Agatus - A Descoberta escrita por Letícia Francesconi


Capítulo 13
Uma Feiticeira Maior


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!! Eu gosto muito desse capítulo, ele é muito legal rsrsss. Espero que gostem!! Ele responde algumas de suas perguntas Oboro rsrsss. Minhas aulas já começaram :( mas vou tentar me esforçar para postar aqui, ok?
Beijão e muito obrigado por estarem lendo!! Beijoss!!



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Raj levou-me para um lugar semelhante a um porão velho e empoeirado. Ele se mantinha escondido abaixo da casa de Victoria, era assombroso. Não era como um porão normal. Este era totalmente ao contrario do habitual, que seria possuir um colchão velho jogado em um canto e uma churrasqueira enferrujada, porém no meu porão era assim, diferente deste, que era apenas uma forma de contrair uma doença alérgica. Em todos os cantos, podia notar algumas tralhas espalhadas, como tapetes e pedaços de madeira.

As paredes eram ornamentadas com pedras acinzentadas. O chão era de mármore escuro e empoeirado, marcando pegadas a cada passo feito. Uma gigantesca mesa de madeira estava ajustada no centro do lugar. Um candelabro velho pendia sobre esta. Uma estante com prateleiras tortas, estava abarrotada de livros velhos. A poeira seca que sobrevoava o local, mantinha-me em uma redoma abstrusa para se respirar.

Raj tocou uma das tochas sobrepostas na parde. Ambas estavam enroladas com teias de aranha espessas. Murmurando palavras estranhas, estas se acenderam subitamente. A luz amarelada, vinda das tochas, inundou o porão como em uma enchente de luz. As sombras negras dançavam com o fogo intenso. Um espanto passou por minha espinha.

– Como você... – eu estava pasma com a ocorrência. – Como fez isso?

Ele sorriu, não respondendo minha pergunta.

– Eu é que pergunto como conseguiu fazer o símbolo de Agatus.

– É um mistério.

– Todos os mistérios – disse ele afastando uma das cadeiras ao lado da grande mesa. Ele me olhou, entendi que ele queria que eu sentasse. – um dia irão ser revelados, querendo ou não.

Sentei-me na cadeira indicada enquanto Raj pegava um livro velho da pratilheira. Suas folhas eram amareladas como o outro, só que este, era muito maior. Raj sobrepôs o livro na mesa, fazendo-me ansiar um espirro, mas não o fiz.

– Este é um dos livros de magia usados por Victoria.

Olhei para ele curiosa.

– Como – ponderei tentando lembrar-me do nome que Victoria dissera. – o livro de Agatus?

Raj me encarou espantado.

– Não – sua resposta fora totalmente diferente do que eu imaginava. Eu podia ver o rosto dele iluminado por uma réstia de luz, seus olhos refletiam o dourado do fogo, ofuscando o negro intenso. – São os feitiços mais básicos, como os de mover objetos.

Desentendia completamente as suas palavras. Era como David me explicando física, não compreendia absurdamente nada.

– Como assim?

– Irei te mostrar – disse ele abrindo o livro em determinada página. – Olhe – disse ele apontando para um jarro caramelo e completamente sujo. – Move nunc!

O jarro se moveu vagarosamente para esquerda, ecoando um ruído estridente. Era impressionante como ele conseguia fazer aquilo de modo tão fácil. As mãos de Raj acompanhavam o objeto, como se estivesse o empunhando. Não pude conter um grito de espanto.

– O que está fazendo? – ele ria de mim como se aquilo que estava fazendo fosse totalmente normal. Levantei-me da cadeira em um impulso.

– Tudo bem, agora – disse ele com calma, tentando manter o objeto em sua mira. O fogo das tochas deixava seu cabelo dourado. – irei passá-lo para você – não fazia ideia do que ele estava falando. Estava parecendo um louco. Ele revirou os olhos negros. – Tente empunhá-lo, Kat. Repita as palavras certas.

Olhei para ele, logo em seguida, para o objeto.

– Não posso – falei encarando-o. – É impossível.

– Não se tentar – disse ele movendo as mãos para perto de mim. – É só manter o foco no que deseja fazer – ele segurou minhas mãos, apontadas para o jarro, que estava inquieto. – Diga...

As palavras vieram em minha mente como uma enchente em uma cachoeira.

Move nunc! – sussurrei em um sibilo. Raj afastou rapidamente suas mãos das minhas. O objeto rolou sobre a bancada. Ele riu.

– Concentre-se, Katharine.

– Já disse para me chamar de Kat! – um grito ecoou dos meus lábios. O jarro caiu no chão, quebrando como vidro.

– Até que não se saiu mal – disse ele em meio a uma risada boba. – Tente outra vez.

Olhei para o castiçal dourado sobre a mesa. Ele devia ser lindo em alguma época, pensei, mas a pintura e as velas estavam completamente acabadas. Cerrei os olhos em um modo de concentração. Tentei esvair minha mente, mas não conseguia. Peter, David e até mesmo Raj, atrapalhavam minha concentração.

Move nunc! – gritei abrindo os olhos vagarosamente. Apenas pude ouvir Raj recuar para um canto. Abri os olhos por completo. Todos os objetos do local flutuavam, como se a gravidade fosse extinta. O castiçal dourado dava piruetas ao meu redor. Era incrível.

– Isso é...

– Assombroso? – sugeri lentamente. Era realmente difícil de empunhar todos aqueles objetos juntos no ar.

– Não – disse ele encostando os dedos no castiçal flutuante. – É incrível.

– O que quis dizer com isso?

Raj parecia entretido com os objetos no ar.

– Você não é uma feiticeira qualquer.

– Não sou uma feiticeira. Não sei usar magia.

Raj largou o castiçal.

– Como não? – disse ele contrariado. – Viu o que acabou de fazer?

Assenti observando os objetos no ar.

– Mas isso não não garante nada.

– Nenhuma outra pessoa normal – disse ele se aproximando de mim. – teria o domínio de pronunciar aquelas palavras e obter sucesso. Você conseguiu.

– Foi uma coincidência – falei dando de ombros. – Ou um milagre.

Raj riu.

– Não creio em milagres, Kat – disse ele. – Você é uma feiticeira maior.

– Não acredito em você – falei sentando-me novamente na cadeira. Raj seguiu meu ato, se sentando ao meu lado.

– Katharine, isto é sério – disse ele. – Muito sério.

– O que ele faz? – falei indicando o livro.

– Praticamente – disse ele sorrindo. – nada. Apenas possuí alguns feitiços, para aprendizes.

– Você é um?

Raj balançou a cabeça.

– Não – negou ele ligeiramente. – Fui um aprendiz até meu décimo oitavo aniversário.

– E quanto anos você tem?

Seus dedos brincavam com as pontas do livro.

– Vinte – disse ele para meu espanto. Ele não aparentava ter vinte anos de idade, no máximo, dezesseis. – Bem, sei que apenas se passaram dois anos, mas – ele fez uma pausa, olhando para a mesa. – Talvez eu seja bom.

– Como pode ter certeza que sou... Uma feiticeira maior?

Ele me encarou.

– Você tem dezessete anos – disse ele com um sorriso no rosto. Não fazia ideia que ele sabia a minha idade. – Nenhum feiticeiro normal praticaria magia de nível elevado antes dos dezoito – disse ele loucamente. – Tenho certeza, Kat, você é uma feiticeira maior.


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Notas finais do capítulo

Sem palavras rsrsrsss.



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