Boulevard of broken dreams escrita por Cami


Capítulo 4
Seu maior sonho


Notas iniciais do capítulo

Olá darlings! Mais um capitulo para vocês, e espero que vocês gostem desses, porque eu amei escrever principalmente o finalzinho! (Percy seu lindo)
Enfim aproveitem ;)



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Pov. Annabeth

Acordei no dia seguinte muito bem, era como se a paz tivesse me tocado, sei que isso não vai durar, mas é bom sentir isso depois de muito tempo. Senti uma conexão com Percy, como se já nos conhecêssemos há muito tempo.

Fiquei sentada na cama esperando a comida chegar junto com os remédios, está demorando mais do que o normal, que estranho.

Quando finalmente a porta abriu o Percy apareceu trazendo uma bandeja com tudo.

–Bom dia Annie – ele me cumprimentou.

–Bom dia – disse e dei um sorriso que ele retribuiu.

–Vim trazer seu café e remédios, agora eu que levo para todos os pacientes, desculpa a demora, te deixei por ultimo para podermos conversar um pouco.

–Não tem problema.

–Dormiu bem?

–Ate que sim, faz tempo que eu não durmo bem.

–Fico feliz em saber, coma um pouco. – ele disse e eu comecei a comer. – quase esqueci, te trouxe um negocio. – ele tirou do bolso um walkie talkie e me entregou – quando te passei o numero do meu celular, não pensei que talvez tivessem tirado o seu de você, e como eu tinha esses walkie talkies em casa pensei que podíamos usar, caso você esteja com medo ou sozinha e eu não tiver aqui para te ajudar pessoalmente pode me chamar por aqui que agente conversa.

–Obrigada, não sei como te agradecer! – respondi o abraçando.

–Não precisa.

–Você trabalha aqui?

–Sou voluntário, meu pai me inscreveu.

–Ah, entendi. Você sabe quando minha mãe vai poder vir me visitar? Queria que ela trouxesse algumas coisas, e eu sinto falta dela.

–Não, acho que você tem que passar pelo psiquiatra antes.

–Não gosto de passar pelo psiquiatra, mas se eu tiver que passar para falar com a minha mãe, eu passo.

–Relaxa, você vai conseguir.

–Eu espero.

Chamaram o Percy para ajudar em outro setor do hospital, ele me deu um beijo na testa e depois disse que vinha me visitar.

Quando uma enfermeira veio recolher a louça suja, pedi para falar com o Dr. Apolo, ele veio uns quinze minutos depois.

–Me chamou Annie? – disse Apolo.

–Sim, eu queria saber se minha mãe já pode vir me buscar.

–Só depois que você passar por uma consulta.

–Quando?

–Quando estiver pronta.

–Eu estou pronta – disse decidida.

–Ok, se você acha. Amanha às três da tarde?

–Pode ser.

–Eu mando então alguém vir te buscar.

–Obrigada doutor.

–Não há de que, estou aqui para ajudar.

Com isso ele foi embora, o dia se seguiu normalmente. Quando eu estava voltando para o quarto, no fim do dia, ouvi um grito, eu estava acompanhada de um enfermeiro, corremos em direção ao som, e encontramos um corpo de um paciente suspenso por uma corda, ele tinha se matado, e de outra paciente ao lado pálida, ela deve tê-lo achado assim. Dei um grito de horror e o enfermeiro nos levou para longe do corpo, enquanto chamava alguém para ajudar. Nunca vou esquecer essa cena.

Fiquei sentada na cama abraçando os joelhos enquanto relembrava a cena sem parar, apenas não saia da minha cabeça, eu via o corpo em todos os lugares. Era um homem jovem, devia ter uns vinte anos, alto, loiro, ele estava tão pálido. Por que será que ele fez isso?

Continuei na mesma posição por muito tempo, nem percebi quando Percy entrou no meu quarto.

–Annie? Oque aconteceu?

Neguei com a cabeça e continuei sentada sem olhar para ele, apenas para o vazio da parede branca.

–Ei, fale comigo. – ele pediu.

–O corpo – falei tão baixo que nem sei como ele escutou.

– Você viu um corpo? – perguntou ele confuso.

–Ele estava morto, enforcado, no meio do corredor, foi horrível.

–Meus deuses, eu soube desse caso.

–Por que ele fez aquilo? Porque ninguém pode ajudar? Ele devia estar tão perturbado.

–Calma, não tem nada que você pode fazer, já foi.

–Eu sei, mas hoje é ele amanha pode ser eu, estamos todos no mesmo barco aqui.

–Nem pense nisso, entendeu?

–Sim. – respondi.

Pov. Percy

Como a Annie pode sequer citar isso? O cara se matou, e ela está agindo como se fosse culpa dela e como se isso fosse uma alternativa de saída daqui. Mas não é! É um ato egoísta.

–Por favor, não pense mais sobre isso, ok?

–Tudo bem, me desculpe.

–Não tem por que pedir desculpa você só estava desabafando, não quero isto te entristecendo.

–Vou tentar.

–Deite um pouco, descanse, relaxe pense em coisas boas, amanha é um novo dia.

–Boa ideia – ela se deitou e eu fiquei sentado ao seu lado – ei Percy, qual é o seu maior sonho?

–Salvar animais marinhos, e viajar pelo mundo. Quem sabe você não vai junto. – eu disse e ela sorriu.

–Eu acho que é um sonho maravilhoso.

–E o seu?

–Primeiramente, acho que é sair daqui boa e curada.

–Você vai.

–Eu espero.

–Eu vou indo, qualquer coisa me chama – eu disse, e apontei para o walkie talkie – Boa noite.

–Boa noite.

Sai do quarto e fui embora para casa, cheguei em casa e meu pai estava assistindo TV.

–E ai filhão? Como foi seu dia lá?

–Bom, e o seu dia?

–Bom também – ele me olhou curioso e disse – você esta diferente.

–Diferente como?

–Me respondendo com mais educação, parou de reclamar de tudo, ate diria que está mais alegre. Principalmente porque esta dando esse sorrisinho bobo.

–Ué, parei de ser arrogante, isso não é bom?

–Espera um pouco, você está apaixonado? – meu pai me perguntou dando um sorriso de orelha a orelha.

–O que? Não! É claro... Claro que não.

–Está gaguejando, eu sabia! Eles crescem tão rápido. – ele fez uma pausa dramática antes de continuar – quem é? Uma enfermeira? – ele disse e eu neguei.

–Uma medica então, elas são mais velhas, mas se você gostou de uma...

–Não pai, não é uma medica.

–É uma paciente?

–Sim, mas eu nem sei se estou mesmo.

–Vem cá Percy, sente-se aqui comigo, e fale o que está sentindo.

–Virou psicólogo, é?

–Só quero ajudar, vai vamos.

Revirei os olhos e comecei a falar.

– O nome dela é Annabeth, e eu sinto uma vontade de proteger e reconfortar ela, que nem sei como falar, ela pode parecer frágil, mas sei que é forte, porque o que ela já deve estar passando não é para qualquer um, Annie me diz que vê e escuta coisas, mas isso não me faz querer me afastar, e sim querer fazer alguma coisa para afastar esse tormento dela. Sei que não é perfeita, mas é para mim.

–Meu filho apaixonado, como pode sentir isso em tão pouco tempo?

–Sei que é muito cedo para sentir isso, mas apenas aconteceu.

–Ela sabe disso?

–Claro que não, nem sei se ela senti o mesmo, como vou saber se só quer minha amizade? Ou algo mais?

–Só vai saber se perguntar.

–Não! Vou esperar mais, é muito cedo ainda.

Depois de toda essa conversa com meu pai, subi para meu quarto e ouvi ela me chamar no walkie talkie.


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Notas finais do capítulo

E ai??? O que acharam do Percy falando sobre a Annie no final?
Coisa mais fofa do mundo né?
Hahahahha espero os comentários de vocês
Bjs darlings ate o próximo capitulo!