PVO Renesmee

Acordei no quarto da Alex, e a criatura estava dormindo. Fiquei preocupada, afinal eu sei que vampiros não dormem. Ela começou a murmurar:

–Não... Eu não...

Comecei a chacoalha-la e falei:

–Acorda!

–Hum? Ah, me deixa dormir!- Ela disse sonolenta.

–Não, por que se não você me assusta.

Ela abriu um olho e falou:

–Eu, te assusto dormindo? Por favor...

–Vampiros não dormem. – Falei revirando os olhos.

Ela se apoiou nos cotovelos e disse:

–Eu me hipnotizo para dormir. – ela jogou a cabeça para trás- Tá bom pra você?

–Ainda dá medo, sei lá.

–Aff, agora que eu acordei mesmo!

Alex se levantou e pegou um livro. Acho que era “Frankenstein”. Ela estendeu uma mão para mim e falou:

–Anda! Vai comer ou não?

Eu peguei sua mão e ela me puxou para fora do quarto. Chegamos na cozinha, e eu não sei porque todos estavam lá. Menos meus pais (claro)e o vovô. Eu me sentei em um banco do balcão e Alex do meu lado. E só agora eu percebi, ela estava usando pijama. Alex olhou para mim com uma sobrancelha arqueada e falou:

–Tem algum problema com isso?

“Só o fato de estar todo mundo olhando!” eu pensei. Ela riu e voltou seus olhos ao livro. Vovó botou meu café-da-manhã na minha frente e falou:

–Aproveite!

–Pode deixar!

Eu saboreei lentamente. Se um dia você comer as panquecas da minha avó, saberá do que estou falando. Todos olhavam para mim, não me incomodo disso. Alex falou:

–Como eu queria poder comer isso... Espera, eu posso! Me dá um pouco? Por favor!

–Olha, a gula mata!- Tio Jazz falou.

–E ainda mais você não pode comer mesmo!- Tia Rose falou.

–Posso sim! Me dá um pouquinho Ness.

–Vou pensar... –Falei comendo um pedaço da panqueca.

–Você é má!- Alex disse rindo.

–Tá toma. –Falei dando um pedaço na boca de Alex.

–Cara... Isso é melhor que sangue! Meus parabéns a chef!

–Não pode ser tão bom!- Vovó disse. Provavelmente envergonhada.

–Se isso não é bom... O Emmett não gosta do Barney!

Nos rimos. O que eu posso fazer se é verdade? Vovó falou:

–Então a panqueca é mesmo boa!

–Ainda mais com eu dando uma ajudinha. Posso me hipnotizar para sentir melhor o sabor.

–Faz isso em mim?- Tia Alice disse.

–Eu também quero!- Tio Emm falou, jogando as mãos para cima.

–Vish, acho que vou ter que fazer mais panquecas. – Vovó falou.

–Eu ajudo! –Alex falou.

Eu abri a boca. Alex riu e olhou em volta. Todos estavam olhando para ela. Alex falou:

–Que foi? Eu gosto de ajudar... De vez em quando!

Ela se levantou e foi ajudara vovó. Eu só continuei comendo. Logo tinha uma montanha e panquecas na minha frente, com calda de chocolate e morango. É brincadeira comigo! Alex falou:

–Ok, vem todo mundo aqui!

Eles vieram. Alex botou umas colheres no balcão e falou:

–Vocês não comem alimentos assim há anos, então quando comerem... Só, não façam muita sujeira.

Fez-se silencio. Eu encarando as panquecas, acho que não vou aguentar. Tia Alice disse:

–E agora?

–ATACAR!- Alex gritou.

Depois daquilo foi só pedaços de comida voando e calda de chocolate para todo lado. Quando a coisa finalmente se acalmou, todos estavam lambuzados de chocolate. E tio Emm lambia o prato. Alex disse:

–Não falei que estava bom?

–Bom?- Tia Alice falou, lambendo as mãos- Isso daqui é comida dos deuses!

–Era... –Eu falei.

–Maisoquequiéisso? – Vovô Carlisle falou – Parece que um redemoinho de chocolate passou por aqui.

–Foi quase isso. – Tio Jazz disse.

–Comemos tudão e não deixamos nada para o ancião.- Alex falou lambendo o dedo

–Ah, me desculpa amor! É que estava tão bom! –Vovó falou.

–Como vocês conseguiram comer?- Vovô falou olhando a bancada cheia de chocolate.

–Hipnotização!- Eu falei.

–Já que o assunto é comigo... –Alex disse e se virou para vovó- Quer ir comprar seu arco?

–Claro!

–Opa, que historia é essa de arco?- Vovô disse.

–É uma historia longa! Começou quando os índios precisavam de algo para pescar. –Alex falou com uma pontinha de sarcasmo (n//a: Pontinha?).

Alex saiu em velocidade vampírica para seu quarto, antes que o vovô pudesse dizer algo. Dei de ombros e fui para o quarto dela. Quando chego lá ela estava conversando com alguém pelo laptop, sentada na cama, de costas para a porta. Ela estava com fone de ouvido, então não me ouviu chegar. Ela falava:

–E como está ai em Volterra?

Esse nome me fez gelar. Volterra é igual a Volturi. Eu cheguei perto e, ainda bem, ela continuou sem perceber. Alex falou:

–Ah, Sul... Acho que... Sei lá! Acho que ele nunca vai mesmo me encarar como uma filha... –Alex suspirou- E eu também. Ele perdeu essa chance há séculos! Vocês sabem disso.

Ela está falando do vovô! Eu me aproximei mais. Tinha duas mulheres na tela, uma morena e outra loira. Só consegui ver os cabelos. Alex falou:

–Poi parla più. Bacio, bye! (italiano: Depois nos falamos mais. Beijo, tchau.)

Ferrou! Ferrou! Ferrou!

–Ferrou mesmo!- Ela falou fechando o laptop- Por que estava vendo as minhas conversas?

–Er... Ah... Por que você conversava com Volturis?- Aprendi essa com tio Emm. Se não pode responder uma pergunta, mande outra pergunta.

Alex me olhou com os olhos vermelhos. Ela contou até cinco e falou:

–Longa historia... Fala serio! Eu tenho 349 anos, tudo em mim é longa historia.

Eu ri. Alex me deu um olhar divertido e eu falei:

–Incrível a sua capacidade de fazer as pessoas se esquecerem do assunto.

–Eu sei! Aqui. –Ela pegou a adaga que estava no chão- Cuide bem dela! Agora vou tomar um banho que eu estou toda lambuzada de chocolate.

Eu peguei a adaga e a olhei. Eu não podia acreditar! Eu tinha uma adaga, uma adaga. Tipo, nem em um milhão de anos meus pais deixariam eu usa-la. Mas eu vou usar, oh se vou.

PVO Alex

Quase que fui pega conversando com minhas amigas Volturis. Isso mesmo! Tenho amigas Volturis. Elas são legais, o único problema é que a gente nunca se vê pessoalmente. E a Renesmee, querendo ver minha conversa, vê se pode. E agora estou aqui, morando com os Cullen. Do jeito que são xeretas, logo vão querer saber sobre isso. Não sei qual é o problema deles com os Volturis. Só por que eles quiseram matar a Nessie. Aff, quer saber vou relaxar a cabeça. Tomei um banho na banheira e vestir uma roupa para sair. Peguei meu arco e algumas flechas e sai do quarto. Ainda sou um pouco perdida nessa casa. Para ter ideia, sem querer, uma vez eu entrei no quarto da Alice e do Jasper quando eles estavam “fazendo”. Não foi uma visão boa. Por sorte eu achei as escadas e desci. Esme estava no sofá, com aquela cara de pensar que só ela faz. Eu falei, me sentando ao seu lado:

–Você realmente precisa se atualizar em suas caras de pensar.

Ela fez uma careta. Eu ri. Infelizmente, aquele maldito loiro aparece do outro lado da mami. Será possível que ele cola mais que chiclete? Ele falou:

–Eu vou junto!

–Nem por cima do meu cadáver!- Ok, isso que eu disse não faz sentido.

–Você já é um cadáver. –O loiro falou, sorrindo cinicamente.

–Ah tá! Pelo menos não pareço um, como certa pessoa... Melhor! Certo cadáver!

–Gente... – Mami falou.

–Você não se parece um cadáver? Imagina se parecesse!- Ele não disse isso!

Eu me levantei e apontei uma flecha para ele. O loiro ficou de pé e grunhiu. Eu estava pronta para soltar a flecha, só que a Esme ficou entre nós e falou:

–Parem de agir como crianças!

Eu arqueei uma sobrancelha e falei:

–Tecnicamente...

–Ah para! Vai dizer que você é criança?- O loiro falou e eu mostrei os dentes.

–E você? É um eterno ancião. – respondi na lata.

–Vão querer que eu dê um piti? Não, né? Então se sentem antes que eu quebre tudo!- Esme falou revoltada.

Eu abaixei o arco e me sentei. Olhei para o loiro com meu melhor olhar “depois te arranco a cabeça”. E nesse instante, todos aparecem do nada. Vish, eles parecem que se dissolvem no ar! O lezado do Emmett falou:

–Mamãe vai dar um piti?

–Da ultima vez, foi tão legal!- Pigmeu se pronunciou.

–Ela quase quebrou meu piano com um chute. – Edward falou.

–Ok, conversem ou façam qualquer coisa que quiserem! Vou atender a porta.

A campainha tocou. Eu abri e era Mel, carregando umas três caixas. Eu peguei duas e falei:

–Para quê tudo isso, criatura?

–E né. Vem morar em outro lugar e nem me avisa. Grande amiga você.

Eu revirei os olhos e botei as caixas no chão. Olhei dentro e minha guitarra. Eu peguei ela e falei:

–Não acredito que você a trouxe!

–Você esqueceu noite passada. O mínimo que eu podia fazer!

Sorri. Só a Mel mesmo. Comecei a tocar o inicio da musica do Iron man. A Mel sabe que é minha musica preferida, então pegou o celular e botou o ritmo com a bateria e a canção. Eu me desliguei que avia gente ali. Era só eu e a guitarra, a guitarra e eu. Definitivamente eu brinco com a guitarra. Comecei a pular involuntariamente. Mexer a cabeça feito maluca. Vida loka, meu bem. Eu sou vida loka. Quando a musica estava para acabar, eu me joguei no chão. Só faltava eu quebrar a guitarra, mas não sou tão maluca a esse ponto. Abri os olhos e todos me olhavam como quem ia rir a qualquer momento. Eu falei:

–Podem rir! Eu sei que fico engraçada quando faço isso!

Eles riram e eu acabei rindo também. Quando finalmente me recuperei, peguei a caixas e botei no meu quarto. Quando voltei, quem estava lá? O fido, ninguém merece! Eu falei:

–Vai disser que você também quer ir?

–Para onde?- Cachorro idiota!

–Melhor não saber!- Eu olhei para mami- Vamos?

–Sim!

Peguei meu arco, o coitado estava largado no chão. Fui para fora da casa. O loiro falou, atrás de mim:

–Vamos no meu carro!

–Me dá um motivo, uma causa e uma razão!

–Ah, vocês não vão começar né?- Mel disse- Vamos no MEU carro.

Eu revirei os olhos e entrei no bendito carro. Eu fiquei na frente e a Esme e o loiro atrás. Fomos até a loja onde eu compro polidores de espada. Mel falou:

–Vai logo! Depois não se esquece de que vamos falar com as meninas.

–Vamos pombinhos!- Falei me virando para ver os dois.

Saímos do carro. Só Mel ficou lá dentro. Andamos um pouco e quando chegamos a porta eu falei, me virando para olha-los:

–Melhor, ficarem beeeeeem coladinhos!

Nem precisei falar para aquele loiro já ir abraçando a mami por trás. Status no momento: Reprimindo a vontade de vomitar. Nos entramos e tinha mais caras do que o normal. Eu me apoiei no balcão e o Nick veio me atender. Ele até é bonitinho... Só que não! Ele falou:

–Alex! O que veio fazer aqui hoje?

–Vim comprar um arco novo!

–Como quiser, princesa.

Eu dei língua para ele. Nick pegou uns três arcos e botou em cima do balcão. Eu analisei eles e falei segurando um de madeira:

–Vou ficar com esse!

–Iniciante? Isso não é para a nossa campeã de tiro ao alvo de três anos seguidos.- Ele me deu uma piscadinha.

–Cala a boca! Vou ficar com esse! Ponto final.

–Tá, tá! Calma princesa.

Ele pegou o arco e foi embrulhar o treco. O loiro falou:

–Alexandra: a gentileza em pessoa.

–Carlisle: o tédio em pessoa. –Respondi.

–Carl e Alex: as pessoas que mais se merecem no mundo. – Esme falou revirando os olhos.

Eu dei um tapinha no braço dela e o loiro deu uma mordida na orelha dela. Esme olhou para ele e o beijou. Vontade de vomitar dois. Finalmente Nick chegou com o arco embrulhado. Ele falou:

–Trinta e cinco dólares.

–Aqui!- estiquei o dinheiro para ele- Depois a gente se vê!

Puxei os dois “baba-ovo” para fora. Só que um cara chegou na minha frente e falou:

–E aê, princesa! Quer dar uma voltinha?

–Poupe-me! Tá vendo a do cartaz?- Apontei para o cartaz com a minha foto- Você definitivamente não vai querer conhece-la!

Empurrei o cara para o lado e sai da loja. O loiro falou:

–Quanta atitude, hein?

–Cale-se!

Mel ainda estava no carro. Eu entrei e falei:

–Vamos logo? As meninas odeiam atrasos!

–Sim. Sim. Claro.

Ela começou a dirigir em alta velocidade. Em um minuto estávamos na casa dos Cullen. Eu Mel saímos do carro e fomos direto para o meu novo quarto. Peguei meu laptop e liguei me sentando em minha cama. Por que quando estava carregando a conexão, os malditos entram no meu quarto? O lezado fala:

–Podemos conhecer elas?

–A Sul e a Athe não gostam de vocês!- Falei.

–Por que?- O Emo falou.

–Ah, não é nada pessoal!- Mel disse.

–Só que por causa de vocês elas tiveram que ficar mais de um mês sozinhas num bendito castelo em Volterra.- Joguei na cara mesmo- Vai logo, treco!

–Elas são...- Cachorro ia falar.

–Sim, são Volturis... Vai só mais um pouquinho... CONECTOU!- Eu falei feliz.

Acho que peguei a doença da Alice. Edward disse, aparecendo do meu lado:

–Como pode ser amiga delas?

Olhei para Mel e falamos juntas:

–Longa historia!

Apareceu a imagem da Sulpicia e da Athenodora. Elas Falaram:

–Ooooooiiiiii chatas!

–Ooooooiiiiii metidas!- Eu e Mel falamos.

–Ooooooiiiiii Volturis.- Os garotos falaram as olhando.

–Quem são seus amigos lindos, Alex?-Athe falou mordendo o lábio.

–Athe, você é casada!- Sul falou dando um tapa na cabeça dela.

–Eu só estou falando que eles são lindos. Mas são migalha comparado ao meu Caius.

–Pelo menos você não é casada com um cara que faz chapinha, Athe.- Eu falei rindo.

–Golpe baixo!- Sul disse.

–Opa! Isso tudo é do Aro? Chocado! – Cachorro disse, babando.

–Fido, não esquece que você tem um imprinting. – O lezado disse.

–MENINAS, os garotos querem ver minhas amigas!- Eu gritei.

–Aaaahhh! SOCORRO!- Eles falaram quando as meninas chegaram com cara de quem vai matar hoje.

Elas os puxaram para fora do meu quarto e deu para ouvir uma briga e tanto lá fora. Todas nós rimos.

Continua...