Agatus - A Descoberta escrita por Letícia Francesconi
Notas iniciais do capítulo
Dessa vez não demorou! Um beijo!!
O salão estava vazio. Apenas se ouvia os passos frenéticos da mulher que chegara.
– Senhora – curvou-se a mulher diante do gigantesco assento revestido de cristais.
– O que trouxe para mim? – indagou.
A mulher, cujas joias brilhantes revestiam seu corpo, dando um passo à frente, estendeu as mãos.
– Uma varinha? – apertou o objeto em mãos, exasperada. – Viajou tanto para me trazer uma varinha de luz?
– Ah, minha senhora... Fora tudo o que consegui. O garoto deixou-a cair. A menina era a errada...
– Viajou tanto para sequestrar a garota errada!? Eu adjudiquei esta missão à você, e tudo o que tem é uma varinha? Onde está o anel? – perguntou ferozmente.
– Eu não consegui pegá-lo senhora.
– Você é incapaz de pegar um simples anel?
– Por que não o pega você mesma? – irritou-se a mulher. – Não quer sujar suas mãos, não é mesmo?
Levantou-se de seu assento glorioso e arqueou-se. Os olhos de águia miravam sua presa.
– Como se atreve? – sibilou. – Continue assim e seus súditos não verão mais sua rainha.
A mulher assentiu, inerte.
– Mas, e o príncipe? Por que não o manipula?
Largou a varinha que manuseava e a encarou.
– O príncipe está sem seus poderes, e, além disso, sua memória fora apagada por Victoria, porém, ela nunca abriria mão de sua única lembrança viva de Ramech. Rajver é como ouro aos olhos de Victoria, ela nunca o machucaria, mesmo se fosse para alcançar um império. Rajver não tem nenhuma serventia neste momento – retirou as luvas alvas e as guardou em um lugar próprio.
– E por que ela não apanha o anel? Pensei que a mesma estivesse do seu lado.
– Os poderes de Victoria não possuem efeito na garota. Eles simplesmente não funcionam com ela. Lucinda a protege. É impossível romper esta barreira de energia, mesmo desaparecida, seus poderes são imbatíveis.
– A menina é poderosa o bastante para acabar com um exército inteiro – declarou a mulher. – Mas, você não é mais forte? Afinal, comanda a corte. Deveria...
– Agatus não me permite ao menos sair deste inferno, ou você se esqueceu? – desceu as escadas de mármore e fitou a mulher seriamente. Seus cabelos ruivos cintilavam. Estalou os dedos no ar e tudo voltou a ser como era antes. As cinzas abrangiam o local, o acento de cristais permanecia irreconhecível. – Olhe ao meu redor, o que vê?
A mulher engoliu em seco, mas respondeu, hesitantemente:
– Cinzas, senhora.
– Exatamente, cinzas. A corte irá ser como era antes, se unirmos nossas forças! Precisamos das profecias, precisamos do anel.
– Estou cansada desta perseguição, isto está ficando árduo demais.
A mulher de cabelos ruivos a segurou pelo pescoço, as unhas afiadas arranhavam sua garganta.
– Escute, Edra. Se me trair, eu não hesitarei em matá-la. Não tenho pena de você – largou a mulher e se voltou ao gigantesco assento. – Traga-me o menino. O irmão dela.
– Mas, ele está morto...
Alanis a fitou ironicamente.
– Por que sempre acredita em tudo que lhe dizem?
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