Agatus - A Descoberta escrita por Letícia Francesconi
Notas iniciais do capítulo
Olá!! Desculpem-me pela interminável demora, mas o capítulo chegou. Enfim, como está o carnaval de vocês? Mais uma vez, desculpem-me. Prometi aos meus leitores lindos - que são vocês - que postaria mais rápido no carnaval, mas a vida não é um mar de rosas, todos necessitam estudar. Não estou com a capacidade de postar todos os dias, como eu postava. PORÉM... Espero que gostem desse capítulo!! Ele não é um dos melhores - não tem ação e nem explosões, mas, acalmem-se.
Beijos!! Até o próximo. Estou esperando ansiosamente os comentários de vocês! :3
Christine se sentou, sorrateiramente, ao meu lado, sem que eu percebesse sua chegada inusitada.
– Pensando na vida?
– Sim – respondi. – É um luxo que eu devo a mim.
– Às vezes, refletir sobre a vida faz bem – disse ela com um sorriso brando exalando.
– Sabe, acho que Raj foi muito corajoso em dizer tudo aquilo.
– Raj é corajoso - disse ela um pouco baixo. - E ele tenta demonstrar isso a você.
– Então quer dizer que ele quer me... Impressionar?
Ela assentiu.
– Ele gosta da sua amizade, Katharine. Apenas não deixe que ela se vá. Uma amizade como essa, deve ser preservada.
– Eu... Richard usa magia negra? – ignorei, sem querer, a sua conversa sobre Raj. Não pude deixar de lhe perguntar outra vez sobre o meu... Sobre Richard.
– Sim - disse ela. - Por isso a corte não o descobre. Eles acham que ele está preso em sua fronteira.
– Por que ele está preso? O que foi que ele fez?
– Matou Jonathan Mayer.
Uma resposta secou em minha garganta.
– Ele matou meu pai?
– Jonathan não é o seu pai, Katharine. Jonathan morreu em mandato de Richard.
– Então foi ele - sussurrei. - Ele provocou o incêndio.
– Ele jamais negaria. Quando Jonathan fugiu com a sua mãe, Richard surtou. Então mandou matá-lo.
– Mas ainda não entendo como Victoria não se importa com o fato da corte...
– Eu sei - disse ela com olhos fixos em outro ponto. - Isso soa estranho.
– Por que ela não liga? Deveria ligar, pois se a corte descobrir...
– Talvez Richard não seja o vilão da história - disse Christine fazendo-me duvidar do que ela dissera. - E sim, Victoria.
– Isso não pode ser verdade. Creio que Victoria não é uma santa, mas... Richard também não é. Ele é o malvado da história, entende?
Ela assentiu.
– Sei o que quer dizer - seus olhos ainda brilhavam, como na corte completamente iluminada. - Mas creio que ela tenha os seus motivos.
– E acredita que ela está envolvida nisso tudo? No incêndio, quero dizer.
– Bem, eu não posso acusá-la de uma coisa que não tenho provas. Mas sei que ela praticamente tentou se matar quando descobriu o namoro de Richard com sua mãe.
– Por que ela surtaria? Não...
– Como já disse, ela tem seus motivos. Richard pirou com esse conceito de fuga, planejada por sua mãe, e acabou se aliando com Victoria.
– Você quer dizer que Victoria foi apaixonada por Richard?
Seu olhar era sereno.
– Victoria era invejosa e possessiva - disse ela - A melhor amiga de sua mãe. - uma réstia de luz fraca passeou por seu rosto pálido. - Por isso quase se matou quando a notícia chegou aos seus ouvidos.
– Mas por que eles sequestraram minha mãe?
– Acho que não deveria usar 'eles'.
– Ela sequestrou minha mãe por inveja?
– Não diria inveja - disse ela. - Talvez, raiva. Victoria guarda um imenso rancor de Lucinda. O amor pode matar e destruir, Katharine.
Pensei em Raj. Talvez o que Victoria falara, estava certo. Eu apenas o faço mal. Eu o feri, e isso era imperdoável.
– Sei disso, mas, Richard disse que levou a minha mãe. Levou para onde?
Christine me encarou. Os olhos cansados como na corte.
– Ela está presa, por um feitiço de Agatus.
– Mas como posso achá-la? - insisti. A angústia percorria a minha voz.
– Encontre as profecias - disse ela firmemente. - Só assim terá as respostas de Richard.
– Por que... Richard... Onde eu posso encontrá-las?
Christine sorriu torto.
– Existem vários lugares. O deserto de Edra, A Índia, A floresta de Alaris, A ilha de Solaris e a floresta negra de Agatus.
– Três já foram.
– Sabe que apenas existem duas...
– Duas cópias da original - falei lembrando-me das palavras do feiticeiro do templo de Lótus. - Uma está com Alaris, a outra está perdida no tempo e a original...
Minha mãe. Ninguém sabe com quem está, disse o homem. Ela teria a entregado para Victoria? Embora ela dissesse que não sabia de nada, ainda não acreditava nela.
– Ninguém sabe, nem mesmo Alaris com seus poderes todos - completou ela.
– Eu vi uma das cópias - confessei, fazendo Christine arregalar os olhos. - Estava com a minha mãe. Ela a entregou para Victoria.
– Não... Quando viu isso?
– Antes de vir para a Índia. Mas Victoria negou que ela tenha a entregado.
– Então ela - Christine estava corada e imóvel, apenas seus lábios se moviam. - Ela quer algo de Richard.
– Vingança?
– Talvez Victoria cometa milhares de violações, tudo isso para se vingar de Richard e Lucinda.
– Ela quer tomar o lugar de Agatus?
– Não duvido desse fato. Richard sempre quis o prestígio de Agatus.
– Mas por que ele quer nos matar? Qual é a finalidade disso tudo?
– Ele quer achar as profecias, e para isso, precisa de aliados – Christine parecia bradar um hino. – Richard quer um aliado forte. Você é poderosa, e vai vencer essa disputa.
– Eu não quero isso, apenas quero vencer Richard, para que tudo isso acabe.
Victoria balançou a cabeça.
– Não, Katharine – ela abaixou a voz, a deixando mais calma e serena. – Ache as profecias, ganhe a disputa e revele segredos.
– Mas não estou atrás de segredos.
– Sim, você está. Sei que, tudo o que você quer, é achar a sua mãe e descobrir tudo o que ela sempre lhe escondeu.
– Mas... Eu não posso matar Raj.
Christine se levantou ainda olhando em meus olhos.
– Você não vai matá-lo – garantiu ela. - Apenas enfrente Richard da maneira que ele não possa imaginar. Ele não irá perceber se você fizer tudo o que ele mandar, no final, você agarra a presa de surpresa.
...
– O próximo destino de vocês será o deserto de Edra – disse Victoria parecendo estar cansada. – Não quero reclamações.
– Não estamos reclamando de nada – retrucou Diana.
– Calada – ordenou Victoria. – Raj, você já se recompôs?
– Sim – disse ele ereto. Seu corpo estava em perfeito estado, como o ombro de Diana.
– Muito bem. Acho que está pronto para outra viajem.
Ele assentiu.
– Acho que estou pronto, até mesmo, para novas queimaduras – disse ele desviando o olhar negro de Victoria, para mim.
– Vamos – disse Jake rigidamente. – Temos que nos preparar. Afinal, o deserto de Edra não irá nos receber de braços abertos.
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