Boulevard of broken dreams escrita por Cami


Capítulo 8
Everything Has Changed


Notas iniciais do capítulo

Olá darlings!
Aproveitem o capitulo, espero que gostem ;)



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Pov. Percy

Peguei Annie no calo e a coloquei em uma maca que tinha no corredor, pedi a Thalia que buscasse ajuda. Chegaram dois enfermeiros e pediram explicações.

–Ela deu um ataque e se trancou no quarto, quando finalmente abriu a porta desmaiou. – Sra. Chase disse.

–Como assim ataque? – um dos enfermeiros perguntou.

–Acho que ela teve uma alucinação. Foi diagnosticada com esquizofrenia.

–Ah, entendo, qual é o médico dela?

–Dr. Apolo.

–Vou chamar ele. Ei, Charlie –era o nome do outro enfermeiro – coloque-a no quarto dela, já volto.

–Tudo bem.

Charlie a pegou no colo ele perguntou aonde era e nos dissemos.

–A menina tem sorte de ter vocês. – ele disse.

–Por quê? – perguntei.

–Porque tem famílias que deixam os pacientes aqui e nunca mais voltam, e todo paciente precisa de um carinho de alguém conhecido.

–Isso é muita maldade. – falei.

–Há alguns meses chegou um garoto, devia ter uns vinte anos, ele tinha depressão e pensamentos suicidas. E ninguém nunca vinha vê-lo. Depois de algum tempo a coisa piorou, ficou cada vez mais seria. Começou a falar sozinho e a escrever em pedaços de papeis planos para sair daqui. Os pacientes sempre se isolam um pouco, mas ele se recusava a sair do quarto, a se alimentar ficou cinco dias sem comer, ate que desmaiou e tivemos que injetar nutrientes e hidrata-lo até que ficasse bem para voltar para seu quarto. Mas ele não aguentou. Um dia conseguiu abrir a porta do quarto com um clipe, foi até o deposito do hospital e achou uma corda, o achamos enforcado no meio do corredor. Quando os policiais vieram, acharam um caderno debaixo de seu colchão estava com todas as paginas preenchidas com uma palavra: “sozinho”.

–Eu acho que é o rapaz que a Annie viu no corredor. – eu disse.

–Possivelmente. – o enfermeiro respondeu e o médico chegou.

–Deixe-me examina-la. – ele disse e começou. – Por que não avisaram a ninguém do ataque que ela teve?

–Estávamos tão assustados que não pensamos nisso. – disse Thalia.

–Teve sorte, ela podia ter tido uma parada cardíaca. Ela ainda está com o coração acelerado.

–Meus deuses – disse a Sra. Chase – quando ela vai acordar.

–Não se pode saber, se ela não acordar até amanha, vamos coloca-la no soro.

–Você acha que ela pode entrar em coma? – eu perguntei.

–Dificilmente, ela deve ter desmaiado de cansaço ou medo. Deve acordar logo. Vocês devem ir para casa, assim que ela acordar ligo para a senhora – disse se referindo a mãe de Annie.

–Por favor. Vamos meninos, eu os levo para casa.

Ela deixou Thalia e Luke em suas respectivas casas e me deixou por ultimo. Suspeitei que quisesse falar comigo a sós e acertei.

–Percy, você teve mais contato com ela durante essa semana. Ela estava bem?

–Nos primeiros dias eu soube que não, ela tinha alucinações fortes todos os dias, deve ter sofrido muito. No terceiro dia dela lá, foi que a conheci. E começou a melhorar – respondi.

–Então foi quando o conheceu que ela melhorou um pouco. Você deve significar bastante para ele. – ela disse eu senti que estava ficando vermelho. Ela me olhou e deu um sorrisinho. – Estou feliz que tenha aparecido na vida dela, principalmente agora que está passando em um momento tão difícil.

–Também fico feliz em conhecê-la, você tem uma filha incrível.

–É eu sei.

–Quer entrar e tomar alguma coisa ou ficar para o jantar – perguntei educadamente quando chegamos a minha casa.

–Não, obrigada. Quero descansar um pouco, foi um dia cheio.

–Tudo bem, obrigado pela carona. Boa noite. – falei.

–De nada, boa noite.

Entrei em casa, cumprimentei meu pai e fui para meu quarto. Pensei na história que Charlie, o enfermeiro, contou. E se a Annie se sentisse abandonada e sozinha como o rapaz sentia. Se alguma vez ela sentiu isso, não queria que sentisse nunca mais.

Pov. Annabeth

Abri os olhos devagar, mas logo os fechei de novo, a luz do cômodo estava muito forte. Sentei-me devagar e tentei me lembrar do que havia acontecido, porque não me lembrava de ter ido dormir.

As lembranças vieram como um tapa na cara. E se me deixassem isolada de novo? Não quero ficar sozinha de novo! Fiquei três dias e quase enlouqueci (mais ainda).

Fiquei sentada por um tempo até ouvir a porta abrir. Era o Percy e seu violão.

–Sabidinha você acordou! – ele disse todo animado.

–Serio? Pensei que ainda estava desacordada – eu disse com sarcasmo na voz.

Ele me olhou fazendo biquinho e senti a culpa vir.

–Desculpa, não aguentei.

–Tudo bem. – ele disse e sorriu.

–Posso dar um nome para seu violão? – perguntei.

–Pode, claro – ele respondeu.

–Bartolomeu. – respondi

–Serio – ele me respondeu meio assustado – por que escolheu esse nome?

–Porque eu adoro os Simpsons, e o nome do Bart é Bartolomeu. – Eu disse com uma cara de “isso não é obvio”

–Tudo bem – ele disse rindo – e o que Bartolomeu vai tocar hoje?

–Você sabe Everything has changed da Taylor Swift?

–Sei sim.

Começamos a cantar eu na parte da Taylor e ele na do Ed.

No final ficamos nos olhando, eu sorri e desviei o olhar.

–É uma musica linda, não? – perguntei.

–Muito – ele disse ficando nervoso e eu não sabia por que – Annie... Você... Você quer ir ao cinema comigo hoje?

Fiquei surpresa e muito feliz, mas tinha um problema.

–Claro – eu disse sorrindo – mas eu não posso sair do hospital sem minha mãe.

–Eu posso dar um jeito nisso – ele disse parecendo convencido.

–Você é o máximo – eu disse o abraçando, e nosso abraço demorou um pouco mais do que deveria, e nenhum de nos reclamou.

–Eu tenho que ir agora, mas até a noite. – ele disse um pouco vermelho.

–Até – eu disse e desconfiava que também estava vermelha.

Fui até minha mala, e tentei achar alguma roupa melhor que jeans e moletons velhos. Por alguma sorte do destino achei um vestido mais apresentável, o coloquei em minha cadeira tentando deixa-lo um pouco menos amassado.

Fiz minha rotina habitual, e depois da janta (tentei não comer muito, apesar do nervosismo) voltei para meu quarto. Enquanto me arrumava me perdi em meus pensamentos, até que ouvi uma familiar e horrível voz, que apesar de não parecer vinha de minha cabeça.

“Você está ridícula sabia?”

–Ah não, hoje você não vai me deixar para baixo, me cansei de você me dizendo essas coisas, me deixe em paz pelo menos essa noite! – me disse, e por incrível que pareça, tive um surto de autoconfiança e a voz não estava mais incomodando, e espero que pelo resto da noite seja assim.

Ouvi uma batida na porta e falei para entrar. Era o Percy estava mais arrumado do que o comum, ele me olhou e sorriu.

–Você está linda Sabidinha. – ele disse.

–Obrigada, você também! Está querendo me agradar? –perguntei, e não conseguia parar de sorrir.

–Sempre. Está pronta? – ele perguntou.

–Mais pronta impossível – eu disse e peguei sua mão.


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Notas finais do capítulo

E ai? Vejam a tradução da musica da fic, eu achei perfeita para o casal! Espero que tenham gostado e o próximo capitulo promete!
Espero seus reviews ;)
Bjs darlings até o próximo capitulo :3