Boulevard of broken dreams escrita por Cami


Capítulo 17
Constelações e decisões


Notas iniciais do capítulo

Olaa darlings, desculpa não ter postado esse final de semana, mas eu realmente não consegui. Melhor tarde do que nunca...
Aproveitem o capitulo, espero que gostem



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Pov. Autora

Percy e Annabeth estavam tendo um verão dos sonhos, e alguns pesadelos, apesar de uma parte ser cheia de amor e compreensão, a outra era mais um pesadelo particular de Annie, pois Percy não se incomodava tanto de ela ter essa doença, ele se incomodava de vê-la sofrer e ficar triste, então ele sempre cuida dela e a tenta alegrar sempre.

A doença de Annie apesar de não curada melhorou consideravelmente, e ela aprendeu a esconder, em alguns casos, suas ilusões, pois não queria ser vista como louca pelos outros, nem um fardo para seus familiares e amigos, então mesmo que estivesse sofrendo ela as escondia. Mas sempre tinha aquela vez que ela entrava em choque ou desespero, então lhe davam antipsicóticos a mais, ou calmantes, e aquilo funcionava por um tempo.

Percy estava fazendo de tudo para ajuda-la, ele era calmo e sempre estava ali para dar apoio moral ou físico, era difícil vê-la sofrer com essa doença, mas ele fazia de tudo para tornar sua vida o mais normal possível, e é claro tentar convencer a mãe de Annie de que ela estava pronta para voltar à escola, pois suas alucinações haviam diminuído muito.

Pov. Annabeth

O verão estava acabando, e ele passou tão rápido. Tivemos várias mudanças, como meu namoro com o Percy (que não podia ser melhor), o namoro de Thalia e Luke...

*Flashback on*

Pov. Thalia

Luke me chamou para ir ao parque, são quase nove horas da noite, o que esse garoto quer fazer o que em um parque nessa essa hora? Desisto de tentar entender os meninos.

Cheguei no lugar marcado, em frente ao lago, havia uma toalha de piquenique estendida sobre a grama e uma cesta sobre ela. Luke estava sentado me esperando, fui até ele confusa.

–O que é tudo isso?

–Digamos que é um jantar a luz da lua – ele disse todo orgulhoso.

–Você é estranho – eu disse e ele fez uma carinha de decepção – mas eu gosto – completei e ele abriu um largo sorriso.

–Está com fome? – ele perguntou.

–Sempre – respondi.

–Cuidado para não engordar.

–Cala a boca – eu disse e dei um soco no braço dele.

Ele abriu a cesta e tinha algumas variedades de lanches, morangos, bolos, sucos... Ainda não sei como coube tudo naquela cesta, devia ter um fundo falso. Comemos até não conseguirmos mais e deitamos sobre a toalha para olhar as estrelas.

–Consegue achar alguma constelação? – Luke me perguntou.

Olhei para ele e me perdi por um estante em seus olhos e em como seu cabelo cor de areia fica incrível sobre a luz fraca do parque, quando percebi o que estava fazendo foquei e respondi.

–Na verdade nunca achei nenhuma constelação, apenas as três Marias, que são aquelas três estrelas uma atrás da outra. É a mais fácil – eu disse apontando para o céu.

–Está vendo aquelas quatro estrelas, que formam um retângulo?- ele disse e apontou para elas.

–Acho que sim.

–Um pouco mais para trás, há mais três estrelas que seguem.

–Acho que estou vendo – respondi ficando animada.

–Aquela é a constelação ursa maior. Minha preferida.

Sorri quando ele aquilo, e me senti especial por Luke compartilhar aquilo comigo, deu uma sensação de quentinho no coração.

–Lia tem um motivo pelo qual a chamei aqui – ele disse.

–E qual é esse motivo? – respondi esperançosa.

–Thalia quer namorar comigo? – ele disse e eu gelei.

–Claro que sim – eu disse.

Ele disse segurou meu rosto e me beijou delicadamente, segurei seu pescoço o puxando para mais perto, ficamos assim por um tempo até que o ar nos faltou, demos um sorriso e o puxei para perto de novo.

*Flashback off*

Pov. Annabeth

... e é claro que alguns dias antes das aulas terminarem, descobre que tinha esquizofrenia paranoide, e aquele foi um dos piores dias da minha vida, e sempre penso que poderia ter sido diferente, mas não foi, meu destino é esse e eu tenho que encarar de frente, não posso ser fraca de cair e não me levantar.

Não sei por quanto tempo fiquei apenas deitada na cama pensando em tudo o que aconteceu até agora.

–No que está pensando Sabidinha? – Percy perguntou entrando em meu quarto e me tirando de meus pensamentos.

–Em tudo o que houve nesse verão.

Ele se sentou na beira da minha cama e me olhou carinhosamente.

–Em coisas boas ou ruins? – ele perguntou.

–Nas duas – respondi dando um sorriso fraco.

–E as pernas? Estão melhores?

Ainda uso a cadeira de rodas, apesar de melhores ainda sinto pontadas de dor quando tento andar.

–Acho que sim.

–Vem levanta – ele disse ficando alegre do nada – vamos ver se você já consegue andar sem sentir dor.

–Está bem, vamos tentar – eu disse empurrando o lençol para o lado e pondo os pés no chão, estendi a mão para Percy, em sinal de que queria ajuda para levantar, ele me sustentou primeiramente, depois largou minha mão devagar.

–Está sentindo alguma dor? – perguntou.

–Ainda não, vamos ver se eu consigo andar – disse e passei o peso do corpo para a outra perna, senti uma pequena dor aguda, mas nada insuportável. Assim que dei o primeiro passo, passei o peso para a outra perna e fiz o mesmo, senti uma pequena dor igual a outra perna, mas nada que eu não aguentasse. E assim fui indo. O rosto do Percy se iluminou e eu abri um sorriso de orelha a orelha.

Dei um longo abraço nele e o beijei. Não via a hora de falar para minha mãe.

Tentei descer as escadas, foi bem mais difícil e demorei bastante.

–Se continuarmos a evoluir assim, tenho certeza que sua mãe vai deixar você voltar para a escola – Percy disse.

–Tomara que esteja certo – eu disse e ouvi o carro da minha mãe estacionar na garagem. Andei o mais rápido que consegui até a porta e a abri. Quando minha mãe me viu correu até mim e me deu um super abraço.

–Estou muito orgulhosa de você Annie. Acho que está pronta.

–Serio?! – perguntei e ela assentiu – obrigada mãe!

Olhei para Percy e lhe dei outro abraço, o mesmo me rodou no ar.

–Conseguimos Sabidinha – ele sussurrou em minha orelha.

–Obrigada por tudo cabeça de alga.

Depois desse momento fomos procurar uma escola para nós dois. Achamos uma que fica bem perto aqui de casa e conseguimos ir a pé, se chama Olimpus High School.

As aulas começariam em menos de uma semana, e espero que isso seja um recomeço para mim.

Os dias que se seguiram podiam se resumir a correria, não tive muito tempo para ficar a sós com Percy, e quando os tinha não passavam de meros poucos minutos. Compramos todo meu material escolar, roupas e os remédios que faltavam, nunca havia tomado tantos remédios, mas são necessários, fazer o que?

Combinei com Percy de irmos e voltarmos da escola juntos todos os dias por precaução e é claro para passarmos mais tempo juntos (isso nunca é demais). Mais tarde descobri que Thalia e Luke também haviam se mudado para aquela escola, isso era perfeito.

O dia que se antecedeu ao primeiro dia de aula fiquei muito ansiosa e com medo também, nunca tinha sentido aquilo antes. Assim que todos foram embora ou dormir e fiquei sozinha no quarto, as vozes começaram a encher minha cabeça de bobagens.

“Boa sorte na escola nova, só não estrague tudo de novo, aberração”.

–Por favor, pare. Eu quero dormir.

“Não tente fingir que não sabe o que é, TODOS sabem que você é uma aberração da natureza”

–Pare – pedi, mas não adiantou. A voz continuou até eu cair de sono.

Acordei no outro dia animada, assustada e um pouco cansada ainda, chegou a hora, me levantei e me vesti com uma roupa normal. Desci e comecei a comer o café da manha.

–Bom dia filha – minha mãe me cumprimentou.

–Bom dia – eu disse.

Terminei de comer e ouvi a companhia tocando, era o Percy.

–Oi – disse e ele respondeu com um selinho.

–Pronta para o primeiro dia de aula? – ele perguntou e eu assenti timidamente.

Escovei os dentes e fomos em direção à escola nova.


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Notas finais do capítulo

Vocês gostaram da ideia dela voltar para a escola e é isso próximo capitulo mostrará como vai ser seu primeiro dia de aula.
O que acharam então? Espero os reviews de vocês, eles sempre me ajudam a continuar com a fic.
Beijos darlings