As Aventuras dos Marotos escrita por Aki Nara


Capítulo 44
Capítulo 44 - A Surpresa do Rato




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Cena 1 – Encomendando o Bolo

 

As garotas comeram rápido para aproveitar o intervalo de descanso do almoço. Elas verificavam no mapa dos marotos a direção em que ficava a cozinha. O local era desconhecido para os alunos que nunca tiveram interesse em procurá-la a exceção Peter. 

 

Sabia-se que havia elfos domésticos morando em Hogwarts e que o conforto dos alunos era devido à eficiência destes pequenos seres invisíveis. A porta não estava à vista, pois ficava atrás de um grande tapete com os símbolos das quatro casas que cobria a parede.

 

Havia um letreiro em que se lia em letras de relevo “acesso reservado”. Lílian, Andrômeda e Marlene pararam à frente da porta para decidir se realmente entrariam.

 

_ Por que estamos fazendo isso mesmo? – Marlene perguntou pela enésima vez.

 

_ Por que ela é a boa samaritana e resolveu fazer uma festinha de aniversário para o tratan... – emendou após ouvir Lílian pigarrear – digo, querido Peter.

_ Ah! Vamos lá. Um pouco de boa vontade? Comemoramos o aniversário de todo mundo... Fica chato não comemorar o dele.

 

_ Fica chato para você Lene? – Andrômeda destilava sarcasmo de um jeito tão angelical que fez Marlene rir antes de responder.

 

_ De forma alguma, Andy.

 

_ Ela está concordando com você porque está com medo de se indispor com a prima querida do Sirius. – Lílian olhou de modo acusador para Marlene que apenas pestanejou singelamente em resposta.

 

_ Bem, querida amiga. Vejo que você não tem motivos para ter medo de mim. – Andrômeda colocava as mãos na cintura e sendo um pouco mais alta que Lílian a encarava de cima para baixo.

 

_ Eu sei que você tem um pé atrás em relação ao Peter...

 

_ No meu caso, não é só um pé... Nada me tira da cabeça que foi ele o responsável por... Foi horrível descobrir que... Oh, Merlin!

 

_ Você não tem provas. Ele disse que não foi ao encontro, não é mesmo? E talvez o rato que você viu fosse um rato silvestre...

 

Marlene preferiu ficar quieta diante do bate boca das amigas e sendo a curiosidade maior abriu a porta devagarzinho. A interjeição de espanto que escapou de sua boca fez com que as duas amigas se voltassem para ela. A cozinha era ampla e alguns elfos domésticos pararam de trabalhar para ver a inesperada visita, porém passado o susto logo todos voltavam para seus afazeres. Somente um deles, o que parecia ser o mais idoso caminhou na direção delas.

 

_ Boa tarde. Em que Tiny pode lhes servir, senhoritas?

 

_ Muito prazer em conhecê-lo Tiny. – Lílian se pronunciou fazendo as apresentações. – Sou Lílian Evans. Estas são Andrômeda Black e Marlene McKinnon. Nosso amigo Peter está fazendo aniversário hoje e gostaríamos de fazer um pequeno agrado. Seria possível solicitar um bolo para hoje à noite?

 

_ Deseja somente um bolo? Tiny pode providenciar todas as gostosuras de que o menino Pettigrew mais gosta e sabe que deve levar onde meninos e meninas se reúnem, mas é melhor não deixar monitores zangados.

_ Nossa! Então vocês sabem onde fica... – Marlene nem pode concluir.

 

_ A Sala Precisa ... – Tiny disse num tom solene.

 

_ Então, é esse o nome? – Andrômeda estava pasma.

 

_ Sim. Por que sala dá tudo que alguém precisa.

 

_ Então, é assim que Peter consegue informações. Existe algo que os elfos não saibam, Tiny?

 

_ Tiny sabe de muitas coisas. Sabe que menina Evans não gosta de leite, que menina Black deixa ervilhas e que menina McKinnon não deixa resto. Sabe que menino Potter não gosta de tomate, que menino Lupin come mal passado e que menino Black ama sorvete de abóbora. – disse num fôlego só e tomando fôlego continuou solene – só não sabe porque Dumbledore fica triste quando olha para retrato...

 

As garotas se entreolharam, mas ficaram em silêncio. Tiny havia sido reticente deixando a impressão de que não deveriam perguntar mais sobre a vida do diretor.

 

_ Tiny, não vamos mais tomar seu tempo – enfim Lílian disse quebrando o silêncio.

_ Obrigada por nos atender. – Andrômeda apertou a mão de Tiny.

 

_ Tiny feliz em poder ajudar.

 

_ Errrr... Eu poderia pedir o sorvete de abóbora? – Marlene indagou de supetão.

 

_ Venha! – Lílian e Andrômeda disseram em uníssono e carregaram Marlene para fora da cozinha enquanto Tiny acenava para elas.

 

Cena 2 – A Festa

 

Os marotos se encarregaram de vigiar Peter, que estranhou o grude dos amigos durante o dia todo. Não que ele estivesse reclamando, mas algo não lhe descia bem. Estavam todos fechando as braguilhas para sair do banheiro.

 

_ Qual é? – Peter disse de supetão enquanto lavava as mãos.

 

_ O quê? – a naturalidade de Sirius tornava-o suspeito.

 

_ Por que estão que nem sombra na sola do meu pé?

 

_ Estamos com saudades – Remo foi cínico.

 

_  Isso definitivamente foi muito... como direi... alegre? – James riu se benzendo.

 

_ Bem... – sorriu meio sem graça – sou o único aqui que não tem álibi pra afirmar o contrário.

 

Os garotos se entreolharam e desataram a rir dando vários pedalas na cabeça de Peter.

 

_ Estamos compensando nossa falta de amizade, só isso. – Remo pôs um ponto final.

 

_ Seus amigos são gente boa! Não é legal? – forçava uma resposta favorável do Peter.

 

_ Sei. Por um acaso que dia é hoje?

 

_ Ah! Sei lá. Tem um calendário “aí” Remo? – James desviou a conversa do ponto.

 

_ Que pena! Sem agenda. – Remo mostrava as mãos vazias.

 

_ Ué! O que tem hoje? – Sirius começou a caminhar assoviando com as mãos nos bolsos da calça.

 

_ Nada, não! – Peter grunhiu algo ininteligível.

 

_ Ah! Deixa de onda. Vamos logo para a Sala Precisa antes que peguem a gente. – James segurou Peter pelos ombros empurrando-o na direção.

 

_ Acho que eu não vou. – Peter parou abruptamente.

 

_ Vai sim! Nem que tenha que ir amarrado. – Sirius apontou a varinha para Peter – não me faça conjurar as amarras.

 

_ Menos, Sirius. – Remo interveio.

 

_ É uma pena. Logo hoje que a Lílian disse que conseguiu afanar uns quitutes. – James piscou. – O bom é que vai sobrar mais pra cada um de nós.

 

_ Quitutes? O que por exemplo? – Peter foi pego pela curiosidade e pela barriga roncando.

 

_ Sei lá! Vai caminhando que a gente chega. – Sirius cutucou as costas do amigo com a varinha.

 

_ Está bem. – Peter voltou a caminhar depois de um tempo de indecisão.

 

Os marotos andaram em silêncio pelo resto do caminho até encontrar a Sala Precisa. A porta apareceu bem diante dos olhos. Sirius foi o primeiro a entrar mais algo estava estranho, pois estava escuro. Peter estacou diante da porta, mas foi empurrado pelos outros marotos para dentro.

 

_ Ca-cadê vo-vocês. – Peter gaguejava com medo.

 

_ Esta-tamos aqui. – Sirius encarnava enquanto ouviam-se risos por todos os lados.

 

Algo estourou fazendo um grande estardalhaço. Eram bombinhas estalando no chão como se fossem vários ratos passando. Uma vela foi acesa emitindo chuviscos de luz, ao que acenderam as luzes enquanto cantavam parabéns. Peter se encontrava pendurado num saco de golpes e surpreso demais para falar assistia a tudo abobalhado.

 

_ Parabéns! Viva o Peter. – Lílian sorria enquanto batia palmas.

 

_ Vai! Não fica com essa cara de bobo. – Sirius se impacientava.

 

_ Faz um desejo e apaga a vela – Remo disse empolgado pelo artefato criativo dos humanos. Peter assoprava sem conseguir apagá-lo.

 

Os parabéns e abraços se seguiram antes que Peter pudesse dizer emocionado.

 

_ Obrigado, pessoal. –Petter agradecia aos marotos.

 

_ Na verdade...– James a abraçava enquanto dizia. – Você deve agradecer a Lily.

 

_ Ah! O-obrigado. – Peter corou.

 

_ Por nada, Peter.

 

A festa prosseguiu animada, mas ninguém desconfiava que o Peter feliz e amigo havia desejado algo medonho ao apagar as velas.


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