Tão diferentes... Tão parecidas escrita por IsabelleBah


Capítulo 13
Meus amigos... Traidores? (parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Olha eu de novo *-*
Espero que gostem da continuação ;)



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— Você está nos... Acusando?

— Não leve para o lado pessoal Garibalda, mas o treinamento de detetives meio que ensina a desconfiar de tudo e de todos. E no momento a situação de vocês não é a mais limpa de todas.

— Oi? O que nós fizemos?_ Rafael pergunta e sua boca adquire um formato de “o”

— E não me chame de Garibalda, caramba._ Fernanda acrescenta. (e.e esse apelido é até legal, sua chata)

— Não é o que fizeram. Mas o que ficou parecendo que fizeram. A Garibal... A Fernanda, desde o inicio não para de dizer “não é obvio? É a Melissa! É a Melissa!” fica insistindo que é a Melissa, parece até que está desesperada por culpar ela, que droga. Quer que eu fale mais? E quando nós descobrimos que a Melissa era a assassina, você não jogou fora a nossa vantagem contando para ela? Quase como se tivesse avisando a ela sobre o perigo. E você Rafael? Não é amiguinho do Victor? Ouvi dizer que você é o menos próximo dele. Você é tão inteligente, queria ajudar diretamente no caso, não vi você ficando triste por ninguém mesmo sendo próximo a quase todos. Vocês não estavam presentes quase a todo o momento e tem muitos motivos para acabar como a Melissa.

Ambos estavam com caras de indignados.

— E você Karoline?_ Rafael perguntou serrando os punhos com força, um de cada lado do corpo e se aproximando mais de mim._ Também participou diretamente do caso, Esteves em todos os lugares, já conversou com todos que estavam mortos e ficou defendendo a Melissa no inicio. E agora, só agora você diz que não é mais amiga dela, mas era intima antes. E você estava mentindo e continuava amiga? Na sua posição, em que esse detetive irresponsável compartilhava livremente informações com você está fácil manipular algumas coisinhas._ Eu ia interromper, mas ele me parou e continuou._ Pode parar. Já sei o que você vai falar. “Se eu fosse amiga dela, porque tentaria prejudica-la?” Pelo o que eu vi agora, você não é a pessoa mais confiável do mundo, né? Desconfia facilmente dos outros... Mas deixe-me refrescar sua memoria. No inicio você não defendia com toda sua alma, a Melissa? Estava sempre dizendo que não era ela, arranjava todo o tipo de argumento, mesmo que tudo apontasse para ela. E de repente você aparece correndo, gritando que é a Melissa? Oi? O que aconteceu pra você mudar tão rápido de ideia, Karoline? O que ela tinha pra te oferecer não valia mais tanto a pena? Ou você também queria se vingar dela, ajudando ela a fazer isso tudo só pra depois afunda-la?

— E o que você diz não tem fundamento._ Fernanda completou timidamente._ Eu perdi minha perna... A não ser que esteja pensando que isso foi apenas um infeliz acidente, você acha que eu sacrificaria uma perna pra seguir com uma coisa absurda dessas.

— Você não tem provas. _ Eu disse baixinho, com a garganta seca e ignorando completamente o comentário da Fernanda.

— Você também não. Nenhum de nós tem. Isso são acusações sem nexos. Sua situação, Karoline, é a mesma que a nossa, então não saia por aí achando que sabe de tudo. (n/a uuiiiiii)

Ele se virou, segurou o braço da Fernanda e os dois já iam andando em direção ao ônibus. Corri até eles, e agarrei seus braços, os impedindo de se afastarem mais.

— Ah, qual é. Quão infantis vocês ainda podem ser? Não vão achando que essa peça aqui foi atoa não. Vocês vão vir comigo até o ônibus da Melissa. Lá a gente resolve.

— Como assim, o ônibus da Melissa? Ela está aqui? Ela não estava em estado grave?

— Ai que chato! Claro que não, eu menti.

— Há quanto tempo desconfia de nós?

Preferi ficar em silencio. Acho que não quis admitir pra mim mesma que no fundo sempre desconfiei. Eles também seguiram em silencio, sem resistência alguma. Ainda bem que entendiam a gravidade da situação.

Quando alcançamos o ônibus e foi nos permitido entrar, encontrei o Detetive andando de um lado para o outro, a Melissa pálida, sentada aparentemente tranquila a sua frente. Só a aparência mesmo, porque dava pra ver que ela suava frio. No local também estavam presentes: Victor, Veronica, Guilherme e John. Parece que ele reuniu todos. Quando o Detetive me viu mandou que Rafael e Fernanda entrassem e me disse que a Melissa não quer falar nada. Aproximei-me dela e lhe meti um soco no rosto e como ninguém tentou me impedir a peguei pela gola e passei a sacudi-la.

— JÁ CHEGA MELISSA, ABRE O JOGO AGORA._ Empurrei-a em direção a parede, mantendo contato visual e abaixei a voz._ Você não ganha mais nada com isso. Você vai direto pra cadeia, seria mais vantagem contar o que você sabe. Não é, Detetive?_ Me dirigi a ele sem encara-lo. Queria olhar bem nos olhos da Melissa, pra ela saber que eu não estava brincando.

— Verdade_ Ele respondeu com a voz persuasiva_ Se você confessar Melissa, contar tudo que sabe, como, quem são seus cumplices, o que fez com aquelas pessoas e porque fez, pode reduzir sua pena. Mas se você se recusar a falar qualquer coisa, irá enfrentar um julgamento e pode ter certeza, você_ Ele deu um passo_ vai_ outro passo_ perder._ Parou a centímetros de nós duas e senti Melissa tremendo. Dei um sorriso de lado.

— Porque não pergunta pra Karol?_ Melissa perguntou surpreendendo a todos. Meu sorriso morreu.

— Que? _Pergunto com um tom de raiva na voz. Dessa a vez o sorriso está estampado na face da Melissa. Agora ela devolve meu olhar.

— Você não estava pedindo pra eu contar tudo?_ Veneno escorria pela sua boca._ Faça o mesmo então, Karolzinha. O que anda fazendo nas horas livres? Lembra-se de quando éramos grudadas? Parece que foi a nos atrás, né? Mas eu me lembro de quando você desaparecia... Você também andou dando essas escapadinhas no acampamento, não foi? Conte-me o que faz fofa, estou curiosa.

— Cale a boca Melissa. Isso não vai funcionar

— Não, Karol. Eu também quero saber. _ A voz do Detetive irrompe e eu me viro lentamente em sua direção, tentando raciocinar o que ele disse.

— Como? _ Pergunto dessa vez realmente pasma.

— Onde estava durante todos os assassinatos? Onde vai quando some de repente? 


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Notas finais do capítulo

Bati meu recorde! Foi em 4 minutos, n em 5.
Ate a proxima.



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