I want to be happy! escrita por Half Fallen


Capítulo 2
Capítulo 2 - Sem vida


Notas iniciais do capítulo

Nossa, não esperava que fossem ler minha fic! Muito obrigada pelos comentários! Eu estou muito feliz de saber que estão gostando *AAA* Espero que curtam esse capítulo.. Eu tô muito cansada, mas com o incentivo de vocês.. Eu mal espero pra poder escrever o próximo! Desculpe qualquer coisa, espero que curtam ~~



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Naquela noite, dois corações haviam chegado ao seu limite. Haviam quebrado em pedaços, estilhaçado-se por completo. Haviam dito chega, mas esse 'chega' apenas aumentou o sofrimento. Um menino de cabelos cinza, um dos corações quebrados, após tanto chorar, acabou adormecendo no abraço de um moço de cabelos marrons, que também havia quebrado seu coração naquele dia. O mesmo percebeu e com um sorriso triste, pegou o menino no colo. Este parecia uma pena adormecida em seus braços.

Em passos lentos ele contemplava a face adormecida. Ele parecia tão exausto após chorar tanto. Não era como se ele não estivesse o mesmo caco. Levou o mesmo cuidadosamente até seu quarto, onde o colocou na cama em que julgou que fosse dele, já que neste continha um pequeno peixinho de pelúcia, a cama de cima. Antes de descer as escadas, beijou a testa do menor.

"Boa noite.. Você merece."

~xx~

Na manhã do dia seguinte, Makoto encontrava-se acordado quando o primeiro raio sol lhe bateu a face. Não dormira muito bem, estava preocupado, triste, e isso lhe mostrava na face. Decidiu tomar um banho para poder 'respirar' melhor. Deixou que a água tirasse no mínimo um pouco do peso de suas costas.

Arrumou-se e olhou no espelho. Se fosse o Makoto de ontem se assustaria. Mas não, o Makoto de hoje não sentiu nada ao olhar no espelho e ver seus olhos opacos. Sem vida. Não lhe restava uma única chance de ser feliz. Mas então bateu de leve os cantos do rosto. Teve que se recompor.. Colocou o sorriso no rosto, mas seus olhos não tiveram uma mudança.

Era hora de sair.

~xx~

Hoje seria mais um amistoso entre as escolas. Porém seria algo mais como.. Todos teriam que entrar na água, e cada um ensinaria a cada um o que era o seu melhor. Como se fossem professores uns para os outros. Ao chegar lá já viu um de seus amigos se aproximar.

–Mako-chaaaaaan! O que foi? Você tá com uma cara de abatido!

– Ah, Nagisa. - começou ele gentil, estava pensando numa mentira até que achou uma - Eu não consigo dormir sem meu travesseiro, entende?

– Ah! Entendo agora Mako-chan! É realmente uma pena, porque parece que hoje vai ser puxado~

– E você Nagisa? Dormiu bem?

– Como um anjinho! O Rei-chan também! - olhou para Rei com um sorriso

– Se você chama se pisoteado por toda a noite uma boa noite, você precisa ir se tratar.

Então os três riram divertidos. Daqui a pouco começaria o treino. Por algum motivo, ele não conseguia encontrar Haru. Não entendeu, mas logo viu o mesmo correndo para lá tentando explicar o atraso. O sorriso de Makoto desfez-se de uma vez e ele retornou os olhos para o chão. Pois logo atrás de Haru, vinha Rin sorridente.

Suspirou pesaroso e olhou para o outro lado, e arregalou mais os olhos. Daquele lado tinha um quase-morto Nitori. Ele realmente parecia um zumbi com vida. Seu corpo curvado e trêmulo enquanto ele olhava o chão. A situação dele estava mil, mil vezes pior que a de Makoto. Makoto conseguia lidar com a dor, aquele não conseguia. Ao invés do azul cintilante e brilhante que antes existia nos olhos de Nitori simplesmente não estava mais lá! Era o azul mais escuro que já havia visto em toda a sua vida, era o azul do fundo do mar.

Deu um passo, ele ia falar com Nitori. Mas..

– EI , VAMOS PASSAR A LISTA DAS DUPLAS.

Dupla número 1: Rin, você é bom em freestyle, mas infelizmente precisa ser mais... Suave. Você ficará com o Haru e o ensinara o nado borboleta. De acordo?

Makoto e Nitori gelaram fortemente. Makoto estacou, mas ao olhar para o lado pôde ver que Nitori estava mas trêmulo que antes. Como se estivesse com hipotermia, um frio do escambau. Makoto, rezou para que fosse a dupla do amigo. Apenas ele poderia entender com sua dor. E ele só conseguiu ouvir seu nome quando já anunciaram a quarta dupla, e que Nitori já estava quase correndo dali.

– Dupla número 4: Makoto, você é um ótimo nadador de costas.. Mas... Freestyle? Nitori, você o ensinara um freestyle melhor, e por favor Makoto, ensine ao Nitori um bom nado de costas.

Cada dupla já anunciada já estavam em suas raias. Makoto foi rápido ao pegar a mão de Nitori e tirá-lo daquele transe medroso em que ele estava. Um sorriso gentil fora oferecido assim que o maior puxara o mais frágil até a piscina. O pegou no colo para a surpresa de todos e pulou na piscina.

Nitori estava tão surpreso que esqueceu de suas tristezas e riu alegremente. Makoto olhando aquele sorriso e o leve brilho nos olhos do amigo, conseguiu sorrir ele mesmo, sorrindo com gentileza e felicidade.

– Ai, sorria mais assim. Será mais felicidade para você, e para mim.

Nitori arregalou os olhos, e virou-se um pouco tímido. Mas ao olhar para o lado, deparou-se com o casal que não queria ter visto. Makoto, seguindo o olhar do jovem acabou pegando a mesma cena, e este suspirou pesado.

– Vamos começar?

Makoto tirou Nitori do transe, mas aquela felicidade de poucos segundos atrás, já não mais existia. Ele então pediu para Nitori boiar de costas, e este o fez sem nenhum pio.

– O nado de costas é realizado por aqueles que tem medo d'água. Assim ele pode respirar enquanto nada. - começou como um robô. Mas olhando para os olhos sem vida de Nitori, resolveu fazer um outro tipo de coisa - Nitori, feche os olhos. - ele o fez - A água não é simplesmente uma substância, a água é viva. Ela entende. Quero que você relaxe. Converse com a água.. Converse comigo.

Nitori no início não havia entendido, mas após alguns segundos meditando, ele sentiu as lágrimas rolarem. E não era que a água escutava? Ele dizia todas as mágoas, e a água simplesmente parecia niná-lo. Como se dissesse "Tudo vai dar certo..". Certo momento, Nitori simplesmente parou de boiar. Seu corpo afundou, como uma pedra pesada e ele abriu os olhos. O medo parecia correr entre eles, e ele abriu a boca numa tentativa desesperada de respirar ou chamar alguém.

Makoto fora rápido ao suspendê-lo e levá-lo até a superficie. Esse cuspiu um pouco d'água e tossiu. Não fora o suficiente para poder se afogar, então ele simplesmente respirou. Olhou para Makoto, as lágrimas ainda em seu rosto enquanto ele tentava achar uma tentativa de socorro. Algum tipo de refúgio. E ele achou.

Ao ver o sorriso gentil de Makoto, o pequeno de cabelos cinzas desmaiou.

~xx~

Nitori não sabia o trabalhão, os medos que todos passaram assim que ele desmaiou na piscina. Tudo o que ele ouvira foi que alguém havia o socorrido e levado até a enfermaria. Os olhos azuis sem-vida abriram lentamente, e após a vista um pouco deformada ele conseguiu ver um grande homem dormindo a beira da cama. Arregalou os olhos, era seu senpai?

Não, era o Tachibana-senpai.

– Tachibana-senpai.. Tachibana-senpai.. - chamou baixinho Ai

– H-Hm.. Ai? Acordou...?

– Uhum.

Ele afirmou. Na verdade parecia que aquela cota emocional, todos aqueles sentimentos de uma vez fizeram Nitori frágil. A mente dele já não aguentava mais, e seu coração batia tão rápido que uma freada brusca causou seu desmaio. Ou seja.. Ele estava tão nervoso, mas quando viu o sorriso de Makoto.. Esse sentimento deu lugar ao relaxo, e sua mente também precisava do mesmo sentimento.

– Obrigado.

Nitori disse com um sorriso pequeno e quase inexistente, ainda estava triste e não conseguiria por um bom tempo voltar a ser aquele animado Nitori. Makoto percebera isso, e isso o desagradava... Pois ele sabia que o mesmo acontecia com ele. Suspirando, o maior colocou a mão na têmpora e pensou: eles precisavam ir para longe dali um pouco.

– Ai, consegue andar?

– S-Sim, eu acho.

– Então vamos.

Ajudando Nitori, lhe dando o braço como apoio, Makoto saiu da enfermaria e da escola de Samezuka também. Estava andando devagar, e pelo incrível que pareça, estava escurecendo. Era um lindo por do sol. Andou um pouco. Ninguém falava, nada. Eles precisavam daquele silêncio. Afinal o que se falar? O silêncio já era o bastante. O maior apenas pediu ajuda ao menor que lhe apontasse uma boa sorveteria. De lá, Nitori já conseguia andar sozinho, mas o passo era o mesmo.

Makoto comprou dois picolés. Para ele e para Nitori. Nitori deu um meio um sorriso ao ver o sorvete de morango se aproximando. Ele deu uma pequena mordida e depois corou um pouco. Estava delicioso. Então, eles sentaram-se de frente para um pequeno laguinho que lá tinha, contemplando os dois a visão celestial.

– Ai?

– Sim?

– Não faça isso.

O menor inclinou um pouco a cabeça.

– Fazer o que?

– Isso. Você não é mais o Ai que eu conheço. Está sem vida, assustadiço.. Por que?

– Não estou assim.

– Por que você praticamente se matou?

Pronto.

– Quer saber o por quê, Tachibana-senpai? - começou sarcástico e irônico - A pessoa que eu sempre amei e cuidei estava aos beijos com um cara que nem parece ligar pra ele. Mas enfim. Rin-senpai estava tocando o Haruka-senpai, fazendo tudo o que eu queria que ele fizesse comigo! Os beijos, os toques, os suspiros! Era eu para estar lá! VOCÊ SABE QUANTAS VEZES EU SONHEI COM ISSO? Claro que não sabe! Ninguém sabe, porque eu sempre fui um idiota que aceitava tudo!

– Eu não sei?

Aquilo fez Nitori parar de gritar com seu senpai, e perceber que ele já estava em pé encarando Makoto com as lágrimas de raiva rolando seu rosto. Então arregalou os olhos e colocou as mãos na boca. Tarde demais.

– Eu não sei? Eu vivi com o Haru desde que eu me conheço por gente! O que você acha que é viver com um menino que não mostra os seus sentimentos e ainda sim amá-lo de forma incondicional? Eu queria ser aquele que arrancasse aqueles suspiros de Haru! Eu queria.. Eu queria que eu fosse o único a ver os outros sentimentos de Haru. As outras faces. Mas isso não é possível. - então Makoto olhou para Nitori, e seus olhos verdes estavam cheios de raiva fulminante - Então não pense que você é o único.

Nitori estava assustado com aquela face de Makoto, nunca pensou que um dia o veria. Ele começou a tremer de medo, mas continuou ali firme.

– Mesmo assim. Eu quero ser feliz com o Rin.. Eu quero ser feliz com ele. Por que eu não posso? Você nunca amou alguém como eu amei!

Makoto suspirou e levantou-se, caminhando um pouco distante de Nitori.

– Você nunca vai saber o que é amar uma pessoa que claramente ama outra. Você nunca vai saber o que é ignorar isso e criar esperanças. Você nunca vai saber.. Você é sortudo Nitori. Pelo menos, você poderia ver que suas esperanças tinham uma chance.. Eu nunca tive.

– Tachibana-senpai...

E depois dali, aquelas lágrimas gêmeas, rolaram mais uma vez pelos rostos daqueles de coração quebrado.


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Notas finais do capítulo

Desculpa o cáp ser meio triste, ainda precisamos de capítulos tristes.. Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas, daqui pra frente? Vamos ver se vai ser triste de novo u3u AHSUAHSAUHSUAHSA' obrigada por terem lido, e até o próximo!