Boulevard of broken dreams escrita por Cami


Capítulo 16
Um dia no parque


Notas iniciais do capítulo

Olá darlings, espero que gostem do capitulo.



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Pov. Annabeth

Aquele pedido foi a coisa mais linda que alguém já fez por mim, mesmo que ele tenha exagerado um pouquinho, mas eu não ligo, para mim foi perfeito.

–Quer dar uma volta no parque? – Percy me perguntou.

–Claro – respondi.

Ele saiu do quarto e eu fiz minha higiene e troquei de roupa, minha mãe me ajudou a descer as escadas, e a regular a cadeira de rodas, que eu ainda estava usando.

–Mas Percy, as pessoas vão ficar me olhando – eu disse tristemente.

–Não ligue para elas, vou estar com você – ele disse.

–Tudo bem vamos.

O parque central da cidade fica a uns cinco minutos a pé da minha casa, pode-se ver o lugar da janela do meu quarto, e confesso ser uma vista incrível, e a alguns metros a frente tem uma ponte que liga duas cidades, e tenho que confessar, é a ponte mais linda que já vi na vida, meu lugar favorito.

Chegamos e sentamos em uma toalha de piquenique sob uma árvore. Aninhei-me nos braços de Percy, e não falamos nada por um tempo, apenas aproveitamos a companhia um do outro. Estava tudo tranquilo, até que ouvimos a voz de uma certa garota punk que ia tirar nosso sossego, em um bom sentido.

–Ai que coisa mais linda! – ela disse com uma voz meiga, olhando para nós.

–Thalia você está bem? Desde quando você fala com essa voz – perguntei.

–O dia não está lindo – ela perguntou me ignorando – os pássaros cantam, o Sol brilha...

–Definitivamente ela não está bem – eu disse ao Percy – deixe-me conversar com ela a sós.

–Tudo bem, boa sorte – ele disse rindo e se levantando. O vi caminhar em direção ao Luke que estava sentado em um banco atacando o que parecia ser um lanche de bacon.

–Thalia senta aqui e me conta o que está acontecendo com você.

–Annie, nem sei por onde começar – ela disse com um sorriso bobo na cara, e eu estava desconfiando do que vinha a seguir – amiga, acho que estou apaixonada.

–Lia, não é difícil perceber – eu disse segurando minha risada.

–Verdade? – ela perguntou envergonhada – Ah, não sei o que está acontecendo direito, nunca me senti assim.

Eu nunca havia visto assim, ela estava mais avoada do que o comum, rindo sem parar, meiga e ainda não tinha arrumado nenhuma briga ou confusão.

–É pelo Luke? – perguntei, mesmo sabendo a resposta.

–Com certeza, estamos nos vendo todo dia, e ele está tão cavalheiro!

Eu não conseguia acreditar, para mim o Luke sempre vai ser aquele típico irmão mais velho que sempre quer brigar com você ou te meter em problema.

–Ele te pediu em namoro? – perguntei.

–Ainda não, mas... – ela parou de repente de falar ao perceber o anel em minha mão – meus deuses, meu primo e você estão namorando – ela disse boquiaberta – quando? Onde?

–Hoje na minha casa – eu disse e contei detalhe por detalhe como havia sido.

–Que amor! – ela disse meiga demais para meu gosto.

–O que aconteceu com minha amiga punk, porque não está parecendo você! Só falta você vestir roupas rosa.

Ela me olhou com cara de que não estava entendendo nada, e depois ficou pensativa para enfim entender o que eu estava dizendo.

–É verdade! O que aconteceu comigo? – ela disse com sua voz normal o que para mim foi um alivio.

–Chama-se ficar apaixonada.

Ela pareceu ficar brava consigo mesma, se virou para olhar os meninos.

–O que será que estão conversando?

–Não faço ideia, deixe de ser curiosa.

–Está bem, quando você vai voltar para a escola? – ela perguntou preocupada.

–Realmente não sei – respondi.

–Mês que vem recomeçam as aulas, você podia tentar voltar.

–Não acho que seja seguro, ainda não me recuperei totalmente e tenho muitos remédios a tomar durante o dia.

–O Percy não está de enfermeiro?

–Sim, e dai?

–Ele podia estudar na mesma escola e horários para sempre te dar os remédios e se alguma coisa der errado estar lá para dar suporte.

–É uma boa ideia, vou pensar no assunto prometo – respondi.

Ficamos conversando por mais algum tempo, até que de repente a noite caiu, achei estranho porque não era nem uma da tarde. Olhei para o rosto da Thalia, e ela me olhava como se não entendesse nada, ela movia a boca, mas eu não ouvia as palavras. Olhei para o horizonte e aquilo me hipnotizou, em um mundo de escuridão surgiu uma luz, ou melhor, no caso um pôr do Sol mais magnifico que eu já havia presenciado, era tão grande e superior que assustava. Encolhi-me contra o tronco da arvore e abracei os joelhos, sabia que alguém estava me chamando, mas eu não conseguia me mexer, apenas fiquei encarando o horizonte até que vi um homem de preto e sem rosto se aproximar.

Pov. Percy

Estava conversando com Luke, ele estava pensando em pedir Thalia em namoro, e eu super apoiava ele nessa decisão.

Tudo estava bem até que Thalia vem correndo em nossa direção.

–É a Annie, ela não está bem, parece que não me ouve.

Corri até minha Sabidinha, e ela estava parada encolhida e assustada. Tentei chama-la, mas isso não adiantou, a balancei e isso também não atraiu sua atenção, ela apenas ficou lá olhando para o horizonte. Depois de uns dois minutos, sem sucesso, ela olhou para um lado e se assustou.

–Por que está me seguindo – ela disse olhando para o nada.

–Me deixe em paz – ela pedia aos sussurros.

–Por favor, vá embora – ela pedia com uma cara de choro e eu não aguentei vê-la assim. Peguei-a no colo, e a coloquei na cadeira de rodas. Despedi-me de Luke e Thalia, que pediram para dar noticias.

Chegamos a sua casa e a levei para sua cama, ela estava sonolenta e não demorou muito para cair no sono. Acariciei seus cabelos e rosto e isso pareceu acalma-la, mas não totalmente. Começou a tremer, podia estar tento pesadelos.

–Acalme-se Annie, estou aqui com você – eu disse calmamente, para passar conforto a ela - Não vou deixar nada de ruim acontecer com você.

Ela parecia estar mais relaxada, ouvi o carro de sua mãe entrar na garagem e fui falar com ela.

–Sra. Chase preciso falar com você – eu disse seriamente.

–Aconteceu alguma coisa com a Annie? – ela perguntou preocupada.

–Apenas escute – eu disse e ela assentiu – como você sabe levei-a para dar uma volta no parque, e acho que ela estava tão acostumada a ficar dentro de um quarto, sempre vendo as mesmas pessoas e esse “choque” de ar livre pode tê-la assustado – eu disse e esperei algum comentário dela.

–Continue.

–Ela teve uma alucinação no parque – eu disse e ela me olhou assustada.

–Ela está bem?

–Está dormindo no quarto dela. Acho que ela precisa conviver mais com as pessoas, e não ficar trancada em um quarto. Ela devia voltar a escola, ocupar a mente com alguma coisa.

–Ela ainda não está pronta.

–Ela vai estar até o final do verão, e assim estará bem para voltar a estudar.

–Eu não sei...

–Dê um voto de confiança a ela, isso vai fazer bem – ela ficou em silêncio, então continuei – vou estar lá com a Annie caso ela precise de ajuda ou que aconteça alguma coisa.

–Prometo que vou pensar, está bem?

–É um começo.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Ela deve voltar para a escola? Se sim já tenho algumas ideias a colocar em prática hihihihi.
Mereço reviews?
Beijos darlings até o próximo capitulo :3