(Who’s Laughing Now – Jessie J)

PVO Esme

“O choro pode durar uma noite,

mas a alegria vem pela manhã.”

–Salmos 30:5b

Sorri ao ver Alex cuidando das ultimas flores que sobraram no jardim. Ela disse que elas não seriam cuidadas por bastante tempo, então mereciam algo bom na ultima vez das suas vidas. Como alguém pode ser tão frio e tão doce? Acho, que sinceramente, Alex deve ser um soverte de baunilha. Por que de baunilha? Ela tem cheiro de baunilha. Senti alguém me abraçando por trás.

–Vai sentir saudade? – Ouvi uma voz doce que eu realmente amo. Me virei para ele. Amor da minha morte. Carlisle.

–Não muita. – Pus minhas mãos no seu pescoço. – Desde que eu esteja com você.

Ele sorriu e colou nossas testas.

–Amor... – O olhei sorrindo. – Você faria qualquer coisa por mim?

–Tudo. – Ele disse sorrindo.

–Traria um dinossauro? – Perguntei erguendo uma sobrancelha e ele riu levemente.

–Dinossauros estão extintos. – Ele pegou minhas mãos. – Escolhe outro.

–Faz as pazes com a Alex? – Sorri.

–Que tipo de dinossauro você quer? – Ele disse serio.

Revirei os olhos.

–Não é mais fácil fazer as pazes com a Alex? – Falei e suspirei. Apontei para o quintal, onde Alex cantarolava uma musica qualquer enquanto plantava umas orquídeas. – Ela não é um monstro. Olha ali. Tá até cuidando das flores.

–Esme querida. – Ele pôs as mãos nos meus ombros. – Você vê bondade em tudo.

–Ai ai. – Suspirei. Agora terei de ser má. – Carlisle, ela é sua filha. Você vai ser dá bem com ela. Ou... Serão longas e frias as noites sem me ver nua nem por segundo. – Dei um sorriso maligno para ele.

–Esme isso não, por favor. - Ele ficou da minha altura. – Não vou aguentar. Por favor não pequena.

–Você sabe oque deve fazer. – Passei minha mão pelo seu peito. – E a cada dia que eu ver você e ela brigando, vai ser mais um dia para o seu castigo. – Me virei e fui arrumar as ultimas coisas das malas.

–Eu não vou sobreviver sem minhas roupas. – Ouvi Rose choramingar e segui sua voz. Ela estava sentada na sua cama com Bella tentando acalma-la enquanto Alice estava no closet vendo o estrago.

–Pode comprar novas. – Bella disse sorrindo de canto.

–Eu tinha roupas insubstituíveis ali. – Rose pôs o rosto entre as mãos. – Channel, Gucci, Pucci...

–Victoria Secret’s. – Murmurei e Rose me fulminou com os olhos.

–Verdade. – Alice disse sorrindo.

–Estão de que lado? – Rose disse com raiva.

–Quem mandou sujar a blusa da Alex? – Dei de ombros.

–Ok ok. – Rose se lamentou.

–Olha u.

–Olha Rose. – Alice botou a cabeça para fora do closet. – Sobrou um look legalzinho. Vem cá.

Rose foi e Bella ficou do meu lado.

–Oque tem de tão importante em roupas? – Bella perguntou. Eu a olhei.

–Se a Rose fosse um pecado capital, seria Luxúria. – Falei e ela fez uma cara confusa.

–Tá né. – Ela disse.

–Acho que agora podemos ir. – Rose disse saindo do closet.

–Ok. – Falei e fui para o meu quarto.

Chegava a ser macabro todos os moveis com cobertores em cima. Quem olhasse realmente ia pensar que éramos vampiros, por que o negocio era sinistro. Peguei minha mala e não pude esquecer de pegar um ursinho de pelúcia que Carl me deu de presente de dia dos namorados. Clichê, porém fofo. Agarrei-me ao ursinho e sai do quarto, fechando a porta atrás de mim. E na minha frente aparece a Alex segurando um gatinho de pelúcia. Ela me olhou e estreitou os olhos.

–Faça piadinhas e eu te mato. – Ela disse e eu ergui as mãos.

Ela marchou para a escada, escondendo o gatinho em baixo da blusa. Ri levemente. Alex e suas Alexises. Sim, eu falei isso. Desci as escadas e fui para a garagem. Botei as malas no Mercedes de Carlisle.

–Eu já disse Emm. Não vamos levar seus bonequinhos do Barney. – Rose disse e eu revirei os olhos.

Vai ser uma longa viagem

...

Depois de muitas brigas e gritos, nós conseguimos entrar no avião. Mas nem ali eu tive paz. Até pedi a Alex, que se sentou do meu lado (pra implicar com Carlisle) para me hipnotizar para dormir. Eu dormi, ou capotei, como preferir. E Carlisle me acordou exatamente na hora que o Paul Wesley ia me beijar. É nessas horas que eu entendo a raiva da Alex pelo Carlisle.

Fui para o carro emburrada e me sentei no banco de trás. Junto de Alex, que desistiu de ficar acordada e deitou a cabeça no meu colo. Sorri e fiz um carinho no cabelo daquela bebezona. Logo Alex estava dormindo. Percebi Carlisle a olhando discretamente. Pisquei para ele, que assim que percebeu que eu estava o olhando se virou para frente. Demorou mais alguns segundos, mas chegamos à nossa mansão de Vancouver. Quando estávamos aqui era a mais luxuosa, mas agora está um pouco por fora. Carlisle saiu do carro e foi pegar logo as malas.

–Alex acorda. – Falei dando uns tapinhas no seu rosto.

Ela se encolheu abraçando minhas pernas.

–Só mais cinco minutinhos. – Ela disse com a voz rouca.

–Eu não sou travesseiro. – Botei as mãos na cintura.

–É sim. – Ela disse abrindo, sem vontade, os olhos. – Pode ser travesseiro do coisado mas não o meu?

Já mudou o apelido dele Alex?

–Usa seu gatinho. – Falei e ela deu um tapa na minha perna, tirando a cabeça do meu colo.

–Chata. – Alex disse e pegou seu gatinho de pelúcia na sua bolsa. – Vamos Jr. Não se misture com essa gentalha.

Ela pegou as patinhas do gato de fez uns movimentos com ela.

–Sim mamãe. – Alex fez uma vozinha infantil. – Gentalha! Gentalha! – Ela bateu as patinhas do gato em mim e eu ri. Boba.

Ela sorriu e saiu do carro abraçada ao gatinho. Revirei os olhos e peguei sua bolsa e a minha. Saí do carro e fui andando lentamente até a mansão. Até agora, só havia chegado nós três... Isso vai dar treta. Entrei na casa. Eu teria de mudar muita coisa ali, só a sala deixaria do mesmo jeito. Alias, Alex estava jogada no sofá, brincando com as patinhas do gato.

–Infantil. – Carl disse a olhando. E ligou a tevê.

–Adulto. – Alex retrucou olhando o gatinho.

Sorri de canto com eles dois. Quem muito implica, muito ama. Joguei as bolsas para qualquer lugar e me sentei no sofá. Alex me olhou surpresa.

–Esme desorganizada? Em que mundo eu vim parar? – Ela disse erguendo uma sobrancelha.

Revirei os olhos. Do nada, Rose, Emm, Alice e Jazz entraram na sala jogando suas malas em qualquer lugar.

–MEUS FÃS EU CHEGUEI! – Rose gritou se sentando numa poltrona, cruzando as pernas.

–Tá né. – Alex disse e se virou para o gatinho.

Alice se ajoelhou em frente da mesinha e começou a escrever num papel.

–Fazendo oque Allie? – Perguntei curiosa.

–Essa é a lista das minhas roupas novas. – Allie disse fazendo um bico. – Pra eu não esquecer-me de nada... Vuitton.

Dei de ombros. E agora chegou Nessie, Bella e Edward.

–Por que o Jacob não pode vir com a gente no avião? – Nessie reclamou se sentando no meu colo.

–Animais não entram no avião. – Emm disse sorrindo.

–Ele pode ter raiva. – Jazz disse.

–As loiras, que são muito importantes nessa família, não gostam dele. – Alex falou mexendo as patinhas do gatinho. – Nem o Jr.

–This. – Rose apontou para Alex e aplaudiu.

–Seus preconceituosos. – Nessie cruzou os braços bufando.

–Ele vai morar aqui do lado. – Falei e Nessie sorriu, enquanto o resto do povo choramingava.

Do nada se ouviu um barulho meio do demo. Sei lá, uma mistura de miado com trovão.

–Oque foi isso? – Jazz disse arregalando os olhos.

Agora ficou o som estranho e o som de passos no metal. Gente oque tá rolando?

–Tô com medo. – Nessie disse se abraçando a mim.

–Igualmente. – Alice disse olhando para cima.

–Eu disse pra gente se mudar pro Alaska. – Carl disse se encolhendo. E mais um som do miado/trovão.

–Deve ser o capeta. – Edward arregalou os olhos.

–Affs, medrosos. – Alex se levantou e olhou o gatinho de pelúcia. – Jr. Cuida deles.

Eu a olhei como se... Não ela é maluca mesmo. Ela deu o gatinho para Nessie e andou até a porta.

–Tchau gente. – Ela abriu e saiu, deixando apenas a cabeça para dentro da sala. – Talvez eu não volte.

Arregalei os olhos. Oque ela quis disser com isso? Depois de alguns segundos ouviu-se um grito.

–JESUS! PEGARAM ELA! – Alice gritou e pegou o Jr. De Nessie. Se abraçando a ele. – Jr. Vai ficar órfão.

–Ele quer me matar! SOCORROOOOOOOOOOOOOOOOO!!! – Alex gritou.

–Se vira nos trinta, mulher! – Emm gritou e se escondeu em baixo da mesa de centro. Mas a mesa acabou caindo para o lado e ele ficou sentado em posição fetal no meio da sala.

–Eu te protejo Nessie! Eu te protejo Nessie. –Falei me abraçando a ela.

–Minhas costelas... – Ela murmurou e eu a apertei mais.

–Ele quer matar vocês também. – Agora era a voz da Alex possuída!

–SAI CAPETA! – Bella gritou e jogou uma mala na porta.

Assim que ela jogou a mala na porta, ela se abriu e só apareceu um braço da Alex esticado.

–Ele vai matar vocês... – Ela disse e todos nós nos esncolhemos.

–Eu te amo Bella. – Edward murmurou se abraçando a Bella.

–Eu sei. – Ela respondeu.

E do nada se ouviu uma risada.

–Ele vai matar vocês de carinho. – Alex disse rindo e aparecendo com um gato preto filhote lambendo seu rosto.

–Tá vendo? – Emm apontou para o gato e ficou em posição fetal novamente. – Gato preto trás má sorte. Gato preto trás má sorte.

–Oque trás má sorte é você que culpa o coitado do gatinho. – Ela disse fazendo um carinho na cabeça do gato.

–Como esse gato fez tanto barulho? – Jazz perguntou enrugando o nariz.

–Ele estava na tubulação de ar. – Ela apontou para o teto. – O coitadinho está perdido. – Ela disse olhando o gato.

–Oww que pena... MAS ESSE BICHO ME ASSUSTOU! – Rose gritou e cruzou os braços.

Alex revirou os olhos e olhou a coleirinha do gato.

–Tira esse gato da minha casa. Aqui não é bagunça. – Falei largando Nessie. Ela acabou caindo no chão. – Desculpe Nessie.

Ela se sentou no chão e me fulminou com os olhos.

–Serio que aqui não é bagunça? – Alex olhou em volta. Nem vou disser como a sala estava. – Ok. Vou levar esse gatinho de volta pra casa.

Alex saiu de casa, fechando a porta. Revirei os olhos e fui arrumar as coisas.

PVO Alex

Povo preconceituoso. Só por que o gatinho é preto já acham que dá má sorte. Fiz um carinho no gatinho. Alias, o nome dele é Meia-noite. Isso me lembra de alguma coisa... Affs, dane-se. Andei pela rua deserta. Poderia ver muito bem um cara achando que eu sou apenas uma loira gata que anda sozinha na rua com um gatinho e vim tentar me agarrar. Eu queria que isso realmente acontecesse, só pra eu dar uns socos no respectivo cara. Sou estranha, admito. Andei em velocidade humana até chegar no endereço. Era uma casa bonita, admito. Fiquei de frente a porta e quando ia tocar a campainha, ouvi voz de um garoto.

–Hey. – Me virei na direção da voz. Gente era um gatinho. Não o gato que eu tô segurando, um gatinho humano... Deixa pra lá. – Olha quem voltou pra casa.

Ele ficou do meu lado olhando o gatinho.

–Ele estava lá em casa. – Falei sorrindo.

–Muito obrigado. – Ele pegou o gatinho dos meus braços. – Ele estava perdido à semanas.

–De nada. – Um garoto que tem um gato? Novidade. – Eu amo gatinhos. –Sorri maior que o rosto.

–Você vai se dar bem com meu irmão. – Ele disse e se virou para trás. – Sean! – Depois se virou para mim. – Aproposito, sou Graham.

Alguns segundos depois um garoto loiro veio correndo até aqui. Ele é fofo.

–Meia-noite. – Ele disse e ficou do lado do Graham. – Onde você estava fujão? – O tal Sean fez um carinho na cabeça de Meia-noite. – Foi ela que o trouxe?

–Sim. – Graham sorriu pra mim.

–Bem entre. Alguém que trouxe Meia-noite de volta merece uns biscoitos. – O Sean entrou na casa.

Olhei Graham, ele girou o indicador do lado do lado da cabeça. Ele me acompanhou para dentro da casa, até a sala de estar. Onde Sean estava sentado no sofá do lado de um outro loiro. Aqui só tem loiro?

–Demorou, viu espertinho. – O terceiro loiro disse fazendo um carinho na cabeça do gato. Esse gato é muito mimado. O TL (Sim, enquanto eu não souber o nome dele vou chama-lo de TL) me olhou. – E trouxe visita. Sou o Greg.

Sorri e acenei para o Greg. Sean fez um sinal para eu sentar do seu lado. Dei de ombros, ninguém vai morrer se eu sentar um pouco. Sentei-me do lado de Sean e Grahan se sentou do meu outro lado. Estou cercada! Prendam-me!

–A mãe de vocês deve ficar muito orgulhosa. – Falei sorrindo. – Todo esse amor por um gatinho.

–Ela ficava. – Graham sorriu fraco pra mim. – Nossa mãe morreu faz uns dois anos de cancer. Nós sempre cuidamos bem dele.

–Me desculpe. – Desviei o olhar.

–Tudo bem. – Sean me olhou e sorriu. – Alias. Pai, temos visita!

Depois de alguns segundos, saiu da cozinha (finalmente) um moreno. Ele me olhou e sorriu. Eu li rapidamente os pensamentos dos garotos. Como eu suspeitava, todos me achavam super-sexy. Oque eu sou né?

–Quem é essa moça, Sean? – O Sr. Grey perguntou (Eu chama-lo de Sr. Grey até saber o nome dele. Ponto!).

–Ela trouxe o Meia-Noite de volta. – Ele respondeu me olhando de canto.

–Uau que bom. – Senti um sarcasmo ai hein. – Acho que deveria convida-la pra comer o lanche aqui. Temos biscoitos.

Olhei os meninos e assenti com a cabeça. Biscoitos, gatinhos e boys lindos...

VANCOUVER É O PARAISO!