Agatus - A Descoberta escrita por Letícia Francesconi


Capítulo 49
Despedidas


Notas iniciais do capítulo

Voltei!! Espero que gostem do capítulo ♥
Para quem shippa Katharine e Raj, tenho uma trilha sonora para os dois - Unconditionally da Katy Perry (http://www.vagalume.com.br/katy-perry/unconditionally.html) amo essa música e acho que super combina com os dois. E mais, tenho uma notícia ruim... A fic está acabando :( falta +ou- 7 ou 8 capítulos para acabar. Mas, não se preocupem, a fic terá uma continuação :D
Beijinhos!!!
Recomendem ♥



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Depois das palavras de Richard, não conseguia me recompor. Minha cabeça girava e meu corpo não queria ficar de pé. Raj, novamente, me conduziu ao nosso esconderijo prateado. A náusea tomava conta de mim, junto das lágrimas involuntárias.

Raj entrelaçou seus dedos nos meus. Seu olhar brilhava como o céu negro.

– Quero lhe pedir algo – com ele olhando em meus olhos, foi difícil me concentrar. - Não quero que se preocupe, Katharine. - ele riu - desculpe. Kat.

– Não me importo.

– Tenho medo - sussurrou ele - de nunca mais poder tocar seu rosto. - seus dedos deslizavam em minha face, fazendo um arrepio percorrer meu corpo.

Lembrei-me brevemente de David.

– Raj eu... - as palavras sumiram de minha boca. - Richard disse que apenas um sobreviveria. Isso não é verdade, é?

Raj assentiu.

– Não posso negar, Kat. Ele quer nos matar. - disse ele consternado. - Mas juro por minha vida que lhe protegerei até minha morte. Até os últimos segundos de minha vida.

Não continha o impulso de um abraço.

– Eu odeio isso tudo. - falei em meio aos soluços.

– Não chore, Kat. Eu te amo – Raj me afastou do abraço, agora olhando em meus olhos. – E sempre te amarei.

As palavras de Raj só fizeram-me soluçar mais. Meu rosto estava ensopado de lágrimas quentes, totalmente desnecessárias. A angustia vinha subindo por meu estômago rapidamente, tornando tudo mais complicado. Eu sabia que seria assim. Eu era frágil demais para suportar isto. Mas, naquele momento, eu teria que ser inteiramente forte, para vencer aquele jogo, achar a minha mãe e Alisha e, principalmente, voltar para casa.

Raj me abraçou fortemente, alisando meus cabelos.

– Acalme-se - sussurrou - vai ficar tudo bem.

Raj começou a cantar uma canção estranha em sua língua nativa. Mesmo sendo bizarro, isto me fez melhorar. E, aos poucos, a tranquilidade que me faltava veio.

– Me fale mais sobre Fadheela - murmurei, tentando esvaziar mente.

Ele beijou minha testa e começou.

– De 1.000 em 1.000 anos, Agatus e a rainha Fadilah, lançam no luar sua divindade mística, deixando-o púrpura, para comemorar o nascimento de Laksha, sua filha, desde muitos anos, no reino Madhunisha.

– Como era a rainha Fadilah? - perguntei curiosa.

– Ela tinha longos cabelos negros, lindos olhos escuros, sua pele era morena e macia, como um pêssego. Sempre usava vestes púrpuras. Ela era como uma Deusa.

– Ela parecia ser linda - murmurei.

Raj continuou.

– Certa vez, um feixe de luar caiu no mundo dos humanos, formando uma varinha poderosa. Dizem que ela é a alma de Laksha.

– Isso é incrível.

– Fadheela fora encontrada por um soldado, depois da guerra que Agatus instituíra na terra mundana. O soldado, admirado com a beleza da varinha, apanhou-a. O homem a escondeu, mas não foi o suficiente. Alaris, grande ajudante de Fadilah, ajudou a rainha em sua busca.

– Por isso a varinha estava em seu covil - ponderei.

Raj sorriu, lembrando-se de quando roubou Fadheela.

–Não demorou muito para que encontrassem o pobre soldado. Assim, Fadheela voltou para seu reino, junto de sua rainha. O soldado foi morto por seus atos.

– Nossa! - me espantei. - Eles não deveriam o matar. Ele não sabia de nada.

Raj afagou meu rosto e prosseguiu.

–Fadheela é uma das varinhas mais poderosas do universo de feiticeiros. Quem a domina, recebe todos os poderes precisos.

– É uma ótima história - sorri enquanto o beijava. Apesar de minha mente estar explodindo, dormi tranquilamente na companhia de Raj.

...

Nos preparamos ansiosamente para a primeira etapa do jogo. Talvez não seja tão ruim assim, murmurei para mim mesma. Vesti meu traje negro, preparei Peter, entregando Fadheela para Raj, já que havia perdido Ramech. Ele a recusou.

– Não, Kat – rejeitou a arma enquanto calçava as botas negras. - Ela é poderosa demais para mim.

Então, ficou resolvido que Raj iria usar uma de suas varinhas coloridas, desta vez coral. Quando chegamos na cúpula, Victoria, Christine, Richard - para minha surpresa - Diana e Jake, que já estavam prontamente armados. Cambaleei quando vi as sondas metálicas. Meu estômago revirou ao lembrar do dia em que fui sequestrada – a fumaça rubra, as criaturas sibilando, a garganta de Raj cortada e os pulsos...

Suspirei, sentindo a náusea irritante subir pela garganta. Raj me beijou, ignorando todos ao nosso redor - principalmente Richard. O mesmo pareceu não se importar. Nos separamos quando não havia mais ar. Diana nos olhava com desprezo. Victoria fitava o chão.

– Estão prontos? - murmurou Christine ao nosso lado.

Assentimos e senti uma queimação se intensificar em minha garganta. A mesma tontura de ontem assumia minha mente.

– Kat? Está tudo bem? - perguntou Raj, notando minha indisposição.

– Acho que preciso da minha cama - resmunguei enquanto ele me segurava. - Droga.

– Talvez não esteja em condições de lutar, Katharine - disse Christine calmamente.

– Estou bem - tentei me erguer.

As sondas se entreolharam e sibilaram mais alto. Richard deu um passo à frente.

– Acho que vocês já conhecem as regras – disse Richard friamente. Lançou seu olhar temeroso para Victoria.

– Terão dois dias para eliminar três dos quatro participantes – começou Victoria, os ombros rígidos. – O que sobreviver, votará para a fronteira.

– O que ganharemos com isto? – indaguei.

– O ilimitado poder – sibilou Richard.

Antes de sair, Christine nos desejou boa sorte, saindo ao lado de Richard e Victoria, ambos em silêncio. As sondas permaneceram. A imensidão branca da cúpula se tornou verde e úmida em um piscar de olhos. As sondas se espalharam pela floresta de Alaris, fantasmagoricamente. Estavam ali para nos vigiar, o que eu temia.

Raj apertou minha mão, me dando mais confiança para continuar, embora minha mente vagasse em pensamentos ruins.


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Notas finais do capítulo

Comentem ♥



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