Sangue escarlate escrita por Stephanie Orsina


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Aqui esta outro cap para vocês, não prometo postar nada até o natal, até estou trabalhando com a linda Dany Mellark que esta sendo minha beta maravilhosa, e não gosto de sobrecarregar ninguém.

Beijos queridas e comentem muito viu, pois adoro responder cada comentário e vocês!



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– Katniss! - a voz de minha prima Madge fez-me sumir em meus devaneios.

Levantei os olhos, apenas para vê-la me olhando, com seus olhos verdes e sua expressão eterna de caridade.

– Diga-me que você não esqueceu que hoje seria a última prova de seu vestido! - Madge perguntou sorrindo.

– Ok, eu não esqueci! - respondi sem ânimo, levantando-me de minha cadeira.

– Como você pode? Esse é um dos momentos mais importantes da sua vida! - Madge perguntou chocada, caminhando ao meu lado pela sala vazia.

– Talvez por que eu não veja glória nenhuma em perder a única pessoa que me entende neste universo! - respondi ignorando a dor que sentia em meu peito, toda vez que me lembrava que daqui a três dias, eu iria perder Peeta.

– Eu ainda não entendo como ele é ele? Quer dizer, até onde sabemos nunca ouve uma manifestação do sexo oposto! - Madge continuou, esquecendo-se totalmente de minha dor. - Além disso, ele não é humano Kath é apenas uma parte de você. Você não devia se apegar tanto a ele! - Madge sussurrou essa última parte, olhando para os lados, para ter certeza de que ninguém havia nos ouvido.

– Você deveria me entender, até pouco tempo Glimmer estava com você! - falei irritada sentindo suas palavras queimarem em meu peito, e se juntarem em meus olhos.

– Glimmer se foi! - Madge falou sem sentimento algum.

Parei e olhei fundo em seus olhos desconfiados, apenas para ter certeza de que ela entenderia cada palavra que eu diria.

– Peeta é importante para mim, ele não é só parte de mim, ele é muito mais do que qualquer Animan foi para alguém de nossa família, ele é real! - expliquei nervosa sentindo uma lágrima criminosa escorrer por meu rosto, dando ênfase na última palavra, para que ela entendesse pelo menos um fragmento de nossos sentimentos.

– Não ele não é, e você sabe, isso tudo acontece somente aqui! - Madge falou tocando com o dedo indicador minha testa. - E quanto mais rápido você entender mais fácil será para você se desligar dele! - ela esclareceu, seguindo seu rumo em direção a porta de saída, me deixando para trás.

– Ela nunca irá nos entender! - Peeta sussurrou ao meu lado, olhando Madge sumir pelas portas abertas.

– Ninguém nunca irá nos entender! - sussurrei e segui em direção as portas de saída.

Ignorei o fato de Madge tentar mais uma vez fazer com que eu entendesse suas ideias e sua falta de crença na realidade que existia entre mim e Peeta. Deixei que ela guiasse o carro até a casa de sua mãe, onde eu experimentaria novamente o lindo vestido carmim de seda em estilo medieval, que havíamos encomendado para ocasião do meu aniversário. Se eu ia perder Peeta, pelo menos uma vez iríamos ser iguais.

– Eu ainda não entendo porque tenho que encomendar um vestido que usarei apenas uma vez em minha vida! - resmunguei outra vez, enquanto minha tia ajustava novamente o vestido em meu corpo.

– É tradição! - minha tia resmungou entre os alfinetes em sua boca.

– Eu me sentiria melhor se estivesse de jeans! - sussurrei com os braços retos, ao lado do meu corpo.

– Você se sentiria melhor até com um saco de batatas no corpo. O fato é que é uma ocasião especial, onde toda a família irá estar lá e você tem que estar de acordo com a ocasião! - minha tia respondeu impaciente, ajustando a barra da minha saia.

– Nem toda, Clove não vai estar! - choraminguei lembrando-me de minha prima, cujo o sangue não era Escarlate, e consequentemente não desfrutava de poderes.

– OK, corrigindo, toda a família de Sangue Escarlate. Agora para de se mexer! - minha tia falou, puxando mais uma vez meu espartilho, me impossibilitando de respirar.

– Lembro-me de ter pedido sem espartilho! - resmunguei, enquanto ela apertava mais a peça.

– Teria que ter de uma forma ou de outra, ou você acha que elas eram todas tanquinho? Não, tinha essa coisa para puxar a barriga, só que eu optei por ser por cima da peça em vez de por baixo. - minha tia sorriu satisfeita com sua colocação.

– Optou errado! - sussurrei, analisando sua face satisfeita.

– Para de reclamar, e apenas olhe para o espelho! - minha tia falou, virando-me para encarar o enorme espelho um pouco maior do que eu e com o dobro de minha largura atrás de mim.

Olhei encantada a figura á minha frente, meus cabelos estavam presos em um coque mal feito, mas isso não afetava em nada a grandiosidade do vestido, ele por si só não havia alças, caía largo em meus braços, preso por um elástico na metade dele, e abrindo-se como um copo de leite solto até meu punho, o corpete da mesma cor do vestido colava-se perfeitamente em minha cintura, espremendo e salientando ainda mais meus seios soltos no tecido branco que cobria o busto, em minha saia, havia uma grande racha branca que eu ainda não havia notado, salientando ainda mais o vermelho que pendia nas laterias.

– Esqueça que eu falei sobre o espartilho! - Sussurrei encantada acariciando a peça, que salientava ainda mais minha cintura fina.

– Tão bela! - Peeta sussurrou ao meu ouvido, fazendo minhas pernas fraquejarem, com seu hálito frio em meu pescoço.

– Fico feliz que tenha gostado! - Sussurrei desconcertada, ainda acariciando o tecido grosso e duro que envolvia minha cintura.

– Mais bela que qualquer outra dama que possa ter vestido-se desta forma algum dia! - Peeta sussurrou deslocando-se para minhas costas, acariciando minha cintura delicadamente, até chegar em minhas mãos, onde eu não pude sentir completamente seu toque, devido a sua forma.

– Você é tão galanteador! - falei sorrindo, extasiada por seu elogio.

– É ele? - minha tia perguntou nervosa.

– Sim! - Respondi encantada, ainda absorvendo suas palavras, e seu hálito gostoso em minha nuca.

– Não gosto da forma como você o trata, ainda bem que isto tudo irá terminar logo! - minha tia resmungou nervosa atrás de mim, saindo pela porta lateral.

Senti minha coluna arrepiar-se com a raiva que emanava de Peeta, e esforcei-me para conter seu poder junto ao meu.

– Peeta! - sussurrei, implorando para que ele apenas esquecesse a forma como todos ficavam perturbados com nossa intimidade.

– Não gosto dela! - Peeta sussurrou prendendo-se mais a mim, seu toque cada vez mais sólido.

– Apenas... - sussurrei sentindo o cansaço tomar conta de meu corpo, tentar conter a raiva de Peeta ao mesmo tempo que ele tentava tornar-se sólido, estava consumindo demais minhas forças. - esqueça! - falei num suspiro.

– Amica mea!, me perdoe, estou ferindo você! - Peeta sussurrou, deslocando-se para o meu lado, e acariciando meu rosto, colando sua testa em minha fonte.

– Tudo bem, apenas a ignore! - sussurrei acariciando sua mão sobre meu rosto.

– Pare com isso em minha casa! - Madge gritou e os objetos que estavam sobre as mesas pularam, fazendo com aqueles de laterias arredondadas caíssem de forma irregular e rolassem até o chão.

– Desculpe! - sussurrei, tomando consciência de que não estávamos sozinhos na sala.

– Você é depravada! - Madge vociferou, logo depois sumindo pela mesma porta que sua mãe havia passado minutos atrás..

– Também não gosto dela! - Peeta sussurrou ao meu lado.

– Você não gosta de ninguém! - brinquei sorrindo, ainda fitando a porta vazia por onde Madge havia passado.

– Isso não é verdade. Gosto de Clove! - Peeta concluiu, sem humor algum.

– Quem não gosta da Clove? - Perguntei, dedicando-me a desamarrar eu mesma meu espartilho.


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Notas finais do capítulo

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