Máscaras — Peeta e Katniss escrita por Tereza Magda


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu ainda não tinha atingido a meta mas como eu recebi recomendações e 36 comments, resolvi postar logo.
Mentira. É que eu tava ansiosa pra postar. Amei este capítulo e ele é totalmente dedicado à Tatá Mellark, que me ajudou muito com a cena do jogo (ela assiste futebol americano, acreditam?) e se não fosse por ela, muito provavelmente vocês ficariam um bom tempo sem ver um capítulo novo por aqui...
Agradecimentos à parte, vamos ao que interessa!

Enjoy!



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O dia do jogo chegara. Peeta estava uma pilha. Gale nem se fala. E Johanna parecia prestes a mandar qualquer um que ousasse entrar em seu caminho à merda.

Pra resumir: o dia estava uma droga.

Logo que eu acordei, mandei uma mensagem de texto para Peeta. Ele demorou alguns minutos para responder.

Está pronto pra ganhar, campeão? A título é nosso!”, foi o que eu enviei e ele respondeu com um mínimo “Obrigado”.

Mas eu não o culpava. Aquilo ali era o nosso futuro. O futuro dele. Tudo dependia de como se saísse na partida.

Peeta não me levara para a escola o que era um pouco estranho para mim. Eu já estava acostumada: todos os dias, ele aparecia na sua BMW amarela, com um sorriso lindo no rosto e um beijo.

Mas esta manhã não. Peeta estava treinando.

Eu o avisara que não era bom se esforçar demais no dia do jogo, mas ninguém seria capaz de fazê-lo mudar de opinião.

Eu olhei para a camiseta cor-de-rosa especial dos Tigers ( http://misterrugby.com.br/arquivos_loja/28577/Fotos/thumbs3/produto_Foto1_6272383.png eu sei que aí diz Rugby, mas imaginem que é de futebol americano) que Peeta me presenteara para vestir no dia do jogo. Vesti com um mini short jeans e vans.

Uma roupa perfeita para torcer, afinal, não estou indo a um desfile de moda.

Ao contrário das aulas, para o jogo, Peeta fizera questão de me levar. Logo ouvi sua buzina no andar de baixo.

— Avisa que eu tô descendo! — gritei para qualquer um dos funcionários que pudesse me ouvir. Corri para frente da penteadeira antiga e passei um pouco de gloss cor-de-rosa. Espalhei com os dedos e dei uma última olhada no espelho. — Perfeito.

Desci de dois em dois degraus e logo estava olhando nos olhos ansiosos de Peeta que estava encostado no carro.

— Você ficou linda com a camiseta do time — disse e me beijou. — Por que não é líder de torcida mesmo?

— Isso é trabalho da sua outra namoradinha — fiz uma careta e Peeta riu.

— Agora é minha namorada?

— Eu não disse isso — retruquei na defensiva.

— Ciumenta.

— Cala a boca — entrei no carro e Peeta deu a volta entrando também. — Como está se sentindo?

— Não sei bem. Com medo, eu acho.

— Vocês vão se sair bem. Eu tenho certeza — Peeta sorriu e apertou minha mão.

Nós jogaríamos em casa — o que tornaria uma vergonha a mais perder — então rapidamente chegamos à escola.

— Certo. Me espere aqui — ele disse me deixando dentro do preparatório do time, enquanto ia ao vestiário colocar a roupa do time.

Antes do que eu esperava, Peeta estava de volta com a roupa de proteção pesada.

— Você fica bem sexy com esta roupa, sabia? — falei tocando a ombreira.

Peeta deu de ombros — Já me falaram isso — e deu uma risadinha ao ver uma careta se formando em meu rosto. — As pessoas já estão chegando. Separei um lugar na frente para você e suas amigas, onde eu posso vê-la. Você será meu amuleto da sorte — sussurrou segurando meu rosto. Ele tirou seu colar com pingente de capacete do próprio pescoço e passou pela minha cabeça. — Quero que fique com isso.

Eu o beijei levando o maior tempo que consegui, mas um pigarro — cedo demais — nos atrapalhou. Era Cato — O treinador tá chamando Peeta. Oi, Kat.

— Oi, Cato — respondi e voltei meus olhos à Peeta: — Vença. Por mim.

Ele assentiu e entrou com Cato. Eu fui para as arquibancadas onde Johanna e Clove já me esperavam.

— Caramba! Seu namoradinho nos arranjou uns lugares VIP — Johanna debochou quando sentei ao lado dela.

— Você quer sentar no chão? — e sem dar-lhe tempo para retrucar disse: — Ótimo. Então senta aí, e cala essa matraca.

O jogo era definitivo e decisivo. Muito importante.

Logo as trombetas soaram e a banda da escola começou a tocar o nosso hino.

Glimmer e Delly seguraram um círculo de papel com o nosso emblema de Tigre.

Peeta pulou por dentro do arco rasgando o papel, com todo o time às suas costas. A arquibancada explodiu em gritos animados e uma torcida esfuziante.

Em seguida o time inimigo.

Seus próprios torcedores os aplaudiram e gritaram nomes para mim, desconhecidos.

E o jogo teve início.

* * *

O jogo já estava próximo do fim. Os garotos estavam ficando preocupados. A pontuação não estava ao nosso favor. Eu via que Peeta estava ficando extremamente nervoso. Isso não era bom.

E então uma coisa aconteceu.

Cato interceptou a bola dentro do nosso lado e Johanna gritou alto.

— Vai, patetão! Se mexa!

— Cale a sua boca, Johanna — Clove reclamou irritada. - Vai, Cato! Passa!

Eu mal conseguia respirar. Aquele jogo era realmente importante.

Olhei um pouco mais a frente no campo e vi que Gale tinha conseguido se infiltrar no outro lado. Peeta estava próximo a ele, mas barrado por um marcador grandalhão.

Cato pareceu ter visto Gale ao mesmo tempo em que eu. Quando outro marcador do time inimigo veio pra cima de Cato, ele lançou a bola na direção de Gale.

Gale teve que correr um pouco para pegar a bola e quando ela foi pega por suas mãos habilidosas, eu pensei que aquela foi a receptação mais espetacular que qualquer um já vira naquela escola.

— Vai, Gale! - gritei alto. — Vai, corre!

Gale correu alguns metros, mas logo foi barrado pelos marcadores que estavam em cima de Cato e Peeta. E o fato que Peeta estava livre não passou despercebido aos olhos de Gale.

Ambos os jogadores inimigos pularam em cima de Gale que foi derrubado brutalmente, mas não antes de lançar a bola de maneira perfeita para Peeta.

E então a verdadeira balbúrdia começou nas arquibancadas. Os segundos que levaram para Peeta cruzar o campo pareceram durar uma eternidade. Todos os jogadores estavam atrás dele, alguns o cobrindo e outros tentando derrubá-lo.

— Peeta! Faça isso! — gritei alto o suficiente para ter certeza que ele podia me ouvir. — Você consegue! Eu sei que sim! Confio em você!

Com aquelas palavras, Peeta pareceu receber uma dose generosa de adrenalina. Suas pernas correram mais rápido. E quando estava quase chegando um jogador conseguiu ultrapassar por a barreira de proteção dos Tigers.

Ele se jogou em cima de Peeta...

Todo mundo que assistia prendeu a respiração...

E Peeta fez a coisa mais inacreditável que eu já vi qualquer um fazer até em jogos profissionais.

Ele não somente derrubou o jogador. Não o driblou.

Não, ele deu um salto mortal sobre a cabeça do jogador que tentava barrá-lo e este caiu no chão com estrondo ( http://www.youtube.com/watch?v=JqLmJ-lDHEQ ).

E Peeta fez o ponto da vitória!

A gritaria foi tão alta que ninguém conseguia ouvir o narrador do jogo.

Eles venceram! Venceram!

Peeta logo que conseguiu sair do abraço de seus colegas de time, olhou em minha direção.

Ele deu o sorriso mais radiante que eu já o vi dar em todos esses anos desde que eu o conheci aos cinco anos.

Peeta correu ao pódio onde o narrador (que era da nossa escola) ainda tentava dar detalhes sobre o fim do jogo, mas estava mais interessado em comemorar. Peeta falou algo pra ele que assentiu lhe entregando o microfone. No telão aparecia a imagem de Peeta.

— Obrigado. Obrigado a cada um de vocês que torceu por mim e por meus garotos — os outros jogadores urraram em comemoração na direção que Peeta falava. — Mas eu quero fazer meus agradecimentos pessoais a uma pessoa. Uma garota. Tudo isso foi por causa dela. Se não fosse por ela Gale Hawthorne, que me passou a bola, nem estaria mo time. Sem ela eu talvez não tivesse a força de vontade de me provar. Ela: Katniss Everdeen. Eu te amo, KatKat.

Talvez, se aquele não fosse um momento em que eu estivesse me sentindo tão quebrada, eu poderia me importar por ele ter usado meu velho apelido, que só ele conhecia.

Mas aquelas palavras...

Não. Eu definitivamente não estava pronta para elas. Mas mesmo assim, Peeta as pronunciou. Uma por uma. Sem deixar vestígios de dúvida.

Eu nem percebi, em meu estado de torpor, que ele tinha largado o microfone e agora vinha na minha direção com aquele sorriso ainda brincando nos lábios.

— Eu te amo — ele sussurrou e me beijou.

Agora havia ali outra comemoração, onde todos gritavam e batiam palmas.

Eu estava apenas congelada. Nem sabia se estava retribuindo o beijo ou não.

Eu. Te. Amo.

Aquilo mudaria tudo.


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Notas finais do capítulo

Bom, ainda temos uma meta.
40 capítulos e terão o próximo. Lembrando que também vale recomendar!
Só pra vocês ganharem um ânimo, o próximo é o Baile de Formatura dos pombinhos.... Querem ou não vê-los dançando música lenta abraçadinhos? Heeein?
P.S.: o grupo no whatsapp ainda tem vagas (muitas), quem quiser participar já sabe: manda o número (com DDD) por mensagem privada ou comentário *-*

xoxo