Boulevard of broken dreams escrita por Cami


Capítulo 3
"Você vai voltar?"


Notas iniciais do capítulo

Olaa darlings
Finalmente um momento percabeth, espero que gostem, vem muito mais por ai.



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Pov. Annabeth

Os três dias que se passaram, foram os piores da minha vida, tirando um único que não quero lembrar agora.

Diagnosticaram-me com esquizofrenia paranoide, isso significa mais remédios. Além disso, tenho tendência à depressão. E ainda, não deixam minha mãe vir me visitar, eles dizem que ainda não estou bem o suficiente. Isso significa mais tempo sozinha.

Pensei que as vozes parariam, a as alucinações também, mas só tem piorado. Esse lugar está me deixando louca (mais do que já estou).

Durante a manha, deixam a porta trancada (só abrem para trazer comida e remédios), à tarde me obrigam a interagir com outros pacientes por meio de atividades coletivas. É ridículo, me tratam como se eu fosse uma estupida, burra e minhas notas dizem totalmente o contrario. Depois nos levam ate um pátio grande onde há algumas coisas a fazer, além de lanches e remédios que a cada um é designado. Nessas horas eu sempre fico em um canto encolhida esperando me chamarem. Por fim, lá pelas seis e meia da noite cada um volta para seu quarto para dormir. Eles trancam a porta e nos deixam lá sem nada a fazer, essa é a pior parte do dia, é a hora que minha maluquice atinge o auge.

Sento devagar na cama, depois do jantar, e ouço barulhos altos vindo da parede, então um ciclope imenso com um machado aparece e derruba a parede. Dou um berro e começo a bater na porta com tudo.

–Socorro, por favor, alguém me ajude! – olho para trás e o monstro caminha devagar em minha direção.

–COMIDA!! – o ciclope grita.

Não desisto e continuo a bater na porta, cada vez mais forte. Ate que ela se abre, nem vejo quem é, apenas abraço a pessoa como se minha vida dependesse daquilo, e para mim dependia. Olho para cima, para o rosto da pessoa e me deparo com olhos verdes cor do mar.

Pov. Percy

*Cedo naquele mesmo dia*

Meu pai me acorda as seis da manha, parece que tenho que estar lá às sete. Tomo um banho e desço as escadas para tomar café.

–Bom dia filho – cumprimenta meu pai, parece que esta curtindo com a minha cara.

–O que há de bom hoje? – respondo seco.

–Relaxe filhão, você pode ate gostar de fazer um trabalho que ajude ao próximo,

–Ate parece.

–Se é tudo que tem a dizer, coma logo e escove os dentes, vou te levar para ter certeza que vai mesmo.

–Me ofende sua falta de confiança. – disse, e ele fez uma cara como se dissesse “já chega” –está bem, está bem. Já estou indo.

Chegamos ao hospital (ou melhor, hospício ), e fomos nos informar na recepção.

–Bom dia, meu filho se inscreveu para fazer um trabalho comunitário aqui.

–Ah, claro – a mulher respondeu, era uma velhinha, simpática e baixinha – é só assinar aqui;

Assinei o papel, ela o guardou em uma pasta e pegou outro.

–Esses aqui são seus horários de quando e aonde tem que ajudar. Vai começar com os casos mais leves, como os depressivos, hoje você terá que apenas entregar a comida e abrir e trancar os quartos. Se precisarmos de você para mais alguma coisa o chamaremos por esse radinho, ou walkie talkie. – ela me entregou um aparelho que mais parecia um radinho portátil antigo.

–Beleza – eu disse, vai ser mais fácil do que eu pensei, até um macaco pode fazer isso.

–Siga esse papel a risca, não se pode atrasar em nada, ao contrário os paciente podem ficar confusos. Boa sorte em seu primeiro dia.

–Obrigado – respondi e me despedi de meu pai,

Ao decorrer do dia fiz as tarefas, mesmo com má vontade, senti pena de muitos pacientes, uns falavam sozinhos e outros apenas sentavam encolhidos no chão.

O dia passou mais devagar do que eu gostaria, lá pelas seis e meia da noite me chamaram pelo walkie talkie para trancar todos os quartos.

Encontrei uns enfermeiros e comecei a conversar com eles, quando ouvi alguns gritos pedindo socorro.

Vinha de um quarto no fim do corredor, quarto 101, fiquei assustado.

–Começou cedo hoje. Essa menina grita toda noite desde que chegou, não se preocupa ela está bem, só é maluca. – disse um dos enfermeiros, era alto e musculoso, devia ter uns 30 anos.

– É claro que devo me preocupar, a menina está com medo pedindo socorro.

–Já disse é louca, vê e escuta coisas.

Não me importei com o que ele estava dizendo, apenas corri para porta abri com uma chave mestra. Assim que abri senti alguma coisa me envolver, era os braços da menina, a abracei de volta e senti na hora uma vontade de protegê-la que nunca senti por ninguém.

Depois de um tempo ela me encarou, tinha cabelos loiros e olhos cinza tempestuosos, estava tão assustada, queria apenas acalma-la.

–Calma, calma. Está tudo bem – percebi que ela havia começado a chorar, então a abracei mais forte, em sinal de que não iria ficar ali. – Não precisa ter medo, não há nada aqui – eu disse calmamente.

Ela olhou em volta, e pareceu relaxar um pouco.

–Obrigada – ela disse – como se chama?

–Percy Jackson e você?

–Annabeth Chase.

–Você está melhor?

–Acho que sim, o monstro sumiu, pelo menos.

–Então acho melhor ir indo, para você descansar.

–Não, por favor – ela disse – fique ate eu dormir. Eu sei que é estranho pedir isso, mas estou com medo do monstro voltar.

–Tudo bem, eu fico.

Ela deitou na cama, e eu me ajoelhei ao lado. Annabeth me encarava com um olhar curioso, mas não disse nada a principio.

– Por que me ajudou? – ela perguntou.

–Porque achei que era o certo a fazer.

–Você vai voltar?

–Se você quiser.

Ela assentiu timidamente. Devia se sentir muito solitária, não devia ter muitas pessoas com quem conversar aqui.

–Vou deixar meu celular aqui, qualquer coisa é só me chamar.

–Tudo bem, obrigada Percy.

–De nada Annie.

Com isso ela fechou os olhos, sua respiração ficou uniforme e calma, quando soube que havia dormido sai devagar do quarto. Passei o resto da noite pensando nela.


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Notas finais do capítulo

E ai ? O que acharam?
Quero muito saber o que acharam, os reviews sempre me motivam a continuar, vocês são a força!
É tudo darlings, ate o próximo capitulo :3
Beijoos