Boulevard of broken dreams escrita por Cami


Capítulo 20
Ponte Golden Gate


Notas iniciais do capítulo

Olá darlings, espero que gostem do capitulo



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Pov. Annabeth

Acordei no dia seguinte no chão, agarrando a coberta como se fizesse parte de mim, ainda não sabia se o evento da noite passada era um sonho ou mais uma alucinação, acho que estou começando a aceitar minha situação. Mas não quer dizer que vou me deixar enlouquecer, vou lutar ao máximo para melhorar.

Assim que levantei do chão uma dor de cabeça me atingiu, devo ter batido a cabeça quando cai. Troquei de roupa e fui para a cozinha.

–Mãe, onde tem remédio para dor de cabeça? – perguntei, ela estava fazendo o café da manha.

–No armário do meu banheiro – ela respondeu.

Fui até lá e tomei o remédio, ouvi Percy chegar e desci as escadas, dei um beijo nele de bom dia e nos sentamos para tomar o café da manha.

Despedi-me de minha mãe e fomos em direção à escola, eu gostei de ter voltado a estudar, e de ter feito novos amigos, mas imagino se eles descobrirem que eu tenho essa doença, qual será a reação deles?

Eu estava mais relaxada hoje, e meio avoada para dizer a verdade, só percebi que o Percy falava comigo quando ele chamou minha atenção.

–Annie? Você está me escutando? – ele perguntou parecendo chateado.

–Desculpa cabeça de alga, o que você disse? – perguntei voltando a realidade.

–Vamos sair depois da aula?

–Ah, claro – respondi alegremente.

Pov. Thalia

Cheguei cedo na escola pela primeira vez na vida, meu pai teve de ir cedo para o trabalho, então pedi carona, e nem deu tempo de comer antes de vir, e por isso tenho de engolir um dos lanches que pinga gordura aqui da escola.

Enfim, fiz isso e até que não foi dos piores, sentei em um banco e coloquei meus fones de ouvido, comecei a ouvir Green Day no ultimo volume. Depois de um tempo percebi um garoto me encarando fixamente, acho que o conheço, sentou comigo e a Annie ontem no almoço. Qual era o nome dele mesmo? Ah é, Nico.

Meia hora depois, estou no mesmo lugar e aquele garoto ainda está me encarando, qual é o problema dele? Foi quando ele se levantou e veio até mim.

–Você não sentou comigo e meus amigos ontem no almoço? – ele perguntou tentando parecer confiante.

–Sim, minha melhor amiga estava sentada na mesa – falei um pouco seca, querendo dizer “ me deixe em paz e me deixe escutar musica”, mas ele não entendeu o recado.

–Você gosta de Green Day? – ele perguntou com o rosto iluminado.

–Claro que sim, é minha banda favorita.

–Não acredito, a minha também! Fui ao show deles ano passado e eles foram incríveis.

–É o meu sonho ir a um show deles, mas meu pai é um chato e não me deixa ir. Se tiver outro show deles esse ano eu vou e não quero nem saber.

–Com certeza, você tem que ir.

Vi Luke chegando e já fui me levantando.

–Tenho que ir, depois a gente conversa – respondi e ele assentiu.

Dito isso fui em direção a Luke, o abracei e lhe dei um beijo de bom dia.

Pov. Annabeth

O dia passou muito rápido, e nenhuma alucinação me incomodou o dia inteiro, logo chegou a hora de ir embora, eu e Percy seguimos na direção oposta da qual geralmente vamos. Caminhamos sem rumo até chegar ao meu lugar favorito, a ponte Golden Gate, não sei por que, mas aquela ponte me dá uma sensação de nostalgia e de conforto que eu não sinto em nenhum outro lugar, é como se eu pertencesse a ela e ela me pertencesse.

Sentamos perto da entrada da ponte, em um morrinho onde temos a vista perfeita, parece até um cartão postal gigante, aquela paisagem é simplesmente perfeita.

–Eu gosto muito daqui – eu disse a Percy.

–Serio? Por quê? – ele perguntou parecendo confuso.

–Me trás bons pensamentos e não sei, é meu lugar favorito para estar – fiz uma pequena pausa antes de continuar – já sentiu como se pertencesse a algum lugar, como se aquilo fizesse parte de você? – perguntei e ele apenas olhou para a agua debaixo da ponte, sorriu e assentiu com a cabeça.

–É uma ponte linda mesmo – ele disse olhando para ela, o Sol bateu em seus cabelos desarrumados deixando um brilho especial nele, se tivesse uma câmera tirava uma foto.

–Ela é maravilhosa, a pessoa que a projetou era um gênio, pensou em cada detalhe possível, como aqui pode ter ventos muito fortes a ponte tem que ter uma estrutura forte e eficiente, mesmo assim varias pessoas já disseram a ver mexer durante uma forte ventania – poderia ter falado sobre a ponte por horas, mas não queria entediar Percy – por que será que viemos parar aqui?

–Caminhamos sem rumo, deve ser o destino – ele respondeu.

–Não sei se acredito em destino – respondi um pouco fria.

–Por que não? – ele perguntou, não sei dizer se estava triste ou assustado.

–Porque destino é uma coisa tão concreta, gosto de acreditar que posso mudar meu futuro.

–Faz sentido.

Ficamos naquele lugar por horas conversando e rindo sem parar, até que começa a escurecer o céu, não porque estava anoitecendo, mas sim porque uma tempestade estava chegando. Pegamos nossas mochilas e corremos desesperados pela cidade, apesar desse desespero foi divertido. Parecia que minha casa ficava do outro lado do mundo. Começou a chover muito, chegamos a minha casa, encharcados, minha mãe estava desesperada, mas eu a entendia.

Dei uma toalha a Percy e seu pai veio-lhe buscar logo em seguida. Depois de tomar banho e comer, liguei para ele, ver se estava bem.

–Oi cabeça de alga – falei assim que ele atendeu.

–Oi Sabidinha, está bem? – ele perguntou preocupado.

–Sim estou, liguei para ver se estava bem também.

–Estou sim, posso te ligar depois meu pai quer conversar comigo.

–Claro – eu disse e nos despedimos, eu já ia desligar quando percebi que eles já estavam conversando. E de novo me peguei ouvindo conversas alheias.

“Filho não acha que está passando muito tempo com essa garota?” – ouvi uma voz masculina e grossa, devia ser seu pai.

“Não acho, além disso, ela precisa de mim” – Percy respondeu.

“Eu sei, mas devia passar algum tempo com seus amigos”.

“Não sei não” – ele disse confuso.

“Converse com ela, sei que irá entender”.

“Vou pensar” – ele disse e eu desliguei o telefone.

Foi quando a ficha caiu, eu estava tomando todo o tempo dele, e não havia deixado nenhum para ele se divertir e fazer coisas de meninos com os amigos. Ele merecia se divertir e não se preocupar tanto comigo, eu vou ficar bem, amanha direi isso a ele.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Reviews sempre me ajudam a continuar
Beijos darlings até o próximo capitulo.



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