Boulevard of broken dreams escrita por Cami


Capítulo 2
Homens sem rosto


Notas iniciais do capítulo

Olá darlings, postei bem rapido porque recebi reviews muito fofos pedindo para postar rápido e isso me motivou mesmo! Obrigada!



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Pov. Annabeth

Acordei bem hoje. Troquei de roupa, tomei café, escovei os dentes e fui para a escola. Eu sempre vou andando, porque é muito relaxante, e eu adoro. Quando tudo parece bem, as vozes voltam.

“Você é ridícula, fracassada, ninguém te ama, esta sozinha”.

Lagrimas começaram a descer pelo meu rosto, eu apenas não conseguir conter.

“Sua mãe e todos vão te deixar, você é maluca”.

–Pare! Por favor, pare! – Comecei a gritar para que a voz parasse, mas não adiantou, ela continuou a falar coisas horríveis.

“Você vai queimar no inferno”.

Foi quando uma enorme cratera no meio da rua se abriu. Era do tamanho de um ônibus, se não maior. Comecei a gritar mais ainda por ajuda, me senti sendo atraída para dentro daquele buraco.

Senti alguém me agarrar pelo braço e me puxar para dentro de um carro. Era a Thalia.

–O que foi aquilo?

–Eu não sei – disse chorando e a abraçando – Thalia, eu vi o inferno se abrir diante de mim!

–Annie, você precisa de ajuda, urgente.

–Você pensa que eu sou louca, mas eu não sou, acredite em mim, por favor.

Ela olhou para a mãe como se estivessem falando entre si.

–Querida, acho melhor te levar para casa, assim você descansa.

–Tudo bem.

Chegando em casa a mãe de Thalia foi conversar com a minha, enquanto eu e Thalia subíamos para meu quarto para conversar.

–Você não tem escapatória, vai ter que me contar o que está acontecendo.

Abaixei a cabeça, estava ferrada, nunca mais me tratariam de uma forma normal de novo.

–Eu vejo coisas, e escuto também. Não sei o que está acontecendo.

–Como assim?

–Escuto vozes em minha cabeça dizendo coisas horríveis. – ela me olhou assustada, mas não disse nada, então contei todo o resto.

–Annie, meus deuses, você precisa arrumar ajuda.

Descemos as escadas, nossas mães estavam conversando seriamente. Comecei a me preocupar de verdade. Sentei-me no sofá, elas me encaravam, mesmo com medo contei-lhes tudo.

–Vamos Annabeth – disse minha mãe.

–Para onde? – perguntei assustada, ela nunca me chamava de Annabeth, era sempre “filha” ou “Annie”.

–Vou te levar a um psicólogo, ele vai te ajudar.

–Não mãe, eu não quero ir.

–É para o seu bem vamos.

Depois de discutir, cedi. Olhei para Thalia com uma cara de “vai dar tudo certo”, e me despedi dela e de sua mãe. Então fomos ao consultório.

É um lugar esquisito e sem vida. Esperamos sentadas sem trocar uma palavra. Minha mãe, Atena, não era muito carinhosa, era dura e sempre queria disciplina, mas sempre me deu apoio em tudo. Depois de meia hora me chamaram.

Fui na sala numero 7, havia um homem sentado. Aparentava ter uns 30 anos, louro e com um sorriso simpático.

–Olá Annabeth, sou o Dr. Apolo. Serei seu psicólogo. Pode me contar qualquer coisa, nada vai sair desta sala, nem sua mãe vai saber.

–Serio? – ele assentiu, sabia que ele iria ajudar, e pela terceira vez no dia falei de tudo. Sem perceber estava chorando desesperadamente. De repente parei, comecei a ouvir alguma coisa.

“Você acha que ele acredita em você?”.

“Ele te acha uma maluca, isso sim”.

“Olhe aqui, estou bem aqui atrás”.

Girei a cabeça e lá estava, um homem grande, sem rosto de terno e um chapéu, estava vestido de preto e apontava para o Dr. Apolo.

–Annabeth, você está bem? – ele me perguntou e o encarei – Querida, você está pálida.

–Tem... Tem um homem aqui – gaguejei.

–Acalme-se, não há nada aqui. – ele me respondeu.

“Ele está mentindo”

Era como se aquele homem estivesse falando.

“Eu estou bem aqui, sua louca!”

–Eu não sou louca! – disse ficando irritada.

–Ninguém disse que você é louca, tente se acalmar, vamos conversar. – disse o doutor.

A sala ficou cheia de homens de preto, eles estavam por toda a parte. Comecei a gritar e jogar qualquer objeto ao meu alcance. Vi Apolo pegar o telefone, mas não dei importância. Meu objetivo era acabar com aqueles homens.

“Eles vão te abandonar, para sempre”.

Não parei de lutar, ate sentir alguma coisa me envolver e me imobilizar, seria uma camisa de força? Estavam me levando para fora da sala.

Minha mãe apareceu, e estava desesperada.

–O que houve com ela? O que vocês fizeram? – o médico a puxou para conversarem enquanto eu era levada.

Colocaram-me em uma ambulância, e eu ainda gritava, via homens de preto por toda a parte. Senti uma picada e tudo ficou preto.

Acordei deitada em uma cama, num quarto totalmente branco. Olhei em volta assustada. Não havia quase nada lá, apenas a cama, um criado-mudo, e uma mala sobre uma cadeira. Tentei levantar, mas o quarto rodou então deitei de novo. Lembranças de dentro do consultório me envolveram, deduzi onde estava, e não gostei nada.

As vozes começaram a encher meus ouvidos com grosserias , não estava mais aguentando, abracei meus joelhos e tapei os ouvidos. Depois de um tempo senti braços me abraçarem. Olhei e vi que era minha mãe, a abracei de volta, só assim consegui me acalmar.

–Mãe, onde estou? – perguntei querendo ter certeza de onde estava.

–Ah, filha depois conversamos sobre isso...

–Não - a interrompi – tenho o direito de saber.

–tudo bem, você está certa – ela fez uma pequena pausa antes de terminar – hospital psiquiátrico.

Deixei minha cabeça cair em minhas mãos, estava chocada, triste, assustada, tudo junto.

–Quando eu vou embora?

–Não sei, o medico disse no mínimo três semanas.

Abracei minha mãe, pedindo consolo, ficamos assim até o medico vir.

–Annabeth, que bom que acordou – era o Dr. Apolo- cuidarei de seu caso, qualquer coisa é só chamar - disse sorrindo.

–Obrigada, por quanto tempo eu apaguei?

–Umas cinco horas. – ele respondeu – Sra. Chase preciso que deixe Annabeth descansar, ela passou por muita coisa hoje.

–Ah claro – minha mãe respondeu – Tchau filha, te amo, vou vir assim que o medico disser que está tudo bem. Depois eu trago algumas coisas para deixar o lugar mais aconchegante.

–Ok, obrigada mãe, te amo, até mais.

E assim ela foi embora.

–Annie, posso te chamar assim? – assenti, e ele continuou – ótimo, amanha te darei os horários das atividades que terá que fazer e os remédios a tomar.

–Ok, o que eu tenho?

–Ainda estamos diagnosticando você.

–Então, que remédios eu vou tomar?

–Apenas alguns calmantes, depois você começará a tomar outros, assim que sabermos o que você tem.

Uma enfermeira entrou e trouxe um lanche e remédios.

–Agora, Annie, coma e tome seus remédios. Amanha eu volto, já são quase meia-noite.

–Ok, obrigada.

Ele sorriu e saiu do quarto. Olhei em volta e vi uma pequena câmera me observando.

Encolhi-me em um canto, comi o lanche e tomei o remédio, fiquei tão focada olhando a câmera que nem percebi quando comecei a cair no sono.

Pov. Percy

Acordei com meu pai entrando no quarto e abrindo as janelas.

–Que merda é essa, pai? – perguntei irritado.

–Olhe a boca para falar comigo – ele respondeu serio- tem que começar a acordar mais cedo.

–Ainda faltam três dias para você me obrigar a conviver com a aquele bando de malucos.

–Não os chame assim, são apenas pessoas perturbadas, quero que as respeite. Se eu souber que você fez algo a elas vai se ver comigo, entendeu?

–Sim - disse e bufei.

–Pode bufar quanto quiser. Isso não muda sua situação.


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo vai ter momento percabeth! Ansiosos?
Devo postar entre amanha e segunda ;)
Deixem seus comentários quero saber o que estão achando da fic!
Beijos darlings ate o próximo capitulo.