PVO Melany

Não sei oque deu em mim. Estávamos encarando os Cullen e eu, olhando para o chão feito uma idiota. Meu estilo é tímido, mas eu não sou de ficar pagando esse tipo de mico. Vi os desejos deles, alguns sinceramente me deram medo. Darron percebeu que eu estava apreensiva mas fez parecer que era normal. Por isso que ele é meu anjo, o único homem nesta misera eternidade que me faz feliz. Alex estava prestes a torturar os coitados, só que eu pedi para ela checar uma coisa que pensei em quanto eles estavam distraídos com a ilusão dela. O loiro marrento (dei esse apelido por causa de seu desejo) era muito parecido com o pai de Alex, ela só tinha uma foto dele. O único jeito de saber era por uma marca de nascença em forma de cruz que Alex tinha nas costas e, provavelmente, ela tinha isso por causa dele. Fiquei pensando em como ela iria ver a marca. Darron encostou-se a uma árvore e disse me tirando de meus pensamentos:

–Acha mesmo que eles são parentes?

–Não acha estranho eles terem praticamente o mesmo rosto?

–I daí? Você é a cara da Katy Perry.

Cheguei mais perto dele, peguei suas mãos e botei em minha cintura e disse:

–Sou nada!

–Tá, você e a Katy não tem a mesma cara! Mas eles nem se parecem tanto.

Dei de ombros e o beijei. Nem sei por quanto tempo nos beijamos, só sei que fomos interrompidos por Alex cantando “É o amor”. Eu perguntei se ela tinha feito o que eu pedi e ela mudou de assunto dizendo que estava atrasada para ir à faculdade. Ok, oque ela viu não foi bom. Alex chegou ao apartamento primeiro e eu e Darron chegamos logo depois. Fui até seu quarto.

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Eu tive que decora-lo por que, se dependesse dela, ela nem teria quarto. Ela estava folheando seu caderno e disse:

–Não vou contar o que vi!

–Amiga... Eu só quero saber!

–Ele é musculoso! Pronto falei.

–Não era isso que estou falando.

Ela suspirou e se sentou na cama. Eu sentei ao seu lado, botei uma mecha de cabelo atrás da sua orelha e disse:

–É ele, não é?

–Eu... Ele... Nós... Ai, que droga! Sim é ele!

Poderia ter começado a dar minha dancinha da vitória, mas Alex estava muito mau. A abracei e falei:

–Alex, é tudo culpa minha! Eu não devia...

–Mel, não começa! Um dia eu ia descobrir!

–Ok- Peguei suas lentes de contato azuis- É melhor botar, você não estava atrasada?

Ela botou as lentes azuis e eu botei as minhas verdes. Ela tinha teste hoje então não podia faltar. Peguei a chave do carro e disse para Darron:

–Vou levar ela na faculdade. Já volto!

–Eu não vou a lugar nenhum.

Ri e lhe dei um selinho. Alex deu um abraço nele e disse:

–Me deseje sorte!

–Você passou horas estudando, é claro que vai arrasar nesse teste!

–Pensamento positivo... Obrigado.

Nós entramos no carro. Eu dirigi e ela ficou lendo algumas de suas anotações. Quando eu parei em um sinal, falei:

–Alex.

–Sim?

–Que historia era aquela que o loiro é musculoso?

O sinal ficou verde e eu continuei dirigindo. Ela disse um pouco envergonhada:

–Mel, isso é pergunta que se faça?

–Sou sua melhor amiga. Tenho direito de saber!

–Senhor me ajuda! Foi a primeira coisa que eu percebi.

–Alexandra, que pervetidade!

Parei o carro em frente à faculdade e ela disse:

–Pervetidade é o escambau! Vou indo.

–Boa sorte!

Ela saiu do carro e entrou no edifício.

PVO ESME

Ainda estou chocada! Minha cabeça está parecendo um campo de guerra. Por que ela quis ver a marca de nascença do Carlisle? Por que ela é tão parecida com ele? Por que ela não fez nem eu, nem Renesmee sentir dor? Por que ela disse que ficaria com Jasper? Minha cabeça está girando! Eu preciso de respostas. Vou atrás dela. Edward me olhou com medo e disse:

–Nem pense nisso, mãe!

–Nem pensar o que Ed?-Fiz cara de santa.

–Posso ler seus pensamentos, esqueceu? Quer ir atrás daquela garota para morrer?- Dramático esse meu filho.

–Mãe, a gente mal consegue viver sem você! Imagina com a senhora morta. - Disse Emmett me segurando pelos braços e me chacoalhando- Eu não quero perder a minha mãe!

–Mami, se a senhora morrer quem eu vou usar de boneca?- Alice disse mesmo isso?

–E eu, quem é que vai me impedir de matar o tio Emm? E me alimentar?

Renesmee disse com carinha de dó. Eles gritaram juntos:

–VOCÊ NÃO VAI!

–Eu vou e ai de quem me impedir! Ponto final!

–Eu não vou deixar!- Carlisle? Agora ficou serio- Nem que isso dependa destino do mundo, não deixo você ir!

Ativar carinha do gato de botas.

–Por favor... Me deixa ir.

–Vish, já era- Edward disse- É só usar a carinha, que ele se derrete.

–Não, você não vai!

Ele virou a cabeça. Vai ficar mais fácil. Fiquei na ponta dos pés e disse:

–Por favor!- Peguei seu rosto e o fiz olhar para mim- Pela sua pequena!

–Pai, resista! Resista a ela!- Rose disse.

–N- não.

Gaguejando... Só precisa agora do grand finale. Falei em seu ouvido:

–De noite, vou ser sua!

Ele ficou quieto. Um ponto para mim! Dei um beijo em sua bochecha gelada e disse:

–Eu vou!

Sai correndo em minha velocidade sobre humana para floresta adentro. Ainda consegui ouvir as crianças disserem: “Pai!”. Tenho culpa de ele me adorar?

Foi um pouco difícil achar o rastro da vampira, mas achei e ele acabou no lugar onde eu menos esperava. Um apartamento. Pensei em, que vampiro com sã consciência vai morar em um apartamento? Cheguei mais perto e de lá saiu um carro amarelo. Pude ver Alexandra e Melany no carro. Segui o carro, ele parou em frente a um edifício que parecia uma escola. Alexandra saiu do carro e entrou no edifício, eu a segui pelo olhar. Vi o letreiro a cima da porta, estava escrito: “Faculdade de Medicina de Forks”. Estou chocada! Aquela garota estuda medicina? Logo ela, com aquele jeito rebelde. É, as aparências enganam.

Andei ao redor da faculdade observando as janelas e quem estava lá dentro. Por sorte, a achei no primeiro andar, perto da janela. Me escondi em alguns arbustos e observei. Alexandra começou a estudar algumas coisas antes de receber uma folha de papel, que eu deduzi sendo uma prova. Pensei que ela ia colar, mas os outros que pediam cola para ela. Fiquei ali um tempo, observando, e ela foi a primeira acabar a prova e sair de sala. Fui para frente da escola onde ela deveria estar saindo. Meu palpite foi certeiro.

Ela andou um pouco e entrou em uma loja. Fiquei de frente a loja. O letreiro dizia “Kids Music – Aulas de musica para crianças”. Dei de ombros e entrei na loja, que mal poderia fazer? Lá dentro era lindo. As paredes eram verdes, o teto era azul e o chão era branco. Do lado esquerdo havia uma sala de estar com dois sofás de cores creme e uma mesa de centro preta. Do lado da sala de estar havia uma sala com vidros escuros, pude ver, devido a minha visão de vampiro, uma mulher que aparentava ter vinte anos ao lado de um quadro negro explicando as crianças algumas coisas sobre musica. Do lado direito havia outra sala do mesmo estilo da primeira, mas lá dentro estava Alexandra tocando piano em quanto, outras crianças tocavam violinos, flautas e alguns outros instrumentos. Do lado da sala tinha um balcão branco com uma mulher de uniforme sorria para mim e ela disse:

–Bom dia! Veio buscar um filho ou filha?

–Eu... Há... Vim matricular minha filha. Renesmee.

– Ah, preencha o formulário.

Ela apontou para a mesa de centro onde havia alguns formulários. Sei que alguém está pensando que vou botar minha neta para fazer aulas de musica só como pretexto para seguir a vampira. Mas Renesmee realmente queria aprender musica. Então não tenho nada mais a declarar.

Fiz o formulário bem devagar, a mulher da recepção até estranhou. Mas quando eu estava na ultima parte a ser feita um sinal toca. Bom, se você já ouviu um desses sinais de escola sabe que já é alto, agora multiplique por doze e saberá como vampiros sofrem com esses sinais. Vi Alexandra abrindo a porta da sala e recebendo algumas partituras com desenhos e notas musicais rabiscados nelas. Ela até se abaixou para ganhar um beijinho de um aluno. Que eu achei a coisa mais fofa do mundo. Todos os alunos saíram e ela entrou de novo na sala. Eu acabei com o formulário e entreguei para moça da recepção. Para minha sorte, Alexandra nem ao menos pareceu perceber minha presença, por que saiu da loja sem disser nem uma palavra.

Eu a segui, até chegar a um beco onde ela entrou. Entrei no beco e, para minha surpresa, era sem saída. Ouvi a voz de Alexandra atrás de mim:

–Não disse que se me seguisse ia se arrepender de ter nascido?

Engoli o seco e me virei a encarando. Ela usava a mesma roupa de que estava de manhã, a única diferença era que seus olhos estavam azuis.

–Eu... Er... Droga! Estou ferrada!

Ela ergueu uma sobrancelha e ficou me olhando. Eu senti que ela estava vendo minhas memorias como Aro, só que sem contato físico. Ela piscou e disse:

–Tem muitas perguntas! Mas sua família deve estar preocupada. Venha, eu te mostro um atalho.

Ela me pegou pelo pulso e me puxou até o outro lado da rua. Logo ela me soltou e disse:

–Desculpe se te assustei!

Ela começou a andar e eu segui caminho ao seu lado. Eu disse:

–Tudo bem! Não fico muito emburrada com um susto.

Ela sorriu de canto. Parecia que, por um minuto, vi Carlisle com aquele mesmo sorriso. Ela falou rindo:

–Até tu, Brutus!

“Ops, esqueci que você lê mentes” pensei. Ela disse, ainda com um sorriso:

–É meio chato ler a mente das pessoas, mas todo dom tem seus pós e contras- Ela suspirou. Por esse lado eu entendo. –Sabia que eu dou aulas de musica?

“Nããão! Sabia que tenho uma família?” pensei sorrindo. Ela disse sínica:

–Sei que foi uma pergunta boba! É que eu queria fazer você pensar que eu não sabia que você estava me seguindo.

–Você sabia o tempo todo?

–Desde que eu estava na faculdade.

–Eu não entendo como uma garota como você faz faculdade?

Ela me olhou como se quisesse me matar. Ela apenas suspirou e disse imitando minha voz:

–Eu não entendo como uma mulher como você foi para com um cafajeste daquele?

Ela chamou mesmo meu Carl de cafajeste? Ela riu e disse:

–E como você tem coragem de chamá-lo de Carl? Que apelido mais boboca.

–Por que você não gosta dele?

Ela parou de andar, como se estivesse vendo um fantasma, ficou parada. Eu passei a mão pela sua frente. Ela piscou e falou:

–Não quero falar sobre isso. Mas, você é amiga dos transmorfomos, né?

Fiz que sim com a cabeça. Ela pegou uma caneta do bolso e escreveu um endereço na palma da minha mão e disse:

–Eu fico na duvida se posso ou não passar daqui. Segue em frente e sua casa vai estar lá!

–Como você...

–Já tive problemas com eles umas vezes. Esse é o meu endereço... Sabe, caso precise!

–Obrigado.

–De nada, Esme!

–Como vo... Ah deixa pra lá.

Ela riu e me deu tchau. Eu corri na velocidade vampírica em frente, e não é que ela estava certa? Entrei em casa e fui abraçada por todos da família, eles estavam me esperando com certeza. Carlisle disse:

–Esme, pela mor de Deus, não me preocupa mais assim!

–A gente pensou que a senhora tinha morrido. –Jasper disse.

–Apertado... Eu... Estou vendo... a luz...

Falei com a voz tremula. Eles logo me soltaram. Alice deu uns pulinhos e disse:

–Vai, mami, conta como foi seu dia de espiã.

–Vovó, a mamãe tentou fazer sopa e ela queimou!- Renesmee falou apontando para a mãe.

–Bella, como você conseguiu queimar uma sopa?- Eu disse arregalando os olhos.

–Mistérios da vida mãe, agora fala como foi seu dia. –Emmett disse me puxando para o sofá

Eu contei sobre meu dia. Cortei algumas partes como, que faculdade ela fazia e como achei fofo o aluno dando um beijinho na bochecha de Alexandra. Quando contei que Renesmee ia fazer aulas de musica, ela pulou no meu colo e me encheu de beijos. Não disse que ela ia adorar a ideia? Fiz o jantar dela e subi para meu quarto. Anotei o endereço de Alexandra num papel, acho que vou precisar daquilo cedo ou tarde. Uma leve sensação de desconforto me tomou. Por que ela odeia tanto Carlisle? Só vou descobrir com o tempo...