As Aventuras dos Marotos escrita por Aki Nara
Cena 1 – Os Cupidos
A paisagem em Hogwarts se transformou. Dezembro chegou trazendo a neve, o frio e as férias natalinas. Sirius, Remo e Peter subiram correndo as escadarias para o quarto, eles abriram a porta com estrondo e estatelaram-se em suas camas. James arrumava seu malão calmamente.
_ James! É verdade o que a professora McGonagall acabou de nos contar?
_ Eu ainda nem sei o que ela disse, Sirius.
_ Que temos permissão para ir com você e passar o natal na sua casa.
_ Ah! Vocês já sabem. Era para ser surpresa, Peter.
_ A sua mãe andou enviando corujas para os nossos pais e como não houve resposta em contrário, considerou isto como uma resposta positiva. Seu pai escreveu para o diretor Dumbledore, se responsabilizando por nós. Encontramos com a professora McGonagall no corredor e ela acabou de nos informar.
_ Agradeçam-me! Eu escrevi para minha mãe dizendo que gostaria de levar mais três amigos comigo para passar o natal em casa. Afinal, o que vocês fariam aqui sem mim?
_ Convencido!! – Sirus e Peter jogaram os seus travesseiros em James e desataram a rir.
_ Desculpe! – Remo caminhou lentamente para a janela e fingiu olhar a neve cair antes de dizer com pesar. – Eu não vou poder ir!
Os amigos olharam para Remo sem acreditar no que o amigo acabou de dizer e perguntaram em uníssono.
_ Por quê?
_ Eu... É complicado. Eu prometi para os meus pais que eu não contaria para ninguém. Remo abaixou a cabeça. Eu quero ir... Mas eu preciso ficar.
_ Ah! Puxa, cara. – Sirius disse desanimado.
_ Então, eu fico contigo e o Peter vai.
_ Não! Podem ir... Vocês dois. Eu ficarei muito chateado se vocês não aproveitarem esta chance.
_ Você tem certeza, Remo?
_ Tenho, James. Ah! Mas mudando de assunto. Nós também preparamos uma surpresa pra você.
_ É. E o que é? – James estava curioso.
_ Se a gente contar não vai mais ser surpresa, não é mesmo? – Sirius apontou a varinha para James.
_ Cabra-cega! - No mesmo instante apareceu uma venda nos olhos de James.
Cena 2 – Melhor Amiga
Andrômeda encontrou Lílian sozinha na biblioteca. Como sempre ela estava escondida entre os inúmeros livros que pegou emprestado para estudar.
_ Lily! O que você está fazendo aqui na biblioteca enquanto todo mundo está se divertindo ou se preparando para voltar para casa?
_ Ah! Andy. Eu só estou terminando os deveres. Lá em casa, eu não vou ter tempo. Meus pais têm opiniões claras a respeito de magia. Eles só concordaram com minha vinda a Hogwarts porque prometi separar as coisas.
_ Bem você está perdendo uma algazarra e tanto lá em baixo.
_ Ah! E o que é tão mais divertido do que está sozinha nessa biblioteca? – Lílian revirou os olhos fazendo uma careta gozada e Andrômeda riu da brincadeira.
_ Lily, você é tão espirituosa, se dá bem com todo mundo e...
_ Pode ir parando, você não se cansa de bater na mesma varinha?
_ Bem, é que você nunca me deixa concluir.
_ Está bem, então. – Lílian tirou os olhos dos livros e encarou sua amiga. – Vá em frente!
_ Por que você é tão má com o Potter?
_ Eu? Eu não sou má com ele. É só que eu não consigo me controlar. Ele é muito irritante e mexe com os meus nervos.
_ Ah! Mas ele é legal por que você não dá uma chance?
_ Uma chance! De quê?
_ De ficarem amigos, afinal vocês são da mesma casa. Além do que ele é bonitinho, você não acha? – Lílian ficou vermelha e suspirou dando o braço a torcer.
_ É, ele é bonito. Mas não gosto do jeito dele, ele é muito preconceituoso com relação ao pessoal da Sonserina.
_ Ah! Convenhamos, Lily. Há uma rivalidade entre a Sonserina e a Grifinória, além de que os alunos da Sonserina não são passíveis de se conviver.
_ Mas veja só, você e Severus são exceções. Se fossemos partir do princípio que nossas casas são rivais, nós nem estaríamos conversando, não é mesmo? Eu só não acho certo você desgostar de uma pessoa, sem ao menos fazer uma tentativa.
Andrômeda adorou a confissão de Lílian e aproximou-se mais de sua amiga, sentando-se em uma das cadeiras vazias da mesa.
_ Então, quer dizer que você o acha bonito, é?
_ Andrômeda! Você não ouviu o que eu te falei?
_ Ouvi, sim. Mas... Então, com toda essa irritação você nunca percebeu que ele te olha diferente?
_ Ele me olha? – Lílian sentia o seu rosto formigar.
_ É. No início, ele olhava mais e nem prestava atenção nas aulas. Ultimamente, ele tem sido mais discreto. Ele até melhorou as notas, a turma dele está entre os primeiros, logo atrás de você.
_ Ah! Pelo menos ele não é idiota. E como você sabe de tudo isso sendo da Cornival?
_ Oh! Você que é desligada, mas Sirius é meu primo e nos damos muito bem, ele contribui muito para eu ficar sabendo.
_ O Sirius! É aquele, por quem as meninas suspiram e serviriam de tapete para ele passar?
_ É verdade, ele é convencido, mas ele não é o único, já existe até um fã clube para os marotos, para cada um deles até o pequeno, mas não mude de assunto. Por Merlim! Você nunca percebeu que ele está caído por você?
_ Você deve estar enganada, Andy.
_ Santa ignorância! Você está precisando usar óculos ou o quê?
_ Bem, se ele estava afim agora não está mais. Eu disse coisas terríveis para ele.
_ Então, você finalmente resolveu admitir.
_ Tarde demais, amiga!
_ Nunca diga, nunca! – Andrômeda lançou um olhar maroto para Lílian.
_ Ai, ai, ai. O que você está tramando?
_ Nada! – Respondeu angelicalmente pegando Lílian desprevenida. – Cabra-cega!
_ Assim é que você não está tramando? – Lílian desatou a rir.
_ Fica quieta! É surpresa.
Cena 3 – O Azevinho
Hogwarts estava colorido com as cores verdes e vermelhas, o professor Flitwick se esmerou nos enfeites natalinos e estando altamente inspirado, acrescentou uma leve brincadeira, encantou um ramo de azevinho para que ficasse trocando de lugar.
Os alunos adoraram a idéia, mas era difícil adivinhar em que local o ramo de azevinho apareceria novamente. Por isso, os mais afortunados eram aqueles que passavam sem querer pelo local e ganhavam um beijo inesperado.
Andrômeda e Sirius descobriram o ramo de azevinho e então, eles resolveram tramar uma bela surpresa. Enquanto James e os amigos se aproximavam do salgueiro, Andrômeda trazia Lílian pelo outro lado.
_ Ainda falta muito? – James perguntou inquieto.
_ Está fazendo frio aqui! – Lílian tremia.
De repente os risinhos cessaram e de algum lugar, ouviu-se:
_ Finite Incatantem!
As vendas desapareceram instantaneamente, James se viu diante de Lílian e perdeu a fala. Ela estava tão linda. Lílian apenas ficou vermelha como um tomate maduro, a conversa que havia tido com Andrômeda era a causa de sua timidez.
_ Oh! Andy. Você me paga. – Lílian falou baixinho com seus botões.
Neste momento o ramo de azevinho começou a brilhar, chamando a atenção dos dois.
_ É um ramo de azevinho! – Potter olhou para Lílian com esperança.
_ É mesmo! – Lílian tentava desconversar.
Pela primeira vez Lílian olhou nos olhos azuis de James e sentiu-se perdida dentro deles. Sem perceber, os dois se aproximaram um do outro, os olhos cerraram e os lábios se encontraram num breve toque. A sensação era boa, mas Lílian se afastou.
_ Considere meu presente de natal, James Potter. - Lílian correu de volta para o caminho que a levaria de volta a escola e sem se voltar desejou. – Feliz Natal!
Andrômeda saiu de seu esconderijo entre as árvores e seguiu sua amiga rindo descontroladamente. Para James o tempo havia parado. Sirius, Remo e Peter estavam escondidos sob a neve e acabavam de se levantar para trazerem o amigo de volta a terra.
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