Você não está nada bem neh? – perguntou encarando-o fixamente, em quando ele negava suavemente com a cabeça. – Vai ficar tudo bem Ethan
– Não entendo, era pra eu estar te consolando - ele confessou levantando a cabeça.
– Isso não tem sentindo, eu já estou melhor, viu? – ela sorriu, fazendo o menino soltar uma risada baixa.
– Fico feliz por isso – ele disse sincero, enquanto voltada a olhar pra frente. – Eu não consigo ficar bem Jully, não da – soltou num sopro, sentindo seu coração apertar por dentro.
– Por quê Ethan? – a voz da garota era calma e acolhedora.
– Porque- começou mas logo parou, virando seu rosto e fitando a garota nos olhos – Porque ela morreu por nossa culpa, minha e dos garotos.
Juliana pigarreou de leve, arregalando os olhos. Ele não podia estar se sentindo assim.
– Ethan não foi culpa de vocês, o governo não podia ter feito assim, matar vampiros, isso é proibido, vampiros não podem matar outros vampiros sem comandos, a culpa é de quem mandou a morte de Lyanna, não de vocês, vocês não fizeram nada de errado! – ela explicava se aproximando.
– Se nós não estivéssemos aqui, nada disso teria acontecido – ele gritou apreensivo. Sendo recebido imediatamente pelos braços da loira, que o apertaram com força.
– Mas vocês estão, e foram os meses mais divertidos que tivemos em anos! – ela comentou rindo. – Não se culpe por algo que você não teve culpa, se eles mataram Lyanna foi por algum motivo, mas o motivo não foi você.
– Mas eu-
– Não Ethan, não se culpe. – ela pediu.
– Eu quero não me culpar, quero superar isso, quero ser melhor e poder proteger vocês – soltou num surto de sinceridade, fazendo a vampira sorrir abertamente.
– Então lute pelo que você quer – ela apoiou – Mas antes, saiba que estamos do lado de vocês Ethan, e que acima de tudo, pode confiar na gente, pro que precisar – disse, percebendo que o garoto segurava as lagrimas. – Não precisa se esconder de nós.
E como num momento de fraqueza, Ethan segurou a garota pela blusa, apertando-a ainda mais contra si, permitindo que as lagrimas pela perda da menina e da dor da culpa que carregava em seu peito se revelassem através das cristalinas gotas que corriam por seu rosto.
Seus joelhos fraquejaram, e como num pedido mudo, a garota entendeu o que ele querida. Ajoelhou-se com o garoto, que continuava a chorar de modo que deixava a própria vampira triste por vê-lo assim. Separou o garoto de si alguns centímetros, simplesmente para poder segurar o rosto dele com suas mãos, espalhando diversos beijos suaves e rápidos por todo a face do moreno, que ainda soluçava, tocou levemente seus lábios nos dele, fazendo o menino soltar um suspiro sofrido, assim encarando a loira com uma dor que chegava a arder inclusive nela, num coração que nem ao menos batia. Aproximou o garoto de seu colo, pedindo para que Ethan se deitasse ali, enquanto a vampira fazia um carinho sincero em seus cabelos, tentando acalma-lo, e acalmar a si mesma também.
– Você é gentil – ele comentou depois de um tempo. Fazendo a garota soltar uma baixa risada. – Diferente das outras meninas, elas são mais... Sem sentimentos, sem ofensas.
– Sem problemas – respondeu sorrindo com o que o garoto disse – Mas não se engane Ethan – ela então reparou que o garoto fechou os olhos, soltando um último suspiro ele assim adormeceu ali mesmo, com seus olhos vermelhos e respiração pesada. Juliana olhou pra cima, fechou os olhos levemente, assim abrindo-os novamente, aproximando então os lábios do ouvido do garoto – Elas não são ruins assim, você só ainda não conhece o melhor lado delas – levando seus lábios mais para cima deu-lhe um leve beijo no cabelo – Nós podemos estar mortas, mas isso não quer dizer que não temos sentimentos.
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beijo meus amores, boa semana