Boulevard of broken dreams escrita por Cami


Capítulo 7
"...precisa ter fé nela"


Notas iniciais do capítulo

Olá darlings, espero que gostem do capitulo. Vai ter um pouco de ciumes do Percy, e mais.



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Pov. Percy

Eu e Thalia voltamos à mesa. Os dois (Annabeth e Luke ) continuaram com suas brincadeirinhas e eu só olhando, ou melhor, fuzilando Luke com os olhos.

Enquanto estávamos voltando para o hospital, no carro da Sra. Chase, a Annie dormiu no ombro do Luke, isso foi o cúmulo, a Thalia percebeu e começou a ter ataques de risos, eu queria matar ela (e o Luke).

–Calma priminho, ele vai acabar percebendo. – Thalia sussurrou para mim.

–Cala a boca, Thalia – sussurrei de volta mal humorado.

–Ui, estressado - ela me provocou.

Chegamos ao hospital e fomos acordar a Annie.

–Annie, filha, acorda – a mãe dela disse.

–Han? O que? – ela acordou assustada.

–Vão entrando, preciso falar com a Annabeth a sós – Sra. Chase disse.

Pov. Annabeth

Estava sonhando com os homens de preto e sem rosto quando minha mãe me acordou. Ela disse que queria conversar comigo em particular, pelo jeito é algo muito serio.

–Filha, o médico me contou sobre o tratamento – ela me disse seria.

–Ele te disse os riscos? – perguntei.

–Sim, e disse que não é certeza de que deixaria sequelas.

–Mas é um risco que eu não quero correr.

–Eu entendo, eu acho que se você fizesse iria ficar boa logo.

–Eu estou ficando, pare de insistir – fiz uma pausa antes de continuar – desculpa se não sou mais sua filhinha perfeita, se você não percebeu eu estou com uma seria doença psicológica, e não dá para simplesmente apagar o problema. Quero continuar com o tratamento convencional.

–Annie eu não quero que você seja perfeita, apenas que seja você mesma.

–Não é o que parece – eu disse nervosa – eu estou com isso agora, tenho que ficar melhor aos poucos e não de uma vez. Eu vou melhorar, é questão de tempo até que aconteça, mas vou.

Sai do carro sem olhar para minha mãe, como ela pode pensar na hipótese de me colocar naquele tratamento horrível? Como? Chegando à porta do hospital, havia uma menina sentada de cabeça baixa, me aproximei dela e sentei ao seu lado.

–Você está bem menininha? – perguntei calmamente.

Ela apenas negou com a cabeça, alisando o vestido branco, ela devia ter uns seis anos, têm cabelos louros na altera dos ombros, mas não conseguia ver seu rosto, por causa do cabelo que o estava cobrindo.

–Por quê? Quem sabe eu posso ajudar.

Ela negou de novo tristemente.

–Tente.

–Você não pode, porque eu estou morta. – ela me olhou e eu pude ver seus olhos estavam completamente brancos e um corte profundo marcava seu pescoço, sangue começou a escorrer do ferimento e manchou o vestido. Eu estava em choque.

–Filha com que está falando – minha mãe me perguntou.

Olhei de novo para a menina e ela me encarava mórbida, eu dei um berro e sai correndo em direção a meu quarto dentro do hospital. Passei por Percy, Luke e Thalia que me olharam curiosos e assustados.

Fechei a porta do meu quarto e coloquei uma cadeira embaixo da maçaneta para ninguém conseguir entrar. Encolhi-me em um canto e a câmera me encarava. Ouvia batidas na porta e pessoas chamando meu nome, eu nem sabia se isso era real ou se era coisas da minha cabeça. Fechei os olhos e tapei os ouvidos com a mão.

Depois de um tempo, abri os olhos devagar e dei outro grito a menina que vi na entrada do hospital estava sentada a minha frente, não conseguia encara-la, e abaixei a cabeça de novo, abracei os joelhos e balancei para frente e para trás, estava tremendo de medo.

–Por que não me olha? Hein? Olhe-me agora. – a menina disse.

–Não! – gritei o mais alto que pude.

–Vamos, me olhe, do que está com medo? – ela perguntou com uma voz infantil e ao mesmo tempo agressiva.

Levantei a cabeça devagar e abri os olhos, ela estava tão perto me encarando que podia sentir o cheiro de seu sangue. Ela me apontou uma navalha, minha respiração acelerou e eu comecei a suar frio.

–Não tenha medo, vai ser rápido.

Sai do canto que eu estava e fui em direção à porta, ela me seguia devagar com a navalha na mão.

–Veja como não dói. – ela disse e começou a se cortar.

–Pare, por favor, pare! – gritei para ela, mas não adiantou. – não estou me sentindo bem.

Estava enjoando por ver tanto sangue, e fiquei tonta. Tirei a cadeira da porta e sai por ela. Vi Percy encostado em uma parede. Ele me olhou assustado e foi ate mim.

–O que aconteceu? –Ele me perguntou, e tudo ficou preto.

Pov. Percy

A mãe de Annie foi conversar com ela, enquanto o resto de nós as esperava dentro do hospital. Não falamos muito, depois de alguns minutos ouvi o grito/berro de Annie e ela correndo para seu quarto.

–Sra. Chase o que aconteceu? – perguntei assim que entrou.

–Não, ela sentou em um banco começou a falar sozinha, quando perguntei com que estava falando ela me olhou assustada, gritou e saiu correndo.

–Ela deve ter tido uma alucinação – falei.

–Obrigado senhor Obvio. – disse Luke.

–Parem vocês dois, vamos ver como ela está. – disse Thalia.

Fomos em direção a seu quarto, mas estava trancada, não sei como, ela não tinha chave.

–Ela deve ter posto uma cadeira embaixo da fechadura – disse a mãe dela – ela sempre fazia isso quando estava chateada e ficava sozinha. Mas ela não pode fazer isso, tem que abrir.

Tentamos bater na porta chamar ela, mas as únicas coisas que ouvimos foram seus gritos.

–Sobre o que vocês conversaram? – perguntei.

–Sobre o tratamento que o medico me ofereceu – a mãe de Annie disse, ela contou como seria e das consequências que podem acontecer.

–Tia você não pode aceitar – disse Luke – são mais riscos que benefícios. Ela pode sair bem mal de lá. Quer mesmo correr esse risco?

–Claro que não, mas não viram como ela ficou hoje?

–Sim, mas ela vai melhorar, precisa ter fé nela – Thalia disse – A Annie é forte, ela vai sair dessa.

–Está bem, eu não vou assinar a autorização para o tratamento – ela finalmente concordou – mas quero que você cuide muito bem dela enquanto não estivermos aqui – ela disse para mim.

–Sempre – eu respondi.

Ela me olhou com cara de aprovação e fez uma coisa que eu não esperava, me deu um abraço, e me disse “obrigada”.

Depois de uma hora de espera e sem muita conversa, a porta do quarto se abre, e a Annie sai. Ela estava pálida, com olhos vermelhos, cabelos bagunçados e parecendo meio tonta. Fui ate ela.

–O que aconteceu – perguntei. Ela deu dois passos e desmaiou nos meus braços.


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Notas finais do capítulo

E ai?? O que acharam do capítulo?
Espero que tenham gostado. Deixem seus reviews, isso sempre me motiva a postar rápido.
Beijos darlings.