No campo de treinamento próximo ao santuário rochas voavam por toda parte. Rajadas cósmicas eram lançadas por um guerreiro, que pretendia descarregar todo o seu ódio naquele momento. A noite era linda, o céu estava coberto por cintilantes estrelas. Uma garota escondida a uma distância segura observava todo aquele espetáculo fúria.

Chegou um momento que o loiro caiu de joelhos. Estava exausto, já faziam horas que estava ali. Em seus olhos foi possível perceber algumas finas lágrimas descendo. Que sentimento era aquele? Por qual motivo não aceitava aquela derrota? Porquê aquele homem lhe dava tanta raiva? Não sabia a resposta, nunca soube, nem de seus pais biológicos se lembrava. Essa falta deles sempre foi um vazio em seu coração. Será que teria sido diferente se seus pais não o abandonassem? Isso é algo que ele nunca irá saber.

A jovem que a pouco apenas observava, senta ao seu lado e fala:

– Oi Ciel! - Ela tinha cabelo comprido preto, olhos castanhos, era um pouco alta e sua pele era clara e levemente bronzeada.

– Oi Jane, desculpa, eu nem percebi que você estava ai.

– O que está acontecendo com você? Sempre foi tão alegre e confiante e hoje está assim. Quando eu cheguei aqui no santuário estava muito abatida, ainda não tinha superado a perda da minha família. No entanto você veio falar comigo, me deu apoio, fez com que eu pudesse me sentir melhor e aos poucos fui percebendo que todos aqui eram assim, vocês se tornaram minha nove família e por vocês e principalmente por você Ciel eu lutaria até a morte! - Fala a capricorniana.

Os olhos do dourado encheram-se de lágrimas e ele deu um forte abraço na amazona e um beijo em seu rosto. Esta corou no exato momento, sempre gostou muito do protetor da quinta casa, estava surpresa por ter conseguido dizer tudo isso a ele, geralmente ficava tímida em sua presença.

Os olhos do dourado encheram-se de lágrimas e ele deu um forte abraço na amazona e um beijo em seu rosto. Esta corou no exato momento, sempre gostou muito do protetor da quinta casa, estava surpresa por ter conseguido dizer tudo isso a ele.

– Obrigado Jane, muito obrigado! - O leonino correu em direção as doze casas, foi falar com o mestre e dizer que tomará a frente na batalha que brevemente começará. Agora tem certeza que tem que defender sua verdadeira família, as pessoas do santuário.

No dia seguinte, uma enorme tropa de guerreiros marchava em direção ao santuário. A frente iam os três lideres da comitiva, acompanhados por outros três combatentes de patente mais baixa.

– Vamos acabar de uma vez com o maldito santuário de Atena! Quero que ataquem e destruam tudo que estiver a seu alcance! Não quero que ninguém, nem mesmos os civis que vivem no vilarejo de Rodório fiquem vivos! Sem prisioneiros ou algo assim, matem todos! – Gritava Cole a seus subordinados, de fato uma batalha muito violenta iria acontecer.

– Quero saber o motivo para esse ataque a vila que fica próxima ao santuário, o que está tramando Cole? – Pergunta Mai, uma das mais poderosas mensageiras.

– Esse ataque só servirá de fachada para atrair a atenção dos cavaleiros de bronze e prata e até um ou dois cavaleiros de ouro. Para que não tenhamos interrupções antes de atravessar as doze casas- Responde o mensageiro.

– Mal posso esperar para poder enfrentar os famosos cavaleiros de ouro, hehehe, só de pensar o quanto eles devem ser fortes já me deixa com o sangue fervendo. Já fazem dias que não mato ninguém, não ia agüentar por muito tempo, ia acabar matando um dos nossos mesmo, hihiheha, seria aquele tal de Kaito, nossa aquele cara me dá nos nervos. Dessa vez quem fala é Bélgio o outro guerreiro de elite da seita.

– Você é louco – Fala Mai olhando com desprezo para o companheiro.

– Nas batalhas os loucos são quem mais se diverti hihiheha!! - Responde ele com uma expressão insana.

– Melhor se acalmar Bélgio, apenas uma vez desde as eras mitológicas essas doze casas foram atravessadas a força. Nunca deve-se subestimar um santo dourado, eu sei disso porque já fui um deles. A propósito, não quero que toquem nem no cavaleiro de aquário nem no grande mestre, eles são meus! –Diz o Cole com um sorriso de ponta a ponta.

Os mensageiros estavam muito confiantes, tinham a vitória quase que como certa. Julgavam que quando chegassem ao santuário pegariam os seu defensores de surpresa, no entanto deparam-se com um pequeno exército formado por soldados, cavaleiro de prata e bronze e liderados pelo cavaleiro de ouro Ciel de leão pronto para defender a humilde vila e seus habitantes, que a séculos ajudavam a confraria da deusa da guerra.

Um sanguinário combate teve inicio ao pé do monte que levam as dozes casas do zodíaco. Dois exércitos muito poderosos, compostos por guerreiro do mais alto nível. Lutas corporais, golpes a base de cosmo, técnicas especiais, de tudo acontecia naquele campo de batalha. Ali um episódio importante desta guerra estava para ser escrito.

Os lideres da empreitada, sorrateiramente vão em direção as doze casas dos zodíaco. Acompanhados pelos três mais fortes guerreiros de nível secundário que a seita possuía, tentariam a façanha dá travessia dos famosos templos zodiacais. A frente da primeira casa, sua guardiã esperava os adversários.

Os três jovens que acompanhavam os mensageiros se chamavam respectivamente: Niraj, Argos e Galford. O primeiro era baixo e franzino, tinha pele morena, cabelos negros e lisos e olhos escuros e profundos como a noite, feições típicas dos habitantes da India. Sua armadura era púrpura com ombreiras pontiagudas e detalhes que lembravam hanumam, o deus macaco do induismo. Sua expressão era nervosa e apreensiva. O segundo era alto,forte, pele clara, seus cabelos eram roxos e ondulados e seus olhos castanhos. Sua armadura era branca e tinha um grande olho no peitoral. Tinha um grande sorriso em seu rosto. O último por sua vez era loiro e tinha olhos azuis, sua estatura era mediana e sua pele era clara.

– Se os senhores permitirem eu enfrentarei guardiã da primeira casa - Pediu o loiro, Cole e os demais assentiram. Cada um tinha que encarar um inimigo por vez, de fato aquela guerra não seria fácil.