Máscaras — Peeta e Katniss escrita por Tereza Magda


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu poderia ter feito maior? Sim. Poderia ter feito melhor? Sim. Mas minha gatinha foi atropelada, ela fraturou o ossinho do fêmur e ela é só um filhote :'((
Eu levei ela ao veterinário e estou morrendo de dor de cabeça, mas aqui estou eu, postando algo para não faltar com vocês.
Eu não sei se vou postar mais qualquer coisa hoje. Só quando eu me sentir melhor.
E mais uma coisa — e agora é sério —: eu já tenho mais de cinquenta leitores e nem dez comentam. Então, não, não vou aceitar isso. vocês estão me desestimulando — ALGUNS, sempre tem aqueles que comentam todo capítulo — e eu só vou postar outro capítulo quando achar que tem um número bastante razoável de comentários.
Isso quer dizer, pelo menos a metade dos leitores. Feito? Espero que comentem.
E que torçam pra Demi se curar rapidinho!

Enjoy!



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Este bilhete eu escreveria completamente sozinha, sem nenhuma palavra de Johanna. Ela havia reclamado no início, mas eu estava resoluta.

Oi, Peeta. Sinto muito o que teve que fazer com Glimmer, eu pude perceber que você realmente a tratava como amiga — ou algo próximo. Mas aquele foi um grande passo na minha direção, posso afirmar. Eu andei lembrando várias coisas, Peeta, e dentre essas coisas me veio nosso segundo ano no colegial. Só preciso dizer um nome: Cinna. Lembra-se dele? Claro que não, ele não tinha ou tem importância alguma, não é? Mas eu lembro. Desde a sua brincadeirinha com ele, ele tornou-se recluso. Seus macacos de estimação o excluem desde então e a vida daquele garoto se tornou um inferno. É simples: reescreva a opinião dele para com a sua pessoa.

Eu escrevi isso durante parte da noite e ao terminar, várias folhas de papel se encontravam amassadas em bolinhas pelo chão do quarto. Perguntei-me como Johanna fazia para ditar aquelas palavras sem o mínimo esforço ou ao menos gaguejar.

Na manhã seguinte, eu me arrumei para a escola com um pouco mais de ousadia ( http://2.bp.blogspot.com/-nEXtZQrB1uE/T6fgdXJAKDI/AAAAAAAADxY/wcKPGFMPYdI/s400/tendencias-inverno-2010-moda-dana-box5.PNG primeiro look) — e um pouco menos de tecido do que eu estou acostumada —, pois, para o que eu tinha planejado funcionar, eu teria que roubar mais atenções do que da vez que apareci sobre uma moto.

Johanna já mandara mil mensagens de texto pedindo mais informações sobre o próximo passo, mas eu estava decidida: faria tudo sozinha a partir dali. Ela apenas seria notificada pouco antes dos “atos” como costuma chamar.

Isso era uma questão minha e estava se tornando uma vingança particular da qual eu era uma peça. Johanna se divertira à custa de Peeta e agora era a minha vez de atingir objetivos.

Peeta. Eu o conhecera antes e pelo que eu vira ele não mudara tanto assim. Sim, ele magoava muitas garotas. Mas até isso mudara com o último desafio proposto.

Ele pedira desculpas por seus atos. Ele parara de trocar de relacionamentos a cada semana. E se ele fizesse algo por Cinna... ele cresceria muito aos meus olhos.

Cinna é um garoto que não gosta de impor sua companhia a ninguém. Ele não tem grupos. Ou sequer amigos. Recluso, introvertido. Eu morria de pena de Cinna e, o único momento que eu tive realmente raiva de Peeta foi quando ele tratara aquele garoto como nenhum ser humano merece ser tratado.

Peeta segurava o garoto pela gola da camisa. Clove estava tensa ao meu lado, porém graças a sua recente desilusão, ela não tinha coragem de falar absolutamente nada. E Johanna, por mais incrível que parecesse, não tinha palavras na boca.

Peeta, Marvel e Cato riam descontroladamente enquanto carregavam o garoto, Cinna, por todo o refeitório, enfiando sua cabeça em alguns pratos. Ninguém parecia acreditar no que via.

Todo o time ria, mas apenas o três faziam o “trabalho sujo”.

— Tá com medo de quê? — Cato gritou, seu nariz quase tocando o do garoto. — A gente não morde!

— Por mais que você queira — cuspiu Peeta com um sorriso irônico. —, bichinha.

Marvel soltou uma grande gargalhada e socou o estômago do garoto fazendo o garoto se dobrar sobre os próprios joelhos. Isso fez a compostura de Peeta desabar e Cato arregalar os olhos quando Cinna perdeu as forças nas pernas e desabou no chão.

— Ficou maluco, seu merda?! — exclamou Peeta. — A gente combinou: só umas piadinhas. Só isso. Ou você é burro demais pra compreender?

— Olhem, pra mim deu — Cato levantou os braços e se abaixou. Ele analisou Cinna de longe e constatou que ele estava bem. — Deviam parar. Agora.

Peeta riu e Marvel deu dois passos para frente. A briga real começaria agora, se ninguém fizesse nada.

— Parem! Todos vocês! — a voz se estendeu por todo o refeitório e todos viraram para me encarar. Eu já me levantava e estava andando até Cinna. Peeta estreitou os olhos azuis e não tentou me impedir quando eu abaixei.

— Saia, Katniss. Isso não é briga sua.

— Saia você! — gritei de volta e senti meu pulso sendo rodeado pela mão que eu imaginava ser de Marvel.

— Não ouviu o capitão?

E no mesmo momento que a mão de Peeta afastou Marvel, Gale gritou: — Solta ela, seu imbecil babaca! — foi apenas um segundo e no outro os garotos rolavam no chão dando socos e chutes livremente.

— Abram! Saiam da frente! — era a voz do diretor, mas os garotos nem repararam. Eu ajudei Cinna a se levantar e o tirei dali. — O que estão fazendo garotos?! — Snow gritou estupefato. — Esta é uma escola renomada! Não abrigamos lutadores, apenas estudantes pacíficos! Separem! — o Sr. Heavensbee e o Sr. Beetee seguraram os garotos. — Para a diretoria! Todos os envolvidos! — e lá estavam os quatro garotos na direção da sala do diretor enquanto eu levava Cinna para a enfermaria.

Ele ainda estava com falta de ar, devido ao soco forte no estômago, mas não quis contar a enfermeira como ficara daquela maneira.

— Por que não conta a ela? — perguntei quando a Srta. Wiress buscava uma bombinha de oxigênio. — Ela diria ao diretor e talvez ele os expulsasse.

— Não quero mais confusão — Cinna sorriu. — Só quero ficar em paz. Isto fica entre nós. Me promete?

Mesmo sem entender ou concordar, eu assenti.

Ah, sim. Peeta desfaria a maldade que ele fizera aquele garoto tão legal. Hoje.

Peguei as chaves da moto e tirei da garagem. Cheguei dentro de poucos minutos e fui direto ao ponto.

Encontrei Peeta conversando com Cato em pé ao lado da mesa de pedra do campus e respirei fundo. Era a minha chance.

Joguei o cabelo para um lado, tirei o celular da bolsa e fingi que estava desatenciosa por causa do aparelho e comecei a caminhar na direção de Peeta. Até que... Bam!

Com o esbarrão, nós dois caímos no chão e Peeta logo desfez o xingamento pronto em sua língua quando viu quem tinha esbarrado nele.

Era agora, eu não podia perder tempo. Rapidamente coloquei o bilhete dentro do bolso de sua jaqueta de couro enquanto ele sorria descaradamente.

— Gosta de ficar por cima, Everdeen?

— Ah, francamente! — eu já me levantava, mas ele me segurou e trocou as posições.

— Eu gosto mais dessa — e passou a língua pelos próprios lábios.

Eu fiquei um momento sem reação e todo mundo na escola também.

Mas um tapa faz mais sucesso do que qualquer palavra suja.

Peeta arregalou os olhos e eu sorri cinicamente.

— Nunca coloque suas mãos em mim — eu me levantei e dei alguns passos. Mas parei e virei a cabeça na direção dele: — A não ser que eu peça, é claro.

Todos os colegas de time de Peeta — que já haviam, com exceção de Cato, me chamado para sair infinitas vezes nesta semana — assobiaram e fizeram sons idiotas quando eu passei.

Johanna, que me olhava do outro lado do pátio, sorriu e levantou o polegar.

Se para ela eu estava indo bem, não há motivo para pensar o contrário.


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Notas finais do capítulo

Minhas notas iniciais sempre têm coisas importantes, então LEIAM!

xoxo