Cena 1 – A Recepção

Os Potter moravam num sítio nas proximidades de uma aldeia trouxa. Ao contrário de muitos bruxos que preferiam viver no anonimato entre os trouxas, eles eram famosos por sua hospitalidade em ambos os mundos.

Na verdade, Vivian era querida na aldeia por sua caridade, os trouxas sempre a procuravam para obter as poções ou “remédios caseiros” contra dores e gripe. A porta abriu intempestivamente e um vento gelado entrou no hall de entrada.

_ Mãe. Nós chegamos!

A Sra. Potter surgiu num passe de mágica e usava um lindo avental de rendas sobre o vestido florido.

_ James! – ela abraçou o filho e todos os outros tão calorosamente, que ninguém se sentiu um intruso. – Nossa! Vocês estão enregelados, entrem e se aqueçam antes de subirem para os seus quartos.

Edward abraçou a esposa e encaminhou os outros para a grande sala, onde uma chama na lareira aquecia, aconchegando o ambiente. A casa dos Potter parecia uma casa trouxa comum, exceto pela presença de um ou outro artefato, que somente um bruxo poderia identificar para que serviam. Na verdade, o Sr. Potter era considerado como um colecionador excêntrico pelos trouxas.

_ Agora que estamos aquecidos! Vivian deixe-me apresentar os amigos de nosso filho. Este rapaz de magnífica beleza é Sirius Black! E este rapaz franzino e pequeno se chama Peter Pettigrew, mas podemos fazê-lo engordar mais um pouquinho, não é mesmo? – piscou para a esposa.

Vivian  estendeu a mão. Primeiro para Sirius, que num gesto de galanteria beijou-a levemente. Já, Peter estava tão envergonhado que apertou-lhe rapidamente.

_ Mas não eram três? Onde está o rapaz que se chama Remo Lupin?

_ Ah! Mãe. Ele não pôde vir e exatamente por isso quero lhe pedir um favor? – James olhou suplicante.

_ Já sei que é uma batalha perdida, quando você me olha assim, eu nuca consigo te negar nada.

_ Eu sei que Remo estará bem em Hogwarts, mas é tão chato passar o Natal sozinho. Mãe, nós poderíamos antecipar o nosso Natal aqui em casa para que possamos passar o dia de Natal com ele?

_ Mas... James! Mal você me chega e já quer partir novamente?

_ Ora, Vivian! É claro que não é nada disso. Ele apenas está preocupado com o amigo. Não é ótimo ele ter encontrado tantos amigos em Hogwarts! E depois, ele não irá embora imediatamente, nós teremos ainda uns quinze dias na companhia não de um mais de três filhos, ham? Falta pouco para um time de quadribol, querida.

_ Oh! Edward. Você sempre o defende. Acho que estou em minoria aqui. Está bem! Eu concordo desde que vocês comam tudo o que eu preparar.

_ Ah! Então, vai ser moleza meu filho. – Edward deu um beijo bem estalado na bochecha de Vivian – você é a melhor cozinheira do mundo bruxo.

_ Não me tente, Edward. Estou com vontade de queimar a comida de propósito.

_ Eu já lhe disse que a senhora é a melhor Mãe que um bruxo poderia ter? – James também agarrou a mãe dando outro beijo estalado em sua face.

_ Oh! Mas você está me deixando encabulada diante dos nossos convidados. Leve Sirius e Petter para se acomodarem no seu quarto, meu filho. O jantar sai daqui a pouco.

Cena 2 – A Capa da Invisibilidade

Os dias na casa dos Potter passaram voando, Sirius e Peter nunca haviam se divertido tanto, ter uma família mesmo que por pouco tempo era muito bom. O Natal foi antecipado e todos estavam tristes, após a Ceia. Edward pegou um embrulho no pé da árvore de natal para animá-los.

_ Meu filho! Este é para você. Abra antes que a sua mãe volte. Ela me matará se souber que eu lhe dei isto - James não se fez de rogado e rasgou o embrulho rapidamente.

_ Uma capa? – franziu o cenho sem compreender.

_ Vista-se e verá! – Edward tragava o seu cachimbo predileto.

_ Uau! – Peter que estava meio sonolento aproximou-se de supetão.

_ É uma Capa de Invisibilidade! – Sirius aproximou-se extasiado.

_ Ah! Agora o de vocês.

O Senhor Potter entregou um embrulho para Sirius e Peter. Sirius abriu o seu e este continha um pergaminho e no de Peter havia um tinteiro.

_ Um pergaminho em branco? – Sirius pareceu decepcionado, mas não expressara seu desapontamento.

_ Um tinteiro? – Já Petter... – Eu já tenho um.

_ Sim, mas este não é um pergaminho qualquer, assim como o tinteiro Peter. – Edward disse com ar de mistério – este embrulho é para Remo e contém uma pena mágica. Somente a ação conjunta dos três objetos é que produz um feitiço poderoso. Espero que o usem com sapiência e responsabilidade – piscou – agora guardem antes que a Sra. Potter...

_ Antes que eu o quê? – Vivian entrou silenciosa carregando uma bandeja.

_ Nada, Mãe. Eu te ajudo. – James  já havia guardado seu presente e ficou de frente para a Mãe para dar tempo aos amigos de guardarem seus presentes também. – Aqui na mesa de centro está bom?

_ Sim, meu filho. Vejo que já abriram alguns dos presentes. Estes presentes aqui são para vocês. – Vivian entregou uma caixa para cada um – se James tivesse me avisado um pouco mais cedo, eu teria tido tempo para dar algo melhor.

James, Sirius e Peter abriram os pacotes ao mesmo tempo. James ganhou um suéter vinho com a insígnia dourada da Grifinória no peito esquerdo, Sirius recebeu um par de luvas e Peter um gorro da mesma cor vinho e dourado.

_ Mãe, obrigado. – James a abraçou.

_ Muito obrigado! Senhora Potter!– Sirius disse com alegria genuína.

_ Eu... Gostei muito! - Peter se calou e enxugou os olhos com a manga da camisa.

_ Oh! Peter. Eu fico muito feliz que os dois tenham gostado. Agora, vocês dois! Venham aqui me dar um abraço - Sirius e Petter abraçaram Vivian, que os retribuiu dando beijos na face de ambos.

_ Levem este para Remo - Vivian entregou mais uma caixa. – Não vou dizer o que é para não estragar a surpresa.

_ Mãe, nós também temos um presente. Estávamos sem galeões e por isso, inventamos um – James entregou uma sacola para a mãe. – O seu a gente fica devendo pai.

_ Ah! Não tem problema, filho. Ver sua mãe feliz é o melhor presente que vocês poderiam me dar.

A senhora Potter abriu a sacola e retirou um pergaminho amarrado com uma fita vermelha, que desatou para desenrolar o mesmo e que surpresa, Vivian olhava para sua própria imagem desenhada em tinta especial.

_ Oh! É uma pintura minha.

_ A idéia foi minha, mas é Remo quem desenha bem. – Sirius informou.

_ É. Eu só precisei dar uma foto sua, Mãe.

_ Eu coloquei as flores para secar. – Peter mostrou a moldura de flores secas ao redor da pintura.

_ E tem um encantamento – Edward observou. – Diga-nos como funciona.

_ Pai, como você descobriu? – James pegou a sua varinha e tocou levemente a figura. – Os Marotos querem brincar!

A imagem da senhora Potter sorriu para eles e depois olhava para um pergaminho igual, mas no desenho. Neste pergaminho, alguém sobrevoava mostrando as paisagens nas proximidades da escola, as torres do castelo, o campo de quadribol, a estufa da professora Sprout, a cabana de Hagrid, o lago encantado, a floresta negra e por fim o salgueiro lutador. Duas pessoas olhavam para cima e acenavam enquanto a vassoura se aproxima do chão. As pessoas ficam visíveis. Sirius e Peter sorriem e James desce da vassoura e olha para o chão onde Remo estava sentado lendo um livro escondido sob a sombra da árvore. Todos olham para frente e mandam beijos. A imagem de Vivan também manda beijos e volta para a sua posição inicial.

_ Eu adorei, meu filho – sorriu encantada. – Sirius e Peter vocês serão sempre bem-vindos nesta casa. E digam o mesmo para Remo, não é isso querido? – Vivian olhou ternamente para seu marido.

_ Sim, é isso mesmo. Creio agora que vocês devem tomar este delicioso chocolate apimentado e dormir, pois partirão bem cedo para Hogwarts.

Os Marotos tomaram a bebida e após, seguiu-se um coro de vozes.

_ Noite!

_ Boa Noite, crianças.