Shut the door, turn the light off

Feche a porta, apague a luz.

I wanna be with you

Eu quero estar com você.

I wanna feel your love

Eu quero sentir o seu amor.

I wanna lay beside you

Eu quero estar do seu lado.

I cannot hide this even though I try

Eu não posso esconder isso mesmo que eu tente.

A mulher ruiva sorriu perante o berço onde o bebê dormia descansadamente; em meio de uma guerra, momentos puros como aqueles deveriam ficar marcados. Lily Potter ficara repousando em casa, tinham-se passado apenas almgumas horas desde o parto do seu primeiro bebê, Harry James Potter. Tinha, porém, um grande aperto no coração. Algures num vilarejo bruxo próximo, James Potter duelava ao lado de Sirius Black contra dúzias de comensais da morte que pareciam surgir do nada.

Lily não sabia se algum dia veria o seu marido de novo ou se Harry chegaria a chamá-lo de “pai” alguma vez, e isso deixava-a deveras angustiada. Para não falar que seus melhores amigos, entre eles o padrinho do pequeno recém-nascido, estavam correndo risco de vida também. Ela sentia-se insignificante; não podia fazer nada senão ficar ali cuidado do seu bebê. Para ela, aquela era uma tarefa importante, obviamente; afinal, era seu sangue ali, seu filho, fruto e prova do seu amor com James. Era, no entanto, uma tarefa que no momento não se parecia encaixar bem nela. Era tudo tão novo, o sentimento de ser mãe; ela ainda estava se habituando àquilo. Parecia-lhe ainda um pouco errado ficar ali quando deveria estar lutando ao lado das pessoas que amava. Ela poderia ter deixado a criança com a mãe de James e simplesmente estar lá, naquele vilarejo, lutando por aquilo que acreditava e por aqueles que amava e, inclusive, garantindo que Harry não ficaria órfão tão cedo. Ela sentia-se impotente.

Pegou-se sorrindo sozinha ao se lembrar dos bons tempos que passara em Hogwarts, de todas as brigas com James que agora pareciam tão bobas e inacreditáveis. Quem diria, uhn? Quem diria que um dia a Evans daria um “sim” a James, após tantos “nãos”. Tantos pedidos para sair recusados, tantos pés na bunda, tantos gritos e tantas detenções para no final acabar assim: um casamento e o primeiro de muitos filhos. Eram lembranças bastante vividas e sólidas. Lembranças de Hogwarts, a sua casa. Todos os anos que lá passara, rodeada dos seus amigos e das pessoas que lhe faziam bem. Os Natais, as aulas de Poções que sem dúvida eram as suas favoritas. Os bons tempos que passara com os seus melhores amigos, Marlene, Dorcas, Emmeline, Remus, Sirius e, embora lhe custasse admitir, James.

Heart beats harder

Coração bate mais forte,

Time escapes me

O tempo foge de mim.

Trembling hands touch skin

Mãos trêmulas tocam a pele,

It makes this harder

Isto se torna difícil.

And the tears stream down my face

E as lágrimas escorrem pelo meu rosto.

Presa ainda em pensamentos, só voltou à realidade quando ouviu o resmungo do pequeno bebê, percebendo então que ambos não estavam sozinhos naquele quarto. Um lindo cachorro prateado estava lá, flutuando e despojando a sua maestria, maestria esta que esbanjava, iluminando toda a sala. Porém, ao invés de deslumbrar a ruiva, como visivelmente tinha feito com a criança que encarava aquele espectro maravilhada, o patrono apenas serviu para preocupar ainda mais a mulher. Aquele era, sem dúvida, o patrono de Sirius, padrinho do garotinho que nascera há nem um dia; melhor amigo de Lily e James, que deveria estar naquele momento duelando ao lado de James. Algo muito ruim tinha acontecido, ela sentia. Suas suspeitas apenas foram confirmadas quando a voz imponente do amigo foi projetada pelo animal fantasma:

— James se machucou. Mamãe está indo para aí para cuidar de Harry; venha rápido, Lils. Ele está aqui!

A ruiva sufocou um grito, assustando visivelmente a criança que começara a berrar. A mulher, então, respirou fundo e, desajeitada, tentou acalmá-la. Ela ainda estava processando o fato de que o seu marido estava gravemente ferido; Sirius não mencionara a gravidade da situação, tampouco, mas para ele ter chamado Lily era algo grave, com certeza. Já para não falar do aperto no coração da vermelha, que agora tendia a doer ainda mais. Black mencionou também que ele estava lá. Ela sabia muito bem quem ele era, e isso só a assustava ainda mais. Voldemort estava no vilarejo, ao lado dos seus fiéis comensais da morte - a maioria. De qualquer maneira, ela sabia que o risco que James, Sirius e toda a Ordem corriam só tinha triplicado com a aparição de Você-Sabe-Quem.

Lily ainda tentava acalmar a criança, que com apenas umas horas de idade já parecia pressentir o perigo iminente e o cheiro de guerra no ar; para juntar à confusão que já se formara na casa e na cabeça da moça, a campainha começou a tocar estridente e incessantemente. Após finalmente conseguir acalmar momentaneamente a criança, Lily desceu as escadas quase voando a fim de abrir a porta. Ela tinha uma vaga noção de quem seria, afinal, Sirius tinha mencionado que “mamãe” estava indo para cuidar de Harry. Ela percebeu imediatamente que a “mamãe” era Dórea Potter, mãe de James, avó de Harry e sogra de Lily. Ambas ruivas, tinham uma relação agradável e quase de mãe e filha. A verdade é que Dórea era uma pessoa gentil, amável e carinhosa, sempre disposta a cuidar daqueles que precisavam, como era o caso de Sirius, ao qual sempre sentiu a falta de alguém que pudesse chamar mãe. A mulher que o dera à luz sempre o desprezara e desde cedo Sirius encontrou abrigo na mansão dos Potter.

A ruiva abriu a porta, deparando-se com o rosto enrugado de preocupação da velha bruxa. A sua maior vontade era abraçá-la, mas em tempo de guerra Lily aprendeu a desconfiar até da própria sombra. Apontou a varinha no rosto da senhora que apenas sorriu bondosamente e disse:

— Eu ainda guardo as fotografias de James bebê, não se esqueça. Quando essa guerra acabar eu te mostro.

Lily forçou uma gargalhada que acabou saindo mais como um guincho esganiçado e nervoso. A recém-mamãe não estava em humor para piadas, ultimamente ninguém estava. Desviou o corpo deixando a mais velha passar e disse:

— Harry está lá em cima; cuide do meu filho, Dórea.

A recém-vovó sorriu torto e respondeu: — Contando que você cuide do meu.

Dito isto, Lily Potter aparatou.

*

O local encontrava-se num estado lastimável. Corpos estavam jogados inconscientes por toda a parte; mortos, máscaras de comensais e sangue. Berros e choros, feitiços gritados e fechos de luzes, na maioria das vezes, verdes. Aquele era o cenário deles, aquilo era um autêntico show de horrores à moda bruxa.

If we could only have this life for one more day

Se nós apenas pudéssemos ter essa vida por mais um dia.

If we could only turn back time

Se nós apenas pudéssemos voltar no tempo.

— Lily! — se virou rapidamente ao ouvir a voz sufocada e desesperada de Sirius. Ele amparava o corpo aparentemente inconsciente e ensanguentado daquele que Lily reconheceu como sendo James Potter, o seu marido. A mulher correu na direção dos dois homens e ajoelhou-se ao lado do corpo do esposo; colocou a sua mão sobre o peito dele e suspirou aliviada ao perceber que aquela era apenas uma maldição que facilmente seria curada com a poção certa. Aquele pequeno curso de medi-bruxa tinha servido para alguma coisa, afinal.

— Ele vai ficar bem, Sirius; graças a Merlin. — anunciou — Quem fez isso, afinal?

— Ele. Voldemort fez isso. — respondeu Sirius, com a voz levemente falha. Lily repousou a cabeça no peito de James e disse:

— Não entendo. Voldemort não é de maldições, não maldições inofensivas deste tipo.

— Bem, ainda bem que ele acordou de bom humor, né? — Lily pegou-se rindo das parvoíces do jovem Black, riu e acabou por se distrair; erro crasso, no meio de uma batalha. — Cuidado, Lily! — o homem gritou. Lily quase fora atingida por uma maldição da morte nas costas, já estaria morta naquele momento se Sirius não a tivesse avisado e ela não se tivesse desviado.

A ruiva levantou-se furiosa, a tempo de encarar a comensal que lançara aquela maldição. Bellatrix Lestrange era o seu nome.

— Ah, Bella. Você se meteu com a ruiva errada — Sirius observou, ainda amparando o corpo do seu melhor amigo, James. Lily duelava avidamente com Bella, que reivindicava do mesmo modo. — Venho te dizendo isso faz tempos, mas vou repetir: você tem aí uma garota esquentada, irmão. — falou para o James ainda inconsciente.

[…]

Aquela nada pequena batalha durava há horas; ambos os lados estavam exaustos. Lily teve um vislumbre d’ele uma vez, mas não chegou a manter nenhum outro contato. James tinha sido acordado e curado por uma medi-bruxa, que chegara ao lugar, e agora duelava ao lado da esposa e do seu melhor amigo. Mais comensais chegavam, assim como números exuberantes de aurores e bruxos da ordem; no entanto, não parecia o bastante. Existia outro ataque massivo semelhante àquele no vilarejo de Hogsmeade, onde Marlene e outros Mckinnon duelavam avidamente ao lado de Dorcas Meadowes, Emmeline Vance e Frank e Alice Longbottom. Porém, um feitiço mortal certeiro foi o bastante para derrubar a morena de olhos azuis gélidos. E mais uma guerreira caíra.

Era o fim dos Mckinnon.

*

Mais horas se passaram, a notícia da morte de Marlene chegou minutos depois do sucedido, transportada por um patrono lançado por Frank. O patrono carregava também consigo a notícia da morte de Dorcas e do fim dos Vance. Lily, Sirius e James estavam destroçados, mas nem por isso pararam de lutar. A cada morte do lado do bem, a sua sede de vingança só aumentava e fazia os três amigos lutarem ainda mais perigosa e mortalmente.

You know I'll be

Você sabe que eu serei,

Your life, your voice,

Sua vida, sua voz,

Your reason to be my love

Sua razão para ser meu amor.

My heart is breathing for this

Meu coração está respirando por isso.

Moments in time

Momentos no tempo,

I'll find the words to say

Eu acharei as palavras pra dizer.

Before you leave me today

Antes que você me deixe hoje.

— Avada Kedrava! — Lily acabava de lançar mais uma maldição mortal na direção de um lobisomem. Os lobisomens tinham-se juntado à festa e isso só a fazia lembrar mais de Remus, o aperto no seu coração prevalecia. Ele tinha sumido para algum lugar, França talvez. Ela o entendia, não era um bom tempo para lobisomens que não se quisessem aliar ao lado negro. Maldições da Morte voavam de ambos os lados, Lily tentava não pensar que estava tirando vidas humanas. Eles não pensariam duas vezes se fosse ao contrário, ela mentalizava.

Que horas eram? Quanto tempo fazia que eles estavam ali? Como estaria Harry?

— Ele está bem. — afirmou James, surgindo ao lado de Lily. Ela amava o modo como ele a tranquilizava, a acalmava e, sobretudo, a entendia.

*

Finalmente tudo parecia estar acabando. Ambos os lados tinham sofrido perdas irreversíveis e massivas, mas os comensais estavam enfraquecendo. Quando Lily viu um final próximo, ele surgiu.

— Ora, ora, ora. Lily e James Potter, os mais recentes papais. Meus parabéns. — ele ironizou. Um círculo se formara à volta deles, comensais e aurores, todos eles esperando pela hora para dar o próximo passo. Lily se lembrava das poucas vezes que o confrontara. Tinham sido duas, no total. Uma quando estava ainda em Hogwarts, no seu sétimo ano, durante um ataque ao vilarejo de Hogsmeade, tendo sido a segunda dias depois do seu casamento, num ataque semelhante aquele que estavam vivendo no momento. Por ambas as vezes ela e James saíram milagrosamente ilesos, mas por pouco.

— Poupe-nos às suas ironias, Voldemort. — James despejou, espalmando a mão de Lily contra a sua.

— Bem, não dizem que na terceira é de vez? — o bruxo continuou, ignorando o antigo grifinório — Os Potter já me deram problemas demais. De qualquer maneira, é um desperdício de sangue puro, mas já que não me dão escolha…

— Sempre o mesmo discurso. — Lily via tudo vermelho à sua frente, a raiva borbulhava — Sim, sou uma nascida trouxa. E me orgulho disso.

— E é por isso que eu tenho nojo de vocês, seus imundos — Voldemort insultou, ultrajado. — Para mim chega. — a varinha do velho bruxo foi apontada na direção do casal e rapidamente o feitiço foi proferido — AVADA KEDRAVA! — Tudo aconteceu muito rápido a partir daí. Lily e James desviaram-se da maldição, rebatendo sincronizadamente logo de seguida. Feitiços voavam de novo, mas Voldemort pareceu notar que estava em desvantagem, pois logo apartou para sabe-se-lá-onde, sendo logo seguido pelos seus comensais.

E aquela foi a terceira vez.

[…]

Um ano se passou e tudo só parecia piorar. Com a descoberta da profecia e a morte da mãe de James, Dórea, a família Potter sentia-se a afundar. A velha senhora Potter morrera devido a uma doença rara, e por semanas James e Sirius ficaram sem falar uma única palavra. Lily entendia-os. Era de noite das bruxas, 31 de outubro para ser mais exato. Lily sentia que seu coração ia sair pela boca, era um mau pressentimento que a assolava. Ela não conseguia evitar.

Close the door

Feche a porta,

Throw the key

Jogue a chave fora.

Don't wanna be reminded

Não quero ser lembrado,

Don't wanna be seen

Não quero ser visto.

Don't wanna be without you

Não quero ficar sem você.

My judgement is clouded

Minha opinião está nublada,

Like tonight's sky

Como o céu de hoje à noite.

— Relaxe, Lils. Nada vai acontecer, os feitiços estão nos protegendo. — James tentava acalmá-la.

— Eu sei, James. Mas… Eu não consigo evitar — ela suspirou —, estou preocupada.

Ditas estas palavras, tudo aconteceu. Parecia até ensaiado. Ouviu-se um grande estrondo e James gritou: — Lily, é ele. Leve o Harry, corra. Eu vou segurá-lo!

A ruiva apenas teve tempo de correr para o quarto e arrastar todos os móveis para a porta, mesmo sabendo que isso não o seguraria. No andar de baixo, o corpo já sem vida de James Potter jazia no chão. E mais um guerreiro caiu. Voldemort subiu até ao andar de cima e com um simples feitiço explodiu a porta entrando no quarto onde a ruiva se encontrava com o bebê.

— Não, por favor. Harry não, por favor! — ela implorava, chorando e tentando proteger o bebê com o corpo.

— Afaste-se, garota boba. — Lily ouviu a voz gélida de Voldemort — Você ainda tem uma chance.

— Não, por favor. Harry não, me leve, me mate ao invés dele. — ela continuava implorando, ignorando completamente a ordem do bruxo das trevas — Por favor, tenha piedade, tenha piedade! — Voldemort gargalhou, Lily só teve tempo de gritar e tudo escureceu. E aquele era o fim de Lily e James Potter.

*

Estava tudo branco, Lily viu-se a piscar diversas vezes até que finalmente se pudesse habituar aquela estranha luz. Quando se apercebeu de onde estava e o que tinha acontecido, começou a chorar copiosamente. Sentiu os braços do homem que tanto amava envolve-la e ouviu-o sussurrar: — Hey, tudo vai ficar bem.

Undecided

Mãos silenciosas

Voice is numb

A voz é entorpecida.

Try to scream out my lungs

Tento gritar fora os meus pulmões.

But it makes things harder

Mas isso torna as coisas mais difíceis,

And the tears stream down my face

E as lágrimas escorrem pelo meu rosto.

Ambos estavam observando a imagem de uma casa destruída, quase como se estivessem vendo tudo de cima. Um bebê com uma cicatriz em forma de raio na testa chorava estridentemente. Eles conheciam bem aquele bebê.

— Você sabe que não vai. Você sabe o que aquela cicatriz significa, James.

— Sim, eu sei. Mas também sei que, com uma mãe como você, Harry vai aguentar tudo isso. Eu sei que sim, e nós vamos estar aqui ao lado dele, apoiando-o e zelando por ele. Isto ainda não acabou.

Ela sentia-se impotente, aquele era talvez o pior sentimento existente para Lily. Ela não poderia fazer nada por Harry, Sirius ou Remus a partir dali; ela era apenas uma espectadora, que ficaria esperando fervorosamente por um final feliz. Ela se lembrava de todas as promessas bobas para o futuro, nada disso poderia acontecer agora. “Um casamento e o primeiro de muitos filhos” tudo isso estava perdido agora. Harry não teria pais, tampouco irmãos. Ela não celebraria todos os natais com Harry, não estaria lá para o levar para Hogwarts no seu primeiro ano.

If we could only have this life for one more day

Se nós apenas pudéssemos ter essa vida por mais um dia.

If we could only turn back time

Se nós apenas pudéssemos voltar no tempo.

Mas, no fundo, talvez não estivesse tudo acabado mesmo. Talvez aquele não fosse realmente o fim de Lily e James Potter. Eles sempre seriam lembrados como o casal problemático da Grifinória. Sempre seriam lembrados por todos aqueles “nãos” e por aquele “sim” final. Sempre seriam lembrados como aqueles que morreram por amor.

[…]

Eles não tinham bem a noção do tempo ali, eles apenas permaneciam observando o seu filho crescendo a cada ano que passava, vivendo a sua vida como possível. Era o seu primeiro natal em Hogwarts, o primeiro de muitos que passaria lá, assim como outros outrora já passaram.

— Você vê, Lily? Um palito. — James protestou — Eu realmente estou pensando em arranjar maneira de voltar só para matar o seu cunhado.

— Petúnia e Válter não lhe deram aquilo que nós lhe teríamos dado — Lily afirmou — mas abrigaram-no quando ele precisou. Isso basta.

— Que seja. — James bufou, encolhendo os ombros. Lily riu e deu um tapa no braço do marido.

— Você não tem jeito mesmo.

You know I'll be

Você sabe que eu serei,

Your life, your voice,

Sua vida, sua voz,

Your reason to be my love

Sua razão para ser meu amor.

My heart is breathing for this

Meu coração está respirando por isso.

Moments in time

Momentos no tempo,

I'll find the words to say

Eu acharei as palavras pra dizer.

Before you leave me today

Antes que você me deixe hoje.

Ambos ficaram em silêncio, observando a cara de alegria de Harry ao abrir os seus presentes de Natal. O primeiro de muitos Natais que passaria em Hogwarts, juntos dos seus amigos. Lily e James estavam felizes, porque sabiam que o seu filho estava em boas mãos.

[…]

Anos se passaram. A guerra tinha acabado, tudo tinha tido um ponto final definitivo. A eles tinha-se juntado Sirius, Remus e a sua atual esposa, Tonks. Agora, todos juntos, observaram o jovem Albus Severus Potter embarcar para o seu primeiro ano em Hogwarts, juntamente como o travesso James Sirius de mesmo sobrenome que voltava para mais um ano lá. Lily e James perderam a conta de quantos Natais tinham assistido Harry celebrar, mas eles esperavam que muitos mais viessem pela frente. Em Hogwarts, na atual mansão Potter, n’A Toca,… Harry era feliz, isso bastava.

Flashes left in my mind

Flashes deixados em minha mente,

Going back to the time

Voltando no tempo.

Playing games in the street

Jogando jogos na rua,

Kicking balls with my feet

Chutando bolas com meus pés.

Dancing on with my toes

Dançando com meus dedos.

Standing close to the edge

Ficando em pé perto da porta.

There's a part of my clothes at the end of your bed

Tem uma parte das minhas roupas no fim da sua cama,

As I feel myself fall

Conforme eu sinto eu mesmo caindo,

Make a joke of it all

Faça uma piada de tudo isso.

Eles sorriam com tudo aquilo, lembrando-se de quantas vezes já tinham estado naquela mesma estação. Quem disse que eles não acompanharam o jovem Harry no seu primeiro ano? Quem disse que ele não passou os seus Natais com a sua família? Lá porque você não vê algo, não significa que isso não exista ou aconteça, se assim fosse, o mundo estaria cheio de descrentes.

You know I'll be

Você sabe que eu serei,

Your life, your voice,

Sua vida, sua voz,

Your reason to be my love

Sua razão para ser meu amor.

My heart is breathing for this

Meu coração está respirando por isso.

Moment in time

Momentos no tempo,

I'll find the words to say

Eu acharei as palavras pra dizer.

Before you leave me today

Antes que você me deixe hoje.

E mais uma vez, James, Lily, Remus e Sirius sorriam ao se ver naquela estação de comboio. Lembravam-se dos bons tempos que passaram em Hogwarts e sorriam. Porque eles sabiam que, assim como eles não passaram, ninguém mais passaria os Natais sozinhos. Afinal, Hogwarts sempre estaria lá para aqueles que a recorressem.

Aquele, definitivamente, não era o fim.

You know I'll be

Você sabe que eu serei,

Your life, your voice,

Sua vida, sua voz,

Your reason to be my love

Sua razão para ser meu amor.

My heart is breathing for this

Meu coração está respirando por isso.

Moment in time

Momentos no tempo,

I'll find the words to say

Eu acharei as palavras pra dizer.

Before you leave me today

Antes que você me deixe hoje.