Máscaras — Peeta e Katniss escrita por Tereza Magda


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Não, a história não atingiu o número de comentários que eu almejava, ou, ao menos, gostaria, mas graças a terceira recomendação, eu resolvi escrever este capítulo.
Para o próximo, vamos escrever comentários ou vou continuar demorando a postar.
Lembrando que eu tenho várias ideias desenvolvidas na minha cabeça e só vão ser colocadas em prática conforme os senhoritos e as senhoritas resolvam escrever um review. Não cai a mão, tá? Eu passo um tempão escrevendo o capítulo pra vocês e minhas duas mãos ainda estão inteirinhas. Lembrem-se que eu não ganho absolutamente nada para escrever, apenas o prazer de ler os comentários e as opiniões sobre a minha história. E vocês querem me tirar isso? Na-na-ni-na-não! Comentem e recomendem!

Enjoy!



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Todas as aulas do horário da manhã já haviam passado e eu estava com Johanna e Clove na fila do refeitório esperando a nossa vez. Quando esta chegou, cada uma de nós encheu seus pratos de saladas e pegamos um refrigerante light. Vimos os garotos do time entrarem atrasados após mais um de seus longos treinos — com o jogo importante se aproximando, os jogadores só faziam treinar e treinar, perdendo até algumas aulas de revisão — e nos sentamos na mesa de sempre.

Eu não tinha como se saber se Peeta esvaziara seus bolsos em algum momento do dia e seu rosto não demonstrava nenhuma emoção, o que dificultava tentar adivinhar. Mas uma olhada rápida para Cinna, sentado no fundo do refeitório sozinho, sua mesa ao lado do lixeiro, o denunciou: Peeta tinha encontrado, sim, o bilhete.

— Está acontecendo Johanna — sussurrei. Johanna olhou para os lados temendo ter perdido qualquer detalhe e ao ver Peeta ainda pegando sua bandeja para entrar na fila, suspirou aliviada. Revirei os olhos ao vê-la pegar seu celular e se preparar para gravar algo que ela nem tinha conhecimento.

— Ato 3 — disse Johanna, como uma diretora de teatro. — O que quer que tenha feito, espero que seja engraçado, Katniss. Ou mato você.

Peeta ficou por último na fila do almoço e enquanto enchia seu prato, todos os seus companheiros de time já estavam sentados na gigantesca mesa com o brasão da escola “Tigers” e um enorme tigre vermelho. Peeta, porém, não sentou entre Cato e Marvel como de costume. Tudo sob a mira da câmera de Johanna, ele passou direto pela mesa e sentou ao lado de Cinna. Nem olhou para cima, parecia à parte dos comentários sussurrados e dos olhares estupefatos. Como se sentasse ali todos os dias. Como se fosse tão invisível naqueles corredores quanto o pobre Cinna, que estava de olhos arregalados para Peeta.

— Esse patê está muito bom — Peeta comentou para Cinna. — Não acha?

Eu sorri, nem acreditando na cena que via. Levantei-me e sentei ao lado de Peeta em frente à Cinna.

— Isso porque você não provou a salada — falei ainda com um sorriso no rosto e coloquei uma folha de alface na boca. Todos estavam boquiabertos. Peeta Mellark e Katniss Everdeen estavam sentados na mesa dos fracassados, ao lado do principal fracassado da escola.

Eu e Peeta ainda trocamos algumas palavras sobre a refeição, mas ninguém parecia comer, além de nós. Cinna estava paralisado, congelado. Assim como todos na escola. Até que o sinal para o final do almoçou tocou estridente, mas os alunos ainda nos encaravam. Eu e Peeta jogamos a bandeja no lixo e seguimos para a saída até que Peeta se virou e viu Cinna ainda colado em seu assento.

— Nossa próxima aula é juntos, certo? — ele perguntou a Cinna e este acenou minimamente. — Então, vamos. Ou vai ficar aí sentado? — lá estava aquele sorriso de novo.

Quem era esse garoto, afinal?! Quanto mais eu buscava, mais eu encontrava, e mais confusa ficava.

Mesmo assim, seguimos para a aula os três, como melhores amigos da vida toda. E quando saímos do refeitório, a bomba explodiu. Eram tantas palavras se sobrepondo umas as outras, cada uma tentando atingir um tom mais alto, que era possível ouvir dos armários.

— Katniss — Johanna falou, quando saímos da escola após o último período. — Agora eu quem digo: acabou. Você está absolutamente fora. Nosso, seu, meu plano... tudo acaba neste instante.

— Do que está falando? — perguntei confusa.

— Admita, sua idiota — ela apontou um dedo para o meu peito. — Você se apaixonou por ele. Não o contrário como deveria acontecer. Quero dizer, isso eu já não tenho certeza depois de hoje... Mas ele gosta da tal garota da máscara e você, sua imbecil, gosta dele.

Ao ouvir aquelas palavras explodi em uma risada nervosa.

— Essa é a sua grande preocupação? Eu estar perdida naqueles olhos azuis? Francamente, Johanna, eu nunca me apaixonaria por alguém como Peeta. Por mais que alguém mude, não há uma borracha que apague o passado.

Johanna me encarou séria por alguns longos momentos. Pareceu uma eternidade.

— Você tem certeza? Certeza absoluta?

— Cem por cento de certeza, Mason — revirei os olhos.

Johanna riu, aliviada.

— Foi mal, então — ela disse. — É que o jeito como você olhou pra ele... e depois sentou com ele e aquele menino lá...

— Cinna — corrigi. — E não teve jeito nenhum. Eu só fiz o que achei certo com Cinna.

— Está a fim de ir tomar um refrigerante no Panem Point? Os garotos vão estar lá e eu realmente estou interessada nos números do time. Se aqueles imbecis ousarem perder para aquele timeco...

— Claro, por que não? Vou pegar a moto, quer ir comigo? Peço pra alguém levar seu carro pra casa.

— Ah, não, obrigada — ela negou rapidamente. — Eu sou a que bota medo nos outros, você é a corajosa. Vou no meu carrinho seguro.

Eu ri e concordei.

— Ok, te vejo lá.

Peguei a moto e dirigi até o Point em poucos minutos, graças ao pouco trânsito.

Quando cheguei vi que o carro de Johanna não estava estacionado em lugar nenhum. Ela deve ter pego outro caminho.

Resolvi entrar e sentar enquanto aguardava Johanna, e faria isso se uma mão não tivesse tapado minha boca e puxado para os fundos da lanchonete.

Ah, meu deus, deve ser um sequestrador! Ele vai exigir metade da minha herança e vai mandar meu dedo pelo correio para a minha casa...

— Por que fez aquilo? — ouvi a voz de Peeta e me virei indignada, arrancando sua mão do meu rosto.

— Seu babaca! — soquei seu peito. — Eu pensava que era um sequestrador! — ele segurou minha mão que quase atingiu seu rosto e deu uma risadinha.

— Desse jeito? — ele exclamou rindo. — Ele ia te mandar de volta depois de dois minutos e ainda mandava um cartão de agradecimento por não ter que te aguentar mais tempo!

Bufei e lhe dei as costas, andando de volta para a lanchonete, mas Peeta segurou minha mão.

— Espera, espera, foi só uma brincadeirinha! Como você é bravinha — e riu novamente.

— Estou esperando — falei. — O que quer?

— Uma resposta: por que fez aquilo por mim?

— Eu... eu não fiz por você, seu egocêntrico pretensioso, fiz por Cinna. Pra... não ter que aguentar sua companhia por mais tempo do que o necessário.

Necessário? O que quer dizer com isso? Que eu fui obrigado a fazer aquilo? — Peeta estreitou os olhos.

Terreno perigoso!

— Não! Quis dizer... Ah, sei lá o que eu quis dizer! Era só isso? Respondi sua pergunta?

— Sim, mas eu queria dizer outra coisa... — os olhos de Peeta ainda me observavam como se ele desconfiasse de algo. — Obrigado. Tenha sido por mim, ou por Cinna, quero agradecer mesmo assim.

— Tá — lhe virei às costas e entrei na lanchonete. Eu ainda o ouvi murmurar para si mesmo “inacreditável!”.

Johanna ainda não havia chegado, mas provavelmente estava próxima, o que me deu tempo para pensar no que tinha acabado de acontecer.

Peeta viera me agradecer. Por livre e espontânea vontade. Nenhum bilhete havia exigido isso, ele fizera isso apenas porque sua própria consciência lhe mandara.

Então eu senti que estava conseguindo torná-lo alguém melhor. E isso foi mais gratificante do que qualquer uma das vinganças sem sentido de Johanna.

— Encontrei Finnick lá fora — Johanna disse se sentando a minha frente e quebrando minha linha de pensamentos. — Ele disse que o time vai bem, mas eles têm que treinar em dobro porque falta um corredor bom e o que está lá não serve pra muita coisa. Disse que Peeta às vezes tem que ser quarterback e running back. Pareceu bem bravo.

— Mas Gale é um bom jogador, não é? Então por que não está no time?

— Ele e Peeta têm uma rixa séria. Parece que Peeta prefere perder a permitir que entre no time. E, você sabe, o treinador faz tudo o que seu garotinho de ouro manda.

— Então Gale fez os testes extras para corredor? — questionei.

— Sim, todos. Ele foi o melhor. Mas Peeta colocou o Flavius na posição e fim de conversa.

Egoísmo. Nada disso, Peeta, essa característica não te pertence mais.


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Notas finais do capítulo

Obrigado a todos que torceram pela recuperação da minha gatinha, ela, mesmo tomando duas injeções por dia, está melhor!
E VÁ LER AS NOTAS INICIAIS! Okay? Okay. (quem ama A culpa é das estrelas? Viram o primeiro pôster? Eu faltei chorar só com o pôster, agora imaginem o filme!)

xoxo