PVO Bella

–NÃO! NÃO O MACHUQUE! - Gritei desesperada ao ver o enorme vampiro quase matando Edward.

Os olhos vermelhos de Aro se viraram pra mim como se divertisse com a situação. Se não estivesse tão aflita, perguntaria o por que do divertimento.

Mas então as portas da grande sala branca se abriram. Revelando uma linda loira sorridente. Travei por momento vendo-a. Ela era alta. E não usava salto. Mais ou menos 1,78. Ela era muito bela. Se Jane parecia uma pequena princesa esta era rainha. Os lábios vermelhos e cheios. A pele branca como a neve. Os cabelos loiros, cacheados. Volumosos e com o tom loiro intensificado. E os olhos... Olhos de um vermelho levemente escuro. Não carmins, rubis ou da cor de pimenta. Mas apenas um vermelho levemente escuro lindo. Ela usava um manto Volturi, com o capuz caído. Apesar que por baixo daquilo não parecia estar vestida casualmente. Talvez uma regata preta e uma calça jeans azul escura. E um All-Star. Simples.

Os traços dela eram delicados. Como se ela fosse feita de porcelana. Mas pareceu que todos os vampiros da sala tremeram ao ve-la.

A recém-chegada sorriu. Exibindo os dentes brancos com caninos afiados.

–Desculpe incomodar. Mas acho que todos aqui adorariam ver uma certa vadia morta. - Ela levantou os braços mostrando a cabeça de uma vampira morta. Tremi. Delicada o escambau.

Aro sorriu e de repente toda a atenção da sala não estava mais concentrada em mim.

–Alexandra! - Ele foi até a loira, flutuando delicadamente pelo chão.

–Arina. - Ela deu um leve sorriso. Parecia que ela era a única que podia tirar sarro da cara de Aro.

Ela estendeu uma mão livre pra ele e ele a pegou. Seus olhos perdendo o foco. Vi Edward ser libertado pelo canto dos olhos e ele veio até mim me abraçando. Afundei a cabeça no seu peito, querendo que aquele pesadelo acabasse e eu acordasse no meu quarto com ele ao meu lado.

–Otimo querida! Fez um ótimo trabalho. -Aro disse e a chamada Alexandra sorriu.

– Tudo que faço é ótimo Aro. Maravilhoso. É uma boa hora pra despachar o resto desta guarda inútil.

Vi pelo canto dos olhos Demetri revirar os olhos. Jane fez o mesmo mas vi sua boca tremer em (oque eu achava ser) um sorriso.

–Oh Alexandra... - Ele se virou pra mim. A loira ergueu uma sobrancelha ao me ver.

–É isso que vocês deixaram pra mim do almoço? Todos aqui sabem que eu odeio humanas. - Ela ergueu um pouco o lábio superior mostrando os dentes. Tremi e perdi o ar. De repente os lindos olhos vermelhos escuros se tornaram negros e assustadores.

–Ela não é sua comida Alexandra. - Edward falou em um grunido.

–Edward... -Foi a única coisa que Alice conseguiu alertar antes de Edward ser jogado na parede por uma força invisível. Me Encolhi toda.

–Quem decide oque eu como ou não SOU EU! - Ela disse furiosa.

–Alexandra... - Aro disse calmo a olhando.

Ela olhou Aro e ergueu uma sobrancelha e se virou pra Edward. E depois, infelizmente, pra mim.

– Ela não é imune a todos. - Ela deu um sorriso maldoso.

–NÃO! -Edward gritou tentando se mexer. Mas a força continuava segurando-o.

De repente senti uma dor horrível passar pelo meu corpo. Como lâminas perfurando cada poro de mim. Também tinha fogo, fogo me queimando. Caí de joelhos e arqueei sentindo a dor terrível. Parecia que todos os tipos de dor que um ser humano pudesse sentir caiu sobre mim ao mesmo tempo de um jeito insuportável. Abri a boca pra gritar. Mas nada saiu. Comecei a ficar completamente desesperada.

E a paz me invadiu. Tombei no chão. Respirando rápida e pesadamente. Toda aquela dor parou sem mais nem menos. Ouvi uma risada maníaca.

–Parece que você pode atravessar o escudo dela. - A voz de Aro passou por minha mente. Virei a cabeça pro lado e vi os olhos horrorizados de Edward.

–Você... Você é um monstro. - Ele murmurou me olhando e depois encarando Alexandra com fúria.

Ela sorriu como se aquilo fosse um ótimo elogio. E deu de ombros.

–Antes monstro do que idiota que come coelhinhos inocentes. - Ela se virou pra mim novamente. - Vamos fazer outra coisa?

–Não Alexandra. Já vimos que o escudo dela é forte mas não impenetrável. - Aro sorriu. Tremi com medo. Aquilo seria usado contra mim um dia?

A loira fez uma cara decepcionada. Ela se aproximou calmamente de mim e ergueu a cabeça da vampira.

–Sera seu querido Edward. Se ele continuar com essa idiotice de não te transformar. - Ela jogou a cabeça da vampira em algum canto da sala e se inclinou na minha frente olhando-me com os olhos intensos. - Apesar, que eu e meus amigos concordamos que você, humanazinha medíocre e sem graça, seria um desperdício pra raça vampírica.

Respirei fundo e encarei a loira. Só que ai a dor voltou. Pior. Mordi o lábio inferior tentando conter um grito de dor. Senti uma mão fria e delicada segurar com força meu braço.

–Você apenas é alimento. Aceite queridinha. - Ela sussurrou perto do meu ouvido. - Nunca será uma de nós.

Consegui encarar a loira, meus olhos se enchendo de lágrimas.

–Uma vadia não amada? -Não sei oque deu em mim. Mas a dor apenas se intensificou mais ainda. Gritei. Ou ao menos, tentei

–É melhor ser temida do que amada. - Joguei a cabeça pra trás. A boca aberta tentando em vão gritar. - E, humanazinha estúpida e medíocre, você não sabe oque é amor. Não viveu o bastante pra isso.

Olhei a vampira. A imagem dela estava borrada. Mas podia ver um sorriso de deleite em seus lábios. Ocorreu-me outra jorrada de dor. Esta mais forte.

E do nada tudo passou. Eu estava na sala dos tronos. Os mestres nos seus tronos. Edward me abraçando com força. Demetri com uma das mãos no pescoço de Alice. Alexandra, estava atrás do trono de Aro. Junto com uma linda morena. Parecia que elas seguravam as mãos uma da outra, como se fossem amigas. Esperando pra comer e depois ficarem horas conversando.

–É melhor vocês esperarem até de noite. -A voz de Aro despertou-me de meus devaneios. Alice e Edward assentiram me levando pra porta. - Demetri? Pode acompanha-los para um quarto provisório?

O moreno assentiu andando em velocidade humana para as grandes portas.

–Alexandra? Você também.

A loira assentiu e eu vi um pequeno sorriso maldoso passar pelo seu rosto. Ela falou algo em uma língua que eu desconhecia para a morena e saiu de trás do trono. Ela e Demetri abriram as portas, nos dando passagem. Quando nós passamos vi ela fazer um "Humanazinha medíocre" com os lábios, antes de fechar as portas novamente.

Ah... Oque eu poderia pensar? Vampiros como estes amar? E os Volturis sendo amigos? Eu estou delirando. Apenas isso, a vida sobrenatural não está me fazendo muito bem.

Vindo pelo corredor. Vi Heide, seguida por uma multidão de pessoas. Ela sorriu ao ver os outros.

–Bela pescaria Heide. -Demetri elogiou.

–Muito boa por sinal. - Alexandra disse analisando cada pessoa ali.

–Suculentos não?

Senti meus olhos arregalados. Todas aquelas pessoas. Todas aquelas vidas. Iam servir de alimento. Apertei meu rosto contra o peito de Edward não querendo ver aquela cena.

–Guarde os melhores para os comandantes. - Ouvi a voz de Alexandra maldosa.

Monstros. Era oque eles eram. Monstros. E logo deu pra se ouvir os gritos de terror das pessoas. Segurei as lágrimas.

–Não chore humanazinha. Ocorre apenas três vezes por semana. - Ouvi a voz divertida de Alexandra e ela e Demetri soltaram leves risadas com o meu terror eminente.

Que tipo de pessoa tem o coração tão obscuro para não ter pena de tirar vidas. E então me lembrei. Volturis são desprovidos de um coração.

Logo chegamos ao quarto provisório. Não era o maior nem melhor. Tinha apenas uma cama e uma tevê. E uma pequena porta um pouco longe da cama.

–Deixem a humana aqui. - Demetri disse calmo. - Aro ainda precisa falar algumas coisas com vocês. - Ele apontou com a cabeça para Alice e Edward.

Edward gruniu e eu o olhei. Encarando seus olhos cor de topázio. Lindos olhos cor de topázio.

–Já volto. - Ele murmurou.

–Tudo bem. - Falei e o beijei. Um beijo cheio de saudade e confusão.

Ouvi um dos Volturis coçar a garganta e nós nos afastamos um do outro.

–Okay. Humanazinha e Bakayo. Já entendemos que vocês são o casal mais perfeito de todos os tempos e que não tem amor igual. - Ela enfatizou bem seu sarcasmo.

Ela me irritava. Realmente me irritava.

–Vamos. - Demetri se virou pelos calcanhares sumindo em um vulto negro. E depois os outros vegetarianos. Ficando apenas eu e a loira.

Ela me analisou. Um arrepio passou pela minha espinha. Os olhos dela eram frios. Como se pudessem ver minha alma.

–Tudo bem humanazinha. Não sou babá. Fique ai! - Ela se virou pra ir embora.

Mas a curiosidade me atingiu como um míssil.

–Oque você sabe sobre amor? - Falei com a voz estridente. Ela parou. Respirou fundo com impaciência.

–Mais que você com certeza. - Ela disse entediada.

– Você nunca...

Antes que eu pudesse completar, ela apareceu na minha frente. Os olhos voltaram a ser vermelhos vivos e elas me encararam com irritação.

–Amar não quer disser que "Ele me completa". Amar quer disser "ele me dá mais". Amar é querer ver a pessoa feliz e ficar feliz com isso. Não é "Aaah não consigo viver sem ele. Vou me matar". Querida, você não nasceu junto com ele. Não cresceu com ele. Então, espero de coração que você deixe de ser tão idiota assim. - Ela ergueu o queixo com soberania.

Fiquei vermelha de raiva com ela.

–Que coração? - soltei. Me controlando para não gritar.

Ela estreitou os olhos e cruzou os braços. O canto dos seus lábios se curvou em um pequeno sorriso.

–Você acha que somos monstros né? - Ela se virou e andou calmamente para a porta. - Sinto pena de você humana. Precisa toda hora do " namoradinho". "ela é minha vida" QUERIDA! Ele não tem vida. - Ela bateu a porta.

E eu fiquei sozinha no quarto. Com raiva da loira.

PVO Alex

Voltei rapidamente para a sala dos tronos e avancei no pescoço do primeiro humano que vi. Segurando o outro homem pela gola da camisa. Ele se debatia inutilmente. Idiota. Não percebia que a morte já estava presente? Como se a vida dele valesse tanto a pena lutar. Não vale a pena lutar por humanos. Eles são... Inúteis.

Larguei o humano no chão e Ergui o outro pela gola da camisa. Sorri pra ele. Que estava com os olhos aterrozirados.

–Relaxe. Você vai pra um lugar melhor. - Sussurrei me divertindo com ele. - Se não for... Não é minha culpa. - Cravei os dentes no seu pescoço. Sugando o néctar divino.

Logo acabei o sangue dele. Estava cheia. E feliz, acabei com uma criatura desprezível, torturei uma idiota e ainda estava alimentada. Que delicia gente. Me levantei lambendo os lábios. Sulpicia estava terminando de se deliciar com a comida. Assim como Athe. Mel e Darron tinham uma missão que duraria o dia inteiro. Então só sobraram elas e Jane que alias....

–Alex! - Uma hobbit pulou nas minhas costas. - Vamos ver oque hoje?

Segurei as pernas dela e sorri pra Jane.

–True Blood? - Perguntei erguendo uma sobrancelha.

–Me dá fome. -Ela lambeu os lábios. - Vou comer mais. - Ela começou a torturar os humanos.

Sorri com a empolgação da pequena. Que minutos antes parecia fria e imune à muitas coisas virava uma pequena fadinha feliz e inocente.

Vi Alec terminando de beber um humano. Ele me olhou e sorriu. Uma gato de sangue escorria pelo canto dos seus lábios e seus dentes estavam rosados pela refeição tomada. Retribui o sorriso. Sabendo que eu deveria estar no mesmo estado. Ele fez com os lábios um "Me encontra depois" e saiu da sala branca, lambendo os lábios carnudos. Deliciosos lábios carnudos.

Peguei a mão de Jane quando ela acabou de comer e ela me levou até seu quarto. Com Sul e Athe conversando animadamente atrás de nós. O quarto de Alec ficava na frente do de Jane e ele estava lá encostado no batente da porta. Nos olhando.

Mandei um beijo pro moreno antes de entrar no quarto da pequena fada. Seria uma ótima noite.