As Aventuras dos Marotos escrita por Aki Nara


Capítulo 62
Capítulo 62 - O Temor de Andrômeda


Notas iniciais do capítulo

Gente faz um tempo que mudei a casa da Andrômeda de sonserina para Cornival.



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Cena 1 – O Pretexto

Andrômeda seguia mancando pelo corredor, o joelho esfolado era o que havia ganhado no confronto com Grayback. Ela tinha arrepios só de pensar que aquele homem era tio de Remo.

Parecia que maus pensamentos traziam gente ruim e ela foi rodeada por sonserinos que a viam como uma pária tanto quanto Sirius. Ela por ter entrado para a Cornival e seu primo por ser da Grifinória.

Ela sempre procurava evitar aquela turma, mas desta vez sozinha e sem seus amigos, era um alvo fácil, mais ainda por não poder correr, assim ficou presa contra a parede recebendo maldade gratuita.

_ Hey, vocês! Parem ou recebem uma detenção!

_ Você deve estar brincando! – um deles admoestou. – Eu não recebo detenção de um sangue ruim.

_ Sangue ruim ou não, eu sou monitor e você não. Portanto, caia fora.

Ted Tonks envergou os ombros para ficar com os olhos na altura do sonserino encarando-o de cima, humilhando quem quer que fosse com sua estatura avantajada.

_ Isso não fica assim.

Os garotos encrenqueiros deram meia-volta sumindo das vistas.

_ Você está bem, Andy? – ele tocou-lhe o braço gentilmente.

_ Estou obrigada – Andrômeda se abaixou para recolher os livros do chão e sorriu embaraçada.

_ Faz muito tempo que a gente não se fala.

_ É verdade. Desde que...

_ É.

_ Você ficou muito mais alto – Andrômeda desviou a conversa para coisas mais amenas.

_ Será? – ele coçou a cabeça num gesto desconfortável.

_ Eu estou fazendo um esforço enorme pra manter meu pescoço nesse ângulo – ela riu.

– Mas você não mudou nada. Continua muito linda.

Andrômeda corou ao receber o elogio e foi assim que Remo encontrou os dois no corredor.

_ Andy? – Remo encarou Ted com cara de poucos amigos, na verdade como um lobo que demarca seu território e sua fêmea.

_ Remo... – ela puxou a manga da camisa dele. – Ted me salvou daquele grupo de sonserinos encrenqueiros.

_ Pois é... Eu já vou indo. Foi um prazer te rever, Andy. Até mais Remo – Ted se afastou deixando-os a sós.

_ Um prazer é... – ele abraçou Andrômeda possessivamente encarando-a bem dentro dos olhos. – Por que ficou dando trela pra ele?

_ Como é? – ela ficou extremamente brava.

_ Isso é mal de família por acaso? A gente não pode virar as costas...

_ Você está falando sério, Remo? – disse com a testa franzida.

_ Eu pareço estar brincando?

_ Não parece, mesmo – ela se virou pra deixá-lo sozinho.

_ Vai amarelar na nossa primeira briga? – ele a impediu agarrando-lhe o pulso.

_ Vou. Por que eu não quero.

_ E por que não? – Remo disse totalmente alterado levantando a voz como nunca havia feito até então, deixando Andrômeda perturbada com a violência com que chutou a parede.

_ Pare! Eu sei o que você está tentando fazer...

_ Sabe mesmo? – ele esboçou um meio riso de escárnio que não combinava com sua gentileza usual.

_ Você está estranho desde o ataque a Hogsmeade e tem se distanciado aos poucos. Esteve procurando um pretexto, não é mesmo?

_ Você me conhece bem. Então, sabe o que quero.

_ Como assim? – Andrômeda empalideceu.

_ É uma boa oportunidade. A gente termina e você volta pra ele.

_ Talvez eu faça isso mesmo... – ela não ficaria mais um segundo diante dele e piscou para deter as lágrimas.

_ Você vai ser mais feliz, Andy.

_ Se você diz...

Remo não a deteve mais se deixando ficar pra trás.

Cena 2 – O Sofrimento

Um mês depois do fim do namoro com Remo, Andrômeda havia reatado com Ted. Ela não se sentia bem ao ouvir chacotas do tipo que a tornavam volúvel, como se estivesse indo e vindo entre os dois rapazes. Parecia muito errado “querer ser feliz”.

_ Preciso de sua opinião sincera.

Andrômeda voltou para a realidade vendo Lílian refletida no espelho, sua amiga corava tentando puxar o decote generoso mais para cima.

_ O que pretende Dona Lílian? A senhora não tem boas intenções – admoestou a amiga.

_ Fazer James me atacar antes que ele seja a vítima?

_ Você está linda! James será um tolo se não lhe pedir em casamento – Andrômeda disse suspirando.

_ Mas ele já me pediu diversas vezes, só que...

_ Não era o momento certo. E se dessa vez ele fizer o pedido?

_ A resposta será SIM! – os olhos de Lílian brilharam ao responder.

_ Que sorte a dele – Andrômeda sorriu com tristeza.

_ Tem certeza de que não pretende ir ao baile? Foi sua decisão final? – Lílian franziu a testa preocupada.

_ Sim, farei o que Remo quer – seu olhar estava opaco, mas decidido. – Eu serei feliz sem ele.

_ Por que tem de ser assim?

_ Não quero que Remo se culpe a vida inteira por não ter me dado o futuro que ele acha que mereço.

_ Casa, filhos e alguém que a ame.

_ Sim.

_ E terá tudo isso com Ted? Você ainda ama Remo, não é mesmo?

_ Não sei mais... Ted me faz bem. Acho que sou uma mulher de sorte – sorriu sem graça.

_ Ainda há tempo...

_ Remo não me ama... Não a ponto de enfrentar todas as dificuldades, lembra dos votos na saúde, na doença...

_ Até que a morte nos separe.

_ É. Eu só não tenho forças pra lutar sozinha... – as lágrimas escorreram e Lílian socorreu a amiga abraçando-a com carinho.

Cena 3 – Um Futuro

Remo se encolheu junto a parede, escondendo-se nas sombras para evitar que Andrômeda e Ted o vissem ali. Teria saído silenciosamente, mas a curiosidade foi maior que a dor por vê-los juntos.

_ Andy... – Ted parecia nervoso.

_ Humm? – Andrômeda deixou a leitura de lado para dar atenção.

_ Você já decidiu o que fará depois da formatura?

_ Na verdade não. E você já se decidiu?

_ Já. – Ted coçava a cabeça demonstrando timidez e embaraço.

_ E o que fará? – demonstrou genuíno interesse.

_ Eu quero viver em meu mundo mesmo. Quer dizer... Hogwarts foi uma boa experiência, mas gosto da vida que levo no campo, acordar cedo pra cuidar da fazenda, cuidar dos animais, entende?

_ Não. Quer dizer... Eu não faço a mínima idéia de como seja viver sem magia, mas gostaria muito de ver com meus próprios olhos.

_ Gostaria de vir pra minha casa?

_ Como assim? Está me pedindo em casamento? É lógico que aceito.

Remo não pôde mais ficar para ouvir os planos do casal e saiu sem que o percebessem. Ted gargalhou com vontade segurando as mãos de Andrômeda.

_ O que é tão engraçado? – aborrecida ela fez bico.

_ No meu mundo a maior idade só ocorre aos dezoito e mesmo assim ainda temos muito que fazer antes de casar e ter filhos.

_ Não haverá nada para mim além do casamento.

_ Você pode vir trabalhar na fazenda. Se gostar da vida no campo... – ele se aproximou depositando um beijo casto nos lábios.

_ Se eu gostar na vida do campo? – Ted se ajoelhou diante dela fazendo-a encará-lo.

_ Faço a proposta que está esperando.

_ E quanto tempo isso vai levar?

_ Tempo suficiente pra gente se conhecer melhor e você me amar mais.

_ É uma promessa? – ela imprimiu um aperto mais forte na mão entrelaçada.

_ É – Ted se levantou trazendo-a para junto de si saboreando-lhe os lábios como se beijasse a pétala de um rosa.


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