Tão diferentes... Tão parecidas escrita por IsabelleBah


Capítulo 14
Truco? SEEEEEIIIS!


Notas iniciais do capítulo

Apesar de ja ter capitulos novos estou programando para outras datas... Assim terei mais tempo, pois a fic ta um pouco parada por motivos que quando sair o capitulo que estou tentando escrever atualmente vcs vao entender.



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— Você... Realmente considerou o que ela disse? _ Perguntei com a voz embargada. Por incrível que pareça meus olhos estão marejados.

— Não leve para o lado pessoal Karol. Fui treinado para desconfiar de todos._ Ele disse com certo carinho na voz. Puxa... Parece que eu estou tomando um pouco do meu próprio veneno. Escuto uma risada abafada vindo da direção da Fernanda. Maldita.

— Não faço nada de mais Detetive. Eu juro.

— Então nos conte.

— Eu... Não posso...

— Meu Deus Karol!_ Ele ficou furioso_ Se você não faz nada de mais, porque não pode contar?

— Porque não sou só eu que estou no meio disso. Posso prejudicar uma pessoa muito importante. Acredita em mim. É uma bobagem apenas para essa investigação. Para eu e para essa outra pessoa não é.

Ele suspirou e se sentou cansado.

— Mesmo que você esteja dizendo a verdade... O que tem a dizer? O que a Melissa insinuou?

Outra maldita.

— Detetive..._ Começo com uma risada sarcástica_ Por favor, né? Vai realmente botar fé no que essa aqui diz?

— Alto lá queridinha._ Melissa interrompe com o tom de falsa revolta._ Mentirosa eu não sou.

Levanto uma sobrancelha. Até parece. Olho a minha volta e todos estão em silencio, alguns estão de cabeça baixa ou mantem o olhar perdido. Os outros me encaram atentamente, mas todos estão apreensivos. Dou um suspiro.

— Anda logo, Karol. Você sabe quem é. Sabe que não sou eu._ Melissa diz cantando.

Todos arregalam os olhos.

— Por favor, Karoline, explica o que ela está falando. _O Detetive mantinha agora um olhar de derrota, que eu nunca tinha visto nele antes.

Por fim, vou escorregando pela parede e sento-me no chão.  Fecho os olhos por alguns segundos.

— Por onde eu começo?_ Digo entre um suspiro.

— Sem rodeios, mande o zap*._ Sua expressão agora é rígida. Definitivamente não se parece com o Detetive que eu conheci.

A Melissa acha que eu não tenho coragem... Mas eu vou contar.

— Muito bem.  Há oito anos, Melissa matou os pais de Victor e eu também estava metida no meio.

Todos ficaram em estado de choque. Fernanda deu um pulo de quase dois metros. Victor ficou com a expressão vazia e Melissa se virou lentamente pra mim com o rosto pálido.

— Ops! Não era isso que você queria que eu falasse queridinha?_ Disse a ultima palavra tentando imitar a voz dela. Ela me olhou com ódio._ Achava que eu não tinha coragem, né?

Ela avançou pra cima de mim. Nisso, o Detetive acordou e veio na nossa direção, tirando ela de cima de mim. Depois que ele a prendeu em um banco com algemas, olhou para mim e disse depois de respirar fundo:

— Acho melhor começar do inicio então. E se vier outra bomba dessas, ao menos avise.

— Por favor, não me interrompam... Se não, não vou ser capaz de chegar até o final.  Eu conheci Victor e Melissa em um orfanato. E não, apenas Melissa morava lá. Estava acontecendo um evento para arrecadação de recursos para o orfanato. Foi nesse dia que viramos amigos. Mas não pensei que um dia voltaria lá. Mas Victor, que eu descobri ser meu vizinho, me convenceu a voltar. A Melissa era uma pessoa estranha, mas era legal conviver com ela. Mas na época, ela não tinha amigos (n/a não que ela tenha agora, maaaaass). Se eu perguntasse como ela conseguia morar em um lugar em que ninguém era amigo dela, ela respondia: Eu tenho a lulu aqui comigo. Lulu era a cadelinha dela. Mas um dia... Uns moleques lá do orfanato, eu acho, pegaram essa cachorrinha... E a Melissa a encontrou morta em cima da cama depois de sair do banho. Victor e eu chegamos quando ela estava ameaçando dois garotos com um pedaço do pé da cadeira de ferro. Ela contou aos prantos o que aconteceu. Victor a abraçou e disse que iria ficar tudo bem. _ Dei um suspiro cansado. E olhei a minha volta. Fernanda estava enxugando algumas lágrimas (n/a e.e) e Veronica a imitava debochadamente, também enxugando algumas lágrimas falsas._ Depois disso ela praticamente não saia da casa dele. Algumas vezes a gente tinha até que pedir pra ela se retirar e em outras ocasiões em que isso acontecia, ela chegava a dormir do lado de fora da porta. Eu sei que parece maldade, mas ela tinha ficado estranha. Não estranha típico dela... Mas outro tipo de estranha. Ela parecia obcecada pelo Victor. O Victor adquiriu até certo medo dela. Esse foi o ponto de partida. Um dia, os pais de Victor anunciaram que iriam se mudar. Melissa veio até minha casa, correndo desesperada. Dizendo que Victor não podia se mudar, que não era justo com ela. E eu sem pensar resolvi ajudar. Ela me mandou arranjar dinheiro. Eu peguei da bolsa da minha professora, com a ameaça de “se você não fizer isso, vou contar pro Juca que você que estragou o jogo dele.” Na época eu tinha muito medo do Juca (n/a heuehuehueheuheuhe eu ri escrevendo isso :´D). Ela não ficou satisfeita, pediu pra pegar de outras pessoas. E eu fui. Depois vi ela oferecendo o dinheiro para um andarilho ali perto, com a condição de nos dar uma ajuda braçal. Ele perguntou por que a gente queria que ele colocasse duas pessoas dentro de um carro, desacordadas. Nós respondemos que queríamos fazer uma surpresa. À noite, Melissa trouxe os soníferos da dona do orfanato e quando os pais de Victor foram dormir, nós três entramos no quarto deles. O Homem arrastou os dois sobre o efeito do sonífero até o carro. Ele foi embora e eu ajudei a ligar o motor do carro e a trancar tudo. Os dois foram dados como desaparecidos, só depois de um tempo seus corpos foram achados dentro do carro.

— Morreram asfixiados._ Completou o Detetive acenando levemente a cabeça. Quando Fernanda olhou para ele em confusão ele acrescentou._ Quando elas ligaram o motor e trancaram tudo, tudo o que eles conseguiram respirar foi gás carbônico. Praticamente envenenaram eles.

— E depois disso, Victor foi levado para o orfanato... O mesmo em que a Melissa morava._ Completei sombria.

— Ainda não terminou né?_ Ele perguntou temeroso quando me viu contorcendo os lábios.

—Não! Victor também é um mentiroso. Ele espalhou alguns rumores de que ele terminou com a Melissa porque no dia do aniversario dela, ele entrou pra poder dar uma festa surpresa, junto com alguns familiares e ela entrou com outro garoto, dando uns amassos. _ Fiz uma careta._ Nem acredito que realmente acreditaram nisso. A verdade é que uma semana antes do aniversario da Melissa ele entrou sozinho no apartamento dela. Eu desconfiava que ele suspeitasse de algo. Era justamente isso que eu estava discutindo. Acabamos revelando a verdade a ele sem querer.

— Mas... Porque ele não contou a policia então? Ou não disse a ninguém?_ Fernanda perguntou. Parecia estar na beira do desespero.

Melissa se aproximou e se escorou em meus ombros.

— Mas é uma anta mesmo, em Garibalda?_ E foi com um sorriso de triunfo que ela disse:

— Porque Victor é o assassino.


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Notas finais do capítulo

Continua...



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